Prólogo
Prólogo
- Cala a sua boca, Luanie! – falou Lily, rindo.
- Ora, você sabe que eu estou certa. E não adianta dizer que não, Grifinória.
- Okay então, Sonserina. – respondeu Lily, sorrindo de canto de lábios.
Lily Evans e Luanie Christopher. As duas eram grandes amigas, apesar de tudo.
E o tudo seria a rivalidade entre a casa das duas. Lily, um exemplo de Grifinória: corajosa, fala tudo o que lhe vem à mente sem nenhum medo do que vão pensar e falar sobre ela com um tom de voz que intimida todos que a ouvem, briguenta e defensora dos mais fracos. Seus cabelos eram ruivos até a metade das costas, lisos e sedoso, sempre em movimento como chamas perigosas e quentes; seus olhos enormes e bondosos eram de um verde tão claro quanto à grama resultante de um dia inteiro de chuva. Sua pele era alva e macia, com pequenas e delicadas sardas espalhadas no nariz empinado, em pequena quantidade.
Já Luanie, era a típica Sonserina. Enquanto Lily intimidava com a voz, ela intimidava com o olhar. Era aquela típica garota que por onde passava, atraia olhares de admiração dos meninos e respeito das meninas, chegando às vezes até em medo. Ela fala o que pensa também? Sim. Mas só depois de muito pensar e escolher as palavras certas, para convencer todos de uma só vez. Não era apenas inteligente, era esperta. Seus cabelos eram do loiro mais claro e liso que poderia existir, descendo até abaixo dos seios, na metade das costas, uma franja lateral até a altura do queixo. Sua pele era um pouco bronzeada, devido às várias vezes que ela velejava com a família e amigos, e seus olhos eram daquele azul que fica a piscina quando bem tratada e limpa.
Como as duas se conheceram, com todas aquelas brigas e ofensas que seus amigos trocam? Foi antes de elas se julgarem assim. No primeiro 1° de setembro importante da vida das duas, elas estavam excitadas, Lily acompanhada por um menino com expressão animada e cabelos gordurosos, escuros, e Luanie com um olhar superior a todos os novatos que estavam perdidos a sua volta, parecendo saber exatamente o que fazer e aonde ir. Os três (incluindo o estranho amigo de Evans) se encontraram numa cabine vazia, e começaram a conversar sobre as Casas de Hogwarts, Lily dizendo que não fazia a menor idéia de que casa ela iria, Severus dizendo que tinha uma em mente, e que ele esperava ir para aquela, e Luanie afirmando que iria para Sonserina.
- Como é que você pode ter tanta certeza? – perguntou Snape, com uma pontada de inveja nos olhos escuros. Luanie deu de ombros.
- Minha família toda foi pra lá, e sei que faço jus à personalidade sonserina.
Para uma criança de 11 anos, aquela foi uma resposta completamente exagerada para Lily. Mas ela ficara admirada em como aquela menina tinha certeza das coisas. E na maioria das vezes, estava certa. Mal o chapéu relou nos brilhantes fios louros de Christopher, a palavra “SONSERINA!” foi ouvida por todo o Salão, e a mesa de verde, que para Lily era a menos simpática das quatro, aplaudiu a menina elegantemente.
Mas quando ela foi chamada para “GRIFINÓRIA”, no momento em que o Chapéu Seletor tocou seus cabelos? Ah, aquilo estava longe de ser elegante. A mesa fez a festa, e recebeu Lily com braços abertos, palmadas nas costas e palavras de incentivo.
E Lily percebeu que ela estava onde deveria estar.
Mas de maneira nenhuma aquela divisão atrapalhou a amizade das duas. E após o incidente do quinto ano, Lily parou definitivamente de falar com Severus. E os amigos de Lily nunca gostaram e nunca aprovaram de maneira nenhuma a amizade da menina com ele. Ele era estranho, fechado e grosso com praticamente todos ao redor dele. E Luanie simplesmente não suportava o olhar de inveja que ele lançava quando ela estava sozinha com Lily, para ela ou para qualquer outro que estivesse com ela. Luanie tinha uma certeza enorme do amor que “Sev” tinha pela Lily, mas não dizia nada para a amiga, pois... Bom. “Sev” não era o único que estava de quatro de tão apaixonado por Lily.
Na realidade, a metade masculina do colégio que não achava Luanie a menina mais interessante de toda a Península Européia era absolutamente louca por Lily Evans, e Lily dava mais motivos para isso dia após dia.
Mas a obsessão de James Potter por ela? Era a campeã.
E o maior motivo é que nem James sabia disso. Ele brigava com Lily todos os dias naquele castelo, desde o primeiro ano, até agora, no sétimo. E brigava com ela como se a menina fosse um homem mesmo. Com direitos a ameaças, e chegar perto demais, a segura-la com força pelo braço. E Lily brigava com ele... Hm, como se fosse um garoto. Era como se os dois não se suportassem. Mas as brigas só caiam a níveis tão perigosos pelo motivo de que a personalidade de ambos era idêntica. Eram extremamente teimosos e não sabiam perder, porque nunca perdiam uma discussão. Mas as discussões dos dois nunca acabavam, pois quando as ameaças e os gritos começam a aparecer, o melhor amigo e companheiro de James dava um tapa relativamente forte nos ombros do amigo, e com uma risada bem humorada, falava que ele estava começando a “passar os limites”.
James e Sirius tinham uma amizade que até mesmo Luanie admirava. Os dois se entendiam e se respeitavam como ninguém conseguia fazer. Eram como irmãos de coração, de consideração, e estavam sempre lá, para proteger um ao outro. Em especial Sirius. Uma coisa era sempre certa para qualquer carinha que tentasse se engraçar com James Potter, se é que alguém é estúpido o bastante para isso.
Que enquanto Sirius A. Black estivesse ao lado de James T. Potter, nada nem ninguém o atingiria.
A não ser é claro, Lily. Sirius não tinha coragem de nem chegar perto daquela menina. Ela era quente e brava, e não sabia receber um não, e muito menos o “não” com tom chato (propositalmente) que James dirigia a ela. Bater nela então? Sirius não ousava. Primeiro porque achava isso o cúmulo da desonra, bater em uma garota. E ele poderia dizer que James consegue lhe dar com Lily, mas não consegue. Então ele faz o maior esforço possível para tirar James de lá, antes que ele dê sinais de que está para atacar a menina.
O que acontece com certa freqüência.
- Sério mesmo, Lily. – Luanie manteve a expressão séria agora, e isso fez Lily parar de rir e olha-la nos olhos. – Eu tenho certeza absoluta que você deveria aceitar o convite do Diggory. Ele realmente gosta de você.
- De <i>você</i>, isso sim. – falou a ruiva, arqueando as sobrancelhas e sorrindo divertida para a amiga.
As duas estavam no tempo de Adivinhação, que a Sonserina dividia com a Grifinória. Estavam dividindo a mesa com McKinnon, uma amiga da Casa de Lily que geralmente andava com elas, e sentia uma simpatia por Luanie. Ou talvez Luanie a intimidasse, como saber?
- Ora, cale a boca você. – falou Luanie, fazendo Marlene e Lily soltarem risadas. – Você sabe como eu não saio com os Lufas. Eles... Não fazem o meu tipo.
- O tipo dela é Sonserino, não é mesmo, Lily? – falou Lene, forçando Lily a transformar uma gargalhada em um acesso de tosse e Luanie revirar os olhos, mas ainda sorrindo levemente.
As duas amigas não suportavam a idéia de Luanie Christopher, a garota mais esperta e bonita da escola, estar saindo com Blás Zabini.
- Merlim, o que diabos vocês duas tem contra Blás? – perguntou Luanie, abaixando o tom de voz mais ainda, quando o professor passou perto da mesa redonda delas.
- Bom, ele é bonitinho... – falou Lily, mas ela sabia de verdade que “bonitinho” não se encaixava em Blás Zabini. Blás Zabini se encaixava em “maravilhoso”, “sexy”, “lindo”, “Deus Grego”, mas não em “bonitinho”. – Ah, ta bom, ele é maravilhoso! – falou Lily, ao ver o olhar incrédulo das duas em cima dela, para depois rirem. As três, como se combinassem, olharam ao mesmo tempo para Zabini, que estava do outro lado da sala conversando com Antonio Vieira e Jony Printchard, ambos sonserinos.
Blás tinha cabelos dourados, lisos, caindo na testa e dando um charme completamente irresistível. Seus olhos verdes faziam um grande contraste com sua pele bronzeada, e seu sorriso era extremamente sarcástico e branco, perfeito.
- Mas ah. Ele definitivamente vai ser um Comensal da Morte quando sair da escola. – falou Marlene, fazendo Lily concordar prontamente. Luanie retirou seus olhos de Zabini e sorriu irônica para as amigas.
- Mas ele ainda não é. – ela disse, dando de ombros e piscando os olhos levemente. Lily revirou os olhos sussurrando algo como “você nunca vai mudar mesmo, não é?”, e Lene sorriu para Luanie e disse “boa resposta e bom gosto”. E no outro momento, o sinal tocou.
- Arght, eu tenho História da Magia agora. – falou Luanie, levantando-se e pegando seu material. – Vocês?
- Defesa Contra as Artes das Trevas. – respondeu Lily, jogando todo seu material na mochila e colocando-a nas costas. – Nos encontramos no intervalo depois do almoço? – ela disse, ao lado de Marlene, esperando uma resposta de Luanie.
- Claro, no Lago. – falo Luanie, para depois sentir uma pesada mão sobre seus ombros. Ela olhou para cima e encontrou olhos verdes faiscantes.
- Vamos? – falou Blás, deslizando seus dedos até a mão direita da menina. E você também olharia para cima ao falar com Blás. Ele tinha quase 1,90m, e as amigas de Luanie sempre ficavam meio bobas ao olharem “para cima”, como era o caso de Lene.
Mas não o de Lily. Ela realmente não simpatizava com Blás.
Não que ela não simpatizasse com todo Sonserino que aparecesse na frente dela. Mas tinha algo nos olhos de Blás... Que a fazia sentir alguma coisa que ela nunca havia sentido, e não era uma coisa boa.
- Claro. – falou Luanie, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Blás sorriu levemente para ela, fez um aceno de cabeça para Marlene (correspondido), e olhou fundo nos olhos de Lily. Lily manteve o contato. Ela sempre quis saber o que passava na mente de Zabini quando ele chegava para Luanie e perguntava “vamos?”. Ele a tratava com a maior delicadeza, carinho e respeito que uma garota deve ser tratada, mas o olhar dele... Tinha algo atrás daqueles olhos verdes tão diferentes do verde de Lily.
Então Luanie começou a andar, e como sua mão estava entrelaçada com a de Zabini, ele foi embora, mas sustentou o olhar em Lily por mais uns segundos. Então, perto do grupo de sonserinos que os esperavam, ele passou um braço por cima dos ombros de Luanie e perguntou alguma coisa para ela, sorrindo. Ela riu e abraçou-o pela cintura, e disse algo que o fez gargalhar.
- ACORDA, EVANS! – falou Lene, batendo palma na frente dos olhos de Lily. Esta piscou várias vezes até perceber que o grupo do sétimo ano da Grifinória estava todo na frente dela, até mesmo os <i>”adoráveis”</i> Marauders, olhando para ela.
- Oi? – ela disse, ainda piscando. Suas amigas riram e fizeram um coro de “VAI LOGO!”, e só ai Lily percebeu que ela bloqueava a porta.
- Ah! – ela disse com uma risada, e começou a andar. – Der, mal meu.
- É só você começar a andar, Evans. Tenho certeza que não requere muita força de vontade para se fazer isso.
Ah, pronto. Ele tinha que falar alguma coisa.
- Eu não pedi a sua opinião, Potter, e me mataria antes de fazer isso. – ela respondeu, revirando os olhos e andando rapidamente. Não estava com animo (e fôlego) para brigar com James T. Potter. Ele a irritava demais, e ela sentia que se brigasse logo com ele hoje, não se seguraria. – Vamos. – ela completou para as amigas, que a seguiram.
Quando Lily não estava com Luanie, ela estava com suas amigas de dormitório e Casa: Marlene, uma morena realmente bonita e popular no castelo, Alice, uma loirinha pequena, bondosa e simpática, Dorcas, uma “loirona” que deixava os garotos loucos, e que parecia ter saído com cada par de calças daquele sétimo ano. As quatro eram bem amigas, mas Lily não dividia seus segredos com qualquer uma. As únicas pessoas que sabiam de tudo na sua vida eram Luanie Christopher e Marlene McKinnon.
- Eu não sei como você consegue não agarrar o Potter na primeira oportunidade que tem, Lil. – comentou Lice, dando uma olhada em James por cima dos ombros. Lily apenas revirou os olhos, enquanto suas amigas concordavam prontamente.
- Alguém tem que. – respondeu Lily, virando no corredor, e percebendo que os Marauders ainda estavam atrás dela, pois suas amigas ainda olhavam para trás. – E, aliás, ele nem é tão atraente.
- Cala a boca! – falaram todas as três, virando-se para a ruiva como se ela fosse algo de outro mundo. Lily deu um pequeno sorriso, ainda olhando para frente.
Certo, certo. Ela sabia que James Potter era um tremendo Deus. Ele tinha cabelos castanhos, mas com pequenos fios dourados espalhados, graças ao grande tempo que passa no sol. Seus olhos eram de um castanho esverdeado maravilhoso, que faziam uma combinação exótica e provocante com a sua pele bronzeada. Seu sorriso era branco e sempre presente, maroto ou divertido.
- De verdade, eu pagaria para sair com aquele menino. – falou Dorcas, fazendo com que as três rissem, imaginando o que os Marauders pensariam se ouvissem a conversa delas. Lily, após arregalar os olhos e imaginar o que <i>Potter</i> pensaria depois de ouvir essa conversa, olhou para onde ele estava.
Ele gargalhava distraído de algo que Sirius contava para ele e seus outros amigos da roda. Enquanto isso, ele inclinava levemente a cabeça para trás, a “franja” que ficava em sua testa se despenteando levemente. Ele atraia muitos olhares femininos, reparou Lily. Mas ela preferiu imaginar que era porque a risada dele era de um escândalo enorme.
- E aquele amigo dele, Sirius Black? – completou Marlene, fazendo com que todas ali, até mesmo Lily, emitissem um gemido de aprovação.
Sirius era, literalmente, estupidamente, ignorantemente, um Deus Grego. Ele tinha grandes e misteriosos olhos azuis céu, envoltos por cílios marcantes e espessos, mas nada feminino demais. Sua pele era bronzeada também, devido o tempo que ele passava velejando com o melhor amigo, e seus cabelos eram do preto mais escuro e brilhoso que um cabelo poderia ser, lisos, até a altura da orelha dele. Seu sorriso era sempre maroto, até quando ele contava historias engraçadas, e ele tinha um rosto de um completo homem, másculo.
- A Dorcas aqui aprova completamente, não é mesmo, doçura? – falou Lice, fazendo as amigas gargalharem e Dorcas revirar os olhos, mas com um sorriso sapeca. A “loirona” era uma das que estavam na enorme e comprida lista de vitimas do charme de Sirius Black. Alias, ela provavelmente estava na lista de honra, já que Sirius parecia realmente gostar de sair com ela.
- Pode apostar. – respondeu Dorcas, fazendo as meninas fazerem um coral de “uh”.
- E Remus Lupin? – falou Lily, no que todas fizeram um coro de “own”, completamente apaixonado.
Não que alguém ali estivesse realmente apaixonada por Remus Lupin. É que Remus era apaixonante. Sua pele levemente dourada, um pouco abatida, seus cabelos louros e com pequenas formações de cachos nas pontas, compridos, seus olhos azuis e expressivos, às vezes indecifráveis. Seu sorriso bondoso, que estava sempre presente em seus lábios carnudos e vermelhos, acompanhados de dentes perfeitamente brancos e alinhados.
- Ele é simplesmente o garoto mais fofo de toda Hogwarts. – falou Lene, fazendo as meninas concordarem com suspiros.
As meninas entraram na sala de DCAT, que elas dividiam com a Lufa-Lufa. Mal Lily entrou e Amos Diggory, que estava apoiado na mesa do professor cercado de amigos, lhe lançou um oi com a mão, os lábios e os olhos. Lily respondeu com um sorriso tímido, fazendo as amigas soltarem risinhos.
- Eu concordo com Luanie. – disse Lene, enquanto colocava seu material em cima da carteira que ela costumava sentar. – Você deveria sair com ele. – ela completou, ao ver o olhar que Lily lançava a ela, na carteira ao lado dela.
- Luanie disse isso? – perguntou Dorcas, na carteira atrás de Lily. Lene fez que sim com a cabeça, e Dorcas pareceu pensativa. – Bom, você sabe como Luanie costuma acertar os palpites dela.
- É verdade. – disse Lice, sentando-se ao lado de Dorcas e pegando uma caixinha de Feijões de todos os Sabores da mochila. – Ela que me disse para começar a sair com Frank, e olha como nós dois estamos agora.
As meninas concordaram. Frank Longbontton estava entre os meninos mais legais, simpáticos e bonitos de Hogwarts, e no quinto ano Alice tinha uma enorme queda por ele. Luanie vivia a encorajando para ir conversar com ele, dizendo que tinha certeza que o grifinório gostava dela, e no dia em que Lice reunira coragem o suficiente, Frank apareceu chamando-a para sair. Os dois fazem dois anos de namoro em fevereiro.
- Aliás, Frank disse que quer falar comigo, tchau. – ela disse, dando um leve tapa na cabeça e indo falar com o namorado, que estava no fundo da sala conversando com Black e Petigrew, animadamente.
- Eu tenho que fazer xixi. – falou Dorcas, correndo para fora da sala, aproveitando que o professor ainda não havia chegado. Lene e Lily riram e sentaram-se, finalmente.
- E ai, que roupa você vai usar no Baile de Halloween? – falou Lily, tirando um livro da mochila e colocando-o em cima da certeira.
- Eu estava pensando em ir ver isso no sábado em Hogsmeade, porque eu realmente não faço a menor idéia. – ela respondeu, sorrindo.
- Então, eu e Luanie pensamos exatamente a mesma coisa. Mas ela acha que a loja de fantasia vai estar super lotada no sábado, porque isso é provavelmente o que todo mundo vai fazer, comprar fantasias. Então nós pensamos em ir comprar hoje de noite, escondidas. Quer ir junto? – falou Lily, olhando nos olhos da amiga enquanto colocava a mochila em baixo da carteira.
- Claro! Mas Luanie não vai... Hm, se incomodar? – ela perguntou insegura. Às vezes, Lene ficava na duvida se era bem vinda nos passeios que ia de Lily e Luanie. A ruiva arregalou os olhos.
- Imagina! – ela respondeu, arrumando a postura. – Ela que me disse para te chamar, porque ela se incomodaria?
- Oh. – falou Lene, visivelmente surpresa. Luanie pedira para Lily a convidar?
- Olha, eu sei que Luanie pode parecer um pouco... Difícil. – ela começou a falar, abaixando o olhar. – Mas é o jeito dela. Você é uma das poucas pessoas que ela gosta de verdade, ela só não sabe como... Expressar.
- É, eu sei. – Lene respondeu, para depois instalar um silencio repentino, quando o professor entrou na sala, com uma expressão relativamente brava, sendo seguido por uma Dorcas meio acanhada e apressada, que foi correndo para o seu lugar, ouvindo risadinhas das amigas.
Quer dizer. Era um falso silencio. Pois todas as panelinhas daquela sala se comunicavam de algum jeito. Ou era com risadas (caso de Frank e uns amigos lufas), ou era sussurrando (caso de Lily e as meninas) ou era na maior cara dura (caso dos Marauders).
- Certo, e vocês duas? – sussurrou Lily, virando-se para trás, chamando a atenção das duas amigas. – Vão para Hogsmeade com a gente hoje ou no sábado comprar fantasias?
- Hm, eu vou no sábado, porque fiquei de compra com o Frank pra gente combinar na festa – falou Lice, animada, recebendo um sorriso sincero das amigas.
- Dorcas? – perguntou Lene, virando para a amiga. Ela mordia os lábios e parecia chateada.
- Droga. Eu gostaria de ir, mas eu tenho um encontro marcado com um garoto. – ela sussurrou, fazendo as amigas revirarem os olhos, acostumadas. – É o Gideão Prewet, antes que as fuxiqueiras perguntem. – ela completou, sorrindo.
- Uh, ele é um gato. – falou Lice, sorrindo.
- Hey menina, você tem namorado, se comporta. – disse Lily, fazendo as meninas rirem.
- Senhoritas, mais um pio e eu vou ficar bravo. – falou o professor, apoiando-se na mesa de Marlene, com um sorriso sarcástico. As meninas pararam de rir e sentaram-se direito, mas só até o momento em que o professor saiu e dirigiu-se até o fundo da sala, para dar uma bronca nos meninos da Grifinória.
- Até parece que alguém respeita ele. – disse Lice, no que Lene e Dorcas concordaram e Lily apenas revirou os olhos.
- Certo. – disse o professor, num tom mais alto, fazendo agora toda a sala parar de fazer o que estava fazendo (conversando) e olhar para ele, que estava ao lado de James Potter. – Vejo que terei que tomar algumas atitudes drásticas com essa turma. Black, levante-se.
Sirius, que estava levando um Sapo de Chocolate para a boca, parou no meio do caminho, fazendo o Sapo conseguir fugir. Ficou olhando para o professor, com cara de quem não havia entendido, as sobrancelhas arqueadas.
- Pegue o seu material e levante-se! – repetiu o professor, dando um tapa na nuca do menino, que revirou os olhos e bufou algumas palavras, mas ainda assim se levantando e jogando a mochila nas costas. – Evans, você vai sentar no antigo lugar do Black.
Ah, pronto. Lily achou que o stress estava levando o professor à loucura. Ele estava fazendo um Mapa de Sala (uma porcaria de um Mapa de Sala!), um método nunca usado naquela escola nem em nenhuma escola bruxa no mundo, e queria que ela, Lily N. Evans, se sentasse junto com James Potter.
- Nem a pau. – falou Lily com um riso irônico, para a surpresa da sala. Porque bem, Lily não é o tipo de garota que dá uma resposta ao professor com a palavra “pau” no meio, se é que você entende. A sala começou a sussurrar e comentar, enquanto James arqueava as sobrancelhas para a resposta da menina, Sirius sorria maroto e Marlene arregalava os olhos.
Lily apostava que Luanie ia sorrir orgulhosa.
- Senhorita Evans, eu vou fingir que não ouvi a resposta pouco elegante que a senhorita disse e vou repetir mais uma vez: sente-se no antigo lugar do Black.
Lily achou que se ela dissesse que não mais uma vez iria acabar na sala de Dumbledore, e isso é uma coisa que ela (nem seus pais) não iria querer. Bufou mais palavrões que Sirius Black jamais o fez e levantou-se, jogando a mochila nas costas e colocando os livros, que estavam em cima do tampão da carteira, dentro desta.
Ela começou a andar para o fundo da sala, ouvindo os sussurros de “Lily e James?” pela sala toda, o que a irritava cada vez mais. O professor sorriu contente e começou a fazer mais mudanças na sala, mas Lily estava pouco ligando para aquela baboseira. Ela jogou-se no local ao lado do menino, que estava no canto da sala. Ele sorria incrédulo, a testa extremamente bronzeada toda franzida.
- É incrível. – ele disse por fim, balançando a cabeça e evitando olhar para Lily.
- O que, você acha que eu entrei na mente dele e fiz ele cometer essa idiotice? – ela disse, sem olhar para ele, se irritando mais por ver quanta gente tentava prestar atenção na briga deles.
- Não, você não teria capacidade pra isso. – ele disse, virando o rosto para a parede. Lily olhou para ele, incrédula.
- Ora, seu idiota, o máximo que você consegue fazer é pilotar uma vassoura, grande coisa! – ela comentou, aumentando um pouco o tom de voz.
- Senhorita Evans. – alertou o professor, que estava do lado de Dorcas, que o implorava algo. Lily baixou os olhos, mas ainda sentindo os de James fixamente em sua bochecha direita.
- Você consegue ser realmente grossa quando quer, sabia, Evans? – ele comentou, no que ela soltou uma risada sarcástica. – Não, é sério. Deveria aprender a como ser uma mulher.
Ela arregalou os olhos, e olhou dentro das íris do menino, que a encarava como se falasse uma coisa extremamente natural, como se dissesse isso para uma garota todos os dias. Lily ficou chocada com a naturalidade dele diante desse comentário estúpido, machista e cego, e apenas virou o rosto, para depois sussurrar:
- E você deveria aprender a como tratar uma. – ele apertou os olhos e olhou para frente, fingindo ignora-la. Mas ele tinha certeza que se ela olhasse para ele, veria que ignora-la é a coisa mais difícil do momento.
Aprender a como tratar uma garota, vê se pode! James estava no topo da lista de homens mais cavalheiros e gentis do colégio. Ele sempre ajudava as meninas da biblioteca que não alcançavam certos livros em prateleiras altas, sempre ajudava as meninas nas aulas quando elas pediam ajuda, sempre protegia as meninas que estavam brigando uma com as outras. E Lily Evans, a menina mais grossa que ele vira na vida, estava dizendo para ele aprender a como tratar uma garota!
Era muita ironia para uma frase só.
No fim de toda aquela “idiotice”, como dizia Lily para Frank, o resultado não foi assim tão ruim. Lily continuava no fundo da sala, e em um lugar onde as garotas matariam para estar. Ao seu lado direito, prensado na parede, estava James Potter, ambos no canto da sala, portando com ninguém atrás ou na direita. Na frente de Lily estava Remus Lupin, que era extremamente simpático com ela, e ao lado deste, Frank Longbontton, que já era amigo da mesma. Do seu lado esquerdo, estava Amos Diggory e Gideão Prewet, ambos extremamente educados com a menina. E na frente deles estavam Peter Petigrew e um dos amigos de Amos que Lily não sabia o nome.
Ela estava cercada de garotos populares. A maioria deles, estando no grupo dos mais bonitos da escola toda.
Sirius estava na primeira fileira, bem na frente da mesa do professor, junto de Dorcas, que fazia um bico enorme e infantil. Marlene continuava no mesmo lugar, mas seu parceiro agora era uma Lufa muito simpática. Lice estava no outro canto da sala, também no fundo, com Rafael Brite, o menino mais engraçado de toda Lufa-Lufa, por isso sua risada era ouvida com bastante freqüência no meio da aula, e vários olhares de ciúmes da parte de Frank eram lançados para aquele canto.
- E ai, vocês vão à festa de Halloween? – perguntou Lily, deitando a testa nos largos ombros de Remus.
- Claro, acha mesmo que nós perderíamos uma chance de beber e ficar com meninas? – falou Remus, fazendo os meninos rirem e a menina revirar os olhos. Lily estava com a lateral esquerda da testa apoiada nos ombros de Remus, fazendo com que seu rosto ficasse virado para Potter, que escrevia sem parar num pergaminho.
– Potter, o que você tanto escreve? – ela perguntou. Não que ela realmente se importasse. Mas a curiosidade de Lily era algo conhecido até por James, que esperava ouvir essa pergunta mais cedo ou mais tarde.
- O modelo do convite da festa. – ele disse, sem olhar para ela ou usar um tom de voz doce. Era um tom de voz frio, como se ele respondesse apenas para ser educado. – A gente está organizando tudo.
- É, eu sei. – ela disse, fechando os olhos. – Remus, eu estou incomodando? – ela acrescentou ainda de olhos fechados.
- Não, de maneira nenhuma, Lil. – ele respondeu, com uma voz doce de verdade. Ela sorriu levemente, e sentindo o gostoso cheiro de homens que estava a sua volta, começou a adormecer.
James, ao ouvir a lenta respiração de Lily ficar um pouco mais alta, ergueu os olhos para ela. Ela sorria levemente, ainda encostada a Remus, as mãos deitadas no tampão da carteira dela, uma de cada lado do seu tronco. E ele não pode deixar de reparar que dormindo, ela parecia ser uma menina extremamente calma, doce e meiga.
<i>Dormindo</i>.
- Ela parece um anjo assim, não é mesmo? – ele comentou baixinho, com medo de acordá-la, para Frank. Esse soltou uma risada e concordou.
- Com certeza. Ela fica longe de parecer o furacão que realmente é.
- O que, ela está dormindo? – perguntou Remus, apenas olhando para James, já que não podia se mexer muito. James concordou com um aceno de cabeça, voltando os olhos para a adormecida, mas sobre tudo bela menina que estava ali ao seu lado.
Ele tinha que aceitar o fato de que Lily era a menina mais bonita de toda a Grifinória, porque essa era uma verdade incontestável. As feições dela pareciam ter sido desenhadas a mão, tamanha a perfeição dos traços encontrado no rosto dela e nas curvas de seu corpo. James ficara olhando para a garota boa parte da aula, quando não estava fazendo o modelo do convite.
- Pare de babar, imbecil. – ele conseguiu traduzir dos lábios de Sirius, quando ele mesmo ergueu os olhos a procura do amigo, que estava olhando para ele com um sorriso... Maroto, é claro.
- Vai se danar. – ele fez com os lábios, fazendo Sirius soltar uma risada rouca e baixa, enquanto James revirava os olhos com irritação.
Sirius achava que James gostava de Lily. <i>Gostar de Lily</i>.
Bom, o destino de Sirius era a completa decepção, de dependesse de James.
- Hey James, acorda a Lily, a Marlene ta chamando ela. – falou Frank, virando-se para o amigo. Este apenas arregalou os olhos, expressando profundo horror e incredibilidade, o que fez Remus rir divertido.
- Ah, claro. Ela provavelmente só vai me dar um tiro no meio da testa. – ele comentou, revirando os olhos. Procurou Marlene, que estava olhando para ele esperando uma resposta. James mandou uma banana para ela.
Lene arregalou os olhos, indignada. Tudo bem que ela e James eram grandes amigos, mas poxa, não precisava descontar a raiva nela. Ela balançou a cabeça e virou-se para frente, parecendo estar um pouco brava.
- Mal jeito, Prongs. – comentou Remus, fazendo Potter revirar os olhos. E ainda tinha que agüentar essa irônica frase dos amigos, era demais para uma pessoa só!
- Ah meu Deus do Céu, o que diabos você ta fazendo aqui?! – gritou Lily, fazendo Lene revirar os olhos e Luanie soltar um sorriso beatífico.
Eram onze e quarenta e cinco da noite. Lene e Lily estavam sozinhas na sala da Torre da Grifinória, já fazia um belo tempo. As duas esperavam a meia noite, para correram para a passagem da Mulher de um olho Só e irem para Hogsmeade, onde elas ficaram de se encontrar com Luanie. Mas parece que essa arranjou outro jeito de encontrar as amigas, assustando as duas que, ao verem uma parede ao lado da lareira abrir, gritaram alto. Principalmente quando uma <i>sonserina</i> entrou na Torre da Grifinória.
- Ah, me desculpa! – ela disse, mas ainda assim rindo divertida. – É que eu estava apoiada numa parede perto da cozinha e ela se abriu e mostrou uma passagem secreta que bem. Deu aqui, como vocês podem ver. – ela completou sorrindo.
- Oh. – falou Lily, arqueando as sobrancelhas. – Essa passagem pode ser bem útil pra gente, não é mesmo? Mas bom, mais tarde a gente vê. Vamos embora? – ao ver as duas amigas concordarem, as três começaram a dirigir-se para a saída.
- Ah, droga, espere! – falou Marlene, parando de súbito. – Eu esqueci a minha bolsa lá no quarto.
- Ah, que básico. – falou Lily, revirando os olhos. – Vamos, eu vou lá em cima com você, e aproveito e pego a minha que... Hm, eu também esqueci.
- Essas grifinórias são umas inúteis mesmo... – comentou Luanie, enquanto as duas subiam as escadas correndo, xingando a amiga. Ela então sorriu e virou-se para um ponto ao lado da escada do dormitório masculino. – Vocês não concordam?
Isso pode parecer louco. Quer dizer, Luanie olhar para o nada e... Falar com ele.
Se você fosse um pouquinho mais esperta, também faria isso.
Pois Luanie percebeu algo que nenhuma das duas percebera, e praticamente nenhum outro aluno nesse castelo perceberia. Havia mais de uma pessoa invisível ali, naquele local.
E os invisíveis ficaram bestas. Primeiro, por ela ter conseguido encontrar uma passagem secreta que nem eles conseguiram encontrar. E segundo por terem descoberto que eles estavam ali.
- Caramba. – sussurrou Peter, os olhos arregalados. – Ela é mesmo diabólica.
- Não, eu não sou diabólica, Petigrew. – ela disse, revirando os olhos, e Peter soltou um gemido de profundo assombro. – É que pelo fato de cada um de vocês terem de 1,80m para cima... A capa de Invisibilidade não cresce junto, sabia?
Tinha um que de sarcasmo na voz dela quando terminou essa última frase. James olhou para baixo. Uma ponta pequena, extremamente pequena, dos tênis dos quatro apareciam. Olhou incrédulo para Sirius, que parecia tão besta quanto ele.
- Então... – começou Luanie, sentando numa poltrona vermelha. – O que vocês vão aprontar essa noite?
- Nada que interessa a <i>você</i>, Christopher. – disse Sirius, dando de ombros. Luanie sorriu levemente.
- E depois <i>nós</i> que somos grossos. – ela comentou, balançando a cabeça e estudando a sala da Torre da Grifinória.
- Nós quem? – perguntou Remus, franzindo o cenho.
- Sonserinos. – ela disse, enrolando uma mecha de seus cabelos num dedo. – Todos acreditam que somos <i>nós</i> que começamos a briga, mas isso só porque temos coragem o suficiente para brigar. Já os grifinórios, quando vêem um professor por perto, enfiam o rabo entre as pernas e saem de fininho. Eu queria <i>mesmo</i> saber por que diabos os grifinórios são conhecidos pela coragem, e não pela covardia.
- Covardia? – perguntou James, bestificado. – Você acha que nós somos covardes porque azaramos sonserinos?
- Covardes são vocês, que azaram crianças e matam pessoas inocentes. – falou Peter.
- Ah credo, vocês e a mania de intitular um ser pela espécie! – falou Luanie meio impaciente, e Remus prestou mais atenção nessa parte. – Já passou pela cabeça de vocês que nem <i>todo</i> o sonserino é assim?
- Não. – falou Sirius.
- Ah, é claro, o orgulho grifinório. – ela disse, rindo levemente e olhando exatamente para onde Sirius estava. – Bom, eu pelo menos tenho humildade o suficiente para falar que nem todos os grifinórios são irritantes como vocês.
Ela sorriu forçadamente e se levantou no exato momento que a porta do dormitório feminino abriu, mostrando Lene e Lily que riam de algo.
- Você estava falando com alguém? – perguntou Lily, ainda sorrindo.
- Ah, e com quem diabos eu falaria, Evans, com o sofá? – ela disse, sorrindo divertida. Lily sorriu com ela e as duas começaram a descer as escadas.
Ao se verem sozinho, os Marauders tiram a Capa da Invisibilidade de James de cima deles próprios.
- Como <i>diabos</i> aquela Sonserina maldita descobriu? – perguntou Sirius, parecendo extremamente alterado, andando até o sofá.
- E como assim ela conhece uma passagem que a gente não conhece? – perguntou James, parecendo levemente confuso, ainda parado no mesmo lugar.
- Como se vocês não soubesse como a Christopher é. – falou Peter, se jogando numa poltrona. – Isso é realmente bem a cara dela.
- O que, ser uma filha da mãe sem educação? – perguntou Sirius, avermelhado.
- Não. Aparecer do nada e estar superior a todos. – respondeu Remus, pensativo.
- Bom. – começou James, sorrindo marotamente. – Acontece que dessa vez, <i>nós</i> vamos aparecer do nada.
Os outros três olharam para ele, confusos. Ao ver a pergunta silenciosa que estava sendo feita para ele, James sorriu e apontou para sua Capa de Invisibilidade, que estava ainda jogada no chão.
Um sorriso identicamente maroto apareceu no rosto de cada um deles.
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- Ah meu Deus do céu. TIRA ISSO! – gritou Marlene, rindo, deitada no chão da loja.
As três meninas estavam se divertindo muito com a vendedora, uma simpática mulher que tinha lá seus 30 anos. Marlene e Luanie riam ao ver Lily vestida de leão.
- O que, é o espírito Grifinório! – ela gritou rindo, balançando o rabo do leão. Marlene deitou no chão novamente, rindo, enquanto Luanie revirava os olhos.
- Ah, então eu peço <i>por favor</i>, que eu use ela. – ela disse, e Lily também caiu no chão, rindo. Luanie soltou uma risadinha e entrou no provador, com uma fantasia na mão.
- Essa é simplesmente a fantasia mais ridícula que eu já vi em toda a minha vida! – disse Lily, apontando para si mesma e olhando para a vendedora, que ria tanto que já estava vermelha.
- Ah, acredite, tem MUITAS mais ridículas perdidas por aqui. – ela disse, e as duas riram. – Luanie, que fantasia você esta pondo?
- Vocês vão ver. – ela disse, gargalhando sozinha. As três meninas se entreolharam, desconfiadas.
- Luanie, eu estou com medo. – disse Lily sorrindo e se levantando.
- Pois você devia é estar com tesão. – ela respondeu, abrindo a cortina, sorrindo marota.
- AH MEU DEUS! – gritou Marlene, para no outro momento se jogar no sofá, gargalhando.
- ISSO É UMA FANTASIA PORNÔ?! – gritou Lily, rindo.
- OH YES! – gritou Luanie, como se gemesse. As meninas ficaram uns bons minutos rindo, enquanto Luanie dançava de um jeito erótico e brincalhão para elas.
- Na boa, você tem que ir com ela no baile. – disse Marlene, limpando o rosto que estava cheio de lágrimas.
- Que no baile, você tem que usar isso todos os dias na escola! – disse Lily, e as meninas riram.
- Eu vou levar essa, mas só vou usar depois de uma boa reforma. – disse Luanie. – Porque até parece que eu vou de calcinha lá.
- Ta bom, Luanie, ta bom... Todas já escolheram suas fantasias? – perguntou Lily, e as duas concordaram. – Então vamos pro caixa pagar!
As quarto saíram daquela sala rindo, deixando tudo quieto e escuro.
Mas meio segundo depois, percebeu-se que elas não estavam sozinhas lá.
- Meu Deus do céu. – disse James, que parecia ser o único capaz de falar. – O que exatamente é o corpo dessa Luanie?
- Caralho, velho. – disse Peter.
- Atriz pornô. – disse Remus, olhando pro nada.
- Eu to besta. Eu to besta. Caraca, velho, eu to besta. – continuou James, jogando a capa de invisibilidade no chão.
- Caralho, velho.
- Sirius? Sirius. Sirius, você ta bem? – perguntou Remus, se colocando na frente do amigo, que estava olhando seriamente para a porta que as meninas tinham acabado de sair. Sirius ergueu os olhos, e Remus reconheceu o brilho de predador que às vezes possuía a alma do jovem Black.
- Eu vou levar essa sonserina pra cama. – ele falou. – Pode escrever isso.
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