Capítulo Dezessete - EDITADO
Décimo Sétimo Capítulo
Remus Lupin
Depois de horas trancada no quarto só com Cannish e Oscar, Lyly saiu para falar com o pai.
Os meninos, Jeanette e eu estávamos em meu quarto, comendo.
Cannish apareceu na porta algum tempo depois de eu ver os três indo ao escritório do Sr. De Vallance; o ruivo estava sério.
“Rémy, nós vamos sair amanhã cedo. Você vem conosco, ou vai ficar aqui?” Encostou-se no vão da porta e me fitou.
Havia algo o incomodando.
“Vão sair para onde?” perguntei.
O que fariam, que eu tinha que decidir se iria, ou não? Ele torceu a boca e inclinou a cabeça, fazendo sinal para eu sair.
“Volto já!” disse, levantando do chão, onde estava sentado ao lado de Sírius.
Saí do quarto e encostei-me à parede do corredor.
Cannish inclinou-se, murmurando, quase na altura de meu ouvido esquerdo.
“Nós vamos ao velório, Remus, na casa da avó de Carly.” Ele parou por um segundo. “Na Itália... queria saber se você vai, porque... Bem, vai ser um tanto tenso, lá.” Afastou-se, recostou-se na parede do outro lado, e ficou me encarando, sério.
Eu estava estático. Não sei se teria coragem de ir, de ver a mulher que cuidou de mim tão bem dentro de... NÃO QUERO NEM PENSAR! Balancei a cabeça para espantar tais pensamentos.
“Tudo bem, Remus, Cannish?” Tive um sobressalto, olhando para minha esquerda. Lyly estava lá. Sua voz fraca, esganiçada. Os ombros baixos e os cabelos desarrumados. Respirei fundo. Não sabia o que responderia a ela.
“Estou convidando Remus para nos acompanhar amanhã.” Ele falou como se comentasse do tempo. Olhei para ele com os olhos arregalados. Como ele conseguia falar de forma tão banal?
Voltei a olhar para a garota, ainda surpreso.
Ela me dirigiu um sorriso triste.
“Eu já ia convidá-lo.” Então andou até o meu lado e pegou minha mão, sorrindo mais alegre e olhando em meus olhos. “Mas acho que Remus vai preferir ficar na casa de James” e virou-se para Cannish. “Lá não é lugar para brigas, e não quero que Remus se sinta mal se algo acontecer comigo.” Ela entrou em meu quarto.
Fitei Cannish. Ele respirou fundo, sem me olhar, e saiu, dizendo “tchau” após alguns passos.
Voltei ao quarto e encontrei todos espalhados. Sírius e James jogavam cartas, Peter estava assistindo ao jogo deles e Carly fazia uma trança nos cabelos louros de Jeanette, sentadas em minha cama.
A loura sorriu para mim e depois voltou a conversar com Lyly, que parecia animada. Sorri de volta à Janny e fui sentar com os Marotos.
“O que Cannish queria?” Sírius perguntou como quem não quer nada.
“Saber se eu ia viajar com eles para a Itália”
“E você vai?” James não tirou os olhos de suas cartas. “Estávamos pensando em ir lá pra casa...” Olhei para Carly.
Ela parecia bem...
E Cannish e Wulfmayer estariam lá...
“Tudo bem.” James sorriu e baixou suas cartas. Sírius xingou. Havia perdido.
“Ótimo! A gente pode ir quando você quiser!” e riu da cara de Padfoot, que estava decepcionado, choramingando e maldizendo James de brincadeira.
Oscar Rutherford
Quando aterrisamos na Itália, o clima entre os presentes no jatinho de Wulfmayer ficou mais pesado do que já estava.
Olhei para meu lado direito. Leelee estava encostada no banco, com a cabeça apoiada em meu ombro. Estava calada, distante. Abracei-a e beijei o topo de sua cabeça. Meu coração doía tanto de vê-la assim...
Wulfmayer estava à minha frente, olhando pela janela.
Cannish estava encolhido em um canto, onde não podíamos vê-lo direito, e Blöter lia um livro sobre Artes Marciais.
“Oscar?” o sussurro dela me chamou a atenção. Olhei para baixo, encontrando seus olhos verdes, que sempre me davam um tipo de força, de apoio, de carinho.
Hoje, eles eram triste, e me pediam essa força de volta.
“Oi.” Pigarreei. Depois de tanto tempo calado, estava rouco. Ela me olhou profundamente.
“Não me deixa, por favor...” e pigarreou também. Depois do choque, do choro, da percepção do que realmente estava acontecendo, ela não derramou mais nenhuma lágrima. Porém, trancou-se num silêncio devastador.
Olhei para Wulfmayer.
Ele nos observava, intrigado por ela ter dito qualquer coisa desde que saíra do quarto de Remus para se vestir.
“Claro que sim, Lyly. Vou ficar.” Acariciei seus cabelos. Sempre, acrescentei mentalmente.
Meu Deus, o que essa garota pensava sobre tudo isso? O que ela faria quando descobrisse quem assassinou sua mãe?
E Wulfmayer?
Ele faria algo para vingar Giulianna?
Ouvi os motores do avião mudarem de intensidade. O piloto liberou nossa saída e nós descemos, entrando no carro que nos levaria para a casa de Antonietta Lambóglia.
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n.a.: Eu sei que demorei para postar! Mas olha! Tá aqui! heueuhuehue se der, posto o capítulo 18 logo hoje, também, pra dar um desconto!
Obrigada a quem comentou!
Um beijo.
Mira
Capítulo editado em 24.07.2012
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