No mundo da lua



CAPITULO 20


No mundo da lua


Já era março, e a primavera estava dando sinal que não esperaria por maio para dar as caras. A lula gigante já nadava alegremente pelas águas descongeladas do lago. No meio da fina camada de neve, já podia ser visto o verde da grama e o colorido das flores.


- Levante logo Lili, senão vai acabar perdendo a visita a Hogsmeade! – Gina tentava acordar a amiga no sábado da segunda semana de maio sendo observada pelo um olhar brabo de Nemeses.


- Já vou! – resmungou ela colocando o travesseiro sobre sua cabeça.


- Ah, não. Vai saindo dessa cama mocinha. Eu tenho um encontro hoje e não vou perder por causa de uma dorminhoca.


- Ok, Ok. Já to de pé. – Lili foi até o banheiro, parecia que estava morrendo. 


- E vê se não demora nesse banho. – falou Gina – Eu to te esperando lá em baixo.


- TAH BOM! – gritou Lili do chuveiro.


Em dez minutos ela já estava lá em baixo, Gina estava sentada em uma poltrona perto da lareira, que estava apagada devido ao belo dia que fazia lá fora.


- Não podia ter colocado algo mais alegre não? – perguntou com um olhar de censura para o vestido preto de Lili.


- Não amola! Não queria que eu me arrumasse rápido? Então, foi à primeira coisa que eu achei pra vesti. 


- Vamos então?


- Só uma coisa!


- Que é? – perguntou Gina estressada.


- Onde estão os outros?


- Você vai se encontrar com eles no Três Vassouras. Agora vamos.


- Sim, estressadinha.


- Eu não estou estressada.


- Nah. Imagina!


Elas desceram até os portões de entrada de Hogwarts, onde Filch estava despachando os alunos.


- Bom dia Sr. Filch. – cumprimentou Lili. Gina olha incrédula para a amiga.


A cara que Filch fez foi de puro nojo, mas não tirou o sorriso do rosto de Lili.


- Sabe de uma coisa! – comentou Gina quando estavam dentro do coche se dirigindo a Hogsmeade.


- O que? – Lili volta sua atenção para a amiga.


- Invertemos os papeis. Ontem era você a toda estressadinha e eu a alegre. Agora sou eu a estressada e você a alegre. Estranho não?


- Eu não acho. É apenas uma mera coincidência.


Elas desceram do coche e foram andando pela rua principal de Hogsmeade. Nemeses sempre perto de Lili, voando.


- Ei Gina! – um rapaz do sétimo ano da Lufa-lufa a chamava da porta da Dedosdemel. 


- Bom eu vou indo! E não conta nada pro Rony. Sabe como ele é! 


- Sem problemas. – Lili fica sozinha no meio daquele alvoroço de alunos. Mas não ficaria sozinha por muito tempo. Seus amigos a esperavam no Três Vassouras.


Ela andava distraidamente pela rua quando alguém esbarra nela, ocasionando um belo tombo da parte de Lili.


- Ai… olha por onde anda.


- Desculpa Lili. – ela esbarrara em Liak. Ele a ajuda se levantar.


- A culpa foi minha, estava distraída. – ela sorri. Há dias que ela não conseguia mais brigar com Liak. – O que está fazendo aqui?


- Te procurando. – respondeu ele sem cerimônias. – Limmie ta querendo falar um assunto muito importante com você.


- Vamo lá então.


Os dois se direcionaram ao Três Vassouras, onde a duas mesas juntadas no fundo do aposento, estavam sentados Harry, Rony, Mione, Limmie, Hannah, Vivin, Luanne e Lulin.


- Oi pessoal! – cumprimentou Lili.


- Preciso falar com você. – Limmie já estava de pé ao lado de Lili, segurando seu braço.


- Calma, Li. Eu vou te ouvir. Vamos ali pra aquela mesa. Fique aqui Nemeses. – as duas foram para uma mesa do outro lado do bar. E Nemeses ficou sentadinha no ombro de Liak.


Limmie estava ficando corada e fazia o mesmo movimento com os dedos repetitivamente.


- Calma! – Lili segura às mãos de Limmie a fazendo parar. – Respira fundo e comece desde o começo.


- A Lili eu não sei se conto.


- Não confia em mim? – perguntou desapontada.


- Não, não é isso. É que eu nunca senti isso.


- Como? – Lili estava ficando curiosa.


- Eu… eu estou gostando de alguém. Eu acho. – acrescentou rapidamente.


- Quem é o felizardo? 


- Ah, Lili. Promete que não vai rir de mim? Nem vai ficar braba?


- Por que riria de você? Ou ficaria braba?


- Eu sei que não faria isso, mas tinha que perguntar. Assim me sinto mais segura para contar. – Limmie encarava a mesa, cada vez ficando mais vermelha.


- E ai vai me contar ou não?


- É o… a esquece Lili. – ela fez menção de se levantar, mas Lili a puxou de volta.


- Negativo, agora começo, termina.


- EugostodoHarry. 


- De quem? – ela falara tão rápido que não havia compreendido.


- Eu gosto do Harry. – falou Limmie gesticulando.


Lili arregalou os olhos e escancarou a boca dizendo:


- Não acredito.


- Falei! Sabia que ia fazer alguma coisa para eu me sentir um monstro.


- Eieiei… também não é assim. Foi uma grande revelação, mas não estou assim por causa disso.


- E por que, então?


- Há umas três semanas eu ouvi uma conversa entre o Harry e o Rony e eles estavam falando sobre você.


- Agora me conte Tim-Tim por Tim-Tim.


- Assim oh… já eram umas três e pouco da madrugada. Como não tinha sono, pensei em descer para a sala comunal, pra dar uma revisada na redação de Historia da Magia. Mas quando cheguei ao pé da escada eu ouvi vozes. Logo percebi que eram Rony e Harry. Não teria ficado, é feio ouvir as conversas dos outros, mas acabei ouvindo seu nome no meio. Então a curiosidade foi maior que o respeito. Escondi-me atrás de uma poltrona e fiquei lá, ouvindo a conversa dos dois.


- Não enrola e diz duma vez o que eles falaram de mim.


- Mas você pediu pra mim conta Tim-Tim por Tim-Tim.


- Não precisa mais.


- Tah… hum… quem tocou em seu nome foi Rony. Ele perguntou para o Harry o que ele achava de você. Nessa hora eu dei uma espiadela por cima do sofá e vi o Harry vermelho como um pimentão.


Limmie sorria timidamente, parecia uma criança de quatro anos que acabava de aprender a primeira aula de vôo. (putz nada vê isso).


- Ele falou que você era muito bonita. E o Rony o mesmo, mas notei que a voz do Harry havia embargado um pouco.


Lili continuou a falar da noite de “espiã”. Depois de uma meia hora elas voltaram para a mesa onde os outros estavam.


- Se lembraram do povão aqui! – disse Luanne.


- Foi mal o atraso gente, mas precisava conversar com ela. – disse Limmie.


- E ai! Vamos dar uma volta? – perguntou Hannah. 


- Nos mostrem o povoado. – opinou Vivin.


- Ótima idéia. – disse Mione – Que tal ir primeiro a Zonk’s?


- O que aconteceu com você? – perguntou Rony vendo se Mione estava com febre – Ta doente?


- Não Rony. Apenas quero me divertir. – respondeu ela rindo da cara do amigo.


O “pequeno grupinho” de dez pessoas saiu do bar conversando. Foram na Zonk’s, como Mione falara. Logo depois foram na Dedosdemel.


Lili pensava que Gina não estaria mais ali, mas engano seu. Quando eles estavam em frente à loja, Gina saiu abraçada ao garoto que há um tempo havia a chamado. 


- GINA! – berrou Rony.


Gina olha preocupada de Rony para o seu acompanhante.


- O que significa isso? – perguntou à irmã, mas olhava para o garoto.


- Ah não Rony. Não faça escândalo. Eu já não preciso mais de você tomando conta da minha vida.


Rony estava quase chegando à cor de seus cabelos. Por sorte Liak e Harry seguraram Rony e Mione tirou o casal da visão dele.


- Vamos Rony. – Limmie começou a puxá-lo para dentro da loja. – Acho melhor eu ver se tem algum doce que acalme um pouco você.


Rony passara o resto do dia com a cara amarrada. Teve uma hora que ele saiu com Mione. Da parte dela, tentar acalmá-lo.


- Gente coitada da Gina! – falou Lulin quando eles estavam subindo para a Casa dos Gritos.


- O Rony gosta tanto dela que acaba protegendo-a de mais. – agora foi à vez de Hannah falar.


- Vamos parar de falar deles um pouco. – falou Lili – Faz um tempão que o assunto é o encontro deles.


- E vamos falar do que? – perguntou Harry que andava na frente de todos. – Nada acontece há meses.


- E isso é uma coisa para nos preocuparmos. – eles finalmente chegaram a casa. – Voldemort, não atacou nenhum trouxa. Nem roubou nada. Isso está muito estranho.


- Ele perdeu a profecia ano passado. Acho que agora ele está bolando um plano muito bom, pra não falhar mais uma vez. – falou Harry sentando na cerca.


- Pode ser! – Lili sentou-se ao lado de Harry.


O silencio tomou conta do local e só foi quebrado quando eles ouviram vozes, vindo da subida.


- Malfoy! – resmungou Lili.


E ela estava certa, logo que ela pronunciara o nome dele, aquela cabeça loira aparece.


- Falando de mim Maifayr? – perguntou ele sorrindo.


- É que ouvir essa sua melodiosa voz me dá uma vontade enorme de dizer seu nome e logo após vomitar em cima dele. – Crabbe e Goyle puseram as pesadas mãos nos ombros de Malfoy que tinha o olhar maligno.


- Não ouse falar assim comigo sua aberração da natureza. – bufou ele.


- Eu… - ela apontou para o próprio peito – uma aberração da natureza? Acho que você não anda enxergando bem Veela.


- Não se atreva a me chamar de Veela sua elfa-domestica.


- Então crie modos Malfoy. Se me tratares como um ser humano eu o tratarei assim também, mesmo você sendo uma linda Veela, não é gente?


Todos riram e Goyle e Crabbe empurraram Malfoy para traz deles e seguraram cada um em um braço de Lili. Nemeses, que estava numa árvore próxima, teve o intuito de defender a dona, mas Lili olhou para a fênix pedindo que ficasse onde estava. 


- Que covardia! Dois contra um. – falou Lili sorrindo e olhando para suas companheiras.


Vivin olha travessamente para um Malfoy meio que encolhido atrás daqueles dois brutamontes.


- Malfoy, pensa rápido! – Vivin conjura uma bola de fogo e lança nos pés de Malfoy que cai estatelado no chão. Ficou todo sujo!


- Pobre Malfoy! Está todo sujo! – diz Vivin se matando de rir.


- É verdade! Ele está precisando de uma boa DUCHA! - Malfoy fica todo molhado da água saída das mãos de Lulin.


- E, pra secar mais depressa, um vento siberiano NO CAPRICHO, isto é GELADO! – Hannah lança o vento sem piedade em Malfoy.


Depois do trato em Malfoy, Lili encara os dois brutamontes que ainda a seguravam. 


- Vão me soltar ou querem receber tudo isso bem mais forte? – Os dois soltam Lili e carregam Malfoy morro a baixo.


- Isso aí! – Liak disse abraçando as cindo ao mesmo tempo. (o tamanho do braço da criatura, mas elas eram pequenininhas mesmo). Nemeses havia ido para perto de Lili que sorriu para a fênix.


- Vamos voltar. – sugeriu Vivin - Imagina se Malfoy da com a língua nos dente.


- Ele não se atreveria. – arriscou Lili.


Eles voltaram a pé mesmo para Hogwarts. Eles queriam conversar e não caberiam todos dentro de um coche. Demoraram, mas chegaram. Exaustos por sinal. 


- Eu vou tomar um banho e já desço. Vê se me esperem. – Lili foi para o dormitório e encontrou Gina sentada na janela olhando para o campo de quadribol, suspirando.


- E ai como foi o resto do encontro?


- Maravilhoso. Ele me pediu em namoro.


- E você disse sim né?


- Falei que responderia hoje depois do jantar.


- E o Rony, como é que tu vai fazer?


- Eu vou ser bem direta, como fui hoje à tarde. 


Lili vai tomar banho, depois de quinze minutos de espera ela desse com Gina.


- Gina, tu não viu o Rony e a Mione?


- Pra ser franca, Harry, não os vejo desde a Dedosdemel.


- Estranho!


- Eles devem estar aos beijos por um corredor de Hogwarts! – falou Luanne. 


- Os dois? Impossível. Vivem discutindo.


- Não dizem que quanto mais brigam, mais se gostam?


Com isso eles desceram para o jantar. Malfoy estava na mesa da Sonserina. Com a pequena brincadeira a praga acabara pegando um resfriado.


- Deixaram o coitado com resfriado. – falou Limmie.


- Enlouqueceu maninha? O Malfoy, coitado?


- Não vê que eu tava brincando. – ela amarra a cara e começa a comer.


Mione e Rony não apareceram o jantar inteiro.


- To ficando preocupada agora. - falou Lili enquanto subia as escadas para o quinto andar.


- Eu to igualzinho! – falou Harry – O Rony não aparecer para comer é raro, então isso significa que algo grave aconteceu.


O resto do percurso até a sala comunal da Grifinória foi feito em silencio. No mesmo andar Hannah, Vivin, Luanne e Lulin se despediram de Harry, Liak, Limmie e Lili. 


- Traquinagens! – disse Liak para o retrato da mulher gorda.


O salão estava quase vazio, os poucos que ali estavam faziam algum dever atrasado.


Rony e Mione estavam sentados um ao lado do outro, com as faces vermelhas e olhando para o chão.


- Finalmente resolveram aparecer! – falou Harry – Estava a pensar o pior já!


- Mas nós estamos aqui! – falou Rony.


- Será que poderíamos subir para o seu dormitório, Lili! – perguntou timidamente Mione, olhando para a amiga.


- Claro vamos lá.


Quando todos entraram e estavam instalados na cama de Lili, Mione olha um por um e começa a falar.


- Eu peço desculpas por ter sumido assim. Não era minha intenção. 


- Coisas aconteceram. – interrompeu Rony.


- Eu e o Rony… - mas Hermione não pode terminar, pois a cara de seus amigos era de puro embaraço. - Ai Merlin! Não é nada disso que vocês estão pensando suas mentes poluídas. 


- Inda bem que se justificou. – Liak ria.


- Eu e ela estamos namorando! – falou Rony, ficando mais vermelho, se isso fosse possível.


- Eu não acredito! – disse Harry – Que maravilha!


Todos começaram a pular em cima da cama de Lili felizes pelos dois.


- Para ai gente, vai quebra a cama. – gritou Lili.


Limmie jogou um travesseiro em Lili. Daí Lili jogou um em Harry. E assim por diante, começando uma guerra.


O namoro de Rony e Mione correu como uma flecha por toda Hogwarts. Nos primeiros dias os dois andavam de mãos dadas. Vermelhos pelos comentários que os outros faziam.


- Oi! – cumprimentou Harry sentando-se em frente às meninas, que estavam sentadas em baixo da faia perto do lago.


- O que querem aqui? – perguntou Lili tirando os olhos da flor que Luanne fazia nascer.


- Calma Lili! – falou Liak sentando-se também. – Acha que eu e o Harry queremos ficar de vela, nem mortos.


- O que estão fazendo? – perguntou Harry.


- Nada de mais. – falou Vivin – Apenas descansando. Mas logo retomaremos nossas aulas.


- Em pleno domingo? 


- Uma guerra está para chegar, temos que nos preparar para o pior! – disse Lulin com o olhar vago.


As outras olharam preocupadas para a morena. 


- Lulin? – Chamou Hannah.


- Sim! – ela olha para a amiga – No que estavam falando?


- Você não se lembra? 


- Lembrar do que Hannah?


- Você…


- Ela acabou de fazer uma previsão. – disse Lili olhando seriamente para a amiga.


As cinco se levantaram, Lili ficara na frente das outras. Enquanto Harry e Liak ficaram sentados debaixo da faia.


- Vamos ver como você está indo Vivin. – Vivin se distanciara um pouco da árvore e das garotas.


Fechou os olhos, em sua mão direita uma enorme bola de fogo estava se formando, enquanto na outra na ponta de seu dedo tinha uma pequena chama, igual à de uma vela. Quando abriu seus olhos, não havia mais aquele negro profundo, mas sim chamas ardendo. Um sorriso maligno formou-se nos delicados lábios da vampira.


A enorme bola de fogo acabou acertando a árvore em que Harry e Liak estavam sentados. Os dois saíram correndo para longe da árvore agora em chamas.


- Piro Vi? – perguntou Harry.


- Psiuu Harry. Deixe-a terminar. – protestou Lili.


Então Vivin assopra a pequena chama que tinha em seu dedo, queimando a grama ao redor da árvore.


- Muito bem, Vivin! – Lili batia palmas e sorria. – Agora vá você Lulin.


Lulin toma o lugar de Vivin. Ao contrario da amiga, Lulin permanece com os olhos abertos. Vira-se para o lago e de lá faz uma enorme onda apagar as chamas que comiam a árvore. Ela volta saltitando para o grupinho.


- Gostou? – perguntou sorrindo marotamente.


- Pode se dizer que sim! Mas acho que duas pessoas não! – Lili olha para Harry e Liak, completamente encharcados.


- Aiii… foi mau ai gente! Não era para pegar vocês.


Os dois ficaram calados se enxugando.


- Eu posso dar um jeito nisso! – disse Hannah indo até os dois. – O que preferem? Um vento do norte ou do sul?


- E qual a diferença? – perguntou Liak olhando para ela.


- Não vou fazer isso com vocês, tomem.


Ela os secou com o vento morno do sul. Os dois ficaram gratos e ela voltou à atenção para Luanne.


- Sua vez agora!


Luanne vai até árvore destruída pelo fogo e encosta a mão direita na árvore e a outra a posicionou no coração. 


Fixou seu olhar na árvore queimada. De lá começaram a brotar pequenos galhos. Em poucos minutos podia-se ver uma enorme arvore de cerejeira japonesa. Uma perfeição da natureza.


- Nossa que linda! – murmurou Vivin.


No chão, onde a grama havia sido aniquilada, pequenas flores do campo começaram a brotar.


Depois do trabalho feito ela sentou-se em baixo da árvore.


- Vão ficar ai de pé? – perguntou olhando para Harry e Liak que olhavam tudo aquilo, maravilhados.


Era uma sexta feira da ultima semana do mês e Lili havia pegado quatro detenções. 


- Preste atenção na aula Srta. Maifayr. – pediu o Prof. Lupin parando em sua frente.


- Me desculpe professor. – ela estava olhando por uma janela, os campos além dos portões de Hogwarts – Não irá se repetir.


- É o que a senhorita está dizendo desde o começo da aula. Não quer ir ver Madame Pomfrey? – perguntou preocupado.


- Não precisa professor. – ele a olha dentro dos olhos – Serio está tudo bem!


Ele volta para frente da sala para explicar a matéria.


Mesmo Lili querendo prestar atenção na aula, ela mergulha em seus pensamentos novamente.


- Lili. – chamou Lupin.


- Sim? – perguntou ela voltando.


- A aula já acabou pode sair. 


Ela sorri sem jeito e guarda suas coisas. – Desculpa professor, não sei o que está acontecendo. – desculpou-se da porta da sala.


- Não foi nada. Agora vá senão se atrasará.


Ela corre pelos corredores até a sala de Adivinhação. ‘Por que ainda faço essa droga de matéria?’ Se perguntava enquanto subia a escada, estava atrasada e a professora ficaria braba por isso.


Sorrateiramente ela vai até Gina.


- Oi! – disse baixinho, ela enquanto a professora explicava como se ler as borras de uma xícara (eu sei que isso o Harry aprendeu no terceiro ano, mas é que naun veio nada na minha mente).


- Eu pensei que você não vinha mais.


- E você. Por que não foi na aula de Defesa? – perguntou pegando suas coisas.


- Bem… eu… tava com o Lucas. – Gina ficara da cor de seus cabelos.


- Só podia. – Lili riu baixinho do embaraço da amiga. - Não fica assim! – ela abraça Gina fazendo cócegas.


- Para Lili! Para! Senão eu grito. – suplicava a ruiva enquanto tentava não rir alto.


Foi uma monotonia aquela aula. Lili que estava presa em seus pensamentos na arejada sala do prof. Lupin, ai com aquele aperto e com o forte cheiro de perfume barato ajudou mais ainda. Seus olhos pesaram tanto que acabou dormindo sobre seu livro.


- Lili! – chamava Gina. – Lili! Vamos! – ela começou a sacudi-la.


- Hã? – ela olha desnorteada para a amiga. – Onde estamos?


- Na sala de adivinhações. Será que podemos descer? Estou te chamando a mais de dez minutos.


- Foi mal Gina. Não era minha intenção.


Ela guardou seus livros ainda pensando no sonho que tivera. “Corria pelo corredor do segundo andar, justamente para onde ficava o banheiro da murta que geme. As imagens começam a ficar embaçadas e rodopiar muito rápido, quando ela para de rodar, vê o Prof. Lupin desmaiado na entrada do banheiro, logo depois as imagens tornam-se turvas novamente e Lili vê a irmã inerte no chão e Sirius ao seu lado. Jane estava toda machucada e Sirius tinha um profundo corte na face direita. Quando foi tentar ajudar, as imagens começaram a sumir, dando lugar a pequenos fleches. Viu ela e Harry lutando contra Voldemort, seus amigos rodeados por comensais e por ultimo ela e as outras guardiãs estavam paradas uma ao lado da outra olhando para o horizonte onde o sol estava se pondo”.


- Cada coisa louca!


- O que disse? – perguntou Gina.


- Nada não. Vamos descer pra almoçar.


Elas desceram e almoçaram rápido para chegar antes na sala. Lili queria dar uma palavrinha com sua irmã.


Ela bate na porta.


- Jane. Posso entra?


- Claro maninha, entra.


Lili entrou acompanhada de Gina.


- Eu tive um sonho estranho hoje. 


- Como assim estranho? – perguntou a irmã sentando-se em frente à Lili e segurando suas mãos.


Lili narrou todo o sonho. Enquanto Jane ficava com uma cara de preocupada, Gina estava com cara de espantada.


- Tive um sonho parecido. Mas foi a tanto tempo que me lembro de somente me ver rodeada por Comensais.


- E ai Jane. Pode me dizer o que é? – Lili olhava para a porta, onde vários alunos começaram a entrar.


Jane se levantou sem dizer nada e mandou as duas se sentarem em suas carteiras.


- O que houve Lili? – Liak estava na carteira atrás de Lili.


- Nada não Liak. Não precisa se preocupar. – ela vira para trás e da um sorrisinho, mas nada convincente.


 

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