A Proposta
Dos vários adjetivos que se podia dar a ele, bem sucedido certamente era um, além de charmoso, bonito e irresistivelmente sedutor. Não havia uma mulher que não caísse aos pés do brilhante advogado Draco Malfoy. Ele tinha aproximadamente 1,80 m., cabelos extremamente loiros e um belo par de olhos azul-acinzentados. E, passou por um bom tempo se vangloriando pelo seu último troféu. Tinha sido extremamente difícil, provavelmente o mais complicado de sua vida: Hermione Granger. Sim, aquela mulher insuportável que o atormentava desde a faculdade, aquela castanha insolente que o desafiava enquanto todos sucumbiam às suas vontades, aquela atrevida, finalmente tinha tido o que merecia.
Draco Malfoy e Hermione Granger se formaram com louvor na Universidade de Oxford, primeiros alunos do curso, líderes do grêmio estudantil, exemplos a serem seguidos. Mas eles nunca se deram bem; na verdade, se detestavam. Viviam se alfinetando por todos os cantos e em todas as situações. Mas algo tinha ficado engasgado para Draco, ela o venceu na Universidade. Foi no trabalho final, a simulação de um júri em que ela foi a promotora, profissão que posteriormente seguira, e ele o advogado de defesa. Hermione acabou com Draco, foi uma lavada; conseguiu fazer com que ele perdesse grande parte do prestígio que havia levado anos para conquistar. Além do mais, ele acabou perdendo uma grande oportunidade de emprego. Um homem poderoso, Augusto Rookwood, foi assistir a apresentação e lhe prometeu um excelente emprego em seu escritório caso se saísse bem no júri simulado, e ele não apenas não recebeu a proposta, como sua vaga foi oferecida a Hermione, que educadamente ficou de pensar, para irritar Draco, mas depois a recusou. Era certo que ele não precisava disso, já que seu pai era um dos advogados mais poderosos da Inglaterra, se não o mais. No entanto, ele nunca quis ficar à sua sombra. E aquela arrogante tinha acabado com tudo. Nunca se esqueceria de seu sorriso vitorioso naquele dia.
Não entendo por que essa cara de decepção, Malfoy. Achei que você já havia se acostumado a perder para mim.
A fulminou com o olhar.
- Não me olhe assim. – falou cínica. – Acostume-se, perder para mim será sua sina, meu querido.
Se pudesse,ele apertaria seu pescoço até ficar roxa e morrer lenta e dolorosamente. Seria realmente compensador vê-la sofrer daquela maneira.
Naquele dia Draco jurou que se vingaria de Hermione, e agora havia conseguido. Adorou ver sua cara de derrota, afinal, ela não passava disso: uma derrotada! Ele usou todas as armas que tinha, nunca fora de jogar limpo mesmo. Aprendeu que a melhor arma que tinha era o júri; então passou a comprar, dissuadir, ameaçar e até trocar favores com seus integrantes.
A vingança foi no julgamento de Severo Snape, um homem frio e misterioso, conhecido por sua arrogância, que estava sendo julgado pelo assassinato de Alvo Dumbledore, um dos maiores aristocratas da Inglaterra, homem justo e honesto, famoso por confiar demais nas pessoas. Snape era um desses homens de confiança de Dumbledore, e testemunhas haviam visto o assassinato. Porém, Draco conseguiu um documento através do qual Dumbledore isentava o fiel escudeiro de qualquer responsabilidade caso ele morresse, e nesse documento, o aristocrata deixava claro que Severo não faria nada que ele não tivesse mandado. Sendo assim, mesmo que houvesse provas contra o pupilo, ele o eximia de qualquer culpa. Na Inglaterra, quando um homem como Dumbledore isentava ou culpava alguém, sua palavra era suficiente, não se faziam necessários maiores esclarecimentos.
Draco venceu com facilidade; Hermione não fazia a menor idéia da existência daquele documento e ficou completamente desnorteada quando tomou conhecimento dele; até tentou, em uma medida desesperada, a desconsideração desta prova, já que havia sido juntada na última hora, mas sem sucesso. Draco pôde finalmente vê-la ficar branca como uma folha de papel e sucumbir em sua cadeira quando um encarregado do júri leu a carta e, posteriormente, o veredicto de absolvição. Draco não deixou barato, ficou atrás dela e sussurrou em seu ouvido:
Pois é Granger, me venceu na faculdade, mas na vida real você não é páreo para mim. Conforme-se, minha querida.
Mas a vida dá voltas, e agora as coisas haviam mudado de figura. Por algum motivo que Draco desconhecia, seu pai, que sempre fora super-protetor, provavelmente o motivo de ele ser tão mimado, havia tomado uma decisão que tirou o seu chão. Lucius Malfoy queria passar de uma vez seu escritório de advocacia para o filho. Havia, contudo, uma condição: Draco precisava se casar. No auge dos seus 25 anos, a última coisa que ele queria era se amarrar a alguém; aliás, ele não sabia se faria isso com idade alguma. Sua vida de solteiro era perfeita: conseguia as mulheres que queria sem ter que se preocupar com o dia seguinte, freqüentava os melhores bares e restaurantes de Londres e viajava para qualquer lugar do mundo quando lhe dava vontade. Para que mudar essa vida? Ele esbravejou, gritou, esperneou, mas de nada valeu. Lucius e sua esposa, Narcisa, estavam certos de que uma mulher colocaria o filho na linha. Então, Draco não viu outra solução senão acatar o desejo de seus pais ou perder o legado que teriam para lhe deixar. Era óbvio que seria um casamento só de fachada, até seu pai passar tudo para ele, mas quem seria a escolhida? Foi conversando com seu amigo Blaise Zabini, um engenheiro amigo de infância, que Draco chegou à conclusão de quem deveria ser sua esposa.
- Então quer dizer que o seu pai quer que você se case? – perguntou o moreno zombeteiro.
- Pois é, mas arrumar uma esposa hoje em dia não é tarefa fácil!
- Você já tem alguma idéia de quem será a coitada? – perguntou, e depois tomou mais um gole de uísque.
- Não seja bobo, quem se casar comigo será uma mulher de sorte. Afinal, terá todos os holofotes voltados para si.
- Sabe, Draco, nem todas as pessoas são como você!
- Isso não me importa, e eu não sei quem será, mas já sei as características que deverá ter. – Blaise o fitou curioso. – Tem que ser uma mulher prática, só assim aceitará o acordo.
- Acordo?
- Sim, pretendo ficar casado por um ano, para ser convincente para o meu pai.
- Você não existe! Então vai pedir uma mulher em casamento com data para terminar?
- Acordos são assim! Mas continuando, tem que ser fria, para não se apaixonar, inteligente, afinal, não posso arranjar uma esposa bela, mas ignorante; sou um Malfoy, ora essa, não posso me casar com qualquer uma. E o principal: alguém que tenha um preço. Não estou disposto a gastar muito. Na realidade, se eu puder apenas fazer chantagem, será muito melhor.
Zabini gargalhou.
- Eu consigo pensar em alguém, Draco.
- Quem? – perguntou cuidadoso, conhecia bem o amigo, e com certeza era alguém completamente inviável, dadas as circunstâncias.
- Granger.
- CO... COMO?
Draco desatou a rir.
- Não precisa me zombar assim, não é mesmo!?
- Ora, ela se enquadra em tudo o que você falou, pense bem.
Draco começou a pensar: ela era prática, fria, inteligente, fina e, apesar dele odiá-la, era maduro o bastante para assumir que ela era uma mulher atraente. Alta, acreditava que tinha mais ou menos 1,70 m., cabelos ondulados castanhos, os olhos cor de avelã e curvas bem delineadas. Se ela não fosse tão intragável, provavelmente seria interessante. E, o mais importante, ele tinha o que oferecer a ela... O único problema era que, se ele a odiava, ela devia odiá-lo em dobro.
- Talvez preencha alguns requisitos, mas está completamente fora de cogitação.
- Por quê? Você não é bom o bastante para consegui-la? – provocou.
- Até parece! Eu posso ter a mulher que eu quiser aos meus pés.
- Eu DUVIDO que você consiga esta!
- Pois eu garanto a você que consigo se quiser.
- Então vamos fazer uma aposta?
- Claro. O que sugere?
- Ela tem que se apaixonar por você durante o casamento.
- Isso eu consigo fácil! – retrucou convencido. – E quais serão os prêmios?
- Se você perder, eu fico com o seu conversível!
- Hei, você sabe como eu amo o meu carro!
- Eu sabia que desistiria antes mesmo de começar. Perdedor!
Draco ficou irritado e retrucou.
- Está bem, e se eu ganhar fico com a sua mansão da Malásia.
Blaise caiu na risada.
- Ainda bem que eu tenho certeza de que vou ganhar.
- Vamos ver Blaise, vamos ver...
Não seria uma tarefa fácil, mas estava decidido: Hermione Granger seria sua esposa.
Fazia uma madrugada fria em Londres e Hermione estaria muito feliz de ter voltado à sua cidade natal depois de tanto tempo em Oxford. Todavia, a felicidade de estar de volta não compensava a raiva que sentia naquele momento. Ela estava sentada na confortável poltrona de seu pequeno apartamento tomando chocolate quente e olhando para a dança incessante dos flocos de neve na rua. Já era muito tarde, porém ela ainda estava estudando um caso; não permitiria que ele a derrotasse novamente, seria a quinta vez seguida em menos de um ano. Sabia que ele trapaceava, que fazia “acordos” com o júri, mas não tinha provas. E pensar nisso só a lembrava do quanto o odiava. A ré era Belatrix Lestrange, uma sádica louca, que ainda abraçava o ideal nazista. Lestrange era seguida por um grupo que acreditava na superioridade da raça ariana. Ela foi a mandante de uma chacina em um colégio judeu em Londres. Hermione tinha certeza de que ela seria condenada, porém já sabia que Draco alegaria insanidade para eximi-la da culpa, e ela não poderia permitir que Lestrange fosse parar em um sanatório. Ela tinha que ir para a cadeia e pegar a pior pena possível por todo o sofrimento causado a tantas famílias. Todavia, sabia que não seria fácil, já que Lestrange era tia de Draco e ambos tinham boas influências.
No dia seguinte, ela se dirigiu ao fórum para a seleção do júri. E lá estava ele, irritantemente lindo, como sempre. Elegante, com um terno Armani preto e camisa branca, gravata vermelha, o cabelo penteado para trás cuidadosamente arrumado com gel e um sorriso encantador, sua marca registrada. “Vamos lá Hermione, o que é isso? Lindo? Sorriso encantador? Até parece!”. Mas havia algo estranho no cretino, ele não estava sorrindo a toa, estava sorrindo para ela. Não estava nada confortável com a situação, e tentou não olhá-lo diretamente nos olhos.
Quando estavam saindo, após a seleção, ela sentiu alguém puxá-la pelo braço:
- Granger.
Hermione olhou para o braço onde Draco estava segurando com um olhar intimidador que o loiro imediatamente entendeu, e em seguida a soltou.
- O que você quer Malfoy?
- Preciso falar com você.
- Alguma coisa sobre o caso?
- Talvez.
- Então fale.
- Não aqui, Granger, em um lugar mais reservado.
Ela riu.
- Eu não vou a lugar algum com você, Malfoy.
- É do seu interesse. E qual seria o problema em almoçar comigo?
Ela respirou fundo, talvez fosse alguma coisa importante, pagaria pra ver.
- Indigestão, mas, em todo caso, vamos.
Ele sorriu vitorioso. O plano estava correndo como esperado. A curiosidade sempre vencia. Foram a um restaurante próximo do Tribunal, um lugar elegante e discreto. Draco queria impressioná-la. Sabia que ela não era tão fácil assim, já que parecia não se importar com esse tipo de coisa, mas, em todo caso, fazia parte do plano.
- O que você bebe? – perguntou gentil.
- Nada.
Ele a olhou intrigado.
- Vamos direto ao assunto, ok? O que você quer?
Ele sorriu.
- Se você quer assim. – se acomodou na cadeira e começou a falar sem desgrudar os olhos dos dela. – Nós dois sabemos que a sua chance de me vencer é praticamente nula e...
A voz dele entrava em sua cabeça, seus olhos tinham um brilho, sua boca era tão delineada que parecia ter sido desenha a mão, o nariz perfeito... Desviou o olhar dele, esse contato não a deixava pensar.
- Você veio chacotear? – perguntou tentando não mostrar como estava se sentindo.
Draco continuou como se não tivesse sido interrompido, mas extremamente satisfeito em ter alcançado o objetivo. Hermione tinha se esquivado de seus olhos para falar, o que queria dizer que ficava no mínimo intimidada ao olhá-lo diretamente.
- ... e que essa mulher é uma louca e não pode ficar solta. – concluiu displicentemente.
- Ainda é da sua tia que estamos falando, Malfoy? – perguntou sarcástica.
Sorriu satisfeito, gostava de respostas rápidas.
- Sim, ainda estamos falando dela.
Ela arqueou as sobrancelhas, esperando que ele continuasse.
- Você concorda comigo que ela seria um perigo mesmo em um manicômio, não concorda?
- Aonde você quer chegar com isso?
- Em um acordo.
Ela sorriu, tinha certeza que haveria algo do tipo.
- Fale.
- Antes, preciso te explicar minha situação.
Respirou fundo e se acomodou na cadeira.
- Nesse caso, eu aceito um vinho.
- Perfeito.
Draco pediu o mesmo vinho que ele bebia para Hermione, e ela teve que admitir que ele tinha um gosto realmente apurado para a bebida.
- O meu pai vai se aposentar, e eu sou o seu único herdeiro. Porém, ele só vai deixar tudo para mim com uma condição: que eu me case. –preferiu ser direto.
Hermione riu gostosamente e fez com que Draco sorrisse também.
- Seu pai deve ser um homem terrível, afinal, querer que uma mulher se case com você é muita crueldade. – concluiu divertida.
- Muito engraçado, dra. Granger. Já riu o bastante?
- Acho que sim, mas o que é que eu tenho a ver com isso?
- Você quer vencer o caso, não?
- Sim.
- E ter a oportunidade de finalmente me derrotar, estou certo?
- Infelizmente tenho que concordar.
- Eu posso ajudar você.
Ela ficou séria.
- Eu não preciso disso.
- Ah, precisa sim. Eu conheço sete dos doze jurados deste caso, principalmente seus pontos fracos, e não será difícil convencê-los de que a minha adorada titia está mal da cabeça.
Ela bufou.
- Eu vou embora Malfoy!
Ela se levantou.
- Espera, nem quer saber qual é a proposta?
- Não faz diferença.
- Vamos lá, você não terá outra chance. E me ouvir não te custará nada.
Hermione voltou a se sentar.
- Vou deixar uma coisa bem clara, nada, ouviu bem, nada que você me diga vai mudar minha opinião, então fale logo antes que me arrependa de ter ficado!
- Veja sob esta perspectiva: eu preciso de uma esposa e você precisa ganhar o caso...
- Você quer que eu arrume uma esposa para você? – perguntou confusa.
- Quase isso. Na verdade, quero que você seja a minha esposa.
Ela tinha tomado um gole de vinho e quase engasgou com a bebida. Ficou encarando os olhos azuis acinzentados dele por algum tempo, tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir. Só depois, quando pareceu realmente entender o que acontecia, desatou a rir e ficou um bom tempo daquele jeito.
- Eu realmente não sabia que você era tão engraçado, Malfoy! – falou com dificuldade. – Eu... me casar com você... Muito espirituoso.
Ele ficou sério.
- Eu não estou brincando, Granger. Quero que você se case comigo. – aquilo soou como uma ordem.
- Você só pode estar louco.
- Talvez! Mas você aceita?
- É claro que não! Acho que você precisa ir para o mesmo sanatório pra onde pretende mandar a sua tia.
- Você é muito engraçada também. – ele comentou, demonstrando irritação.
- Mas, me diga uma coisa, por que eu fui a escolhida? – perguntou, tentando se controlar.
- Digamos que você preenche a alguns dos requisitos necessários para ser minha esposa. – ele tentou ser galanteador.
- Ohh sim... E quais seriam esses... requisitos? – retrucou cínica. – Não sou nazista e nem milionária?
Ela conseguia tirá-lo do sério, sempre foi assim, Draco deixou de lado o seu ar galanteador e retrucou seco.
- Dentre alguns, você é inteligente, prática e o principal, tão fria e objetiva quanto eu. Eu não quero uma mulher que se apaixone, isso não passará de um acordo comercial sem nenhum tipo de sentimento.
Draco se arrependeu de ter dito isso, tinha a aposta, mas talvez, quando ele tentasse conquistá-la ficasse mais real se ela pensasse que ele estava apaixonado acidentalmente.
Ela parou de rir abruptamente.
- Não me compare a você, Malfoy. Que tipo de mulher pensa que eu sou para aceitar isso?
- Não se ofenda, foi um elogio! – concluiu cínico. – Uma mulher inteligente, capaz de saber que estou te dando uma chance.
Ela rolou os olhos impacientemente.
- Vá para o inferno. - pegou a bolsa e se levantou - Você já me fez perder tempo o suficiente por hoje. Além do mais, você escolheu a mulher errada.
Ele também se levantou e a segurou pelo braço. Ficaram se encarando. Era a segunda vez que a segurava daquela maneira. “Quem ele pensava que era?”
- Por que seria a mulher errada? – perguntou intrigado, mas sem perder o contato visual.
- Meus pais são judeus, e até onde eu saiba, sua “adorada” família não simpatiza com a religião.
- Como se não bastassem todos os seus defeitos, ainda tem que ser filha de judeus. – falou com desprezo.
- Desgraçado.
Com o braço livre ela levou-lhe a mão no rosto, mas ele foi mais rápido e a segurou pelo pulso.
- Granger, não precisa me responder agora.
- Já respondi, Malfoy, você não ouviu? – falou, a voz denunciando o ódio iminente.
- Mas sei que essa não será sua resposta final. Me procure quando mudar de idéia. E não se esqueça de que a prisão ou não da minha tia depende única e exclusivamente de você, e se recusar minha proposta, ela ficará livre, por culpa sua e seus pais serão excelentes alvos, já que titia não costuma muito ir com a cara de quem vai contra ela. Bella costuma se vingar de maneiras bastante dolorosas.
- Isso é uma ameaça, Malfoy? – perguntou em tom de ameaça.
- Não, apenas um aviso. – ela virou e se afastou dele, quando ouviu ele a chamar. – E Granger, eu não desisto fácil.
Ela bufou e saiu do restaurante irritada, deixando Draco contrariado. Ele não gostava de ouvir não e muito menos de perder uma aposta.
Ok, esse é só o começo, tem mais 5 caps.
Espero que gostem!! ^^
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