Revelando a Verdade



- Bom, acho que não temos mais nada o que conversar... Não é Profª Minerva?

- Sim, Madame Pomfrey, vou tentar falar com o Profº Dumbledore novamente, em todo caso, preciso falar com o Sr. Potter.

- Em breve, Profª McGonagall – Disse Madame Pomfrey - o Sr. Potter não está em condições nem de levantar da cama – Marin deu um sorrisinho – Creio que no mais tardar amanhã tudo volte ao normal.

- Sim, Madame Pomfrey, é o que eu espero – Disse a Profª McGonagall, que dizendo isso, saiu da Ála Hospitalar.

Harry tomou mais uma dose de Rejuvenescedor de Ossos e Umas Coisas da Tia Tymppa, que tinha um gosto de carne apodrecida e leite de chicória. Madame Pomfrey recolocou o frasco do rejuvenescedor na mesa-de-cabeceira, e começou á cuidar de Hermione, que agora, estava recostada na cabeceira da cama, ela mantinha uma expressão um tanto assustada, e provavelmente tinha tantas perguntas á fazer quanto Harry as tinha para si mesmo. O sol dava seus primeiros sinais de que ía nascer, em meio de tanta neve e ventos que passavam pelas montanhas e pelas torres de Hogwarts. Harry sentiu um pouco de frio e se deitou na cama, abaixo de alguns cobertores, adormeceu.

Quando acordou, Madame Pomfrey não estava na Ála Hospitalar. Hermione estava acordada. Ela olhou para Harry, preocupada, teve a menção de levantar e ir até a maca de Harry, mas deitou-se repentinamente, quando viu madame Pomfrey, entrando na Ála Hospitalar. Madame Pomfrey viu que Harry acordara e se dirigiu rapidamente até a maca dele.

- Como está se sentindo? – Perguntou Madame Pomfrey.

- Bem... Eu estou bem – Respondeu Harry

- Ótimo, espero que esteja bem mesmo. Eu lhe daria alta agora, mas acho que depois do ocorrido dessa noite, vou deixar você aqui até que a Profª McGonagall me dê mais alguma notícia. Agora tome mais uma dose de rejuvenescedor e descanse. – Disse Madame Pomfrey, entregando á Harry um pequeno copinho, cheio de rejuvenescedor – É melhor prevenir do que remediar. Tome cuidado com seus ossos quando estiver jogando quadribol, da próxima vez pode ser pior!

Madame Pomfrey deixou Harry na maca e foi até a maca de Dino Thomas que estava deitado e passava a impressão de estar levemente tonto. A meia distância da maca de Dino, ele pôde ouvir ela reclamando com Dino, coisas do tipo “Não sei como ainda há jogos de quadribol em Hogwarts! Ou então "Não me admira que algum dia um jogador morra!” , de fato, ela estava bem enfurecida com vários jogadores na Ála Hospitalar em um jogo só, sem falar na Madame Hooch, que ainda se encontrava desacordada. Mas, ele havia esquecido instantaneamente de tudo isso, pois dois segundos depois encontrava-se adormecido.

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- Você acha que devíamos acordá-lo? – Perguntou Gina.

- Não sei... Pelo que Madame Pomfrey me disse, ele já está bem, só está descansando um pouco... – Disse Hermione

- Não precisa. Já acordei. – Disse Harry, com os olhos um pouco abertos, vendo apenas os esboços de cada uma, que estava em volta da sua maca.

- Como está, Harry? – Perguntou Hermione, dando os óculos para Harry que tateava a mesa-de-cabeceira sem sucesso.

- Bem, obrigado – Disse ele, enquanto colocava os óculos, e se recostava no encosto da maca – E vocês?

- Acho que todos nós estamos bem – Disse Gina – Os outros jogadores já estão no salão comunal, e Katie e Rony passaram aqui mais pela manhã querendo saber se você está bem, nós não contamos sobre o que aconteceu de noite...

- Fizeram bem – Disse Harry- Hermione, chame o Rony para mim, eu preciso falar com vocês dois, em particular.

- Ah, deixa que eu vou – Disse Gina, exasperada – Já que não é para eu participar mesmo...

- Obrigada, Gina – Disse Harry, que não soube se ela havia ouvido o que ele dissera ou não, já que ela já havia irrompido a porta da Ála Hospitalar. Rony chegou alguns minutos depois, com um sorrisinho amigável, seu suéter tinha algumas manchas de tinta para penas.

- Gina disse que você me chamou Harry, o que você queria? Melhorou?

- Sim, melhorei, obrigado – Disse Harry

-Então, o que você queria? – Perguntou Rony, mas fora interrompido por alguém que acordara algumas macas depois.

- O que é isso? – Perguntou Hermione

- Acho que ela acordou… - Disse Harry

- Madame Hooch, até que enfim! – Disse Madame Pomfrey, quase correndo até a maca de Madame Hooch – Achei que poderia piorar se não acordasse! Como está?

- O que aconteceu? – Perguntou Madame Hooch, atordoada.

-Bom, você foi atingida por um balaço na cabeça em cheio, olhe suas bandagens. – Disse Madame Pomfrey.

- O que é um balaço? – Perguntou Madame Hooch

- Como assim “o que é um balaço”? – Perguntou Madame Pomfrey, querendo não entender o que estava acontecendo. Harry, Hermione e Rony acompanhavam a cena perplexos.

- Quem sou eu? – Perguntou Madame Hooch, confusa.

- Ah, meu Deus! – Exclamou Madame Pomfrey – Era pior do que eu imaginava...

- O que você acham que está acontecendo? – Murmurou Rony, para Harry e Hermione,

- É um caso de amnésia, você não está vendo? – Perguntou Hermione, aborrecida.

- Quer dizer que ela perdeu a memória então?

-É!

- Inteira ou só dos fatos mais recentes?

- Não sei, vamos ver o que Madame Hooch diz!

- Certo.

- Seu nome é Madame Hooch, e você trabalha em Hogwarts como professora de vôo! – Disse Madame Pomfrey, esperançosa.

- Eu dou aulas de vôo? – Perguntou Madame Hooch – Deve ser interessante... Como eu faço nas aulas? E quantos anos eu tenho?

- Isso responde sua pergunta, Rony? – Perguntou Hermione.

- É... Acho que sim... – Disse Rony

- Ótimo, mas isso não é o que está em questão. O maior problema agora é como a gente vai resolver o problema do jogo de quadribol? – Perguntou Hermione

- Boa pergunta – Disse Harry

- Madame Hooch, acho que terei de encaminha-la ao St. Mungus – Dsse Madame Pomfrey – Vou até o corujal – E saiu andando apressada – E vocês dois, o que estão fazendo aqui? Deixem o Sr. Potter descansar em paz! Vamos, saiam!

- Tchau Harry, se der, passaremos aqui mais tarde. – Disse Hermione

- É cara, passaremos. – Disse Rony.

Harry fez que sim com a cabeça, virou-se para o lado e deitou um pouco. Madame Pomfrey não demorou á voltar do corujal, com ela estava a Profª McGonagall, que pediu que Harry tivesse alta, já que não apresentava mais problemas (Ele mesmo concordou com isso). E saiu agradecido da Ála Hospitalar, deixando para trás a Profª Minerva, (Que agora observava confusa o estado de Madame Hooch), e Madame Pomfrey.

Quando entrou no Salão Comunal da Grifinória, o sol finalmente resplandecera brilhante, um tanto incomum para tempos de inverno, quando os dias são sempre nublados. Rony e Hermione estavam sentados em duas poltronas próximas á lareira.

- Como está, Harry? – Perguntou Hermione

- Até que enfim ela te deixou sair, cara! – Disse Rony

- É, eu sei... – Disse Harry – Mas que narizes que sangram são menos importantes que perdas de memória

Rony e Hermione riram.

- Ainda bem, cara.

- É, que bom – Disse Hermione – Mas... O que você ía contar para a gente aquela hora?

O sorriso que estava estampado no rosto de Harry, sumiu tão rápido quanto o que estava na face de Rony ao ver que o amigo parara de sorrir. Se estava preparado aquela hora, estaria agora também. Tinha que contar. Por mais difícil que fosse, ele contaria, se estava na Grifinória, era porque coragem e sangue frio não lhe faltavam.E ele ía provar que realmente não lhe faltavam

- O departamento de mistérios... – Murmurou Harry

- O quê? – Perguntou Hermione – O que tem o Departamento de mistérios?

- Tem uma sala... – Disse Harry – Com várias bolas de vidro...estivemos lá semestre passado...

- Nós sabemos Harry, mas aonde você quer chegar com isso?

- Essas bolas de vidro são profecias... – Disse Harry - ...E lá havia uma com o meu nome e o de Voldemort...e ela se quebrou...

- E quer dizer que...

-...Lá está escrito uma coisa que vai ter de acontecer... – Continuou Harry

- O que estava escrito?

- ... Que nenhum deverá viver enquanto o outro sobreviver...- Disse Harry.

- Quer dizer, que um dos dois morrerá no final? – Perguntou Rony.

- Sim – Respondeu Harry, lembrando-se que perguntara a mesma coisa á Dumbledore.

- Mas claro que não vai ser você! – Disse Rony, abobado – E sim Voldemort!

- Você disse “Voldemort”, Rony? – Perguntou Hermione, perplexa.

- Disse? – Perguntou Rony.

- Sim... – Disse Harry, com perplexidade também – Nunca achei que você falar o nome dele...

- Nem eu – Respondeu Rony

- Em todo caso, eu não sei se vou sobreviver. Ninguém sabe se vai sobreviver. A profecia não especificou nada, só se fez. Acho que deveríamos começar a pensar desde agora, a segunda guerra já começou, e não há nada mais a fazer senão lutar. Vocês estão comigo?

- Claro! – Exclamou Rony

- Para o que der e vier – Disse Hermione, com um sorriso leve.

- Você acha que devíamos contar isso ao mundo bruxo? – Perguntou Rony

- Não adianta, não agora. Todos ainda temem o que está acontecendo, não podemos assusta-los mais com mais uma revelação de Harry Potter. Seria arriscado. As pessoas achariam que seria um colapso mundial.

- Esperaremos uma reação de Dumbledore, e veremos o que vamos fazer. – Disse Harry, decidido. – A pior coisa que podemos fazer agora, é ter medo. A melhor,é enfrentar!

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