O Passado Permanece Vivo



Harry voltava pensativo para o dormitório dos monitores. Sabia que Malfoy estaria esperando para terem uma conversa que Harry imaginava não seria muito boa. – “Achei que teria uma vida mais fácil esse ano, mas estou prestes a ter uma conversa com o Malfoy em que só tenho duas opções, mentir ou dizer o que rola entre mim e a Mione” - Ele bagunçava o cabelo não podendo conter o nervosismo. Aprendera a respeitar Draco Malfoy durante a guerra. Não eram amigos, muitas vezes brigaram, pois a rivalidade entre os dois parece algo imortal, porém, aprenderam a unir forças. – “Se fosse outra garota talvez fosse até engraçado ver a cara do Malfoy depois que contasse tudo. Ainda não engoli o fato de Malfoy ter ficado com a Gina no Baile de Inverno” – Só Harry tinha conhecimento da história, pois teve que esconder os dois de Rony que quase os flagrara na Torre do Relógio. Naquele momento percebeu que gostava de Gina não somente como irmã do seu melhor amigo. O sorriso que Harry esboçara por um momento desapareceu de repente. – “O fato é que não é outra garota, é a Mione, e pela felicidade dela eu daria minha vida. Ela gosta do Malfoy e é só nisso que eu tenho que pensar.” Harry atravessou o retrato da Veela sem perceber, nem se lembrava de ter dito a senha horrorosa. “–Ah Malfoy se você fizer a Mione sofrer acabo com a sua raça. -“. Harry sentia um aperto no peito, como um presságio.

Entrou na sala de estudos e Draco estava entretido com um livro de Defesa Contras as Artes das Trevas e parecia não ter percebido sua presença. Decidiu então apenas sentar e esperar as perguntas. Escolheu uma poltrona em frente ao loiro e descansou um pouco o corpo. 
- Achei que ia demorar mais Potter. Imaginei que ia aproveitar que sua namoradinha ta sem o irmãozinho por perto e dar uns amassos de verdade. - Sorria debochado e deu uma piscadela para o moreno.
- Ela não é minha namorada Malfoy. Não rolou amasso nenhum. – Harry foi categórico.
- Hahaha! Só você mesmo Potter para dar uma de santo – o ar debochado tomou conta da voz do loiro – a Weasleyzinha não vai te esperar a vida toda, ela pode ter quem ela quiser nesse castelo.
- Inclusive você não é mesmo? - agora era Harry quem sorria. Sabia onde Malfoy queria chegar. – “ele quer me deixar nervoso para eu falar demais, ele não tem certeza, mas desconfia de algo”.
- Weasley e Malfoy é repulsão na certa Potter – falava sério - mas se quer um conselho, não demore muito. Não sou o único homem nesse castelo, na verdade sou o único que você não precisa se preocupar.
- Foi para me dar conselhos que ficou aqui me esperando? Pois esta dado vou dormir – Malfoy impediu que levantasse.
- Espere Potter. Qual o motivo da briga entre os Dois Mosqueteiros? – deu para perceber um ar preocupado no moreno. 
- Você não sabe Loiro Inteligente? Você foi o motivo da discórdia. – Harry se jogou na poltrona de uma única vez.
- Pode ter começado assim, mas eu não sou burro – o azul encarava o verde como se quisesse extrair a verdade apenas com o olhar – O pobretão falou demais Potter. Disse que a Hermione não é o que parece e quase a chamou de um nome que não costumamos usar com meninas com um comportamento de santinha como o dela. Diga-me o motivo Potter.
- Não sabia que você dava tanto valor a um comportamento a moda antiga Malfoy – “pois é Draco Malfoy você não sabe o que te espera”- Que careta!
- Tem mulher que é para casar. – o loiro sorria e Harry não pode deixar de sorrir também.
- Eu não tenho obrigação de te explicar nada – Harry coçava o queixo tentando pensar em algo– mas o Rony percebeu que a Mione gosta de você e se descontrolou. Começou com ofensas e eu a defendi. 
- Eu sei que ela está louquinha por mim Potter – Harry ficou vermelho o que não passou despercebido. – causo esse efeito nas mulheres. – falou de um jeito bem sonserino.
- E você o que sente por ela?
- Não se preocupe Potter. Não vou magoar sua amiga – Harry sabia que Draco não ia contar seus sentimentos para ele, mas aquelas palavras significavam coisa boa. – Como o Weasley disse por um motivo especial você sempre a estará protegendo. – Harry gelou por um momento, mas se recuperou rapidamente.
- O único motivo especial que eu tenho é a minha amizade – não era difícil ser convincente, sua proteção com Hermione não tinha nada haver com sexo como Rony insinuou. – e se você quer um conselho Malfoy, não a magoe. Se isso acontecer eu como seu fígado.
Escutaram passos se aproximando. Malfoy pegou o livro rapidamente e voltou a ler e Harry se jogou mais na poltrona como se tivesse cansado demais para ir para o quarto.
Boa noite meninos – Hermione olhava a cena com estranheza. Harry e Draco juntos em uma sala sem piadinhas. Um milagre talvez. – os dois assim juntos sem duelar. Alguém morreu?
- Boa noite. – responderam os dois como um só. – Eu nem percebi que a doninha estava ai – os dois riram.
- E o Rony onde esta? – seu rosto entristeceu.
- Está no quarto desacordado – Harry sorriu e exibiu a varinha.
- Foram entregar uma arma na mão do Santo Potter, o mundo está em perigo agora – todos riram – Vocês estão com fome? Acho que ninguém aqui jantou hoje.
- Eu estou – Hermione disse rapidamente
- Novidade - os dois falaram juntos.
- Eu fui à cozinha antes de vir – com um aceno de varinha apareceram alguns pacotes com comida – vamos comer Potter que amanhã é seleção para novos jogadores dos times.
- Eu estou sem fome – Harry levantou e cumprimentou Draco – boa noite. – foi até Hermione e a abraçou e sussurrou em seu ouvido rapidamente – Depois me encontre no meu quarto. Boa noite Mione – e seguiu para o quarto.

Harry escutou batidas na porta. –“Deve ser ela.” – Abriu rapidamente e mandou à morena entrar.
- Trouxe comida para você – mostrou um pacote – deve estar com fome.
- Estou sim obrigado – estava sério, lançou feitiços a prova de som na porta, abriu e olhou o que tinha dentro do pacote e começou a se servir. – Precisamos conversar. 
- Não rolou nada entre o Draco e eu – sentou ao lado do moreno na cama. – Não precisa ficar zangado comigo. Sério desse jeito. – Harry sorriu com o jeito da amiga.
- Não é isso Mione. Não tenho nada contra o seu namoro com o Malfoy. – se ajoelhou de frente para garota e segurou suas mãos. – Você gosta dele? – a garota assentiu com a cabeça – então é o que importa para mim.
- Eu te amo Harry Potter. – derrubou o garoto no chão e se deitou sobre ele – Você merece um beijo – e foi aproximando dos lábios do rapaz até que ele a impediu com as pontas dos dedos.
- Não pode ser assim Hermione – falava sério – temos que conversar.
- O que é tão sério assim que não pode esperar? – ela sentou no chão dando espaço para o garoto levantar.
- Malfoy me fez perguntas sobre a briga do almoço. Ele ouviu tudo.
- TUDO?! Até o Rony me chamando de... Aff prefiro nem repetir – entendera agora porque o amigo estava tão preocupado.
- Ele ouviu a conversa toda Hermione e ficou desconfiado.
- E o que você contou a ele? – Sabia que o segredo deles estava perdido. Rony poderia contar na primeira briga.
Harry contou toda a sua conversa com Draco, sem omitir detalhes.
- Putz! Que cara careta. – Hermione parecia exausta após o relato do amigo. – Você acha que ele pensa que eu sou virgem?
- Todo mundo pensa que você é virgem Hermione. - Harry revirou os olhos com a ingenuidade da amiga – Você é muito certinha e nunca ficou com ninguém em público depois do Krun mesmo recebendo um convite por dia.
- Só faltam dizer agora que eu não gosto de homem – ela fingiu está assustada.
- Estou meio desconfiado. – falava debochando - Você só teve o krun e eu na vida, RESPECTIVAMENTE – frisou o garoto – mesmo com todo assedio masculino em cima de você.
- Idiota! – ela deu uma tapa no braço do amigo – A maioria dos garotos só querem poder dizer que “pegaram” a Sabe-Tudo metida a difícil. Não vou servir de troféu para nenhum garoto cheio de espinhas. – fez cara de emburrada. 
- Ah então esse é o motivo? – Harry a puxou mais para perto de si e alisou suas cochas. – Achei que era porque você só se envolve com jogadores famosos de quadribol.
- Não me importo se for um jogador famoso de qualquer outro esporte – falou debochando do amigo.
- Você sabe que o Rony pode contar sobre nós a qualquer momento. Achei que você ia querer contar a sua versão primeiro.
- Espero que ele não faça isso – Ela olhou para o amigo preocupada – você quer contar para a Gina? Se você quiser não tem problema.
- Não me preocupo com a Gina, sei que quando contar ela vai entender – Passou a mão pelo cabelo. – Estou preocupado com você.
- Não se preocupe. Não sou nada do Draco e não posso atender todas as expectativas dele. Tem coisas que não dar para voltar atrás. – Harry riu gostosamente com as palavras da amiga – nós não temos compromisso com ninguém Harry, se alguém descobrir não há ninguém a quem estejamos traindo.
- E se um de nós começar a namorar acaba automaticamente – Harry continuou as regrinhas que criaram. – e mesmo se um dia o mundo exigir não deixaremos de ser amigos e nos proteger. 
- Eu não entendo porque você não namora a Gina de uma vez – alisava o cabelo do amigo – Vocês se gostam.
- Não é tão simples assim Hemione. – ele não encarou a amiga.
- Antes o que impedia era a ameaça do Voldemort. – ela obrigou que ele a encarasse – Eu sei que o Rony não é mais um problema. Você faz ela sofrer com esse chove não molha.
- A Gina já ficou com o Malfoy. – Harry falou de supetão. Hermione pareceu se abalar com a notícia. – No Baile de Inverno. Eu vi os dois na Torre do Relógio.
- A Gina não me contou – tentava se recuperar – Só você sabe disso? - Harry assentiu - Por isso a Gina defende tanto o Malfoy. Será que eles sentem algo um pelo outro?
- Acho que não. Espero que não.
- Eu também – disse a morena pensativa – Você está punindo ela por isso Harry? – Levantou rapidamente e Harry a acompanhou – Está se vingando por ela ter ficado com o Malfoy.
- Não é bem assim Mih... – Harry não encarava a amiga – eu só não consigo.
- OLHE PARA MIM QUANDO FALAR HARRY – Estava furiosa com o amigo. Quando ele não a encarava era porque estava confuso com as próprias atitudes – Isso aconteceu há quase três anos.
- Você nunca vai entender Hemione – Harry falava com a voz fraca.
- Eu sei que a Gin já ficou com vários caras, mas... 
- Não me importo com isso – ele falava desgostoso.
- Seu problema é que foi justamente o Malfoy. – Hermione se jogou derrotada na cama – Essa rivalidade tem que acabar.
- Esquece isso Hermione – parecia esgotado – Amanhã se você quiser continuamos essa conversa, mas hoje estou cansado demais para isso.
- Você é um idiota filho da mãe – ele olhou para a amiga com uma ponta de mágoa ao escutar as palavras dela – Fica preso ao passado, uma noite, enquanto a Gina te espera...
- CHEGA HERMIONE! – ele foi até a porta – È melhor você ir embora.
- Como você quiser – Ela seguiu em direção a porta e a abriu – mas pense bem no que você está fazendo para não se arrepender.
- Pensando bem vou te dar um conselho. – Ele a segurou pelo braço – Não conte nada para o Malfoy sobre nós. Ele pode não conseguir sequer te olhar nos olhos novamente.- Ela não respondeu. Aqueles olhos verdes pareciam feitos de pedra. Fechou a porta e caminhou silenciosa para o seu quarto. Por mais que tentasse negar, sabia que os problemas estavam a caminho e a felicidade tão esperada demoraria um pouco a adentrar suas vidas.




Baile de Inverno

Hermione chorava muito sentada na escada, tinha mandado Harry e Rony para cama naquele momento. “- Por que ele tem que ser tão estúpido Merlin? O Rony nunca vai me ver como uma menina -”. Percebeu que Krun se aproximava e secou rapidamente as lágrimas. Não queria responder perguntas naquele momento. Queria esquecer um pouco quem era.
- Hermio-ni-ni– o Búlgaro se esforçava para pronunciar o nome da Grifinória. – trouxe cerveja amanteigada. – entregou uma garrafa a ela.
- Obrigada – deu um sorriso sem graça e virou o conteúdo da garrafa de uma única vez.
- Calma Hermio-ni-ni – tomou a garrafa vazia da mão da morena – você vai ficar bêbada desse jeito.
- Me chame de Mione, é mais fácil. – ele falava bem o inglês, mas seu nome parecia especialmente difícil – Hoje parece um bom dia para o meu primeiro porre.
- Não vou deixar você beber mais. – Ele acompanhava com os dedos os cachos do cabelo dela. 
- Hoje é um baile. Todo mundo tem direito de encher a cara - falava como se tivesse lhe tirando algo – inclusive eu. – Tentou se levantar para buscar mais uma garrafa mais foi impedida por Krum.
- Quero que você esteja lúcida quando eu te beijar – Hermione se sentiu petrificar e uma enxurrada de pensamentos estranhos passava pela sua cabeça.
Com olhos assustados observava a aproximação dos lábios búlgaros dos seus e sua mente parecia não trabalhar direito. Pareceu uma eternidade até que lábios que mais pareciam icebergs tocassem os dela com delicadeza lhe causando um frio na espinha. Demorou um pouco menos até que desse abertura para que Krum aprofundasse o beijo, mas quando percebeu que a morena cedia este respondeu prontamente. Enlaçou-lhe a cintura e colou seu corpo no dela. Estava adorando sentir os músculos dele tão perto enquanto ele massageava suas costa e movimentava a língua com grande habilidade dentro da sua boca. 
Krum se afastou com um sorriso bobo e passou a acariciar seu rosto enquanto a observava. Ela sentia seu rosto queimar. Sabia que estava vermelha e ofegante. Desviou seu olhar do dele que pareceu perceber o constrangimento.
Você quer dançar? – Ela sorriu e fez um sinal positivo. Caminharam até a pista onde uma musica lenta tocava e os casais dançavam colados. Fizeram o mesmo e enquanto dançavam Krum dava leve mordidinhas no seu pescoço e na sua orelha fazendo com que suas pernas bambeassem às vezes.
- Você está linda. – falou baixinho ao ouvido arrancando um sorriso de satisfação da Grifinória – Estou conseguindo te fazer feliz hoje?
- Estou muito feliz – Nesse momento a lembrança de Ron parecia algo distante, como uma paixonite de criança – ninguém conseguiria tornar esse momento mais perfeito do que está agora. – Após um longo beijo ela o afastou com as pontas dos dedos. Pode perceber que desta vez ele também estava ofegante. O olhar de todos pousava sobre eles e cochichos se espalhavam por todo o salão. Todos comentavam como a Sabe-Tudo soube fisgar o jogador famoso.
- Vamos tomar um pouco de ar lá fora. – precisava sair da mira daqueles olhos.
- Claro Hermio-ni-ni. Como você quiser. – Segurou na mão dele e o arrastou rapidamente para a beira do lago. A lua estava cheia e bonita. Sentaram e ficaram olhando as estrelas. – Hoje serei capaz de realizar qualquer desejo seu. Se você me pedir uma estrela, montarei a minha vassoura e irei buscá-la para você. – Hermione sorriu fazendo cara de quem não estava acreditando na palavra dele. – Estou falando sério Hermio–ni-ni, peça qualquer coisa. - desafiou o búlgaro.
- Não vou pedir nada impossível – lembrou de um lugar que sempre teve vontade de conhecer pelas histórias que lera em livros. – Quero conhecer o navio da Durmstrang.
- Tem certeza? - Ele parecia surpreso – Não é como Hogwarts, é um pouco sombrio.
- Aposto que você não vai deixar nada de ruim me acontecer – Ela sorria sapeca como uma criança.
- Está bem Hermio-ni-ni – Se deu por vencido. Pegou Hermione pela mão e foram rapidamente em direção ao navio.
Parecia um navio pirata. Tinha aspecto envelhecido e fantasmas por toda parte. Hermione estava impressionada com a beleza daquele navio, dele emanava uma força que só o mistério poderia proporcionar.
- Parece ter bastante magia negra aqui – disse apontando para um objeto que conhecia dos livros.
- Um pouco – ele respondeu displicente. – Mais não temos ligação com Você-Sabe-Quem se é o que está querendo saber. Karkaroff desertou dos comensais há muitos anos.
- Eu não pensei nisso. – ela sorriu marota e ele retribuiu.
- Vou te mostrar os compartimentos inferiores. – passaram por uma porta e desceram escadas. Ele mostrou a biblioteca, o salão de jogos, o laboratório de poções e uma sala onde ficavam vários objetos usados para magia negra.
- É tudo muito interessante Vitor – ela sorria fascinada
- Esse é o meu quarto. Venha comigo, quero te dar um livro, pois percebi que você se interessa por magia negra. – ela ficou um pouco hesitante mais acabou seguindo o búlgaro.
Bateu a porta atrás de si e ficou observando ele procurar o livro na estante.
- Aqui está Hermio-ni-ni. Só existem cinco exemplares desse livro. Segundo Karkaroff um está com Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, outro está com a família Malfoy há gerações, o terceiro com Dumbledore, o quarto com o próprio Karkaroff – ele entregou o livro a Grifinória – e o último agora pertence a você.
- Eu não posso aceitar um livro tão raro – Hermione estranhou ao observar o livro calmamente. – Não tem título.
- O autor morreu antes de escolher o título. Morreu ao terminar a quinta cópia, observe que é completamente escrito a mão.
- Foi escrito com sangue. Por isso o autor morreu. – Vitor assentiu e Hermione permanecia embasbacada com o livro.
- O importante é que o livro agora é seu. Se você quiser logicamente. Vai ser muito mais útil para sua caminha ao lado do Potter na guerra que se aproxima do que para mim.
- Obrigada Vítor – Ela ficou na ponta dos pés e deu um beijo de leve nele. Antes que ela pudesse se afastar completamente ele a segurou e aprofundou o beijo.
Os lábios dele de tão gelados pareciam queimar os dela. Sentia-se mergulhar em um mar negro e turbulento e sua consciência parecia falhar às vezes. As mãos dele passeavam pelo seu corpo com certa força delicada e a boca percorria o seu pescoço e já descia para o seu colo. 
Hermione já não conseguia controlar alguns gemidos abafados. Sabia que deveria parar ali mesmo, mas seu corpo não a obedecia e sim queria viver essa nova descoberta que era o contato íntimo entre duas pessoas.
Com um toque de varinha ele ficou só de calça, deixando os músculos à mostra fazendo Hermione se sobressaltar. Ele interrompeu as carícias e com os olhos pediu permissão para continuar. Ela pareceu travar uma batalha interior até que puxou o búlgaro lentamente para mais um beijo.
Com calma ele desfez o coque a que o cabelo de Hermione estava preso fazendo o volume cair sobre seus ombros, deu leves beijos em sua testa, bochechas, boca e queixo. Abraçou a morena e desceu o zíper na parte de trás fazendo o vestido deslizar pelo seu corpo deixando a mostra uma lingerie cor de rosa. Um vento gelado parecia atravessar seu corpo fazendo-a se arrepiar a cada segundo. Krum a olhava paralisado, o olhar outrora frio parecia queimar de desejo, um desejo que a assustava, mas despertava nela uma imensa curiosidade. 
Ele se aproximou lentamente e com passos firmes e segurou suas mãos.
- Você tem certeza Mio-ni-ni? – Ela assentiu e sorriu nervosamente – Você é perfeita – seu olhar pareceu explorar todo o corpo de Hermione o que a fez tremer de excitação.
Sentou na cama e fez com que à morena sentasse na sua cocha esquerda. Ela o beijava enquanto ele passeava a mão pelo seu corpo até tocar entre suas pernas e sorriu ao sentir uma umidade na calcinha. Não se sentiu acuado quando ela retesou o corpo em protesto ao toque, sabia que nunca tinha tido seu corpo explorado de tal forma, apenas continuou acariciando o local sobre o pano até que ela cedesse ao contato. Foi subindo a mão lentamente e acariciou seus seios por cima do sutiã, dessa vez não houve resistência e sem dificuldades abriu o feche liberando um volume maior que o esperado. Eram seios lindos, duros e os mamilos rosados.
Hermione observava abismada o volume que já era visível na calça do búlgaro quando sentiu  tocar seu mamilo com a ponta da língua e fazer movimentos rotatórios. Ondas de choque passavam por todo seu corpo, todos os pelos se eriçaram quando ele abocanhou um seio e massageou o outro com a mão. Sugava, lambia, e mordiscava de forma urgente alternando entre um seio e outro, enquanto suas mãos desciam pelas suas costas, quadris, nádegas e cochas em movimentos ágeis e firmes. Hermione arqueava o corpo para trás arfando de prazer e já não tentava abafar os gemidos.
- Eu só posso está ficando louca Merlin! – disse entre gemidos cada vez mais rápidos.
- Você só está livre minha menina. – Ela sorriu e ele percebeu que ela fixava o olhar no membro já bastante crescido por baixo da calça.
Deu um beijo demorado na morena e a colocou sentada ao seu lado na cama. Tirou o cinto e a calça rapidamente e deixou a mostra uma cueca branca com um grande membro implorando por liberdade.
Krum sorriu para ela como se a convidasse a um contato mais próximo. Um pouco hesitante ela passou levemente a mão por cima da cueca fazendo o homem estremecer e fechar os olhos para manter o controle. Ela se livrou rapidamente da cueca e parou um pouco para observar o rapaz, viu que ele continuava com os olhos fechados e mordia o lábio inferior. Voltou novamente sua atenção para o membro. Era realmente grande e grosso, parecia bastante rijo. Tocou com as pontas dos dedos e sorriu ao ouvir ele gemer seu nome varias vezes mandado ela prosseguir. Estava duro como uma rocha e Hermione o segurou firme com uma das mãos e com um dedo da outra fez um caminho da base ate próximo a cabeça fazendo Krum se agitar e soltar gemidos roucos. Com a mão segura começou a fazer movimentos para baixo e para cima e percebia as veias do membro se alterarem cada vez mais. 
Hermione aumentava o ritmo dos movimentos e krum gemia cada vez mais alto.
- Hermio-ni-ni pare eu vou gozar – Ele gemia alto e Hermione pareceu não ter escutado, pois continuou com os movimentos ritmados e ágeis – Pare Hermio... – A morena sentiu um líquido branco escorrer do membro de krum e melar sua mão. Ela olhava curiosa para ele como se não soubesse o que fazer. Ele sentou na cama e acariciou sorrindo o rosto da mulher.
Beijou Hermione fazendo-a se deitar na cama e ele se punha sobre ela. Beijou- lhe a testa e foi descendo as carícias. Invadiu seu ouvido com a língua fazendo movimentos rotatórios e despertando nela uma sensação estranha e gostosa. Mordiscou o lóbulo e desceu para o pescoço dando leves mordidas, desceu pelo colo, acariciou um pouco os seus seios e fez um caminho com a língua até o umbigo. Movia a língua de forma frenética despertando mais gemidos na Grifinória. Como fizera antes, com a ponta língua, traçou um caminho até a barra da calcinha. 
Com a ponta dos dedos foi descendo lentamente a calcinha desvendando o sexo antes escondido. Olhou para Hermione e percebeu que ela mantinha os olhos fechados, os punhos cerrados e a respiração estava cada vez mais irregular. Ele começou a beijar a parte de dentro das coxas da mulher. Foi subindo lentamente até alcançar sua intimidade. Sugava levemente toda a vagina e brincava no clitóris movimentando a língua de maneira hábil e levantava o olhar para ver a mulher se deliciar com suas carícias. Ela se debatia, gemia alto o nome dele de maneira urgente. Segurava o cabelo do rapaz com as duas mãos e a pressionada contra o seu órgão.
Krum enfiou um dedo em sua vagina e fazia movimentos de penetração, continuando a massageá-la com a língua.
Percebeu que a morena começava a aumentar o ritmo de suas reações e enfiou um segundo dedo fazendo movimentos mais rápidos com eles e com a língua.
Hemione sentia sensações mais intensas agora. As ondas de choque que tomavam seu corpo pareciam ter se intensificado. Ela se balançava cada vez mais e sua cabeça parecia rodar como em uma montanha russa. Vitor fazia movimentos cada vez mais rápidos, ela chamava seu nome entre gemidos estimulando-o. 
Começou a se contorcer em espasmos entorpecida pelo prazer. Sua mente parecia fechar e só conseguia sentir e temer. Cravou as unhas nas costas do homem que pareceu não perceber e movimentava os dedos ainda mais rápido e mordiscava levemente o clitóris. Gritou de prazer chegando ao clímax e deixou seu corpo pender sobre a cama esgotada. 
Ele a olhava se recuperar das sensações que tivera. Seu rosto estava corado como nunca e seu olhar se encontrara novamente ao dele.
Pode ver que o membro dele estava tão grande e rijo quanto antes quando ele se colocou ao seu lado na cama e começou a beijá-la. Vagarosamente foi se posicionado entre suas pernas sem penetrá-la. Beijava todo o seu corpo e acariciava suas pernas.
Sabia que ela estava pronta. Beijou a ponta do nariz fazendo-a sorrir. Começou a penetrá-la devagar até que algo parecia ter se rompido e a feição no seu rosto se modificou. Ele pousou dentro dela, seu rosto estava vermelho e algumas lágrimas escorriam pela face. Ele alisava o cabelo e olhava ela nos olhos passando-lhe confiança. 
Permaneceu assim por algum tempo até que ela lhe sorriu e ele se sentiu corajoso para continuar.
- Tente relaxar minha princesa – sorriu e sem desviar os olhos começou movimentos lentos dentro dela. 
No inicio ela sentiu uma dor intensa com a penetração. Depois parecia que tudo ficava mais fácil e prazeroso, sentiu o homem intensificar os movimentos dentro dela e gemer seu nome baixinho no seu ouvido. Ele voltou a lhe olhar nos olhos e seu rosto parecia modificado pelo prazer. Ele deu uma ultima estocada e Hermione sentiu seu órgão ser inundado e o peso do homem decair sobre o corpo dela. 
Ela o abraçou e ficaram assim por algum tempo até que pareceu a ele que poderia estar muito pesado para a jovem morena. Deu um beijo delicado em sua testa, deitou ao seu lado e fez ela apoiar a cabeça sobre o seu peito.
Ele adormeceu rapidamente e ela ficou ali algum tempo escutando as batidas daquele coração.

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