Último dia na Toca

OLÁ!
Desculpem a demora para postar o capitulo! Mas tudo estava um tanto corrido pra mim e eu não tive tento de concluí-lo. O que estão achando da fic? Espero que estejam gostando!
As partes Drinny estão por vir ainda!
Tentarei postar um capitulo por dia. Tentarei! Porque estudando em três escolas fica meio difícil haha
Continuem acompanhando
xx
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O último dia na casa dos Weasley passou mais devagar que o costume, Harry chegou até mesmo a comparar com os dias que passava na casa dos tios, quando passava o tempo todo trancado no armário na rua dos Alfeneiros, o que basicamente fazia sentido, pois  a maioria do tempo Harry passava trancafiado no quarto que dividia com Ron um de cada lado do quarto.

Eram poucas as palavras que trocavam com o amigo, o que era completamente fora do normal. Harry se entristecia com isso e parecia que Ron também, mas não tinham assuntos para argumentar. Ron provavelmente pensava em Hermione, mas decidiu em não perguntar.

Faltavam apenas um dia para voltar a Hogwarts o que animava Harry um pouco. Pelo menos veriam outras pessoas e não somente as que estava ali. Não que Harry quisesse se livrar de Ron, ele era seu melhor amigo.

Levantando da cama, passou pela que Ron estava deitado fitando o teto e murmurou “Água” enquanto saia.

Harry desceu as escadas lentamente, não havia motivo para correr, seus dias continuavam entediantes e então quando estava descendo o segundo lance de escada, esbarrou fortemente em Ginny que estava subindo as escadas correndo. Harry a segurou pela cintura antes que ela caísse enquanto ela agarrava sua blusa na altura do ombro para se equilibrar. Com os olhos ainda arregalados Ginny olhou para ele, a primeira vez desde o dia que decidiram jogar Quadribol de madrugada, a primeira vez desde que ele quis realmente beijá-la, a primeira vez desde que ela deixara Harry sozinho sem motivos.Harry ainda estava chateado com Ginny pela maneira que ela havia o tratado mas ele não podia evitar de olhar para ela, ainda mais agora que ele segurava sua cintura fortemente contra seu corpo e ela estava agarrada a suas vestes, mas antes que Harry pudesse pensar em qualquer outra coisa mais, ela soltou suas vestes e passou as mãos leves pelo seu pescoço e pousou seus dedões em seu queixo, ele sentiu seu corpo estremecer, então Ginny passou suas mãos por seus braços e chegou de encontro as mãos de Harry que ainda estavam segurando fortemente a cintura de Ginny, quando ele sentiu o toque da garota seus dedos se afrouxaram e ela os entrelaçou e soltou rapidamente , lançando para ele um olhar expressivo de angústia e relutância ela voltou a subir as escadas.

Harry se viu no meio da escada com as mãos pairando bobamente ao lado do corpo e provavelmente com uma cara confusa. Cerrou os punhos e desceu fortemente a escada.

Chegou na cozinha dos Weasleys, estava vazia. Sra.Weasley devia estar fazendo comprar ou em algum outro lugar da casa, ele não ligava. Ele somente se sentia num conflito de emoções, se sentia frustrado, amargurado, tentado e com, raiva. Já não bastava a noite que Ginny o deixara sozinho depois de jogarem um pouco de Quadribol? Sim, aqueles pensamentos ainda atordoavam Harry e quando ele finalmente tinha a ilusão dele sumir de sua cabeça, o que acabara de acontecer, não melhorava em nada.

Tentou manter esse pensamento longe e se ocupar em pegar um copo no armário e se servir com água. Bebeu o copo em um só gole e ali ficou, parado, com as mãos sobre a pia e sua cabeça abaixada tentando raciocinar.

Porque ele agia daquela maneira quando estava com Ginny ele não sabia, e também não tinha certeza se queria descobrir. Ela sempre fora como uma irmã mais nova pra ele, mas esse ano era diferente. O que tinha mudado? Talvez fosse ela, com certeza era ela, suas atitudes estavam diferentes, ela não passava mais como ‘a-irmã-de-seu-melhor-amigo’ em seus olhos e pensamentos, ela era Ginny,a  garota de cabelos cor de fogo igual o resto de sua família, uma garota, do sexo oposto ao dele, que ele convivera tanto anos sem ao menos notar que ela era algo além da irmã mais nova dos Weasley. E então um pensamento passou pela cabeça de Harry no meio de toda a confusão que a cabeça dele se encontrava. Poderia ele estar apaixonado por Ginny Weasley?

 Esse pensamento o fez levantar sua cabeça e encarar o nada.

Ele não poderia estar. Ou poderia? Como ele mesmo tinha apontado, ela era uma garota... uma bela garota. Mas não poderia estar – seus pensamentos voltaram na garotinha que ele salvara no 2º ano – ela era Ginny a garota que ele via de pijamas e vira praticamente crescer, como pudera se apaixonar por ela agora? Não poderia acreditar e tampouco poderia ser verdade. Harry não estava apaixonado por Ginny, não estava! Ou talvez pudesse. Não podia!

A dúvida o estava matando.

Ele tampouco poderia compartilhar sua dúvida de estar ou não apaixonado por Ginny com o melhor amigo se não provavelmente ganharia bofetadas e azarações.

Ele estava só.

Ou talvez não.

Havia Hermione, ela era sua melhor amiga tanto quanto Ron! – concluiu com excitação, mas logo ela se esvaiu o deixando na mesma que estava antes de pensar em Hermione - Mas as garotas eram amigas e se ela contasse Ginny podia saber, mesmo ele não tendo certeza do que sentia, se ao menos, sentia algo alem de proteção pela garota.

Mas ele sentia, quando pensava nos momentos que compartilhara com Ginny este verão seu estômago embrulhava e ele sentia como se tivesse alguma esperança nos olhos da garota e então seu corpo se afundava num ódio interminável quando lembrava da madrugada que fora deixado sozinho no jardim ou no momento que tinha acabado de acontecer na escada.

Porque ela estava fazendo isso com ele? Não havia motivo para ignorá-lo, ele deveria ignorá-la por tratar ele daquela maneira, mas o contrário estava ocorrendo e ele queria entender o porquê.

Harry saiu da cozinha se sentindo atordoado e caminhou em direção aos jardins, sentou no meio da grama e ficou contemplando a paisagem. A paisagem da Toca era linda, com vários morros e tudo era verde e o céu era azul claro com algumas nuvens bem ralas tudo estava particularmente calmo quando...

- AI!

Harry puxou o dedo rapidamente para seu campo de visão e viu um gnomo de dentes afiados, cravado em seu dedo. Harry o pegou pelos seus pequenos tornozelos e o virou no ar e jogou pro outro lado do campo. Harry aprendera a fazer isso com Ron, Fred e Jorge quando fora pela primeira vez para A Toca em seu segundo ano. Harry achava um tanto divertido fazer isso, por mais que Ron e os gêmeos Weasley detestassem, era engraçado ver os gnomos tontos e xingando, mas quando eles eram demais, e eles sempre eram demais, era realmente cansativo pegar um por um e ficar os girando no ar.

- Hermione me ensinou um feitiço para fazer isso mais rápido e com mais deles – disse uma voz as suas costas e pelo jeito estivera vendo tempo o suficiente para ver o que Harry fizera com o gnomo, era Ron e sentando-se ao seu lado continuou – Só que é mais eficaz, sabe, eles vão parar mais longe e ficam bem mais bravos.

- Como Hermione sabia uma coisa dessas? – perguntou Harry intrigado.

- Não sei, não achei prudente perguntar – disse Ron arqueando as sobrancelhas com um ar de quem esta tentando se lembrar de algo.

- Achou que ela iria usar em você?

- Achei melhor não abusar da sorte. Hermione me ensinando feitiços para perturbar gnomos de jardim sem eu ter que implorar? É achei melhor não perguntar.

Então ele e Harry caíram na gargalhada. Depois de um minuto, talvez dois, eles pararam. Harry tinha se esquecido como era rir com Ron, ou como era boa a presença do amigo.

- Harry você esta bem?

- Claro.

- Não é bem nesse sentido de ‘Estou vivo e sem doenças letais’ é no caso de bem, bem... sabe? – Ron olhava para Harry com um pouco de confusão e expectativa no rosto.

- Ron, estou bem. –respondeu dando palmadinhas carinhosas no ombro do amigo - Porque esta me perguntando isso?

- Ah sabe, você anda meio estranho. Eu inclusive estava falando com Hermione sobre isso outra noite

- Hã? – Perguntou Harry confuso olhando para o amigo

- É sabe aquela noite que você a Ginny sumiram? Então, Hermione foi no nosso quarto e me acordou e perguntou se eu tinha visto onde minha irmã tinha se metido e na hora nós vimos que você também não estava na cama e eu disse que você andava meio estranho, calado demais e Mione também achou isso mas ela me pontuou uma coisa que eu não tinha percebido antes...

- E o que é? – Harry sentia como se um tijolo tivesse caído em seu estômago. E se Ron tivesse descoberto que ele tinha ficado acordado com Ginny naquela noite mesmo ele dizendo ao amigo que não estivera?

- Ginny anda realmente estranha. Mas do que você na verdade. Você ta bem normal perto dela.

Ron tinha chegado aonde Harry queria, no que Harry estava pensando desde que vira Ginny depois de ser resgatado em sua casa, no que estava pensando desde que Ginny começara a ter comportamento estranho e Ron continuou.

- Mas nem eu, nem Hermione sabemos o que ela tem. Sabe com a Mione é, ela ta toda preocupada com a Ginny e eu não tinha notado, mas no dia depois que Hermione me contou eu comecei a notar e – Ron olhava quase desesperado para Harry, na beira de desespero com confusão, como se estivesse tentando montar um quebra cabeça muito grande e algumas peças não quisessem encaixar de maneira alguma. – é verdade. O que acha Harry?

- É, hm.. ela mudou um pouco mesmo.

- Um pouco? Você tem visto minha irmã dormindo Harry? Porque eu não!

“Dormir é para os fracos” A voz de Ginny ecoou na cabeça de Harry no exato instante que Ron terminou sua frase. Então falou mas para ele do que para Ron.

- Não, ela não esta dormindo.

Mas aparentemente, ele ouvira.

- Não. E está com a cara péssima.

- Está?

- Claro que está. Parece que não dorme a dias, ela esta com a mesma cara que eu fico quando está em semana de provas e Hermione fica me enchendo o saco para estudar e eu acabo me matando tarde demais para assimilar tudo que ela me passa. – Concluiu mal humorado, provavelmente voltando a tona suas lembranças de Hermion quse o matando de tantas lições.

- É, isso é realmente péssimo.

 Harry não queria mais pensar nisso, estava farto de pensar em Ginny desde que chegará na Toca, estava farto da Ginny que estava agindo estranho e preocupando a todos. Então decidiu mudar de assunto.

- Ron? Que tal nós fazermos uma desgnomização no jardim com os novos feitiços que Hermione te ensionou? Aposto que sua mãe vai ficar feliz e nós vamos dar umas boas gargalhadas a custa deles.

Ron deu um peteleco em um gnomo que estava chegando sorrateiro perto de seu dedo e abriu um sorriso malicioso – Vamos nessa.

Ele e Ron passaram a tarde toda desgnomizando o jardim, o que Harry tinha que admitir que era muito mais legal e engraçado do que ficar enfiado no quarto o dia todo. Fora um dia muito divertido e muito diferente do que como havia começado. Os garotos estavam quase mortos de cansaço quando Sra.Weasley os chamou para o jantar. Pingando lama de todas as partes do corpo entraram na casa e Sra.Weasley deu um gritinho e mandou eles pararem onde estavam assim que entraram na casa, com um aceno da varinha os garotos estavam sem um pingo de lama no corpo, porém ainda sujo, mas sua fome era maior, comeram como se o mundo fosse acabar em poucas horas. Então Sra.Weasley perguntou agitada:

- Esta gostoso Harry?

- Mar...ravi..lhoso Sra, Veasley – Harry respondeu com a boca cheia de empadão.

- Porque estão tão imundos? Parece que ficaram o dia todo rolando no galinheiro!

- Quase – disse Ron.

Sra. Weasley o olhou com espanto.

- Como assim quase Ronald?

- Relaxe mamãe, fizemos uma coisa que você vai nos amar pra sempre.

Sra. Weasley o olhava extremamente desconfiada.

- O que você fizeram? Se essa casa explodir em minutos eu vou bater em você tão forte com essa colher que você vai ficar surpreso do que eu posso fazer com uma colher Ronald Weasley! – Ela apontada a colher ferozmente para Ron, que ria sem parar.

- É Ron, não vem com essa. – começou George

- A função de destruir a casa... – continuou Fred

- É NOSSA! – concluíram num uni som.

Harry não se agüentou e desatou a rir acompanhado do Sr.Weasley. Era uma cena bem engraçada de se presenciar uma mulher apontando ameaçadoramente uma colher para um garoto, seu pai rindo até ficar da cor dos cabelos, gêmeos indignados por não serem os primeiros a talvez explodir a casa. A única que estava muito quieta era Ginny e na hora que ele olhou em sua direção a garota o encarava, de tal maneira que Harry teria medo se ela não tivesse desviado rapidamente o olhar para seu prato.

- Calma mamãe e vocês – Ron olhou sério para Fred e George – eu e Harry degnomizamos o jardim para a senhora. – Ron concluiu a frase parecendo muito feliz consigo mesmo.

Sra.Weasley abaixou a coelhor mas continuava a olhar desconfiada para o filho.

- Que é que você quer?

- O que? Um filho não pode cuidar de gnomos chatos de jardim sem sua mãe achar que ele quer algo? – Disse Ron fingindo grande indignação.

E todos desataram a rir mais uma vez.

O jantar fora agradável e Harry havia comido mais do que podia agüentar. Suas pernas mal o agüentavam ao subir as escadas, então subiu bem devagar, se lavou e logo depois Ron entrou no banheiro para tomar banho, mas Harry não conseguiu esperar o amigo entrar no quarto para o desejar boa noite e adormeceu tão rápido que só tinha tido tempo de pensar em uma coisa.

Amanhã estaria de volta a Hogwarts.

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