Cartas no aniversário






Harry Potter estava deitado em sua cama na rua dos alfineiros nº4, em sua total monotonia habitual, como foi todo o começo de suas férias, desde sua chegada a casa dos tios. Ele não suportava mais a lembrança de Sirius, todas as noites, atravessando aquele arco... Ele não suportava mais a ideia de que não poderia ouvir aquela risada que mais parecia um latido... Nada parecia fazer sentido agora, todo o sentido de sua vida, se sua existência parecia a ele não ter mais sentido. Nem a lembrança da AD parecia mais confortá-lo, nem a lembrança de seus melhores amigos, Ron e Hermione, o deixava mais tranqüilo... Os pensamentos de Harry foram interrompidos pelo som de um baque na janela. Pichitinho estava no parapeito da janela, com uma carta e um pacote pendurado em seu pescoço.
Harry saiu de sua cama, e abriu a janela para a coruja entrar. Percebeu que não havia só uma carta, mais um bilhete e ainda um pacote pequeno no pé da coruja também. Pegou o bilhete e leu: “Para abrir a carta, aponte a varinha e diga a senha”. Mais que senha?Harry pensou. Não tinha nenhuma senha para abrir cartas, pelo menos não que ele soubesse. Raciocinou e chegou a ideia: “Se é diga A SENHA, então a senha é A SENHA!” Pegou a varinha, apontou e falou meio que duvidoso: "a senha?". O envelope abriu instantaneamente:
“Harry,
Parabéns amigo! Como você está? Espero que bem, aqui em casa tá tudo normal. Desculpe a falta de noticias ultimamente, mais é que Dumbledore (ele vem sempre aqui por conta da ordem) nos falou para que tomássemos cuidado, quanto ao envio de cartas. A propósito, foi ele quem nos disse para que usássemos essa nova maneira (brilhante por sinal) de recebimento de carta, a carta identifica a varinha do destinatário com qualquer palavra que o remetente impõe não me pergunte como (essa senha é da carta de nós dois e da mione.). Nenhuma novidade durante esses dias (exceto uma que conto no final da carta). Mamãe mandou recado: ‘diga a ele para que se alimente direito, ou o farei quando vier repetir o prato seis vezes!’ Recado dado, a propósito, você vem passar o resto de suas férias aqui conosco? Mione já esta aqui. Tenho uma novidade para lhe contar: estou namorando Luna Lovegood. (Que? Merlin! Esse mundo tá perdido! - Harry) Não sei se pode chamar o que estamos tendo de namoro, mais é, mas ou menos, isso. Foi três dias antes de seu aniversário, quando ela veio com o pai dela, que queria falar com o meu. Mais detalhes quando você chegar.
Rony”
Abriu o pacote e viu que dentro havia um boné do Chuddley Cannons, laranja, com um brasão, com uma bala de canhão e um C duplo.
Harry estava se preparando para pegar a pena e escrever a carta quando uma coruja, estranha, entrou em seu quarto. Esta carregava uma carta com um envelope grande e azul, caprichosamente lacrado. Harry pegou a carta, viu que estava igualmente lacrada.
-a senha– Falou apontando a varinha para o envelope.
“Querido Harry
Feliz aniversário! Que bom falar com você, estou com saudades. Como está ai com os Dursley?Espero que estejam te tratando bem. Acho que você já sabe dá novidade, né?O Rony e a Luna, estão namorando! Isso é meio estranho, mais não vou dizer que foi surpreendente, afinal, todos nos lembramos do começo do ano passado né? Quando você vem aqui pra A’toca? Todos estão super ansiosos para quando você vier inclusive a Ginny, se é que você me entende. Gostou do novo método do professor Dumbly? Eu adorei!Fascinante... Dumbledore é mesmo um gênio!
Com amor mione.”
Harry, com um pouco de dificuldade, abriu o pacote azul e viu que dentro continha um caderno grande de couro, mais bonito, na capa as letras H.R.H. sobressaiam sobre o marrom intenso. Ele abriu o caderno, nele havia colado fotos do trio Todas movimentadas. Harry, Rony e mione se abraçando, Rony e Harry rindo... Harry se lembrava desses tempos, em que não tinha a pesada responsabilidade da Profecia. Quando os três podiam sai do castelo sem o temor de algo mais perigoso que a lula gigante pudesse atacá-los.
Harry riu com a lembrança, pegou uma caneta e começou a escrever, mais não teve tempo de escrever a primeira palavra, pois um animal entrava em seu quarto. Não era uma coruja, era uma ave grande parecida com uma Fênix, só que maior e mais bonita. Harry agarrou a carta, que vinha acompanhada de um pequeno pacote cilíndrico, e abriu.
“Caro Harry,
Feliz aniversário. Além de lhe dar meus parabéns, escrevo para avisar-lhe que, se for conveniente, farei uma visita a rua dos alfineiros, para manter-lhe a pá alguns acontecimentos recentes, te informar sobre certas coisas, e acompanhar você em sua ida a’toca no próximo domingo ás doze horas. Espero que tenha gostado do presente que lhe enviei.
Alvo P. W.B. Dumbledore.”
Abriu o pacote grande e cilíndrico que a “coruja” de Dumbledore havia trazido. Tinha uma caixa dentro, e dentro da caixa havia um bilhete com uma coisa embaixo que Harry não conseguiu identificar. “Acho que agora já tem maturidade suficiente para guardar essa relíquia com responsabilidade. Pertenceu a seu pai.” Tinha escrito no bilhete. Harry identificou o que tinha na caixa: uma varinha! Ele não podia acreditar: A varinha que tinha pertencido a seu pai... Mais porque dumbledore o tinha dado?
-Uou! Finalmente eu vou sair daqui! – falou ele. E pela terceira vez na noite, ele pegou três pedaços de pergaminho e começou a escrever.
“Rony,
Obrigado pelo presente, Chuddley cannons é meu time favorito. Pode tranqüilizar a senhora Weasley, diga a ela que estou comendo o suficiente para me manter em pé. Estou realmente surpreso, com a sua nova namorada... Luninha? Você nunca me disse que tinha algum interesse nela... Parabéns, diga a ela que estou muito feliz por vocês dois. Estou indo para ai no domingo, vou com o Prof. Dumbledore. Aqui na casa dos Dursley esta tudo bem, (exceto o fato de que eles colocam todos os dias menos de um quarto de Group Fruit. Ou seja, Group Fruit no café, no almoço, e no jantar, mais não diga isso a Srª. Weasley!). Estou ansioso para chegar ai.
Um abraço, Harry.”
Pegou o outro pedaço de pergaminho e escreveu:

“Querida mi,
Adorei o presente que você me deu, foi um dos melhores que eu ganhei em toda a minha vida! Que saudade daqueles tempos em que não tínhamos nenhuma preocupação... Vou guardar com bastante carinho. Aqui com os Dursleys esta normal, eles na verdade nem perceberam que eu já cheguei da escola, prefiro assim. Eu soube sim, muito bom! Rony deve estar realmente... Babando! Brincadeira, a luna e muito legal o Rony merece uma garota com ela. E não, eu não entendi o que você quis dizer com “inclusive a Ginny”... Aff, vocês garotas são tão esquisitas... Adorei também a nova maneira de recebimento de cartas, bem a sua cara! Eu chego ai na Toca no domingo.
Beijo, Harry.”

Outra coruja entrou em seu quarto... –Eles devem ter combinado de mandar cartas todos ao mesmo tempo...
Abriu a carta, e no instante que a fez, uma pequena corrente caiu do envelope para seu colo. Era em formato de trapézio. Era uma medalha que abria. Dentro, tinha a foto de Sirius, e os pais de Harry, todos juntos. A foto não se mexia, mais na opinião de Harry, era linda. Já emocionado, Harry leu a carta:
“Querido Harry,
Feliz aniversário, que essa data se repita muitas vezes, e não deixe que os recentes acontecimentos impeçam-o de ser feliz. Estou lhe mandando a foto das pessoas que eu sei que você ama muito, e lembre-se que aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade. Estou viajando para Hungria, trabalho da ordem, por isso posso passar algum tempo sem lhe escrever. Cuide-se
Afetuosamente, R.J Lupin”
Depois da leitura, Continuou a responder as cartas:
“Senhor,
Obrigado pelo presente e por ter confiado ela a mim, não tenho palavras para descrever. Tudo bem, domingo às doze da noite.
Harry.”
E depois respondeu a carta de Lupin:
“Querido Lupin,
Obrigada mesmo, adorei o medalhão apesar de ter me deixado bastante emocionado (-Eu escrevi isso? – Harry não conseguia admitir que uma foto o deixasse emocionado nem para si mesmo). Pode deixar, não deixarei que tudo o que aconteceu interfira na minha felicidade. Mais tá sendo difícil fazer isso. Boa sorte ai na Hungria. Cuide-se você também, estou fazendo minha parte, faça a sua! Um abraço, Harry”
Após escrever e enviar todas as cartas, Harry saiu de seu quarto e se dirigiu para a sala a fim de falar com o tio a respeito de sua ida a Toca.
-Senhor... – Chamou o tio que estava sentado no sofá lendo o jornal. Sem resposta Harry chamou-o mais uma vez. – Tio..
-Que é moleque?
-É só para avisar que o meu professor, Dumbledore, vem daqui a dois dias aqui me buscar...
-Ele vem aqui? – Disse o tio com os olhos miúdos, despregando do jornal.
-Sim, domingo e...
-Como ele vem?
-Não sei, acho que aparatando...
-Que horas? – Como se entendesse o que Harry quis dizer com aparatando.
Harry hesitou, mais finalmente falou: - Á meia noite.
-Quê? – berrou o tio
-Ou o senhor prefere que venha de dia, e os visinhos o vejam... Eu falo com ele, sabe? – O tio pareceu pensar um pouquinho. – Está bem, moleque!
Harry subiu. Depois se tocou de que já tinha mandado a resposta da carta do professor antes mesmo de falar com o tio...

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