Tortura
“ Granger, levanta sua sangue-sujo!”
Mas Hermione não tinha forças pra levantar... Apenas chorava, e chamava por Harry, baixinho.
“ Draco, me leve ao invés dela. Não consegue ver o estado em que ela se encontra? “ Pedia Gina com as lagrimas caindo, molhando-lhe o rosto.
“ E você traidora do próprio sangue... Se não vai a Granger, quero a pirralha...”
Hermione começou a levantar-se, mas caiu... Neville se levantou.
“ Malfoy, pode me levar, não faça isso com elas... você não percebe o que faz?”
“ Cala a boca Longbottom. Dessa vez você se safou...” Mas sua fala foi abafada pela risada estridente de Bellatrix Lestrade.
“ Draquinho, adivinha o que trouxe pra você hoje?”
“Não sei tia Bella, mas não estou com muito bom humor hoje... Não o ponha a prova...”
“ Hum... não insulte sua tia assim seu monstrengo... Quem sabe mais um companheiro pra essas coisas ai...”
“ Quem você trouxe?”
“ Não vamos falar nisso agora, ele está lá em cima. Mas quem vamos torturar hoje?”
“ Hum, pode fazer esse serviço, acho que vou subir, depois que terminar, a comida deles está do seu lado.”
“ Quero a garota Chang e Granger!”
Neville ia se levantar, mas foi impedido por um feitiço.
“ Calma Lonbottom, sua vez vai chegar, podem se preparar você e a Lovegood. Serão os próximos. E você lobisomem, vai ser promovido, você vai ficar trancado. “
Bellatrix agitou a varinha, e correntes apareceram em volta do pescoço, braços e pernas de Lupin.
“ Pronto lobo, agora você vai ficar quieto, e se levantar morre.”
Hermione estava quase de pé, nunca iria enfrentar Bellatrix sem varinha. Cho ajudava Hermione a andar. Gina chorava em um canto e Roy pedia pra Hermione não ir.
“ Você ta bem acabada não sangue ruim?! Sabe os últimos que torturei, fiz um estrago, não foi Longbottom? Quem sabe não consigo deixar Chang e Granger como Alice e Franco?”
Cho e Hermione foram para a sala.
“ Chang, quero saber um ponto fraco de Potter.”
“ Eu não sei Sra. Lestrade.” – Respondeu Cho, já sabendo o que iria acontecer com ela.
“ Crucio!”
Cho gritou, nunca se acostumaria com aquilo. A dor era menor com Draco, mas com Bellatrix era diferente, ela tinha um prazer maior de fazer aquilo tudo, e doía mais.
“ Então garota, quero respostas”
“ Eu não sei, eu juro... Há anos que não o vejo, não sei mais quem é ele, ele mudou tanto...”
“ Mentiras...” Bellatrix deu longas gargalhadas. – “Vamos ver se Granger fala alguma coisa...”
Hermione também sabia o que iria acontecer com ela. Provavelmente com aquele ódio que Bellatrix tinha, ela não iria resistir.
“ Me diga Granger... Como posso derrotar Potter?”
“ Bellatrix, você me tortura por cinco anos e me faz as mesmas perguntas... Acha mesmo que eu iria responder?”
Hermione tossiu um pouco. Bellatrix fechou a cara.
“ Sabe sangue-ruim, com essa coragem você me parece até uma bruxa de verdade...”
“Sou mais bruxa que você Lestrade.” – respondeu Hermione com o pouco de força que lhe restava. Cho estava deitada no chão. Doía muito o corpo ainda.
“ Não tem medo de morrer? Não quer rever seus amigos?”
“ Não vou sair daqui viva não é?! Quanto mais cedo morrer, menos sofrer...”
“ Sabe, você daria uma boa comensal se fosse de sangue puro... mas nem mestiça é...”
“ Voldemort era um mestiço... não era sangue-puro...”
Bellatrix não precisou usar varinha, deu um soco na cara de Hermione, o que Cho gritar.
“ É assim que se diverte Bellatrix? Batendo em quem não pode se defender?”
“ Acha mesmo que isso me diverte? Eu me divertia no começo, quando você gritava mais, agora não, você está tão fraca que nem grita... E com você é mais divertido...”
“ Você é repugnante.”
“ Não se atreva a falar comigo insolente...Tolerei você demais. Crucio!”
Ela conhecia dor. Era a terceira vez naquele dia. Mas aquela dor era diferente... Ela urrou de dor, já podia ver a loucura chegando.
“Crucio!”
E ela gritou outra vez... Ela se contorcia e gritava. Podia ver sua sanidade indo embora... Ela não respirava mais, não escutava mais nada...
Depois de acertarem o que iriam fazer no Ministério, Tonks foi tomar banho e Harry foi para o quarto pensar um pouco. Mas uma voz triste o chamou:
“ Tio Harry, podemos conversar?”
“ Hull?”
“ É, posso entrar?”
“Claro, vem cá.”
Hull entrou e se sentou na cama do padrinho, onde um dia, fora a cama de Sirius.
“ Minha mãe ta estranha. Eu sei que ta. Não precisa me enganar. E sei que é pelo meu pai.”
“Hull, você tem que entender, é que sua mãe, tem problemas, e precisa resolver. Como eu tenho problemas, e sua mãe e eu vamos resolver juntos...”
“ Promete que cuida da minha mãe? Tio Harry, você entende? Não tenho meu pai, e não quero ficar sem minha mãe e você.”
“ Eu prometo que cuido da sua mãe, apesar da minha preocupação sempre vai ser você em primeiro lugar.”
Hull sorriu e abraçou o padrinho.
“ Tio, te amo sempre”
“ Eu também te amo Hull, agora é melhor deitar, porque sua mãe vai brigar com você.”
“ Sabe, acho que ela conviveu muito tempo com a Sra. Weasley.”
“ Não, ela apenas tem que tentar ser sua mãe e seu pai ao mesmo tempo.”
Então Hull saiu, e foi dormir.
Harry acordou, já era cedo e tinha que trabalhar. Foi no quarto de Tonks pra ver se ela já acordara. A mulher estava parada em frente ao espelho experimentando varias cores de cabelos.
“ Prefiro a cor de chiclete.” – Falou Harry, como se a cor do cabelo fosse muito importante.
“ Hum, oi Harry, não sabia que já tinha acordado.”
“ É. Vou tomar café, e depois vou trabalhar, você vem comigo?”
“ Vou sim, mas antes tem que deixar o Hull na escola. Minha mãe não queria que ele estudasse, e disse que o ensinaria em casa, como fez comigo, mas depois que ela morreu...Bellatrix vai me pagar por isso.”
“ Tudo bem, to descendo pra tomar café. Troco de roupa, deixo o Hull na escola e volto.”
“Certo, obrigada. Tá tudo pronto pra hoje a noite?”
“Tá.”
Harry desceu as escadas e foi para a cozinha. Monstro estava fazendo o café da manhã. Hull já estava esperando com o uniforme da escola.
“ Vai me levar tio?”
“Aham.”
Harry tomou café, depois vestiu um terno cinza e foi levar o afilhado para a escola.
“ Harry, não esquece o lanche do Hull, está em cima da mesa.”
Harry escutou, mas não pegou. Quando chegaram à escola, Harry levou Hull até a sala e entregou-lhe cinco euros.
“Você vem me pegar as cinco?”
“ Não, sua mãe tem que me passar um relatório e provavelmente vou ficar até umas oito no trabalho, sua mãe também. Você vai ficar com a Molly.”
“ Tá. Eu a espero.”
“ Não, quem vem te pegar é Artur.”
“Tchau, não posso chegar atrasado, e nem você tio.”
“ Certo.”
Harry não queria deixar o garoto naquela escola, mas não tinha escolha. Voltou para casa e ele e Tonks foram para o Ministério.
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