Capítulo Um- EDITADO
O APRENDIZ, ENTRE MENINOS E LOBOS;
Primeiro Capítulo
Cassidy Lupin abriu a porta de madeira, precipitando-se para dentro do quarto de seu filho. Ele virou o rosto, surpreso.
“Bruno está te esperando lá embaixo.”
O menino joga o livro que estivera lendo de qualquer jeito na cama, e passa quase correndo por sua mãe. Quando está na metade da escada, escuta a voz dela o chamando.
“Que foi?” E vira-se, para vê-la com o rosto um tanto tenso.
“Não brinque perto da floresta sim, Remus? Ouvi que tem havido alguns desaparecimetos.... Dizem que é por conta de uma alcatéia que tem por lá... Não vá lá, tudo bem?!” Ela lhe sorri, chegando ao mesmo degrau que ele e passando sua mão nos cabelos castanhos-claro do filho.
“Pode deixar. Acho que vamos ficar no parquinho, ou então no campo.” Ele sorriu de volta para a mãe, e torna a descer as escadas, encontrando o amigo Bruno à sua espera na varanda.
Os dois saíram da casa de Remus alegres. Atravessaram a rua de paralelepípedos e foram para a pracinha que tinha em frente à casa do garoto. Lá, todos os amigos dos meinos estavam reunidos. Alguns brincavam de jogar bola, outros com carrinhos feitos de madeira, havia uns dois nos balanços, e quatro sentados na grama, cochichando.
Remus e Bruno foram sentar com esses quatro. Quando eles chegaram, os garotos pararam de falar e olharam para Remus de forma curiosa.
“Soubemos que seu pai brigou no bar, ontem...” começou um garoto alto e gorducho. Aparentava ser o mais velho.
“É mesmo?” Remus se fez de desentendido. Sabia que o pai havia discutido, sim, com alguém. Mas não fazia idéia dos detalhes.
“É. Meu pai disse que o cara vai se vingar. Que não dá pra mexer com ele e não sair machucado.”
Remus fechou a cara.
“Não é verdade, meu pai sabe se defender! E ele não deixaria nada acontecer com nenhum de nós!”
O menino deu uma risadinha.
“Pode até ser que ele saiba se defender, Remus, mas será que ele vai estar por perto se o Sr.Greyback vier se vingar em você, ou em sua mãe?” Remus se levantou rápido e deu um grito:
“Cale a boca, Stan! Você não sabe do que está falando. Meu pai NUNCA vai deixar a gente desprotegido! Nunca!” E saiu pisando duro. Bruno olhou Stanley.
“Por que você fez isso?”
"Ah, nada. Só queria saber se ele dizia mais alguma coisa sobre o pai dele. Você sabe, eles são muito estranhos.”
Bruno calou e olhou para os outros três meninos que estavam com eles: Charlie, um garoto de nove anos, assim como Stan, porém bem mais magro, Robert, mais magricela que uma lagartixa, tinha sete anos, e os cabelos cacheados e negros, Peter: Oito anos, assim como ele e Remus, baixinho, porém ágil e esperto e, finalmente, Jared, também com oito anos. Era o irmão do meio de Stan (Eles tinham uma irmãzinha de dois anos).
“Vocês são amigos dele ou não? Vão deixá-lo de lado só porque o pai dele é esquisito?”
“Não!” respondeu Peter prontamente. “Eu gosto do Remus. Só queria saber o que aconteceu no bar, ontem.”
“É!” responderam os outros meninos. Bruno balançou a cabeça de uma lado para outro e foi atrás de Remus.
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Depois de meia hora, os garotos já haviam esquecido o incidente, e brincavam de pega-pega.
Cansados, decidiram se sentar.
Então, um carro parou junto ao meio fio na rua em frente a casa de Remus. Do lado do motorista, o próprio desceu, indo abrir a porta de trás.
Do banco, desceu uma garota baixinha, esguia, de longos cabelos lisos e castanhos. Ela olhou ao redor, e sorriu para os meninos, que prestavam atenção nos dois desconhecidos que haviam acabado de chegar. Stan a encarava, e ela lhe sorriu de forma cativante.
O motorista pôs a mão nos ombros dela e cochichou-lhe algo. Num instante, o homem dirigiu-se para a padaria da cidade. A pequena ficou lá, sorrindo para eles.
“E aí?” Stan perguntou.Os colegas não percebiam o quão ele estava hipnotizado por ela. A garota deu um passo à frente, examinado os rostos curiosos dos meninos.
“Meu nome é Carla De Vallance”
“Oi, sou Stan. Esses são Remus, Bruno e Charlie” disse apontando para os amigos.Ela não deixou o sorriso de lado.Olhou ao redor, e, curiosa, dirigiu-se a Stan:
“Não tem meninas aqui?”
“Tem, mas elas preferem ficar em casa, brincando de bonecas”
Ela ergueu as sobrancelhas e disse:
“Brincando de...bonecas?”
“É. E por quê você não está com a sua nos braços?” Remus pronunciou-se, arrogante; ela sorriu mais ainda, e tirou do bolso de seus shorts jeans, um bisturi, que ganhara em seu aniversário.Os meninos arregalaram os olhos, enquanto ela rolava a faquinha por seus dedos tão velozmente que só era possível ver-se um vulto prateado.
“Ganhei do meu melhor amigo...”
“Qual a profissão dele?” Perguntou o mais novo dos garotinhos.
“Hoje?” respondeu, pensativa. “Hoje ele é engenheiro, mas era médico quando tinha duzentos anos”.
Stan virou-se de lado, olhando significativamente para Charlie e Bruno, depois para Remus.
“Você é doida. Ninguém vive duzentos anos”
“O meu pai viveu! Ele tem quatrocentos anos...Eu acho”
“Foi ele quem te disse isso?”
“Não” ela riu pelo nariz e rolou os olhos. Remus achou aquele gesto incrivelmente irritante. “Fiz as contas quando achei um documento com a data de nascimento dele”
Stan deu de ombros.
“Você mora aqui perto?” Chalie perguntou.
“Não, sou de Dijon. Mas nasci em Roma”.
“Roma?” Remus deixou escapar. Sua voz era de total incredulidade.
“É” ela o mirou curiosa, deixando sua cabeça pender para o lado.”Parece com seu nome, Né? Remus. Remo. Ro-ma” o sussurro saiu sensual demais para alguém da idade dela. Um arrepio percorreu a coluna de Lupin ao perceber a intensidade do olhar dela.
Levantando a cabeça, ela perguntou para Stan, que estava mais próximo:
“Posso ficar com vocês?” sua voz saiu doce.
“Mas...você é uma delas” disse um outro ruivo, menor que Stan. ”Uma menina”
“E daí?” Stan desafiou.”Se ela passar nos testes, poderá ficar”
Mas o menino ruivo não aceitou.
“Remus,Charlie, o que vocês acham?” Bruno perguntou aos outros ‘líderes’, já apoiando Stan.
“Duvido muito que ela consiga, mas vale a pena tentar.” Charlie olhou para Stan. “Mesmo assim, ter uma menina entre nós não é uma boa idéia”.
“Devíamos deixá-la tentar” Remus falou. Seu olhar seguro em Carla, que sorria satisfeita.
“Quando começamos?”
“Agora” Charlie falou, altivo.
As crianças se dirigiram para o meio da praça; Sentaram-se no gramado velho e morto, fazendo uma rodinha.
“A primeira prova é: ---”
“Calma, Peter, temos que fazer o juramento, primeiro”.
“Certo, certo, Robert”.
“Enquanto estamos sentados aqui, eu, Stan Kirche, prometo que tudo o que for dito neste círculo continuará aqui, e que cada membro do Clube da Espada Norte permanecerá neste até a morte, exceto se for excluído por todos os integrantes do clube. Devemos ser leais e estarmos sempre à disposição de nossos amigos e ‘irmãos’ ”
“Eu prometo!” disseram todos os meninos juntos. Carla ficou calada, olhando para cada um deles.
“Pois bem, a primeira tarefa que ela”, Stan fez uma careta ao pronunciar o pronome. ”Terá que cumprir é: contar seu maior segredo”.
Carla ficou calada por mais um tempo, refletindo.
“Não vou fazer isso” ela disse, um pouco depois.
“Está com medo?” Charlie debochou.
“Não.Só não sei se devo mesmo fazê-lo”
“Todos contamos os nossos”
“Foi...”
“Os meus testes serão os mesmos dos deles?” A pergunta direta meteu medo no ruivo ‘chefe’. ”Não quero que seja facilitado só por que sou menina”.
“ pode deixar!” exclamou Bruno, divertido.
Carla respirou fundo.
“Eu...eu tenho que escolher uma pessoa. Uma pessoa especial, para ser minha Protegida. E eu já fiz a escolha. Enquanto faço o teste de vocês, também estou sendo avaliada por meu pai e padrinho”.
“Qual o trabalho dele?” Bruno perguntou, verdadeiramente curioso.
“Ele....ele é...” a indefinição e dúvida era explícita no rosto da pequena garota. ”Ele é empresário...” ela falou devagar, ainda um pouco duvidosa, provavelmente analisando a palavra, vendo se se encaixaria na profissão do pai. Soou bem, então ela continuou: “Ele trabalha numa daquelas empresas que tenta salvar o planeta.”
“Ah....e por quê....?”
“Psiu!Deixe-a falar!” Stan gritou.
“Ele e meu padrinho estavam, há muito tempo, procurando uma criança, como nós, para que ficasse como meu ‘protegido’.Mas eu recusei todas” ela olhou firmemente para o ruivinho mais novo. “Eu só queria um. E ele está aqui”
“O Jared?” O rosto de Charlie era curioso e confuso.
“Não” ela respondeu com simplicidade.
“Então...?”
Carla virou-se para Remus:
“Você é filho do Lupin, não é?”
“Sou”
“Hmm....Onde seu pai foi?”
"Está no trabalho, eu acho.”
“A que horas ele volta?”
“Só à noite”.
“Então ficarei para esperá-lo”.
“E o segundo teste?” Perguntou Jared.
“Comer uma minhoca” Bruno respondeu, com extrema felicidade.Carla, sem deixar de encarar Remus, cavou a terra e retirou uma minhoca de sete centímetros da terra. Ela estava intacta e se contorcia com os raios de sol que batiam em sua pele frágil. Num movimento lento, no qual os garotos não despregaram os olhos da mão de Carla e nem piscaram para não perderem a ação, ela colocou a minhoca inteira na boca e sem mastigar, engoliu-a.Depois ainda lambeu os dedos.
Todos os garotos arregalaram os olhos, enquanto ela sorriu depois de seu feito.
“E então?”
“Acho que você não vai precisar fazer o próximo” Stan engoliu em seco, alarmado.”Você se saiu muito melhor do que qualquer um de nós aqui, Carla”
“É mesmo?” ela não parecia nem um pouquinho surpresa.
“Você está dentro!” Charlie concordou.
“É...” Remus era o único que não parecia muito entusiasmado. Ele se levantou e foi na direção de casa. Carla revirou os olhos e levantou-se num salto, seguindo-o.
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n.a.: espero que tenham gostado do capítulo. Ele foi reescrito, porque eu não aguentei vê-lo tão largado. A partir de hoje, estou re-editando TODOS os capítulos, pra que fiquem melhores, e a Fic seja mais clara e dê mais prazer aos leitores!
Comentem, viu!
Beijo, Mira.
28 de maio de 2012 - 2ª edição
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