Adeus



CAPÍTULO 1 - Adeus


- Mãe! Gritou a pequena Jane.

- Rápido querida.. Disse Julie - Pegue a sua irmã e fuja.

- Não vou Deixá-la… Nunca deixarei - Disse com os olhos marejados em lágrimas.

- É preciso meu anjo.

-Não!

- Me prometa uma coisa - Falou Julie abraçando Jane e Lili com todo o seu amor - Nunca abandone sua irmã, sempre a proteja. Ela precisará de você.

- Eu prometo! Mas…

- Shhhhhh!!! Agora vá, está na hora - Jane pegou Lili no colo e escondeu-se em uma passagem secreta que havia embaixo da cama da mãe (essa passagem secreta é protegida pelo feitiço fidélios viu?!) - Não se esqueça meu anjo, nunca desista, nunca… você e sua irmã são especiais - Quando Julie terminou de falar Voldemort entra no quarto.

Olhou para Julie ajoelhada ao lado da cama - Onde elas estão?!

- Nunca irá pagá-las, Voldemort… Nunca.

- Prefere morrer ao invés de me entregar suas filhas?

- Prefiro… Não deixarei que encoste um dedo nelas enquanto existir.

- Então morra! - Gritou Voldemort, lançando o Avada Kedavra em Julie.

Suas ultimas palavras foram essas:

- Quando precisarem de mim vocês sabem onde me encontrar.

Voldemort saiu da casa em Hogsmeade acompanhado de seus leais Comensais da Morte.

- Mãe! - Disse Jane pegando a mão mãe de Julie. - Vou sentir muita sua falta.

Jane deu um beijo em sua mãe, pegou Lili e saiu pela porta dos fundos. Deu uma última olhada para trás e andou rua acima, envolta em uma capa de invisibilidade que era de sua mãe, feita definitivamente como uma capa.

No dia mais trágico na vida de Jane, ela tinha apenas 11 anos. Teria que ser responsável por sua irmãzinha de apenas sete meses, como prometera a sua mãe.

Sempre ajudara a mãe com Lili, mas não era uma coisa fácil, pois Lili era um bebê muito delicado.


A primeira pessoa que lhe veio à mente, que poderia ajudá-la foi tia Lílian, ela e o tio Thiago eram amigos de Julie, eles iriam acolhê-la com muito carinho.


Ela parou em frente à porta de uma belíssima casa branca de dois pisos que ficava em Godri’s Hollow. Esticou o dedo até a campainha, receou em apertá-la, mas se não ficar com os Potter não teria outro lugar para ir.

Quem atendeu foi Thiago, Jane sem a capa de invisibilidade cobrindo-a, olhou nos olhos do tio.

- Posso falar com tia Lilly?

Thiago a deixou entrar, perguntou se ela queria que ele segurasse Lili um pouco, mas a menina disse que não.

Lílian ouvindo a voz da menina foi até a sala preocupada. - O que você está fazendo aqui há essa hora, querida? - Tinha um motivo muito grande para perguntar isso, eram duas e meia da madrugada.

- Mamãe… ela… está… morta.. - Uma frase que demorou alguns minutos para ser dita.

- Eu lhe disse que não estava me sentindo bem hoje Thiago, eu te disse. - Uma lágrima rolou em sua face. Teria que ser forte, pelas meninas.

Quando Lilly voltou-se para a menina para conversar com ela, após ter discutindo com Thiago, Jane ninava Lili como se fosse ela a própria mãe.

- Vamos querida! - Disse Lílian sentando-se ao lado de Jane. - Deixe que eu cuide dela, você precisa descansar.

- Não tia! Prometi a mamãe que tomaria conta de Lili.

- Então coloque Lili junto com Harry no berço.

Jane colocou a irmã no berço, deu um beijo nela e desceu para a sala.

Lílian preparou um copo de leite morno para a menina dormir.


Na manhã seguinte Lílian levantou-se às sete horas e foi preparar o café da manhã. Sua surpresa foi encontrar uma bela mesa de café, com muitas coisas deliciosas.

- Bom dia tia Lilly! - Jane lhe deu um beijo.

- Bom dia querida! - Ela olhou mais uma vez para a mesa. - Você preparou isso tudo sozinha?

- Oh, não tia! Alguém me ajudou.

- Poderia saber quem? E quero saber o motivo da senhorita estar tão alegre?!

- Eu a ajudei e a deixei assim!
Há porta da cozinha apareceu um homem de vinte anos, cabelos compridos até os ombros, olhos azuis, usando roupas pretas.

- Sirius, quanto tempo! - Lílian abraçou o amigo da escola.

- Só faz uma semana que não vejo você, Thiago e Harry.

- Uma semana que passei preocupada com você. Conheço-te muito bem Sirius Black, e sei que mesmo tendo crescido não para de se meter em encrencas.

Jane ouvia tudo e dava altas gargalhadas da cara de indignação de Sirius.

- Ta rindo de mim é sua danada?! - Sirius foi até ela e a pegou pelos pés, a deixando de ponta cabeça, o pior é que ele começou a fazer cócega em sua barriga, seu ponto fraco.

- Para Sirius! Para! - Sirius era o único que ela não chamava de tio, gostava dele como um amigo, um irmão mais velho.


Jane ficou na casa dos Potter até o fim das férias. Sirius a levou ao Beco Diagonal comprar seus materiais para o segundo ano. Lupin buscou suas coisas na casa onde morava, Jane dera uma lista extremamente grande das coisas que queria que Lupin buscasse.

No dia 1º de setembro, quem a levou a estação King’s Cross para pegar o Expresso de Hogwarts, foi Sirius e Lupin. Lílian, Tiago e Harry não podiam sair da casa.

Ela se despediu de Lili, que estava no colo de Sirius, e dos dois marmanjos.

Seus dias em Hogwarts estavam sendo divertidos, suas amigas davam muito atenção a ela e digamos que tivera alguns probleminhas com o professor de Poções.

Quando ela leu o Profeta Diário do dia 31 de outubro quase desmaiara. Lílian e Thiago estavam mortos.

“Lili estava lá com eles” pensou preocupada. Todos do salão principal redirecionaram atenção a ela, pois estava branca como cera.

Ela se levantou e foi em direção à mesa dos professores, com lágrimas lavando sua face.

- Minha irmã estava com tia Lilly, ela não está morta né, Dumbledore?

- Sua irmã não estava na residência dos Potter quando foram atacados.

Jane ficara um pouco mais aliviada, mas onde será que estava sua irmãzinha? Ela foi para os jardins, pensar sobre o ocorrido.

“Se for preciso, fugirei de Hogwarts para encontrá-la” pensou caindo no chão, chorando mais ainda (se fosse uma fic de comédia ela já teria se afogado de tanto que chorara).

- Jane! - A voz de Remo soou atrás dela, e uma mão encostou-se a seu ombro. Ela virou seu rosto vagarosamente e olhou para Remo, que segurava Lili em seus braços.

- Muito obrigado tio Remo! - Ela abraçou Remo e lhe deu um beijo estalado na face.

- Quero lhe dizer uma coisa. - Disse entregando Lili para ela.

- Diga! - Ela pegou Lili no colo que começou a brincar com seus dedos.

- Sirius foi para Azkaban.

O sorriso terno e meigo que havia em sua face sumira, em seu lugar ficou estampado o desgosto.

- É uma brincadeira sua né tio?

- Não Jane. Sinto muito, sei que você gostava muito de Sirius.

- Não, tudo bem. Sei que ele vai se livrar disso, como sempre se livrou das encrencas.

Remo nada disse, não queria estragar a esperança da menina. Apenas lhe deu um abraço e disse adeus.

Jane não disse adeus, disse apenas um até logo, sentia lá no fundo que um dia veria Remo novamente.


Após o acontecimento com os Potter e Sirius. Jane começou a ficar em Hogwarts nas férias, Harry ficaria com a irmã de Lílian. Jane até tentara ficar com ele, mas Dumbledore não deixou.

Quando o ano letivo recomeçava Lili ficava aos cuidados de Madame Pomfrey. Jane tinha um quarto separado por causa da irmã.

Lili era chamada de anjinho por Jane, mas Madame Pomfrey achava que ela não era um anjinho, pois vivia fugindo.

Ela já havia sido encontrada na cabana de Hagrid, tomando chá e comendo os quadradinhos de chocolate que Hagrid fazia. (Ahhhh… coitado do Hagrid tinha que fazer alguém gostar de seus quadradinhos). Também foi encontrada na sala de aula de astronomia sentada ao lado da irmã, bem quietinha prestando atenção na aula.


Foram assim que se passaram os anos de Jane na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

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