Escreva-me



She Has No Time









 


“Querida Marlene, Ou Lene, como preferir.


Eu estava me perguntando hoje, como está. Não consegui responder a mim mesmo, é difícil quando não se tem a pessoa amada por perto. Por fim, como está?


Sinto imensa saudade de você, não posso mais ocultar isso. Nunca fui um cara romântico e acredito que saiba disso. Todos esses dias, todas essas horas, todos esses segundos, eu tenho sentido a sua falta. Não há como descrever essa dor. James pediu para que eu lhe dissesse como me sinto, pois diz que estou começando a ficar como Shakespeare, um cara romântico e adorador de dramas.


Por favor... escreva-me, escreva-me dizendo como está e como tem passado todos esses dias. Escreva-me dizendo que finalmente perdoou-me, que está tudo bem. Escreva-me dizendo que sente falta de nossas horas brigando, que tudo está vazio e calado demais sem mim. Pode escrever isso? Agora você sabe que pode me fazer feliz com apenas uma carta. Espere, ainda faltam algumas coisas que quero na carta.


Escreva-me e diga que está fazendo as malas para voltar. Escreva-me também dizendo que já falou com seus pais, e que disse que voltará de vez pra mim. Escreva-me dizendo que os enfrentou e que está radiante por isso. Escreva-me dizendo que sente falta do meu abraço, assim como sinto do seu. Escreva-me dizendo que está louca para beijar a minha boca novamente, tocar meu rosto. Eu poderei corresponder, pois sinto falta disso também. De seu perfume, seus olhos... ohh, querida. Eu realmente sinto falta de ti.


Você me faz falta aqui, não tem noção do quanto. Pode confirmar com Lílian. Ela não dirá que continuo o mesmo crianção de sempre, pois essa já não é mais a realidade. Eu mudei, mudei por você. Eu quero... quero me casar com você, querida. Quero ter uma vida simples, com gato, filhos, um vizinho tarado por você... e quem sabe um cachorro? Sim, deve estar pensando que li seus pensamentos, mas eu só li a carta que mandou à Lily parabenizando-a pelo noivado com o veado, bom, cervo, pois agora ele cresceu.


 Por favor, morena...


Escreva-me, nem que seja a última vez, dizendo que me ama, que quer se casar comigo.


Escreva-me...


Escreva-me.




Do seu eterno cachorro, S.B.”


Sirius fechou a carta e entregou a sua coruja. – Você sabe aonde entregar. – sorriu ele.


Estava acostumado a mandar cartas a Lene frequentemente, ela nunca lhe respondia. Até que um dia apenas desistiu, ela não responderia. Sirius sabia disso. Seu pensamento fluiu, meia-hora se passou. Olhou para a janela esperançoso, sua coruja estava ali e em seu bico havia uma nova carta. O moreno correu até a janela, pegou a carta e demorou alguns minutos para abri-la.


“Caro Sirius,


Estou bem, mas tenho passado todos esses anos só. Eu te perdôo por tudo, não se preocupe. Você não sabe o quanto sinto falta de nossas brigas, sempre por motivos tolos, mas era o meu passatempo. Sinto muita falta disso, de você. Queria muito fazer as malas agora e voltar pra você, estar com você. Meus pais nunca se conformariam se eu dissesse que... eu iria embora pra sempre, mas estou radiante apenas de pensar.


Meu moreno, sinto tanta falta de seus abraços fortes, de seus beijos... das suas mãos macias sobre meu corpo, tocando cada parte como se fosse sua. Tudo que eu queria era... ver seu sorriso, seu rosto. Não preciso confirmar nada com a doida da Lily, eu consigo sentir que... você mudou sim. E... eu vou me casar com você, de alguma maneira. Nós teremos três filhos, todos serão lindos e travessos como você. Não me arriscarei de ter um gato em casa, então um sapo já é o bastante. E nosso vizinho, ele será tarado não só por mim, mas por você também. Acho que não quero um cachorro, já terei um pra cuidar.


Estou escrevendo-lhe pela ultima vez, meu amor, com todo esforço e tempo.


Eu te amo, te amo, te amo muito. Eu quero sim me casar com você, mas me desculpe por isto não ser possível.


Eu te amo, Sirius.




De sua eterna mulher, M.M.”


Ao fechar a carta, observou por um tempo o seu envelope; ele pôde perceber que ela havia chorado enquanto escrevia a carta, mas havia algo a mais no envelope. Sangue. Sirius escutou a porta se abrindo e se levantou desesperado. James estava vestido com os olhos grandes e melancólicos. Já passava de 23:00hrs, o que ele fazia acordado? – O que... – a voz de Sirius falhou. - Atacaram a casa dos McKinnons há 15 minutos. – disse James ocultando a preocupação que havia em sua voz e olhou para a carta que estava nas mãos do amigo.


- Não, não...


- Eles... – como ia dizer isso a ele? Porque tudo tinha de ser tão injusto? James hesitou por um segundo, mas não havia como esconder. – Eles, os comensais, eles... torturaram os McKinnons.


- Estão bem? – inquiriu Sirius receoso, com os olhos cerrados, sabia que algo havia acontecido.


- Eles... Sirius, os comensais torturaram os McKinnons até a mor...


- Ohh não, oh não! Não, não, não, não. Não... – foi impossível para Sirius segurar o choro; as lágrimas caiam facilmente de seus olhos azuis. Não sabia distinguir os sentimentos naquele momento, as emoções naquele momento.


- Eles não conseguiram sobreviver, Sirius, eles não... – James abaixou a cabeça, era difícil demais terminar de falar vendo o estado do amigo.


- Ela... ela aceitou se casar comigo, James. Ela aceitou casar comigo e agora está... oh não, isso não. – replicou ele limpando as lágrimas, como... como aquilo podia ter acontecido? Minutos antes... não sabia quanto tempo, talvez Lene estivesse a beira da morte enquanto escrevia-lhe aquela carta. O sangue, as lágrimas. Era possível ele acreditar que aquilo havia realmente acontecido?


- Sinto muito, Lily também está devastada. – caminhou até Sirius e o abraçou fortemente. – Vai passar, cara. Vai passar.


- Ela, a Lene, ela... foi a única que eu gostei, Pontas.


Como superaria a perda de Marlene? Não sabia como a dor da perda poderia ser extraída de seu ser. Foi tudo tão repentino, a noticia havia acertado-o de maneira desesperadora. Ela havia aceitado casar-se com ele; há minutos antes ela havia aceitado. James retirou-se silenciosamente do quarto de Sirius. Ele ia precisar de tempo, tempo... era o que restava. O tempo era capaz de tantas coisas mas nunca o faria esquecer o tremendo vazio em seu peito. O tempo era algo tão relativamente passageiro e a dor, ah a dor, essa definitivamente seria eterna.


 


--------- - --------- - - She Has No Time – Oneshoot ---------------------------------




N/b: Carai, que fic triste! COITADINHA DA MARLENE! Apesar de ela ser uma vaca que roubou o MEU Sirius… x D Ela não merece morrer. Ah, amei a cartinha do Sirius, tão… desesperadamente romântica. Ficou ótima. E já sabem, né? Se não comentarem, o chicotinho vai rodar! Mesmo sendo Natal. Feliz Natal para todos vocês e um prospéro Ano-Novo! ;) 2008 vem aí, ein? Huahua! Beijos! Banana Potter 


 


Heeeeeeey Io! =D Bom. Cara, eu não sou muito boa com shorts e nem songs. Mas eu tentei, bom. Eu tava com uma vontade do caraleo de escrever, porque eu tava na semana de castigo (trauma), então sentei com meu caderninho de fics, peguei o lapis e foi. Foi igual ao capitulo 7 de Emergency, ploft, pluft. Deu no que deu. =D Então, a Fernanda, vulgo Luxuria falou pra mim postar, depois de eu comentar com ela sobre a short. =D decidi postar, então parte dessa short eu dedico a ela, USAHSUAHSA, que me convenceu a postar. *-* Espero que tenham gostado. =D Beeeeeeeejitos! Feliz Natal, gente! Espero que nesse dia de natal, vocês aproveitem não só os presentes, mas a família também. A família reunida, o amor. Okay? =D Napô ficando sentimental, abafa o caso. SUAHSAUHSAUSHUASHAUH. Caraleo, quero comer o bolo de rum que mamy’s fez. UASHAUSHAUSHAUSHAUHS. Feliz Natal e ano novo também! Brigadão. Beeeeeeijos! o/ Inté. By Luisa Khan Malfoy, vulgo Luh Napolitano, também chamada de napô.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.