é bom conversar as vezes.
I'll take you by the hand(eu vou te pegar pela mão)
And I'll show you a world that you can understand ( e te mostrar um mundo que você pode entender)
This life is filled with hurt ( essa vida é preenchida com feridas)
When happiness doesn't work (quando a felicidade não funciona)
Trust me and take my hand(acredite em mim e pegue minha mão)
When the lights go out you will understand ( quando as luzes se apagarem você vai entender)
Three Days Grace - Pain
E eu acabei descobrindo que não era só eu que escondia alguma coisa por aqui.
Porque pessoas sem segredos não costumam apontar armas pra cabeça das namoradas.
E, do nada, James largou a arma e me abraçou. Forte, como se sua vida dependesse disso ( não, isso não foi um trocadilho.). E, sussurou no meu ouvido :
-Desculpa.
-Nós dois escondemos coisas aqui, Jay. Você sabe.
Ele sorriu, fracamente, com o rosto escondido no meu pescoço.
- Isso é alguma coisa como óbvio agora.
- Então vamos apenas...esclarecer as coisas.
Ele me encarou, e disse :
- Bom, antes, eu preciso desesperadamente de uma coisa.
E me beijou.
Mas não como antes. Agora tinha dor, tinha mágoa. Tinha o gosto das lágrimas. Minhas, e dele. Ele me apertava entre seus braços, com posse. Como se eu fosse dele, e só dele.
Não, nós não estávamos bem.
Eu estava machucada, ferida por dentro. Ele, também.
Então ele afastou os lábios dos meus.
- Pelo amor de Deus, agora acho que nós temos muito o que conversar.
Fomos andando até a cama, ele me abraçando. E, bom, a gente começou a falar. Conversar, contar a verdade, tanto faz.
Era como se só existisse nós dois naquela tarde. Porque a gente sabia que ela podia ser a última.
Mas nós nem ao menos precisamos falar de despedidas, ou de esquecer todo o resto. Nós simplesmente sabíamos. E concordávamos que, finalmente, era hora de um pouco de verdade.
- Ok então, Sr James... – eu disse, olhando de esguelha pra ele – quem é você ?
-Bom, Lily, se você for quem eu acho que você é, já ouviu falar de Johnny Mennd
Eu revirei os olhos, como se fosse extremamente óbvio.
- Todo mundo já ouviu falar do Mennd. Ele era simplesmente O cara da máfia...francesa...que morreu..e deixou tudo para o ...único filho. – eu disse, pausadamente, como se só começasse a compreender agora. – Ah, não!
Eu disse, incrédula. E James acenou, divertido:
-Ah, sim.
Eu peguei o travesseiro mais próximo e desci com toda força na cabeça dele.
- James, seu cabeção ! Como você simplesmente não me conta que é o único filho do cara mais fodão de todos os tempos ??? – eu disse, falsamente ofendida.
- Apenas não contando. – ele disse, rindo, e me roubando um beijo.
- Ok, continue.
- Bom, hoje em dia as coisas são um pouco mais modernas, mas eu costumo trabalhar com a parte de assassinatos, queima de arquivo, esse tipo de coisa. E você, dona ruiva ? Quem é você ? – ele perguntou, erguendo uma sobrancelha.
- Er... – pensei um pouco, antes de começar – ah, eu apenas nasci sabendo fazer isso, James. E dizem que você tem que aproveitar os talentos. – eu expliquei, dando de ombros.
- Então, realmente, você é maravilhosa em tudo que faz (N/A: se eu não tivesse murrido domingo, morria agora.) – ele disse me roubando mais um daqueles beijos maravilhosos e, dessa vez, a camisa junto.
- Hey Jay, me deixa terminar ! – eu “briguei”, batendo com a camiseta nas costas dele
-Ok, ok então.
- Daí um dia, no dia que a gente se conheceu, lembra? Me ligaram e mandaram te matar. Pagaram bem então..
- É, Sirius me ligou.
- Sirius ? –eu disse, arqueando a sobrancelha
- Bom, você deve conhecê-lo como Pads. Sabe, o carinha das bombas.
- Mas é CLARO que eu sei quem é o carinha das bombas. James, você tem que me apresentar pra essas pessoas! – eu disse – é tipo...o ouro do povo matador (N/A: Jack jajack jajack Jack matador, matador.. conhecem a música ?)
- Mais tarde, ook ? Agora, eu tenho outras coisas, muito mais interessantes pra fazer...
- Tudo bem, eu concordo com isso... – eu disse, enquanto ele me beijava e começava a fazer as coisas ficarem mais... interessantes. Mas aí eu o interrompi.
- James..?
Ele olhou nos meus olhos, esperando por uma pergunta.
- Mas agora, bom... o que você vai fazer, o que eu vou fazer, e tudo mais ?
Ele voltou a se sentar, me puxando com ele.
- Bom, - ele disse, encarando o nada, tombando a cabeça – eu tenho que ir embora. E você sabe por que, não sabe, Lily ? – ele disse, me encarando, e acenei afirmando. Ele também podia morrer. Não fosse por mim, pelos outros. – E o que você vai fazer ?
- Ah, dá pra ficar aqui por mais um tempo. Depois, eu viajo uns 2 meses, e volto pra cá.
- Eu vou embora, Lily. Mas eu vou voltar. – ele me encarou, sério.
- Não diga coisas que não poderá cumprir, James. – eu disse, abraçando os joelhos.
- Eu vou Lily. Eu vou voltar por você. Eu vou voltar pra você, por que senão não adiantaria ter fugido da morte. Você é minha, Lily. Só pode ser minha, e eu acho que sou meio possessivo com essas coisas – disse a última frase em tom de brincadeira, e me segurou pelos pulsos, com os braços acima da cabeça.
- E se eu sou sua, James, você também é meu. - eu disse, levantando a cabeça até conseguir beijá-lo.
- Não interessa – ele disse, entre os beijos – Interessa que você é minha ruiva, só minha, que eu vou embora, mas vou voltar pra você e só isso. Minha Assassina. E agora, acho que a gente podia aproveitar um pouco nossas últimas horas.
Eu concordei, beijando-o. E depois, nós tivemos horas, e horas, e horas, e horas, e horas de sexo.
Mas aí quando eu acordei, ele já não estava mais lá.
E eu realmente queria acreditar que ele estava apenas na cozinha, fazendo o café da manhã.
Mas eu sabia que não.
E, pra completar o quadro, como se já não fosse bonito o suficiente, ver um tanto de carinhas daqueles com uniforme de polícia especial entrar pela sua porta, não foi lá aquela coisa engraçada.
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Isso foi , definitivamente, a menor coisa que eu já escrevi.
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