Encontro Oculto
Pela rua escura caminhavam de encontro duas sombras sinuosas, pelas capas que esvoaçavam ao bater do vento, podia se saber que eram dois bruxos indo de encontro, a escuridão tomava conta da rua, uma escuridão mórbida, o ar pesado, o cheiro fétido do local transmitia repulsa a qualquer um que por ali passasse, mas as duas sombras continuavam seu caminho, varinhas em punho, passos leves e sorrateiros, se não fossem pelos vultos, jamais poderiam ser notados. As duas sombras pararam a pouco mais de 3 metros uma da outra, então uma das sombras falou susurradamente:
_ Castel, baixe sua varinha, sou eu! O dono da sombra reconhece a voz da outra pessoa e diz:
_ Hum... Você... Também foste chamado aqui? Ao que a outra responde.
_ Sim, ela disse que precisava falar comigo, mas não imaginava que você também estaria por aqui.
_ Recebi o mesmo chamado. A conversa entre sussurros permaneceu por poucos instantes, estavam a frente de uma casa de aspecto abandonado, janelas que pareciam gemer ao embalo do vento, Um grande portão de ferro, já enferrujado, era a entrada para a casa sombria.
_ Você primeiro! Disse um dos visitantes.
_ Obrigado, sempre cavalheiro.
_ Como poderia ser diferente, agora vamos, não queres deixá-la esperando certo.
As duas pessoas se encaminharam para o portão. “Alohomora” disse um apontando sua varinha em direção a fechadura do portão, num click o portão se abre e eles entram indo em direção a soleira da porta, quando pensaram em bater para que alguém visse atendê-los a porta abriu-se, eles adentraram e então uma imagem sem vida e de voz aguda surgiu-lhes a frente perguntando-lhes “Quem sois vós que ousais entrar em minha casa?” ambos respondem de imediato “Somos nós, vossos humildes servos My lady”, ao responderem a pergunta a imagem se dissolveu no ar, restando apenas um pó branco flutuando onde ela aparecera. Eles seguiram até a escadaria, subiram até o que parecia ser uma sala, e lá, sentada de fronte a uma lareira esta a pessoa lhes chamara.
_ Queria nos ver My Lady? Perguntou o bruxo mais baixo.
_ Sim, quero notícias da missão que lhes conferi. Respondeu a mulher que agora virava-se de frente para eles, seus olhos eram frios como gelo, sua expressão deixava transparecer o ódio que ela mantinha guardado dentro de si.
_ Estamos tendo progresso.
_ Que tipo de progresso? Já houve mortes? Ou por acaso algum de vocês sobe o paradeiro do anel?
_ My Lady, desculpe-me, mas ainda não consegui descobrir nada sobre o anel, parece-me que ela não sabe sobre ele, ou pelo menos não guarda nada consigo. Falou o bruxo mais alto.
_ E quanto a mortes, disse o outro, ainda não foi possível. Por pouco eu não consegui acabar com a vida daquela sangue-ruim.
_ Mas ela dever ser preservada, ou então minhas investigações pararão. Disse Castel.
_ Sim... Tens razão de certo modo, mas eu quero resultados, ou vocês acham que eu tenho a vida toda pela frente? A mulher agora parecia estar muito nervosa, seus olhos fitavam os dois que permaneciam de pé a sua frente. Eu sabia que talvez fosse impossível para você conseguir qualquer informação, mas já cuidei disso.
_ Sim, eu pude perceber, mas my lade, não sabemos nada sobre ele.
_ Eu tenho as melhores recomendações sobre ele, não é mesmo? A Mulher disse isso olhando para a outra pessoa sob a capa.
_ Sim minha senhora, pode confiar que ele está do nosso lado, e isso eu posso garantir com minha própria vida.
_ Mesmo assim, quero que você Castel fique de olho nele.
_ Sim minha Senhora, vigiarei cada passo dele. Falou o bruxo mais alto.
_ Quero que vocês estejam cientes de que não admitirei mais nenhuma falha, ou se não sofrerão as conseqüências.
_ Sim My lade, faremos tudo que for possível para trazermos resultados mais significativos. Disse um dos bruxos, que agora erguera a cabeça e encarava os olhos de sua mestra. Seus olhos não fugiam muito da aparência dos da mulher, eram igualmente sem vida, gélidos.
_ Acho bom que isso não se repita, outra coisa, concertas-te seu erro?
_ Erro, qual erro minha senhora?
_ Seu erro imbecil, ou acha que eu não fiquei sabendo?
_ Sim claro que sim, eu ontem mesmo consertei tudo minha senhora, esta tudo no seu devido lugar. O Castel apenas olhava de um para outro. Neste momento a mulher levanta-se e vai em direção aos seus servos, olha dentro dos olhos de cada um, o bruxo mais alto podia sentir a respiração da mulher cada vez mais perto do seu rosto. Então ela diz:
_ Todos deverão pagar pela Morte do Lorde das Trevas, principalmente aqueles que ajudaram Harry Potter, todos provarão da minha ira... Agora vão, estão dispensados...
Os dois saíram pela porta onde haviam entrado sem trocar nenhuma palavra, caminharam até o portão de saída e seguiram o rumos opostos até sumirem na escuridão.
Dentro da casa a mulher voltara a se sentar defronte a lareira, agora acariciava seu gato.
_ Todos deverão pagar não é mesmo Hades... Hahahahahaha....Hahahahaha... O riso maléfico ecoou por toda a casa, e Hades apenas ronronou mais forte.
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