Expetativas
- Na verdade, eu queria que a Armada de Dumbledore, continuasse, só que em sala de aula! – Disse Tonks, sorridente. Harry sentiu-se aliviado, um problema á menos. E resolvido de uma forma fácil – Achei que seria bem mais legal! Você concorda Harry?
- Claro, professora – Disse Harry
- Ótimo, creio que é um problema á menos para você – Disse Tonks, em voz baixa, para Harry.
- Sim, é – Concordou.
Harry, seguiu para as outras aulas do dia, mais animado que em qualquer outra vez, além de ter uma preocupação á menos, o dia seguinte lhe traria um prazeroso passeio á vila de Hogsmeade, e bem num dia que ele teria três tempos de poções com Snape.
Quando chegou ao salão comunal, com Rony e Hermione, as únicas poltronas próximas á lareira, estavam ocupadas por Parvati Patil e Lilá Brown, que conversavam animadas com Simas e Neville. Então eles moveram uma das escrivaninhas mais para o canto do salão comunal e por ali se sentaram.
- Eles deviam nos dar um desconto! – Disse Rony, olhando para a imensa carga de deveres que acabara de despejar na escrivaninha - passamos por N.O.M’s, teremos N.I.E.M.’s o ano que vem,que pelo menos o sexto ano seja um pouco menos cansativo!
- Não é tão ruim assim, Rony – Disse Hermione, folhando a agenda – Pense, você só tem esse monte de deveres, porque não se preocupou em faze-los nas últimas três noites. Eu fiz, e hoje não tenho mais deveres, mas eu ainda vou praticar um pouco mais aquele feitiço para transfigurar minhocas em vertebrados...
- Em vez disso podia nos ajudar, eu e Harry temos dezenas de deveres para fazer! – Disse Rony – Podia começar nos ajudando á acabar esse dever de...
- Eu não vou ajuda-los! – Retorquiu Hermione – Já dei mole demais para vocês! Precisam se virar um pouco sozinhos! Imaginem fazer todos os deveres que vocês tem de fazer e ainda ter que ajudar os amigos que não os fazem, eu não agüento! E se me dão licença, eu tenho que monitorar o corredor do quinto andar hoje.
E saiu decidida do salão comunal.
- Droga! – Murmurou Rony
- Acho melhor acabar com esses deveres logo... – Disse Harry, molhando a pena no tinteiro.
- Tem razão, vou tacar os meus na lareira... – Disse Rony, emburrado.
- Oi para vocês!
- Oi Katie – Disse Harry, ainda escrevendo.
- Hum, Olá Rony! – Disse Katie, em um tom de voz mais alto.
- Ah, oi Katie... – Disse Rony
- Tenho novidades! – Disse Katie, como se estivesse tentando animar os dois.
- Quais? – Perguntou Rony, erguendo a cabeça.
- Bom... Já resolveram o jogo de Quadribol! – Disse Katie
Harry se levantou repentinamente da cadeira. Rony ergueu a cabeça, e acabou por derramar o tinteiro.
- Vencemos? – Perguntou Harry
- Bom, tivemos uma reunião á pouco, e pelo que me informaram...
- O quê? Fala logo! – Exclamou Rony
- Ei, calma! Bom, e segundo as regras, no jogo de Quadribol não existem reservas! Eu mesma cometi essa falha... Depois terei que falar com o reserva do nosso time... – Disse Katie sorrindo – Então, o direito de pegar o pomo era do Harry, e não da garota, a reserva do Malfoy...
- Então, o Harry pegou o pomo como se a menina não estivesse lá? – Perguntou Rony
- É mais ou menos isso... – Disse Katie, sorrindo – Mas em todo o caso... o que importa mesmo, é que vencemos esse jogo!
Harry levou um certo tempo para entender o que Katie havia dito. Mas quando viu Rony espalhando a noticia e uma algazarra se formando, abriu um sorriso e foi se juntar ao grupo em volta de Rony, que escutava entusiasmado, “como Rony havia ajudado Harry á capturar o pomo, e como ele já sabia desde o começo que haviam vencido...”
Harry acordou mais animado do que nunca na manhã seguinte, não acreditara em tanta sorte, pois nunca a tivera. Despiu-se de seu pijama, e colocou uma jeans esverdeada e uma blusa vermelha, ambas pertencentes a Duda, pois a barra da calça caía em exagero sobre seus pés. Desceu correndo as escadas do dormitório masculino, Rony e Hermione já estavam no salão comunal, junto aos outros alunos que murmuravam excitados, alguns já deixavam o salão comunal.
- Vamos? – Perguntou Harry, á Rony e Hermione.
- Ei... Esperem! – Disse Gina
- Luna não vai com você? – Perguntou Hermione
- É, o “Sr. Thomas” também não? – Perguntou Rony, sarcástico
- Não Rony, eu não estou mais com o “Sr. Thomas” há muito tempo! Achei que já soubesse afinal não sai do meu pé!
- Sou seu irmão! Você me deve satisfações!
- Parem... – Disse Hermione, calmamente – Porque Luna não vai com você, Gina?
- Porque ela me disse algo como... “Eu preciso sonhar...” ou algo assim... Mas eu não prestei muita atenção...
Os quatro ficaram mudos por um certo tempo, como se estivessem esperando algo enquanto miravam uns aos outros.
- Por que o silêncio...? – Perguntou Rony
- Estávamos apenas...pensando... – Disse Hermione – Bom, vamos logo! Hogsmeade vai ferver!
Realmente Hogsmeade parecia estar muito mais cheia que o normal. Talvez fosse a algazarra dos alunos que a fazia parecer mais cheia. Harry e os outros entraram na Dedosdemel para comprar alguns doces, a loja estava lotada, era difícil encontrar muitas coisas. Eles compraram apenas alguns sapos de chocolate e alguns pirulitos de Morango-Fervente (“Sim, nos fazemos você borbulhar!”) e deixaram a loja o mais rápido possível.
Entraram no Três Vassouras para tomar um pouco de cerveja amanteigada, e com dificuldade acharam uma mesa vaga. A Profª McGonagall, Hagrid, Profª Sinistra e o Profº Flitwick, se encontravam á mesa ao lado da que Harry, Rony, Hermione se sentaram, pois Gina encontrou um grupo de amigos em uma das mesas da frente do salão, e sentou com eles.
- Sabe, eu gostaria de saber o que Dumbledore está fazendo agora... Já repararam que ele se ocultou o verão todo... No Natal pouco tivemos notícias, e, ele aceitou absurdamente o cargo de Ministro da Magia! – Disse Hermione
- Mione, eu sei que isso é muito estranho... Mas Dumbledore tem mania de agir ás ocultas... E tudo sempre acaba bem... – Disse Rony
- Sirius não acabou bem... – Disse Harry de cabeça baixa, Hermione e os outros ficaram mudos.
- Mas isso é um caso á parte eu quis dizer que o...
- SIRIUS NÃO É UM CASO Á PARTE, HERMIONE! – Bradou Harry – DUMBLEDORE ERROU! ELE MESMO ADMITIU!
- Sr. Potter! – Disse Profª McGonagall á meio de cabeças curiosas em todo o bar – Contenha-se por favor!
- Dumbledore errou... – Disse Harry – Sirius está morto!
- Sr. Potter... Ninguém conhece realmente o que se passa no departamento de mistérios... – Murmurou a Profª McGonagall - ... depois do véu, e o senhor sabe disso... por favor contenha-se!
- Sirius está morto – Disse Harry novamente.
- Como pode ter tanta certeza? – Perguntou a Profª McGonagall
- Porquê eu estou morto, Profª McGonagall... não discuta com Harry.... - Disse Harry de cabeça baixa, enquanto todos ao redor dele olhavam assustados.
- Oh meu deus... - Disse Profª McGonagall – O que é isso?
Mas o que era ou não, a Profª não pode saber pois Harry caiu com a cabeça na mesa em um baque surdo, enquanto todos observavam confusos e alguns assustados.
- Hagrid, Sr. Weasley e Srta. Granger... – Continuou a professora – Levem Harry para a minha sala. Estarei esperando-os daqui a pouco.
- Sim, professora – Disse Hagrid carregando Harry no colo e o levando para o castelo.
- Quando Harry recobrou o sentidos, estava em uma poltrona roxa, em uma sala com revestimentos de madeira na parede o no chão, sozinho. Lá fora, pôde ver ondas gigantescas e ciclones avançando em direção ao lugar em que estava, o que lhe ajudou muito á deduzir que lugar era aquele. O Ministério da Magia.
- Ah, Harry! Que bom que acordou! – Disse Hermione, entrando aflita pela porta dupla, na frente de Harry – Estava preocuopada!
- Ah, obrigado Hermione – Disse Harry aceitando uma garrafa pequena de cerveja amanteigada. – Aonde estão todos, e, porqie viemos para o ministério?
- Bom, acho que a Profª McGonagall é quem deveria lhe explicar melhor – Disse, relutante – Em todo caso, acho que logo ela virá ver como você está.
Harry não disse mais nada, e baixou a cabeça. Porquê é que estava ali no ministério? Afinal, não fizera nada de errado, á não ser ir a vila de Hogsmeade, em um dia não-ilegal, e passar no Três Vassouras para beber um pouco de cerveja amanteigada. Segundo sua mente, isso não era crime, então, o que teria acontecido?
- Sr. Potter! Graças a Deus acordou! – Disse a Profª McGonagall, irrompendo nervosamente a porta pela qual Hermione entrara – Dumbledore quer falar com o senhor! Por favor, me acompanhe. E a Srta. Granger também.
Harry, a Profª McGonagall e Hermione seguiram pelo ministério, mediante olhares curiosos, afinal a fama de Harry no ministério não era das melhores. Eles entraram na mesma sala da qual Harry participara de sua primeira audiência, e seguiram para uma porta posterior ao júri e por ela entraram.
- Harry, como é bom revê-lo! – Disse o Profº Dumbledore, serenamente – Sente-se, precisamos conversar com você. Apinélio, por favor, chame o senhor Weasley, ele deve estar no departamento do pai dele suponho.
Um homem esguio, lembrando de passagem Stanislau Shunpike, saiu da sala e atravessou a porta bruscamente.
- Coitado... Ele é meu assistente há apenas três dias e já está assim... – Disse Dumbledore – Mas agora, o que devemos conversar é muito sério, Harry, espero que esteja apto á ouvir.
- Sim, Profº Dumbledore – Disse Harry.
- Bom, hoje se eu não me engano era dia de passeio á vila de Hogsmeade?
- Sim, era.
- Creio que o senhor teve a oportunidade de ir ao Três Vassouras, correto?
- Sim, Profº Dumbledore.
- Pode me descrever o que o senhor fez lá, antes de vir para o ministério?
- Bom... Eu, Rony e Hermione fomos ao Três Vassouras, pedimos cerveja amanteigada, e acho que foi só isso, quero dizer, depois desse momento só me lembro de estar aqui.
- Entendo... – Disse o Profº Dumbledore – Creio que não sabe como veio até aqui, e nem aonde eu quero chegar...
- Exatamente – Respondeu Harry
- Bom, Harry, o que realmente está acontecendo aqui, é que fato, o senhor disse umas coisas sobre Sirius Black...
- Eu não disse
- Ouça Harry, quero que saiba algo antes que descubra por si mesmo. Você não apenas tomou cerveja amanteigada e veio parar aqui, simplesmente por acontecer. Ninguém conhece os mistérios para além do véu, que está no departamento de mistérios. São muitos. E pelo que me parece, acabamos de achar mais um a ser resolvido. Sirius Black, parece que tentou se comunicar, ontem, no Três Vassouras... E ele usou você.
Harry se sentiu atordoado. Seus estômago pulava, o frio na barriga e suor frio impediam que ele raciocinasse de alguma forma.
- Sirius... tentou se comunicar? – Perguntou Harry, como se não tivesse ouvido o que Dumbledore dissera.
- Tentou... – Disse Dumbledore, olhando-o por cima de seus oclinhos – E conseguiu.
- Então... Ele não está relativamente morto está? – Um onda de euforia, misturada em expectativas se misturava em Harry – Podemos encontra-lo?
- Eu realmente não sei, Harry – Disse Dumbledore – São tantas as possibilidades escondidas em mistérios que não sabemos onde acreditar...
- E podemos investigar? – Perguntou Harry – Quero dizer... Tem como descobrir?
- Antes temos que pensar em coisas mais importantes, como Voldemort, e como fazer para que aqueles que ainda não confiam em seu retorno, que acreditem de uma vez. – Disse Dumbledore
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