O Embarque no Trem
Harry notou que no cristal negro estavam cravados símbolos de runas antigas. Guardou o na bolsa de couro de briba que Hagrid lhe dera há anos, mas decidiu guardar somente o cristal.
- O que é isso Harry? – perguntou Gina.
- Os objetos que Slughorn me deixou.
- Que bracelete horrível. E o que é essa lente?
- Um unióculo.
- O que há no bilhete? – perguntou a mulher apontando para o fundo da caixa.
Harry acabara de notar o pergaminho e leu:
“Se você está lendo isto é porque conseguiu abrir o cofre. Espero que esses objetos sejam úteis na sua vida como auror. O grande auror que eu sempre sabia que se tornaria. Esses objetos são dos donos das casas de Hogwarts. O diamante é de Helga Hufflepuff, o Bracelete é de Salazar Slytherin e o unióculo é de Rowena Ravenclaw. A caixa era do próprio Godric Griffindor e ela se abre se o novo dono mostrar que realmente conhece o último dono. Para abri-la eu tinha que uivar, não sei exatamente a razão. Talvez o último dono fosse um lobisomem. Faça bom uso.”
Ele achou tudo muito estranho. Releu a mensagem.
- Se ele mencioná-se pelo ou menos o que esses objetos fazem... – disse Gina um pouco confusa
Ele decidiu guardar os outros objetos consigo também.
No dia primeiro de setembro, Harry estava se preparando com filhos levá-los para a estação King’s Cross. Era a primeira vez que Lílian embarcaria no trem para Hogwarts. Teddy aparecera para o café da manhã.
- Há dois anos atrás você estava agarrando a Victorie. Hoje você vai pegar ela de novo? – perguntou Alvo.
- Cale a boca, Alvo! – disse Gina irritada.
Harry viu Draco, que estava com os cabelos quase tão compridos quanto os do pai. Seu filho era idêntico ao pai, porém tinha os cabelos mais escuros como os da mãe e não eram tão lisos. Simas Finnigan acompanhava o filho e conversava com Neville. Do outro lado da estação Rony e Hermione conversavam com Jorge que estava acompanhando a mulher, Katie Bell. Estava mais sério desde a morte do irmão.
Eles falaram com todos os outros.
- Harry! Mamãe convidou você para almoçar. O Percy vai aparecer desta vez... – disse Rony.
- Ele não tem se comunicado muito ultimamente? – perguntou Harry.
- Não, é que desde que ele se tornou Ministro não tem tido muito tempo.
Do outro lado da plataforma nove e meia, que Harry e a família ainda não tinham atravessado, estavam Bellatriz, Malfoy e Dolohov escondidos sob uma capa de invisibilidade roubada.
- Temos que estuporar alunos do primeiro ano. – dizia Bellatriz – a poção polissuco age mais rápido com pessoas menores.
- E eles são ótimos disfarces. Ninguém na escola os conhece e ninguém suspeitaria deles. – dizia Lúcio.
- Por que não podemos lançar o Imperius neles? – perguntou Dolohov.
- Deixe de ser idiota! Lá nós vamos arranjar comida e varinhas. E seria muito suspeito. Lá vem uma! Está sozinha! Eu cuido dela!
No instante em que Bellatriz lançou a maldição na garotinha, do outro lado da plataforma, o bracelete que Harry ganhara mudou da cor prateada para um verde muito intenso. Bellatriz tirou um punhado de cabelos, tirou a varinha da garotinha, fez uma cópia de sua roupa e guadou-a.
-Temos que confundir a garota para ela não lembrar do que aconteceu. – lembrou Dolohov.
- Bem lembrado. Confundo! – a garota acordou depois que Bellatriz a empurrou para fora da capa de invisibilidade. Confusa, a garota olhou para o trem e se lembrou apenas que estava ali para embarcar.
Bellatriz, Malfoy e Dolohov repetiram o processo com mais dois bruxos muito novos e ingênuos. O bracelete de Harry estava muito verde e quente e desta vez ele conseguiu sentir enquanto conversava com Neville:
-... ela vem da França logo depois das férias de verão, parece que vão arranjar uma substituta para Luna, ela não quer ficar tão longe assim de mim – dizia Neville – Harry seu bracelete verde está deixando seu braço bem vermelho!
Ele percebeu nesse momento que o bracelete perdera a cor prateada e estava muito verde e muito quente. Ele não havia percebido, porque estava estranhando um mau pressentimento perto dele. No momento em que Harry retirou o bracelete, ele voltou num piscar de olhos à sua cor normal.
- Acho melhor atravessarmos a plataforma logo, faltam apenas cinco minutos. – disse ele a esposa, amigos e filhos.
Nesse exato momento em que atravessaram a plataforma, os três ex-comensais embarcaram no trem. Eles começaram a se despedir dos filhos, e Harry se despediu de Lílian por último:
- Papai, estou com medo. Não se preocupe não estou com medo de ir pra Sonserina – disse a filha inocente.
- Está com medo de ir pra Corvinal? Não se preocupe. Lembra da tia Luna Lovegood? Ela era da Corvinal. – disse Harry relembrando carinhosamente.
- É, mas ela é maluca! – disse a garota – mas não é disso que quero falar. É que eu estou com medo do meu poder...
- Hum... Tente fazer alguma coisa com aquele chiclete no chão.
A garota apontou a varinha para o chiclete e ele mudou de cor laranja para verde. Neste exato momento, o cristal negro que Harry guardava no bolso ficou amarelo brilhante e logo depois escureceu. O pai e a filha perceberam a luz amarela que veio do bolso de Harry. Ele examinou o cristal e passou-o a filha.
Ela apontou a varinha para os sapatos do pai, que apenas ficaram vermelho-vivo e o cristal tornou a acender amarelo. Harry pensou que o medalhão acendia quando alguém fazia um feitiço ou qualquer coisa assim.
- Papai! Isso me permite fazer feitiços normalmente! – disse a filha sorridente.
Harry pensou que o cristal passasse confiança à filha para fazer feitiços.
- Tudo bem pode levá-lo então.
A garota saiu saltitando feliz e embarcou no trem. Gina veio ao seu encontro para irem embora.
- Harry, querido, o que aconteceu com os seus sapatos?
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!