Se defrontando com os anjos

Se defrontando com os anjos



N/A: Eu peço mil perdões pra quem estava acompanhando a fic... Eu fui viajar e esqueci de pedir para alguém postar para mim... Peço perdão novamente e agora vão oito capítulos para o começo... bjjs e obrigada por estarem acompanhando essa ficc!!! 

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CAPITULO 9 – Se defrontando com os anjos

Um verme-gigante estava perto dele. A pata dianteira direita estava sangrando muito, estava quebrada.


- Temos que sair daqui! - Disse Liak. - Depressa. 
- Não podemos deixá-lo para ser devorado pelo verme. 
- Prefiro que seja ele a um de nós. 
- Pois eu não Liak. Vou ajudá-lo.
Lili não sabia o que fazer, mas tinha que tentar. Uma vida não podia acabar assim. Ela usou todos os elementos, mas nada adiantava. Nada. Ela lembrara-se do que Liak havia dito “A dona do medalhão sagrado, tem o poder de dar a vida e a tirar” Era isso que ela precisava fazer, mas para isso ela precisava encostar-se ao verme “Mas eu estou sem o medalhão, não tenho poderes suficientes para tirar a vida dele, SACO!” pensou Lili enquanto tentava manter o verme longe dela e do corcel.  “Vai sem o medalhão mesmo” pensou ela enquanto se aprontava para atacar. Ela simplesmente sumira do nada e logo reaparecera ao lado do verme. Ela havia usado o vento para se locomover até o verme sem que ele a percebesse e com uma das mãos ela encosta-se à pele viscosa do verme e fala: 
- Como ganhaste a vida, tenho o direito de tirá-la. Morra e descanse para sempre. 
Imediatamente o verme começa a se contorcer e cava um buraco para escapar da dor. E Lili cai de joelho no chão, exausta. 
- Você está bem? - Perguntou Liak a erguendo. 
- Só estou um pouco cansada. Leve-me até o corcel. 
Liak a levou até o corcel. Lili colocou a mão sobre a ferida do animal e disse: 
- Com os poderes dos quatro elementos que há em mim eu te curo. 
A perna do cavalo começa a cicatrizar, mas agora Lili estava quase inconsciente. Não conseguia controlar sua energia enquanto usava os poderes, a deixando fraca. 
- Me desculpe Liak! 
- Não há do que se desculpar! 
- Há sim. Estou lhe dando trabalho novamente. Eu sou muito irresponsável. 
- Estou acostumado a cuidar da minha irmã, você não será diferente. - Ele a colocou em cima do corcel do deserto e subiu atrás dela. Lili ficou desacordada, deitada no colo de Liak durante quase toda a viagem. Nenhum outro verme ou criatura os incomodou ate chegarem ao destino deles.  
Como o pégaso disse, Lili iria encontrar uma menina triste e sozinha. Essa menina estava sentada no chão chorando lágrimas de sangue. 
- Eu lembro que o pégaso me mandou seguir o meu coração. - Disse Lili. 
Eles estavam diante de uma bifurcação. 
- E o que seu coração diz?
- Vamos por aqui! - Ela pegou a estrada da direita. Em seus ouvidos ainda soavam aquela voz doce da menina que estava chorando na bifurcação.


Andaram por mais umas duas horas e nada de encontrarem algo. Somente adentraram em uma floresta escura e morta.


No centro da floresta, quando já estava noite, eles encontraram um templo. Pararam diante dele.


- Ele falou sobre anjos.


- Será que são os anjos da corte?


- Anjos da corte?


- São sete anjos. Cada anjo tem uma chave que abre uma porta, mas para conseguir essas chaves tem que responder alguma pergunta ou uma charada. Quem não descobre é morto, pois não pode contar onde o templo fica e suas charadas e perguntas.


- Acho melhor descobrimos logo, a vida do pégaso está em nossas mãos. Lili começou a andar na direção da porta do Templo. A porta estava talhada em alto relevo, com as formas de um anjo e uma mulher.


- O Que queres aqui humana?


- Não sou uma humana, sou a dona do Medalhão que tu guardas no centro do templo. - Respondeu Lili vendo um lindo anjo aparecer.


O anjo trajava roupas pretas, seus cabelos negros e olhos azuis arem muito bonitos.


- Terá que me provar que é digna do medalhão sagrado. - Falou serenamente o anjo.


- O que queres que eu faça?


- Lhe perguntarei uma coisa simples… Se responder, corretamente a deixarei ir ao encontro de minha irmã.


- Faça a pergunta então Anjo!


- Ainda tens coração e alma pura para encostar-se a um elemento sagrado? - Ainda tenho a minha alma e meu coração intactos.


- Amas alguém?


- Ei você disse que seria uma pergunta só!


- Responda a essa que eu a deixarei passar.


- Acho que sim.


- Humm… duvidas no coração, isso não é bom, mas respondeu a primeira pergunta, isso é que importa.


O anjo sumiu e a porta do Templo se abre. Liak e Lili andaram por um corredor iluminado por uma luz púrpura e logo chegaram à outra porta, mas esta era completamente lisa.


- Vejo que passaram por meu irmão, mas por mim não será nem um pouco fácil! - Um anjo vestido de roxo, com seus cabelos roxos também sai das sombras. Uma moça muito bela se não fosse um anjo.


- Faça a pergunta anjo, estamos com pressa! - Disse Liak.


- Pressa? Então achas que pode chegar aqui e querer logo a pergunta? Ah não!


- Por favor! Uma vida esta em jogo.


- Pois bem. Farei uma pergunta para cada um. E terão que responder com todo o coração.


- Fale!


- Você guardiã! Por que veio atrás do Medalhão?


- Para salvar a vida do pégaso.


- Ah mais. Sei que há.


- Ok. Eu vim atrás do medalhão para julgar a morte de minha mãe!


- Ótimo, vejo que à vontade de vingança é enorme. Você pode passar. - A porta de trás do anjo se abre e Lili cruza. - Agora você. – O anjo aponta para Liak.


- Faça a pergunta que quiser! - Respondeu olhando para a porta que se fechava atrás do anjo.


- Você não gosta dessa garota?


- Ela é como se fosse a minha irmã, como não posso gostar dela?


- Não gosta dela por que ela não é como todas as garotas. Ela não fica correndo atrás de você.


- Confesso que gostaria que ela gostasse de mim!


- Então você terá que a fazer gostar de você! Por que talvez eu não a deixe sair. – o anjo sorri malignamente.


- Isso é golpe baixo!


- Isso é o que eu devo fazer! Agora vá.


Lili havia se separado de Liak. Estava sozinha agora, mas tinha que prosseguir. Não poderia deixar o pégaso na mão. Estava sozinha, iria sozinha e conseguiria.


Andou por corredores e mais corredor, era como se aquilo fosse um labirinto. Quando chegou ao final, encontrou uma porta branca onde estava passando imagens de lindos campos e de três moças. Sempre de longe, não podendo se enxergar os rostos delas.


- Vejo que gostaste de minhas imagens?!


- Oh sim, são muito bonitas! Respondeu sem tirar os olhos das gravuras.


- Mas agora você terá que responder as minhas perguntas!


Lili olha pela primeira vez para o Anjo. Era um lindo rapaz de cabelos loiros até o ombro e olhos verdes. Suas asas eram verdes e sua roupa era branca e prata.


- John?


- Não Lili. Eu sou o anjo das lembranças. Sou apenas uma lembrança sua de John.


Uma lagrima escorreu pela sua face, não podia negar que estava com muita saudade do amigo.


- Faça as perguntas para que eu possa parar de sofrer.


- Você somente irá parar de sofrer quando seu passado for revelado e seu futuro mudado, Lili.


- O que mais tem a ser revelado do meu passado? Já me basta saber que sou uma elfa-vampira, que sou a guardiã suprema do medalhão sagrado. O que mais tem?


- Sua mãe Lili. Ela não está morta.


- Como não!?


- Seu espírito ainda vaga!


- Eu sei disso, pois quando estou triste corro para os braços dela.


- Mas você sabe por que a sua mãe aparece para você, sempre que está precisando dela?


- Não! - Respondeu olhando nos olhos do anjo.


- Por que a missão dela aqui nesse mundo ainda não acabou. Ela tem uma tarefa a cumprir.


- Que tarefa?


- Isso eu não posso lhe dizer, Lili. Não tenho esse direito. Agora vá que alguém a espera na ultima porta do templo.


As imagens se apagaram e a porta se abre lentamente. Lili olha pela ultima vez para o anjo com as feições de John e sai correndo.


Teria que passar por mais três anjos. Para conseguir chegar à última porta e o ultimo anjo. Os três anjos representavam os sentimentos mais repugnantes do mundo: tristeza, desespero e dor. Pra finalmente chegar ao ultimo anjo, o anjo do ódio.


Ela parou em frente ao anjo do ódio. Seus olhos negros e frios, sua pele clara, suas asas brancas com pequenas marcas de sangue, suas mãos lanhadas. Sua feição seria e sombria.


- Vejo que conseguiste chegar até a mim. - Quando anjo falou Lili sentiu um repentino frio na espinha.


- Onde está Liak? - Lili olhou ao seu redor, mas nada dele estar ali. - Atrás dessa porta! - O anjo apontou para uma porta onde havia um anjo apontando uma lança para outro anjo que estava caído do chão.


- Deixe-me passar, por favor.


- Para que quer passar?


- Eu quero encontrar o medalhão e Liak.


- Humm… interessante… Acho que não te deixarei passar.


- Por quê?


- Você ainda pergunta, por quê?


- Por favor, se eu não passar não poderei ajudar um amigo e vingar a morte de minha mãe.


- Você tem ódio de quem mataste sua mãe? - O anjo agora estava encostando o seu nariz no de Lili, fulminando-a com os olhos.


- Não sinto ódio de Voldemort. Acho que ele não merece que eu sinta ódio dele. Prefiro apenas dizer que não gosto dele.


- Tem certeza?


- Absoluta! - Respondeu ela decidida.


- Passe! – disse ele indignado.


A porta se abre e ela entra correndo. Tinha que achar Liak e o medalhão. Ela anda por um corredor que a única luz do ambiente parecia estar se pagando, pois mal podia se enxergar a um palmo de seu nariz.


- Droga de escuridão! - Ralhou Lili. - LIAK! ONDE VOCÊ ESTÁ? - Lili começou a gritar pelo amigo.


No fim do corredor, quando entrara em um enorme salão teve que fechar os olhos por causa da claridade que era abundante. No centro do salão havia um lindo pedestal de mármore, onde em cima havia a estátua de um anjo, segurando um cajado na mão esquerda e o medalhão na mão direita. Aos pés do pedestal havia um corpo inerte, deitado no chão.


- Liak! - Ela se ajoelha e vira o amigo. Estava vivo ainda. “Graças a Merlin você não está morto” pensou ela enxugando uma lagrima que lhe caia do olho.


Ela levantou-se, olhou para estátua que segurava o medalhão. Ficou parada ali por uns cinco minutos admirando a beleza da estátua. Ela pegou cuidadosamente o medalhão e olhou-o atentamente. Dum lado havia um Dragão Negro de olhos vermelhos, do outro um lindo tigre branco de olhos verdes. Os olhos do dragão eram de rubis e os do tigre eram esmeraldas.


Quando ela colocou em seu pescoço uma luz dourada começou a envolvê-la, era uma sensação agradável, como se aquela luz ao redor dela estivesse abraçando-a. Abriu lentamente os olhos e viu sua mãe a sua frente, usando um lindo vestido lilás, seus cabelos estavam soltos com uma pequena aureola de flores brancas na cabeça e duas lindas asas brancas.


- Mãe! - Lili ouviu sua voz distante, como se outra pessoa estivesse falando. - Meu anjo! - Disse à mulher que andou lentamente até Lili, pegando nas mãos dela.


- O que está fazendo aqui?


- Eu, antes de você colocar o medalhão, era a guardiã do medalhão. Agora, meu anjo, está na hora de passar esta responsabilidade para você e finalmente poderei descansar em paz.


- Não vá! Por favor. Não posso viver sem você. - Lili abraça a mãe com todas as suas forças.


- Não sou mais necessária nesse mundo meu anjo. E alguém a espera do outro lado.


- Mas…


- Agora eu tenho que ir. Mas eu sempre estarei em suas lembras e em seu coração. E sempre estarei olhando você, onde eu estiver.


- Adeus, mãe!


- Adeus meu anjo e se cuide.


A luz dourada some e Lili se vê novamente em frente à estátua. Liak já estava acordado e a esperava, preocupado.


- O que aconteceu? Você não estava nem piscando, pensei até que você tinha morrido.


- Quando eu coloquei o medalhão a minha mãe veio falar comigo. - Ela foi perceber agora que o medalhão não estava mais em seu pescoço, mas sim em suas mãos.


- Vamos embora.


- Vamos! - Lili colocou novamente o medalhão. Não esperava que acontecesse alguma coisa, mas aconteceu. Uma luz prateada a envolveu e seu corpo começou a mudar. Seus cabelos negros ficaram soltos, seus olhos ficaram prateados, suas orelhas ficaram iguais as de Liak. Sua calça, blusa e capa desapareceram, no lugar delas ela vestia agora um lindo vestido lilás, igual o da mãe e sapatilhas brancas. Em seus cabelos havia uma aureola de prata com uma meia lua de pingente. De suas costas começaram a nascer asas, asas de anjo. Lindas asas brancas. A luz prateada se dissipou e Liak arregalou os olhos.


- Lili você…


- Eu virei um anjo! - Ela olhava pra si mesma abismada.


Lili os teleportou diretamente até o pégaso.


- Finalmente você chegou! - Disse o pégaso para ela. Aparentava ter adoecido muito mais desde que Liak e Lili haviam partido.


- Não se preocupe, eu o ajudarei. - Lili colocou a mão direita sobre o coração do pégaso e a esquerda sobre o próprio peito. - Com os poderes que há mim foram destinados a serem protegidos, faça essa bela criatura voltar a viver. Tendo assim, um ano de minha vida. - Uma luz azulada saiu do peito de Lili e entrou no do pégaso, que imediatamente se levantou.


- Obrigado! - Agradeceu o pégaso.


- Não há o que agradecer. - Lili sorri e fica olhando os dois pégasos indo embora.


- Acho que está na hora de voltarmos para casa, vovó deve estar nos esperando. - Disse Liak tirando Lili de seus pensamentos.


- Só tem um problema Liak. Eu não posso voltar com a aparência de um anjo.


- Tente voltar o normal.


- Acho que só se eu tirar o medalhão. Mas eu não quero tirar. - Lili começou a tentar a voltar ao normal. Disse apenas uma frase: - Terminei a minha missão.


Lili voltara ao normal, mas continuara com os olhos prateados e as orelhas de elfo (Gente não são as orelhas de elfo como as do Dobby. As orelhas de Lili são iguais as dos elfos do Senhor dos Anéis. No mundo de Arton, todos os elfos são assim).

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