Dois pássaros na mão ou voando

Dois pássaros na mão ou voando



A/N: Eu sei que faz muito tempo que eu não atualizo, mas eu fiquei super enrolada com a minha vida e com outras histórias. O próximo capítulo está pronto, espero que vocês gostem desse e por favor comentem para eu poder sempre melhorar!


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Capítulo Quatro:


-O que você quer, Draco?- Ginny perguntou irritada enquanto os dois eram embalados pela música lenta numa valsa. Ela quis se soltar dos braços que estavam envolvendo sua cintura, mas ele era muito mais forte e ela não estava a fim de fazer uma cena no meio do restaurante. Draco arqueou uma sobrancelha pálida quando percebeu que ela estava tentando se afastar.


-Eu não posso nem dançar com uma antiga amiga? - Draco falou sarcástico, com um sorrisinho que costumava ser sexy, mas agora só estava irritando Ginny mais ainda.


-Sim, se eu fosse uma antiga amiga, o que eu não sou. – A ruiva sibilou e seriamente considerou matar Draco quando ela sentiu as mãos dele descerem da sua cintura para a sua bunda. Ela deu um tapa na mão dele e elas retornaram ao seu devido lugar. –Eu odeio quando você faz isso.


-Você sabe que eu adorei o seu vestido?- Ele sussurrou no ouvido dela e teve que se controlar para não mordiscar sua orelha. Ele riu do que disse. –Quer dizer, eu adorei você nesse vestido curto. Sabe onde ele ficaria melhor ainda? No chão do meu quarto.


Mesmo que não quisesse admitir, Ginny estava sendo levada pelo charme arrebatador de Draco, mas a última frase mostrou o que ele realmente era. Um cachorro safado.


-Sempre quando eu penso que você vai melhorar, isso não acontece, sabia?- Ginny sabia que devia desistir de Draco. Não se dá para ensinar novos truques a um cachorro velho. O problema é que ele estava tão bonito e tão cheiroso que era fácil para Ginny se enganar.


-Eu estava pensando em você hoje. Até cheguei a achar que eu estava delirando quando te vi aqui. – Ele apoiou o queixo na cabeça dela e fazer isso o lembrou de quando os dois estavam namorando e tinham que ir a vários bailes que suas mães promoviam.


-Tá, até parece. –Ginny disse numa voz que mostrava que ela não havia acreditado em nenhuma palavra dele. De novo ele arqueou uma sobrancelha.


-Você não acredita em mim?


-Você realmente quer ir nessa direção? – Ginny questionou com a voz embargada, apesar de estar tentando ser forte. Sempre que o fim de sua relação com Draco era mencionado, ela se sentia mal e lágrimas marejavam seus olhos. Mas ela não iria dar ao Draco o gostinho de vê-la chorando na sua frente.


-Não, desculpa. Você está linda e eu quero muito te beijar. – Draco ouviu Ginny soltar o ar surpresa e ele percebeu que havia falado a última parte alto. O seu plano era só elogiá-la, sem confessar que queria colar seus lábios no dela. –Me encontra no lounge.


-Sem chance. - Ela deu uma risada para mostrar a Draco o quão ridículo o pedido dele era. Draco abaixou a cabeça e colocou sua boca na orelha dela. Ginny sentiu seu coração disparar e seus olhos procuraram por Cooper desesperadamente. Ele estava no bar conversando com três outros caras animadamente e não reparou no que estava acontecendo entre ela e Draco.


-Por favor. – Draco implorou numa voz sexy que só ele conseguia fazer. –Ou eu te beijo aqui na frente de todo mundo, para o seu novo namoradinho ver. Você quer isso?


Ele era um sacana, ordinário, idiota que conseguia manipulá-la direitinho. Ginny balançou a cabeça negativamente. Se ela fosse chorar, seriam lágrimas de raiva.


-Tá bem, eu te encontro no lounge em cinco minutos, só me deixa falar com o Cooper. – Ela se desvencilhou dos braços dele e andou irritada em direção a Cooper sem olhar para trás.


Qualquer pessoa acharia que aquilo era um péssimo sinal, mas Draco conhecia Ginny da cabeça aos pés e era assim que eles agiam. O quão pior as brigas eram, mais ardentes e excitantes eram os beijos, os amassos.


0000000


- Um dia eu vou acordar e eu vou resolver te odiar. – Ginny disse num suspiro enquanto tentava empurrar Draco de perto do seu corpo. Draco riu baixo contra o pescoço de Ginny antes de plantar outro beijo em cima de uma sarda. A ameaça que ela havia feito não o assustou nem um pouco, ela sempre dizia algo do gênero, mas nunca era capaz de resistir a ele. Além do mais, a força que ela estava fazendo não seria capaz de mover uma criança de cinco anos.


-Se você quisesse me odiar, você já teria feito isso. – Draco falou enquanto brincava com uma mecha vermelha clara que mais parecia uma mistura de ruivo com loiro por causa do sol.  Parecia que os verões deixavam Ginny mais bonita do que nunca. Ela bufou irritada porque Draco comprou o blefe.


-Quem te garante? Quem te garante que eu não te odeio e que eu quero te dar um tapa... na cara...bem forte. – Ela sussurrou as últimas palavras no ouvido dele e sua respiração fez os pêlos do pescoço de Draco se ouriçarem. Ele segurou as duas mãos dela só para ter certeza que não iria receber um tapa. Não seria a primeira vez, afinal de contas.


-Você é mais linda quando tá irritada sabia? Alguma coisa te deixa ainda mais gostosa. - Ele se inclinou para beijá-la, mas Ginny virou o rosto e Draco beijou sua bochecha.


-Eu estou num encontro com o Cooper, Draco. Qual parte dessa frase você não entende? Eu e você – Ginny apontou com um dedo para o pequeno espaço entre os dois. – terminamos. Nós não somos um casal, não temos nada.


 Por três segundos, parecia que Draco havia realmente levado um tapa na cara, mas rapidamente ele se recompôs e sua expressão ficou neutra novamente. Ele nunca gostava de ouvir Ginny falando que não havia nada entre os dois, apesar de ser a pura verdade.


-Mentira, nós sempre teremos alguma coisa. - E com isso, ele se abaixou e beijou Ginny, não se importando com os fracos socos que Ginny dava em suas costas. Isso não o incomodou, é claro, já que depois de um minuto, os golpes pararam e Ginny não estava mais tentando resistir. Ela passou os dedos pelo cabelo loiro platinado dele antes de entrelaçá-los por volta de seu pescoço.


Eles continuaram a se beijar por mais cinco minutos até que Ginny se deu conta que eles estavam em um lugar onde qualquer um podia entrar e que ela havia deixado Cooper sozinho com um estranho no bar. Droga, ela tinha jurado para si mesma que nada mais aconteceria com Draco, mas parecia que ele tinha controle sobre ela e suas ações. Ginny o empurrou e tentou se recompor. Seu vestido impecável estava amassado e seu batom estava completamente borrado. Ela pegou a bolsa Juicy Couture de couro preta que estava em cima do sofá e foi em direção ao espelho.


-Isso tem que parar. –Ginny disse com um tom de finalidade enquanto passava uma camada de batom Estee Lauder em seus lábios. Draco se sentou numa cadeira de couro branca, sorrindo satisfeito. Ele sabia que aqueles cinco minutos de beijos seriam capazes de apagar toda a duração do encontro de Ginny. – Você me ouviu?


-Sim, eu sou só decidi ignorar. - Ginny lançou para ele um olhar furioso através do espelho e jogou o batom dentro da bolsa.


-Idiota. – Foi a última coisa que ela disse para ele antes de bater a porta com força. Apesar de tudo, Draco continuou sorrindo.


Draco um, Ginny zero.


00000000


Já era meia noite e Ginny e Cooper estavam dentro do Escalade dele, em silêncio. Ela não sabia o que dizer ou o que fazer já que estava se sentindo totalmente culpada por ter beijado Draco. Será que ela devia contar para Cooper que uma pequena, muito pequena, parte dela não havia esquecido Draco? Não, essa não era uma boa idéia. Cooper parecia estar tão feliz que os dois saíram juntos e ela não queria magoá-lo.


-Eu acho que esse é o fim da nossa noite. – Cooper disse com um risinho e ela percebeu que ele estava nervoso, o que não era normal. Cooper Henley nunca ficava nervoso com garotas, era ele quem as deixava nervosas com apenas um olhar.


-Eu acho que sim. – O coração de Ginny estava batendo tão rápido que ela estava com medo de ter um ataque cardíaco.


-Esse é o primeiro de muitos?- Ele perguntou e seus olhos verdes estavam brilhando com esperança. No momento em que Ginny olhou para o garoto em sua frente ela sabia que não seria capaz de dizer não a ele. Por isso, ela se inclinou para o lado o máximo que pôde, fazendo com que seu rosto ficasse a poucos centímetros de distância do de Cooper.


-Com certeza. –Ginny murmurou antes de beijá-lo. Ao contrário dos beijos que dividiu com Draco, esse não era agressivo, quente. Era doce e antes que ficasse profundo, ele acabou.


-Eu sempre quis ficar com você, desde que eu te vi. - Cooper falou numa voz animada e Ginny se sentiu ainda mais culpada. Ela tentou esconder com um sorriso, mas tudo que queria era sair daquele carro. Cooper beijou sua testa carinhosamente e Ginny percebeu que isso era um beijinho de boa noite. Graças a Merlin. –Eu te ligo amanhã.


-Tudo bem, eu vou ficar esperando. – Ela abriu a porta e saiu do carro. Estava chovendo e sua linda sandália foi arruinada.


Até os céus deviam estar achando que ela era uma vaca.


0000


Assim que Ginny entrou no seu quarto e tirou o seu vestido úmido, ela correu para o telefone e ligou para Taylor. Ginny sabia que sua amiga era hiperativa e simplesmente não conseguia dormir antes das duas da manhã, ao contrário de Rachel, que valorizava seu sono da beleza mais do que tudo.


-Gin Gin! Como foi o seu encontro?- Taylor atendeu ao telefone animadamente com uma música alta no fundo e Ginny chegou a achar que ela estava dando uma festa, mas ela resolveu não perguntar.


-Bom, mas eu posso ter feito algo muito estúpido. - Ao ouvir a confissão de Ginny, Taylor desligou a música para que pudesse escutar melhor.


-Como assim?


-Existe a possibilidade de eu ter beijado o Draco, enquanto eu estava no encontro com o Cooper. – Ginny disse hesitante e fechou os olhos se preparando para a reação de Taylor.


-O quê? Ginny! Eu pensei que você estivesse tentando andar para frente, sabe? Superar o Draco. Como você pôde fazer isso?- Taylor ralhou e Ginny ficou surpresa. Geralmente Taylor era doce e gentil e nunca gritava, pelo menos não com ele. Mas essa era uma situação de emergência e Ginny precisava encarar a realidade.


-Eu não si. O Draco estava lá no Ivory e me puxou para dançar e quando eu vi, a gente estava se agarrando no banheiro. E o Cooper veio me deixar em casa e ele me perguntou se tinha chance da gente sair de novo.


-E?


-Eu disse sim. Eu estou me sentindo tão mal agora, Tay!- Ginny disse enquanto enxugava uma lágrima de frustração que havia caído de seus olhos castanhos.


 -Mas você só piorou as coisas. Agora o Cooper vai achar que você gosta dele, quando na verdade, você ainda tem sentimentos pelo Draco. – Taylor falou no seu melhor jeito de psicóloga. Ginny se jogou na cama.


-O que eu faço?


-Quem você quer, Gin? Draco ou Cooper?- Taylor perguntou e Ginny tentou comparar os dois. Draco era loiro platinado com olhos cinzas que pareciam hipnotizá-la, Cooper era moreno com olhos verdes. Draco era tão teimoso e briguento quanto ela, mas conseguia entendê-la como poucos, enquanto Cooper era doce e compreensivo.  Os dois eram lindos de morrer e qualquer garota na Europa daria seu braço direito para ficar com qualquer um deles. Ela os tinha, de certa maneira, mas estava estragando tudo. Talvez fosse melhor ficar com Cooper, já que ele não conseguiria fazê-la sofrer do jeito que Draco conseguiu. No entanto, não seria justo beijar Cooper enquanto imaginava Draco.


-Eu não sei. Acho que eu vou pirar, isso sim. Obrigada por tudo, Tay. Eu te ligo depois. – Ginny murmurou e encostou a cabeça em um dos inúmeros travesseiros de pena de ganso. Ela precisava descansar porque comparar garotos era uma tarefa muito cansativa.


 


 


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