Capítulo I



 


N/A: Espero que gostem 8D


[email protected]


Facebook: Marcela Zanateli (pra quem quiser adicionar)


Enjoy;~~


Capítulo um: Abri a porta do quarto e vejo que meu pior pesadelo se tornou realidade: era um dormitório conjunto! Já to até vendo a porca torcendo o rabo mais cedo do que o esperado... Aposto que eu vou ter que dividir o quarto com um bando de patricinhas metidas a besta que acham que o mundo é um castelo da Bárbie com o jardim cheio de árvores e lagos com jacarés e passarinhos, e todos aqueles outros animais fofos vivendo em harmonia. Helloooo... E onde fica a cadeia alimentar? Ninguém pensa nela nos contos de fadas... E eu simplesmente detesto essas princesinhas de contos de fadas, e quando eu detesto uma coisa, eu realmente detesto!


Meu gênio não é muito dos meigos, e não sei bem o que significa a palavra controle, se é que me entendem... E acho que vocês vão concordar quando souberem o que eu fiz pra estar aqui. Porque foi justamente por causa de garotas desse tipo de conto de fadas que eu estou aqui, no meio do ano letivo em um colégio interno com uma mala vermelha e toda rabiscada de caneta preta na porta de meu novo dormitório conjunto. E os alunos nem vão ficar chocados quando aparecer uma ruiva maluca assim, do nada, no colégio deles no meio do ano.


Sim, eu sou um pouco sarcástica. Nada mais a declarar. Malditas influências do papai! E pensar que eu quase fiquei sem escola nenhuma... Mas o papai TINHA que dar um jeito de me colocar em um outro colégio, e ainda por cima um INTERNATO! Eu acho que vou me tacar da janela. Bom, o caso é que eu fui expulsa do meu último colégio só porque dei uma lição da bem dada em uma lourinha de nariz arrebitado que estava me enchendo o saco. Não, companheiros, não dei uma lição do tipo “Escreve uma redação de 1200 linhas de como ser menos chata em 20 minutos!”. Na verdade a lição que eu dei foi mais anatômica, se vocês me entendem... Eu mostrei pra ela que o seu sangue era vermelho, e fiz ela sentir cada parte do corpo dela de forma mais intensa, se querem saber.


No final das contas ela estava com meio litro de sangue a menos e sem metade do seu cabelo. E o melhor de tudo é que eu não fiquei com nenhum arranhão, só descabelada, mas nada que um bom pente não resolva. Então aprendam desde já: Lílian Evans pode ser baixinha, mas é forte, e quando resolver chamar na chincha parte pra cima! E acredite, eu faço atletismo e tenho força, ou seja, dou porrada sem dó nem piedade.


Bom, olhando agora para o quarto pela primeira vez ele até que não é muito feio não... Ele tinha quatro camas, duas em uma parede e duas em outra parede. Todas elas tinham um cortinado, mas só o que estava mais perto da porta é que estava fechado. Cada uma tinha escrito um nome em um quadro em cima de cada cama, na cama ao lado que o cortinado estava fechado estava escrito “Samantha Cathrin”, e nas outras duas “Anne Sullivan” e “Alice Williams”. As paredes do quarto eram de um marrom escuro, tipo castelo medieval. E caso eu não tenha contado, eu estou em um castelo medieval, e se não for parece muito! Só pra vocês terem uma noção da esquisitice do local onde eu fui me meter. Bom, o caso é que eu tenho que me acomodar, não?


A Prof.ª Mullet, a mulher que me recebeu tinha me dito que esse dormitório estava com uma cama sobrando, e que era pra eu vir direto me instalar. Na hora eu nem perguntei como eu ia saber qual era minha cama, porque eu simplesmente nem sabia que tinha mais de uma cama. Mas, creio eu, a minha cama só pode ser a com o cortinado fechado, não? As outras já tem nome, e pelo malão na frente delas e os criados-mudos do lado das camas elas já estão sendo usadas, então a com o cortinado fechado deve estar sem nome. Suspirei e fui em direção á cama, abri o cortinado e fiz na hora uma careta. Em cima da cama tinha um quadro com o nome “Lílian Evans”. Credo, eles são rápidos! Olhei para a minha mala, e ela olhou pra mim (não, minha mala não tem olho, foi um jeito de falar). Ela é tão bonitinha... Ela é vermelha e toda rabiscada com letras de música, poemas, nomes e outras coisas que não vem ao caso. O que vem realmente ao caso é que ela é pesada. Muito pesada. E bota pesada nisso. Porque, tipo... Ela é grande e compacta. Se ela só fosse grande já seria pesada, mas a questão é que ela é também compacta. E saca, o conceito de compacta é que por fora parece menor que dentro. Ou seja, eu acabei colocando tanta coisa, nessa mala, que se ela não tivesse rodinha eu ia ter que contratar algum pedreiro bombado pra carregá-la. Ou dois.


Eu peguei minha mala e gemi ao tentar colocá-la em cima da cama. Mas eu consegui! Abri a mala e vi uma infinidade de roupas coloridas e sapatos. Além de livros jogados e CD’s, e bem no cantinho o meu querido mp4. Peguei-o e o liguei. Ouvir música me desestressa. Não que eu esteja estressada, imagiiina... Eu só fui expulsa de uma escola e meu pai me colocou em um colégio interno no meio do ano, caso vocês não saibam, mas isso não é motivo de stress! Mexi com a setinha para baixo procurando uma música boa. Achei a perfeita: “This is the End” da banda Anti – Flag. Apertei play e comecei a cantar junto com a música.


- Seems every station, on the tv. Is selling something, no one can be. – eu cantei agitando a cabeça. - If every page was torn from the magazine. Would gas still drive the media machine. – não, eu simplesmente não consigo ouvir uma música e ficar quieta. - The products they mean us to pursue are endless. Identity can leave you selfless. – eu cantava e me mexia ao mesmo tempo que tirava alguma roupas da minha mala. - We will not witness, this anymore. – e bom, chegando ao refrão, a parte mais animada da música eu não consigo ficar quieta, cantei e levantei os braços, perecendo uma doida. - This is the end, for you my friend. I can't forgive, I wont forget. – e daí? Não é segredo nenhum meus 34 parafusos a menos. - On and on we sing out songs. On and on, the wars wage on and. On and on we sing our song for more, for more. – quando eu cantei a última parte do refrão eu dei uma girada, e fiquei de frente para a porta e pra uma garota loura encostada nela me olhando com um sorriso no rosto. (?)


Garota loura encostada na porta me olhando com um sorriso no rosto? Hein?


- Errr... – eu disse encabulada tirando os fones do ouvido.


- Bela voz a sua. – disse ela sorrindo. Como assim? Ela aparece do nada, com um sorrisinho cafajeste na cara e fala apenas “voz bonita a sua...”!? Hein? PEDE PRA SAIR! - Você deve ser a nova aluna, estou certa? – falou ela sorrindo pra mim, ainda encostada na porta. Não sorria, sua loura aguada... Você não sabe com quem se meteu! I’m from hell! (6)


- É, sou eu sim. – eu disse também sorrindo. Não, eu não estava sendo gentil, isso é apenas uma tática, igual a que o coiote fazia quando se vestia de cordeiro para entrar no rebanho e comer uma ovelha. Então não se enganem... Eu mordo! (6)² E posso deixar hematomas. (6)³


- A professora nos disse hoje, mas não sabíamos que ia ser tão rápido assim... – e do nada, do nada mesmo, se é eu vocês me entendem, a menina dá um pulinho e um gritinho. Frisem bastante o do nada. Saca a pessoa encostadinha na parede, na maior sussa, falando calmamente com você e tipo assim, do nada ela pula e solta um gritinho? É foda, mas o pior de tudo é que eu pulei e gritei junto! E fiz AQUELA cara de bezerra desmamada. Ôh coisinha lindia dá mamãe! - Ah, eu me esqueci de falar, eu sou Anne Sullivan, prazer!


Ah, conta outra. CONTA OUTRA! ¬¬³ Ela me assustou, me fazendo fazer uma careta que vai me deixar futuramente cheia de rugas por que esqueceu de falar o NOME DELA? “It’s my liiiiiiiife...” Hem, hem... Quer dizer, me desculpem. Bon Jovi é empolgante! *-*


- Err... Lílian Evans. O prazer é meu! – eu falei apertando a mão dela. PARA TUDO! Eu faleu “O prazer é meu”? Eu acabei de ser educada usando uma frase clichê! *-* Eita orgulho! ;D


CATABLOF! Agora vocês devem estar se perguntando se esse foi o barulho de um hiper PUM conjunto que eu e a loirinha soltamos, né? PÉÉÉÉÉM! Resposta errada. E por incrível que pareça a verdadeira foi mais esquisita ainda. No momento que soltamos nossas mãos (eu e Anne), a porta se abriu e bateu com estrondo na parede, e por ela apareceram mais duas garotas, totalmente vermelhas e respirando dificilmente. Uma de cabelos castanhos escuros e longos, e olhos escuros, realmente bonita se apoiou na parede com a mão esquerda no tórax tentando conter a respiração. A outra de cabelos pretos lisos e curtos, olhos azuis e rosto redondo, também bonita, se apoiou na primeira também tentando controlar a respiração, e deu um tapa na cabeça da menina que estava apoiada na parede. ME BATE E ME CHAMA DE SHIRLEY! Porque eu não entendi PORRA nenhuma! ¬¬


- Por que... Você... Tinha que falar aquilo...? Hein? – perguntou a de cabelos mais curtos, recuperando o fôlego. – Você ficou maluca!?


A garota que chegou primeiro e estava encostada na parede se virou e olhou dando um sorrisinho maroto para a amiga, e respondeu:


- Eu vivo a vida perigosamente, minha cara Ally! E vai me dizer que elas não mereciam? Aposto que não vão aparecer em público durante DIAS! – e soltou uma gargalhada REALMENTE contagiante. Será que eu estou cercada de MALUCAS? Eu to com medo. :~ ME SALVE, CAPITÃO NASCIMENTO! \o (Nota mental: Para de assistir Tropa de Elite e achar que você faz parte do filme.)


- Hem hem... – Anne limpou a garganta chamando a atenção das duas. Menos a da maluca que ainda ta gargalhando. Cap. Nascimento!? :~ - Meninas, deixem-me apresentar para vocês nossa nova colega de quarto: Lílian Evans. – disse Anne me apontando.


- Ah, prazer! – falou a menina de cabelos curtos se aproximando de mim ALEGRE, quase SALTITANDO, e apertando a minha mão. – Eu sou Alice Williams, ou Ally, se você preferir! – disse ela rápido. – Mas por mim não tem crise não, você pode me chamar de Alice que eu chego rapidinho, do mesmo jeito se você me chamasse de Ally. – ela fala rápido. – Mas todos preferem me chamar de Ally, sabe como é, é mais curto, e nesses tempos ninguém tem muito tempo pra ficar chamando uma pessoa pelo nome inteiro! – acho que eu to ficando zonza... – Não que eu não goste do meu nome, eu acho Alice bonito, mas...


- CHEGA! – gritou a outra menina empurrando Alice para o lado e estendendo a mão pra apertar a minha, falando: - Eu sou Samantha Cathrin, ou Samy, se preferir. E desculpe a Ally, ela realmente se empolga, e com o excesso de endorfina eu acho que piorou. – terminou ela revirando os olhos. Eu preciso REALMENTE dizer que não entendi patatildas do que está acontecendo? Não, né?


- O que é que vocês aprontaram? – perguntou Anne com os braços cruzados e batendo o pezinho no chão. Típica cena de desenho animado.


- Nós simplesmente botamos em prática o nosso plano contra a Carrie. – disse Samantha com um sorriso orgulhoso, no que Alice apenas revirou os olhos divertidas e Anne olhava indignada para a amiga.


- Mas nós tínhamos combinado que não iríamos fazer isso, Samy!!! – ralhou ela.


- Eu sei, mas ela conseguiu me tirar do sério! Aquela vad... – ela parou nesse momento e olhou pra mim. – Err... Me desculpe.


Okay. Agora eu to pasma! Alguém pedir desculpas PARA MIM por ter xingado alguém na MINHA frente?


- Desculpas por quê? – eu perguntei, por que eu simplesmente não estava entendendo.


- Oras, é que você não deve estar acostumada com palavrões... – disse ela gesticulando com as mãos.


- Quem disse isso?


- A prova disso é você estar nessa MERDA de colégio interno. – respondeu ela nervosa, e logo depois arregalou os olhos. – Oh, desculpe de novo!


E foi nesse momento que eu não me segurei, e dei AQUELA gargalhada. As três ficaram olhando pra mim como se eu fosse a chefona da máfia da Europa. E eu rindo...


- Okay, você pode me dizer qual é a graça? – perguntou Samantha cruzando os braços lançando um olhar mortal pra mim. Eu me segurei, tomei um fôlego e finalmente consegui falar algo.


- Pois é justamente porque eu não sou esse tipo de pessoa que eu estou nessa MERDA de colégio. Para e se pergunta porque eu entrei aqui no meio do ano. – falei dando um meio sorrisinho, no que as três me olharam com a sobrancelha levantada, e Alice se sentou na cama dela. – Porque eu fui expulsa do meu último colégio.


Okay, agora eu estou me sentindo realmente estranha... Elas estão olhando com os olhos arregalados pra mim, e eu não gosto disso. Ta, eu gosto disso. :x


- É sério? – perguntou Samantha se sentando na beirada da minha cama.


- Aham, seríssimo. Bem que eu não gostaria que fosse, mas é. – respondi voltando a minha atenção ás roupas na minha mala.


- E o que você fez pra te expulsarem de lá? – perguntou Anne se deitando na cama de Samy e apoiando a cabeça nas mãos.


- Ahhh... Eu acredito que eles já estavam cheios de me verem na diretoria. – eu disse rindo e pegando algumas blusas dobradas dentro da mala. – Mas a gota d’água foi porque eu briguei com a “rainha teen” da escola, e tirei litros e litros de sangue dela.


- Oh maaaaaan! – disse Samantha se deitando e rindo na minha cama. Anne e Alice também riram, olhando divertida pra mim. Até que elas são legais. :x – Eu to até me vendo batendo na vadia da Carrie. – os olhos dela brilharam tanto que eu achei com uma cara de serial killer impressionante. Também ri e fiz a pergunta que estava me deixando curiosa.


- Quem é essa Carrie?


- Oh, você não vai querer saber... – disse Anne se virando na cama e ficando de barriga pra cima.


- Não vai mesmo. Ela é insuportável! – disse Alice se atirando na cama de braços abertos.


- Caramba, ela deve ser a reencarnação de Hitler, pelo visto. – eu disse com os olhos arregalados.


- Hitler foi um anjo perto dela. – falou Samantha me encarando. – Nós a chamamos de “Carrie, a estranha”, só porque ela fica com raiva, e nós adoramos deixa-la com raiva. Ela simplesmente se acha a princesinha do colégio, que todos devem lamber o chão por onde ela passa, e nós temos uma verdadeira rixa por causa disso.


- Ela nos odeia, e nós odiamos ela, simples assim. – falou Anne virando a cabeça e me olhando.


- O pior de tudo é que ela humilha a todos, só porque é a queridinha dos professores e tem aquele cabelo enooorme e loiro, que eu posso JURAR que é tinta! – falou Alice se sentando novamente e apontando o dedo pra mim.


- Mas nós demos um jeito nisso, não é Ally? – perguntou Samantha com um sorriso maroto enorme nos lábios. Oh Man! :x


- Tipo... O que? – perguntei com uma sobrancelha erguida. Ela se virou, estilo Paola Bracho (só pra quem assistiu “A Usurpadora!” 8D), e me encarou, AQUELE olhar de novela mexicana, e falou, com AQUELA voz de sádica: - Tipo que os cabelos dela estão verdes agora.


HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA (6)


Cara, eu acho que amo essa garota. (SENTIDO FIGURADO! SENTIDO FIGURADO, SEUS PERVERTIDOS!) Logo que ela terminou de falar foi uma explosão enorme de gargalhadas no quarto, Alice se deitou novamente com as mãos na barriga de tanto rir. E de repente a porta do quarto é escancarada, e por ela eu vejo a Prof.ª Mullet com aqueles oclinhos pretos e os cabelos loiros amarrados num coque olhando extremamente severa para todas no quarto, e do lado dela... [...] HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA UMA GAROTA DE CABELO VERDE! Oh MAAAAAAAAAAAAAAAN! Eu não pude segurar, e quando bati meus olhos nela eu me sentei na cama de tanto que eu ria. Detalhe: eu era a única no quarto gargalhando. Mas não pude resistir... Ela estava com os cabelos cobeeertos de tinta verde, e olha que eles eram grandes (e provavelmente louros antigamente HAHAHAHAHA :x), ela apertava fortemente os punhos das mãos ao lado do corpo, e estava com os dentes cirrados, pressionando os maxilares. Fora os olhos que pareciam soltar chamas. Ela está me dando medo. :x


- Foram... Elas. – disse ela ainda com os dentes cirrados levantando um dos braços e apontando o dedo para as meninas.


- As três. Detenção! – disse a Prof.ª Mullet para elas.


- Mas... Professora! – disse Samantha indignada se levantando.


- Mas nada, str.ª Cathrin! Detenção para as três. Hoje e noite às oito horas na minha sala! – e deu as costas saindo do quarto, e deixando Carrie para trás, que sorriu e mandou um beijinho para Samantha, que retribuiu com um gesto obsceno.


- Good bye, losers! – disse Carrie dando um tchauzinho e saindo do quarto.


- Good bye, bitch! – falou Samantha se levantando e batendo a porta com força. As quatro se olharam, todas apreensivas, até que Samy suspirou e voltando a se sentar na minha cama, disse: - Seja bem-vinda à Hogwarts High School! Onde tudo o que parece é exatamente o que é! – terminou ela com um sarcasmo na voz. – E aonde você vai pagar por não ser perfeita para o padrão da sociedade.


Passaram-se mais alguns minutos depois da frase de efeito que a Samy falou, e eu percebi durante esse tempo onde eu fui me meter... Até que a Anne se levanta de um pulo da cama e grita com os olhos arregalados:


- HEY! Eu não ajudei vocês a pregarem a peça nela, porque também vou tomar uma detenção?


Boa pergunta. :x



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.