Tudo como era antes

n/a: Pra quem achava que o romance tava começando vai se desiludir nesse capítulo, mas é necessário, logo se acostumam...

Capítulo 14 – Tudo como era antes

O dia amanheceu bem calmo para o acontecimento da noite anterior. Harry era o mais desinformado. Dormira profundo durante toda a noite e nem ficou sabendo sobre o Denis até que Rony contasse. Parabenizou Gina por ter salvado o garoto, o que fez o dia da garota começar com o pé direito! Muitos alunos cercavam Colin e Denis para este repetir a história mais uma vez. Todos se surpreenderam quando descobriram que Malfoy, Draco Malfoy, sonserino da pior marca, tinha ajudado Creevey, Denis Creevey, Grifinório inocente. Mas como é muito difícil esquecer os pontos ruins de uma pessoa, os alunos continuaram a achar Malfoy um sonserino irritante e mesquinho. Muitos não entendiam porque Gina Weasley tinha saído com ele para buscar Denis.

- Ah! Sei lá! Estava todo mundo procurando dentro do castelo e já que ele tem uma vassoura potente...procurar pelos jardins seria muito mais fácil.

- Harry também tem uma vassoura potente. – argumentou Dino Thomas.

- Malfoy estava mais perto de mim do que o Harry. E eu estava desesperada. Nem pensei direito no que fiz.

- Não precisava ficar tão desesperada, ele não é um bebê. – acrescentou Lilá Brown.

- Me senti um pouco responsável porque o vi perto do lago no horário da tarde e não falei nada. Foi daí que surgiu a idéia de procurar no lago.

Ninguém parecia muito convencido com a versão da menina, mas não ficaram lhe enchendo muito tempo mais depois disso.

O café da manhã também foi cheio de interrogatórios sobre o dia anterior e Gina não agüentava mais. Ela não conseguia responder as perguntas dos alunos. Nem ela mesma sabia a resposta. Cansou de perguntas e perguntas e, com a desculpa de ir ao banheiro, saiu correndo do Salão Principal, pouco antes do correio chegar. Correu até os jardins, onde encontrou ninguém mais ninguém menos que Draco Malfoy. Era o destino, não era possível.

- Olá Malfoy - ela o cumprimentou.

- Por Merlin Weasley! Larga do meu pé.

- Sinto muito, o jardim é um lugar público. Eu não pretendia ficar aqui mesmo – e isso era verdade. Os comentários iriam aumentar se os dois fossem vistos muitas vezes.

Ela virou as costas e caminhou a frente quando ele a chamou:

- Weasley?

- O que é? – ela virou-se para encará-lo.

- Preciso lhe dizer uma coisa.

Ela não sabia o porquê, mas seu coração disparara naquele momento, como se o que ele tivesse para dizer fosse de extrema importância.

- Diga então.

- Quero gastar mais um bilhete.

- De escravidão?

- É. Um desses mesmo.

- Nossa Malfoy....você não sabe economizar não? Quando realmente precisar não terá como me usar.

- Eu estou realmente precisando. Além do mais, eu sou rico Weasley, não preciso economizar. Quando eu precisar de mais é só bater uma aposta com você.

- Como se você fosse ganhar.

- Isso não vem ao caso (apesar de que é óbvio que eu ia ganhar) O que quero será melhor para mim, para você e para toda Hogwarts...

- Pare de enrolar Malfoy! Diga logo.

- Eu não quero mais falar com você.

Por isso ela não esperava.

- C-Como? – pediu indignada.

- Não quero mais conversar com você, andar com você, olhar pra você. Isso me prejudicou desde o primeiro momento que fui amigável. Toda minha reputação conquistada durante cinco anos está em jogo. Meu pai acha que ajudei grifinórios e se descobrir que é verdade serei castigado por isso. Pra você eu sei que também será melhor. Terá mais contato com os seus amiguinhos irritantes, estudará mais, não pegará detenções. Será uma Weasley novamente e eu, um Malfoy. Inimigos eternos. Eu quero apenas voltar a ser aceito na sonserina, como eu era antes.

Gina petrificou-se ao ouvir aquilo, ficou totalmente sem reações. E pensar que algumas horas atrás ela pensava em ser seu amigo.

- Poxa Malfoy. Se é assim que você quer assim será. Ainda acho você um desastre por não conseguir tomar as próprias decisões.

- Essa decisão foi minha e para o bem de todos.

- Então essa fase não foi divertida? Sem Parkinson, sem Crabbe, sem Goyle. Você chegou a xingá-los a plenos pulmões e agora os quer de volta. Por acaso não fui uma boa amiga?

- Você nunca foi uma amiga Weasley.

- Não? Você desabafou comigo quando Pansy Parkinson te perseguiu, me salvou da humilhação na frente do Harry, me salvou em Hogsmeade e no dia do baile também, me consolou quando você-sabe-quem apareceu. Nós rimos juntos, nos divertimos o dia inteiro ontem. Não acha que isso é ser amigo? Acha que ter Crabbe e Goyle é ter amigos?

- Eu fui levado pela vozinha dominante.

- Ora, é sempre culpa da vozinha. – disse irônica

- Mas é sempre culpa da vozinha! Ela sempre me fazia sentir-me culpado e te ajudar. Estou fazendo isso exatamente porque não quero me render e me tornar seu amigo.

- Mas se é o que quer, não há o que o proíba.

- Eu não posso, entenda Weasley. Tenho que continuar a geração Malfoy. Não posso envergonhá-la. Não posso ter nenhum tipo de relação amigável com um grifinório e muito menos com um Weasley.

- Chega então Malfoy! – Gina gritou se irritando. – não adianta falar com você. Nunca vai fazer o que quer porque gosta. Faz tudo pela honra da família. Então tá, fique com a sua honra e não olhe mais pra mim! – e saiu pisando forte dos jardins em direção ao café da manhã. Quando entrou, muitos alunos já se amontoaram em volta dela e ela, muito irada, respondeu em um grito.

- EU ODEIO O MALFOY!

Não sei se ficaram com medo ou coisa assim, mas todos os alunos se afastaram dela e sentaram em seus respectivos lugares. Não teve mais interrogatórios pela manhã. Se tivesse receberia uma resposta mal-educada em troca. Sentou-se ao lado do trio inseparável, espantados pela atitude da ruiva. Pegou um pão recheado e, com voracidade, comeu-o.

- O que houve Gina? – perguntou Hermione preocupada.

- Nada que é da sua conta. – respondeu rebelde e Hermione não voltou ao assunto.

Logo o salão estava novamente barulhento, como de costume. Rony começou a falar de quadribol e do novo treinador do Chudley Cannons e não parou mais. Logo juntou-se ao grupo de faladores de quadribol Neville, Simas e Dino. Hermione, discretamente abriu um livro por debaixo da mesa e começou a ler. Gina ficou comendo tudo que tinha na mesa até Harry iniciar uma conversa com ela, sobre Quadribol.

Depois de darem descrições e xingarem cada time que não gostavam chegaram aos times de Hogwarts. ( obs.: ela já estava um pouco melhor da discussão

- Gina, eu queria que você jogasse no próximo sábado porque eu tenho um compromisso.

- Será que eu poderia saber o que é?

- Sim. É o aniversário da Cho.

- Não é um ótimo presente? Uma vitória? Ou por acaso o jogo é contra ela?

- Não, não é. Mas eu já tinha planejado o dia.

- Pode deixar então Harry, eu jogo. Contra quem? – disse antes de tomar um gole do suco de abóbora.

- Sonserina. – Ela cuspiu tudo em um jato curto. – Me desculpe Gina. Se não quiser jogar eu entendo.

- Não, não! Claro que jogo. Sou muito melhor que qualquer sonserino babaca. Será um prazer jogar contra eles e afundar aquela casa idiota na lama.

- Quanto ódio. – espantou-se Harry. Gina corou.

- Não é ódio. Mas é que faz tempo que não jogo contra eles e será ótimo derrotá-los!

- Que bom que vai jogar! Com licença que vou avisar a Angelina. – levantou-se e sumiu no meio da multidão que levantava alegre para mais um dia de domingo.

Não era um jogo para se preocupar tanto, nem era com o Malfoy que ela ia jogar.

Malfoy...Lembrar daquele nome doía.

Aquela discussão com Malfoy tinha realmente chateado Gina, mais do que ela esperava que chateasse. Ela estava disposta a ser realmente uma amiga verdadeira, ele estava sendo muito bom. “Mas tudo bem,” ela pensou enquanto caminhava até a biblioteca encontrar Luna “ se ele prefere montes e montes de amigos sonserinos falsos do que apenas uma amiga grifinória verdadeira quem sai perdendo é ele”

Chegou na biblioteca e viu Luna relendo um livro sobre unicórnios com três chifres. Esta quando a viu, fechou-o rapidamente e correu até a amiga.
- Gina! Onde esteve ontem o dia todo?

- Pagando uma aposta....

- Ontem eu fui à orla da floresta proibida e vi um raríssimo Tricórnio! Na floresta Proibida! Eu e o Colin vamos hoje lá tirar uma foto para “O PASQUIM”. Será melhor que a matéria da entrevista com o Harry! Será o número mais vendido! Andei pesquisando sobre ele, mas não achei muita coisa:O que ele come, onde vive, cores mais raras, hábitos.... Mas nenhuma foto, nem uminha...

- Não se preocupe Luna. – disse enquanto colocava o livro de Luna em sua devida estante - Hoje você conseguirá uma foto e ficará conhecida no mundo todo! – exagerou Gina para animar a amiga e esta levou bem a sério.

- Uau! Vem com a gente Gina! Ou vai fazer alguma coisa com o Malfoy hoje também?

- Nunca mais vou fazer nada junto com o Malfoy.

- O que? Como assim? – impressionou-se. Pensando bem, ela não estava no café da manhã.

Gina contou resumidamente sobre a briga. Logo depois, Luna disse.

- Esquece isso Gina! Daqui a pouco ele volta atrás! Agora venha! Vamos procurar mais informações sobre os tricórnios.

*********

Finalmente! Algo o segurara antes, mas agora fez o que devia ser feito. Dispensou a Weasley. Mas ele se sentiu muito mal, pesado. Não gostou da discussão. Mas agora não voltaria atrás, era orgulhoso, todos nós sabemos.

Pelo menos agora era da Sonserina novamente e tinha orgulho de ser um Malfoy.

Entrou na Sala Comunal da Sonserina de cabeça erguida e todos o ignoraram. Ele queria estar de volta ao grupo então enturmou-se.

- Olá Crabbe, Olá Goyle, Emília, Pansy.... Estou de volta.

Todos se espantaram. Ele foi cercado pelos alunos curiosos e começou a inventar uma história de que uma maldição o prendia a Weasley, mas agora ela estava quebrada e ele estava de volta.

Dois dias depois já era a “sensação” da sonserina novamente. Aprontava com alunos nos corredores, xingava qualquer alma sangue-ruim. Era o velho Draco Malfoy de anos atrás com seus fiéis guarda-costas presos no seu sapato como um chiclete.

Mas uma coisa não pertencia ao velho Draco: toda vez que via a Weasley, seja no café, intervalo de aula, almoço ou a tarde, ele sentia um grande peso na consciência. Um peso tão grande que fazia ele perder a vontade de xingar e maltratar.

Voltando ao assunto, o sucesso de Malfoy foi tão grande, mas tão grande que dispensaram o péssimo apanhador que tinham no time e pediram a volta de Draco. Este, claro, aceitou. Ficou super feliz quando soube que seu primeiro adversário, depois de tantos meses sem nada, era Harry Potter. Treinava com seu time e escancarava muitas bocas com as suas manobras na vassoura. As meninas babavam. Pansy Parkinson voltou a se pendurar no seu pescoço. Por enquanto Draco não se importava, era bom se sentir desejado de novo, mas logo ele começaria a reclamar, eu sei que começaria. ß nota da autora . O que era ruim é quando ele encontrava a Weasley e Pansy estava pendurada nele. Ele se afastava rapidamente como que por reflexo. Depois de algum tempo ele voltava ao normal.

Era bom estar de volta, mas não tão bom quanto ele achou que seria.

N.A.: Me desculpe pessoal, esse é o menor capítulo de todos, mas eu não tava tão inspirada. Só que eu tava muito a fim de partir para o próximo capítulo onde acontecerá uma coisa surpreendente.......

Outra coisa sobre esse capítulo é algo que vocês devem estar se perguntando: se ele não queria mais falar com ela, nunca mais, para todo o sempre, porque ele passou o dia anterior inteiro com ela, se divertindo?

Bem, a resposta pode não parecer satisfatória mas é a verdade: foi um dia de despedida. Um dia de despedida do velho Malfoy. Tirei essa idéia de um mangá, Peach Girl. Foi meio que um presente para a Gina o que Draco fez.Eu achei muito bonito quando aconteceu no mangá, mas não ficou tão fofo na fic, uma pena.....

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