Prólogo
Prólogo:
O dia amanhecera de modo deprimente. Rajadas de vento levavam tudo pelos ares. Ventos desnorteados zumbiam escandalosamente. Grossas gotas de água caíam com força. Água chocava e esvoaça contra todo tipo de obstáculo. Só Merlin sabia qual o objetivo de tanto aguaceiro.
Mansão Malfoy:
Sentado na poltrona de aspecto ancestral, Draco Malfoy esmagou O Profeta Diário com um gesto vorazmente lento e rancoroso. As mãos apertaram a bola de papel com força, e mais força, até que os nós dos dedos ficaram brancos. A varinha, pousada em cima da mesa de centro, vibrou sobre o tampo de mármore, como se sentisse todo humor contido de seu dono. Então, sem suportar um segundo mais, Draco ergueu-se, jogou o jornal sobre as chamas ardentes da lareira e, dando vazão à sua raiva, estilhaçou tudo o que lhe saltou à vista – jarras caríssimas, pratos luxuosos, esculturas célebres, tudo.
Primeiro de dezembro chegara negro.
Quartel-General dos Aurors:
O relógio de madeira, pendurado na parede oposta, deu às nove horas da manhã. Impaciente, Hermione tamborilava os dedos sobre sua secretária, lançando de vez a quando um olhar à porta fechada. Bem à sua frente, cuidadosamente pousado entre a pilha de pergaminhos, estava um O Profeta Diário. Hermione olhou para o jornal aberto. Haviam distorcido tudo. Entretanto, não eram as calúnias que a inquietavam, mas o fato de terem descoberto e desvendado algo de profundo sigilo. Ninguém, jamais, tivera conhecimento daquela missão. Ninguém.
“Isto não está a acontecer!”
A porta abriu-se e alguém entrou. Hermione levantou-se de um pulo, quase derrubando a cadeira.
– Harry! Ainda bem que… – as palavras perderam-se e Hermione inspirou profundamente, sem, no entanto, se sentir mais calma.
Harry deitou uma olhadela desconfiada ao jornal aberto enquanto fechava a porta.
– O que se passa? – ele questionou, encaminhando-se na direção da secretária da amiga com um ar subitamente preocupado. – Hermione, o que se passa? – insistiu.
Hermione inspirou profunda outra vez. Tinha os traços da face tensos e alarmados. Estava realmente incomodada e Harry começou a sentir-se de igual modo.
Quando Harry estacou, Hermione contornou a secretária com passos pouco firmes. Parando ao lado do amigo, girou o jornal e apontou para a notícia de capa. Relutante, Harry desviou os olhos do rosto da morena e voltou sua atenção para as letras adornadas. E gelou.
Charlotte Malfoy: depois de capturada, mulher morreu aos pés de Harry Potter, o Auror
Mansão Malfoy:
Havia cacos por todo o lado. Peças desfragmentadas. Objetos despedaçados. Tudo partido no meio do chão ou do tapete persa cor de vinho. Em um certo ponto da parede viam-se pequenas manchas de sangue. Draco massageou a mão ferida. Quando os alvos se haviam extinguido, esmurrara a parede até sangrar.
Atravessou a espaçosa sala às cegas, chutando uma ou outra peça de porcelana que se impunha na frente de seu caminho, e deteve-se diante da lareira, apoiando as mãos na ombreira. As labaredas, refletidas nos olhos cinzentos, engoliam a lenha seca. Draco cerrou o maxilar. Sua mão continuava a sangrar, mas ele parecia não lembrar-se do ferimento. Em sua mente, em seu corpo e alma, instalava-se uma nova companheira.
Ela chamava-se Vingança.
N/A: Oi! Sei que devem estar cheios de dúvidas e perguntas… mas isso é um prólogo e prometo que com o desenrolar da fic tudo se tornará mais óbvio. Quero criar um pouco de suspense… Consegui? rsrsrs
Só posto o capítulo 1 com comentários. (às vezes sou chantagista! rsrsrs)
Beijo.
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