O jovem Malfoy



Nota do Autor: Espero que com este capítulo - que eu editei e reeditei umas dez vezes - eu possa conseguir mais leitores para esta fic.
Sejam legais comigo, eu estou tentando ao máximo fazer uma fic de qualidade!
E não esqueçam de deixar uns comentários, ok?
Valeu pessoal, divirtam-se com o capítulo e deixem um comentário! :)



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- Adeus Nina, fique longe de encrencas. Hugo cuide de sua irmã, esse é o primeiro ano dela e não quero que nada dê errado! Não fique aprontando por aí, dê o exemplo para sua irmãzinha...

- Está tudo bem, Ginny... Eles ficarão bem. – Um homem alto segurou o ombro da bela mulher ruiva que gritava os últimos conselhos para os filhos que embarcavam no trem. – Nina é uma menina inteligente e Hugo já é um homem... Nós os criamos bem, dará tudo certo.

- Assim espero, Harry. – A mulher ruiva disse, acenando para o trem que começava a partir. – Adeus crianças!

O homem acenou junto com a esposa até o trem sumir de vista.

- Meu pequeno Hugo se foi há cinco anos... Agora Nina está indo embora. Sentirei saudades dos meus dois bebês – Ginny disse suspirando.

- Eu também. – Harry enlaçou a ruiva com um braço. – Mas saudade mesmo eu estava de você.

- Harry! Tem gente olhando. – Ginny disse sorrindo, olhando para os lados.

- Eu não me importo. Agora que Nina está indo para Hogwarts não teremos nenhuma criança nos impedindo de fazer isso. – Harry abaixou o rosto e demorou-se em um longo beijo na mulher que retribuiu de forma apaixonada. Finalmente ele e Ginny teriam seu momento juntos.

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- Achei que mamãe não iria parar de falar nunca! – Hugo disse rindo, ajudando a guardar as malas da irmã. – Igualzinho ao ano passado, lembra? Toda ano ela faz questão de me fazer essas recomendações...

Nina sorriu. Todo ano ela via o irmão partir para Hogwarts, esperando o ano em que pudesse fazer o mesmo.

- Eu vou pro meu vagão agora, mas não se preocupe, eu estou aqui do lado. Você vai ficar bem aqui?

- Acho que sim. – Nina disse um pouco contrariada de ver o irmão mais velho indo embora. – Eu vou ficar aqui sozinha mesmo?

- Nina! – Hugo sentou-se do lado da irmã e fez-lhe um cafuné, bagunçando os cabelos negros e lisos, tão diferentes do seu. A garotinha sorriu. – Eu estarei no vagão aqui do lado com meus amigos. Qualquer coisa é só me chamar. Você não vai ficar aqui sozinha.

- Está tudo bem, você pode ir – A garota deu um sorriso frouxo ao ver o irmão levantar-se. – Até mais Hugo!

- Daqui a pouco chega mais gente pra te fazer companhia. Até mais maninha. – O rapaz fechou a porta do vagão atrás de si.

- Hugo... – A garota disse em voz baixa. Mas já não adiantava chamar pelo irmão, ela estava completamente sozinha.

- Tereza? – Uma menina negra e alta com as vestes da grifinória abriu a porta do vagão repentinamente, fazendo Nina assustar-se. – Hey, você!

- Quem eu? – Nina perguntou assustada olhando para os lados. Por um momento havia esquecido que o irmão acabara de ir embora e que ela estava sozinha no vagão.

- É você. – A garota grifinória disse sem paciência. – Você viu a Tereza por aí?

- Não. – Nina respondeu confusa.

- Então escuta só, – A grifinória olhou desconfiada para Nina e continuou – se você vir alguma garota igualzinha a mim diga para ela que eu estou a procurando, falou?

Nina arregalou os olhos. Não sabia nem quem era aquela garota que falava com ela, quanto mais a menina por quem ela procurava! Mas que gente maluca era aquela?!

- Eu sou a irmã mais velha dela, ok? – A alta grifinória disse, adivinhando os pensamentos de Nina. – Se você a vir avise que eu estou procurando por ela. Não tem erro. Ela é idêntica a mim. Só um pouco mais baixa.

Nina balançou a cabeça em afirmação. Não iria discutir com uma menina tão alta quanto aquela.

- E cuidado com a conversa mole de alguns garotos que tem por aqui. – A garota grifinória falou em um tom menos mandão. – Você me parece muito nova para namorar um deles.

Nina apenas balançou a cabeça, sem entender direito do que a garota falava. A grifinória piscou para Nina e fechou a porta do vagão.

- Que garota mais estranha! – Nina disse baixinho, quando se viu mais uma vez sozinha no vagão. – Talvez não seja tão mal eu viajar sem ninguém.

Alguns minutos se passaram após a estranha garota grifinória ter ido embora do vagão. Já se contavam 20 minutos de viagem quando finalmente alguém apareceu para lhe fazer companhia no vagão. Nina já estava quase pensando que iria viajar sozinha, quando um jovem abriu a porta. Ele possuía cabelos loiros platinados e incríveis olhos azul-cinzentos. Percorreu os olhos pelo vagão, antes de sentar-se no banco oposto ao da garota e a encarar como se esperasse alguma afronta.

- Olá. – Nina disse ligeiramente constrangida com o olhar fixo daquele garoto sobre ela. – Tudo bem?

O garoto possuía uma expressão arrogante no rosto e não respondeu de imediato quando Nina o cumprimentou. Demorando o olhar alguns segundos sobre a garota ele disse por fim.

- Olá, prazer. Sou Scorpius Draco Malfoy, a linhagem mais nobre dos bruxos sangue-puro.

Nina quis rir daquela apresentação tão formal, mas segurou-se ao ver que o garoto possuía uma expressão séria no rosto. A garota achou melhor não provocá-lo, afinal de contas ele havia se apresentado para ela.

- Oi Scorpius, eu sou a Nina. – Ela estendeu a mão pequena e pálida. Ele a apertou com delicadeza e sentou-se ao lado de Nina.

- Agora que nós dois já sabemos quem somos, me responda Nina... Esse seu nome me parece um tanto simples. É o seu verdadeiro nome mesmo?

- Na realidade não. Nina é apenas um apelido.

- Apelido...? Não consigo imaginar que nome daria origem a tal apelido. Nina é uma abreviação, certo? Então qual seria o seu nome verdadeiro?

- Elizabeth. – Ela riu ao ver a cara de espanto do garoto. – Não é abreviação. É um apelido um pouco diferente do nome...

- É totalmente diferente do nome. – Scorpius disse decisivo. Talvez tivesse achado que Nina estava de gozação com sua cara, pois ele não parecia nada satisfeito com o riso da garota.

- É uma longa história... – Nina disse séria. – Coisa de família, sabe?

O garoto não respondeu. Nina pensou que ele estivesse tentando avaliá-la, para ver se ela não estaria tentando tirar uma com a cara dele.

- O seu nome...

- O que tem o meu nome? – O garoto perguntou de repente, parecendo incomodado com algo.

- É diferente. Bonito, sabe? – Ela disse depressa, antes que ele se ofendesse. – Mas diferente. Scorpius...

- Scorpius Draco. – Ele completou – Draco é o nome do meu pai, Scorpius é uma coisa estúpida que ele quis inventar... Mas não quero falar do meu nome. E então Elizabeth, em que ano você está?

- Nina. Me chame de Nina. – Ela sorriu. – Eu entrei esse ano para Hogwarts.

- Então ainda não tem uma casa?

- Não. Ainda não. – Ela sorriu. – Você é da Sonserina, certo?

Scorpius limitou-se a balançar a cabeça em afirmação.

- Em que ano você está? – Nina perguntou sorridente.

- Terceiro. – Scorpius disse muito baixo. Era incrível como aquela garota gostava de sorrir.

- Terceiro? Você não parece ter toda essa idade. – Ela sorriu mais uma vez, um sorriso de todos os dentes. – Eu tenho um irmão que está no quinto. Ele é muito mais alto que você.

- Bom, ele está no quinto ano, eu estou apenas no terceiro. Obviamente ele é mais velho que eu! – Scorpius disse irritado. – E conseqüentemente mais alto que eu. Não sou baixinho.

- Eu não quis te ofender. – Nina disse séria. – Tenho certeza que você não é baixinho.

- Não sou mesmo. – Ele virou o rosto para a janela. Que menina mais irritante aquela, devia ter uns 10 ou 11 anos. Já devia saber que pessoas mais velhas são mais altas que as mais novas. Talvez ele não devesse se ofender por um comentário tão inocente. Ela realmente não havia o chamado de baixinho.

- Scorpius. – Nina pousou a mão delicadamente sobre o ombro do garoto. Ele virou-se para encará-la. Ela não estava tentando ofendê-lo, estava tentando ser gentil. E ele estava sendo estupidamente imaturo com uma menina três ou quatro anos mais jovem que ele.

- Elizabeth... – Scorpius quis dizer qualquer coisa como ‘não ligue para o meu mau-humor’ mas sua atenção foi desviada para os incríveis olhos verdes que a garota possuía. Ele poderia jurar que alguém havia feito um feitiço naqueles olhos. Um par de esmeraldas brilhantes...

- Me chama de Nina. Elizabeth não combina comigo.

- Nina. Certo... – O garoto piscou os olhos, balançando a cabeça. Aqueles olhos eram capazes de enfeitiçar alguém. – E então Nina... Nina. Em que casa você pretende ficar?

- Ainda não sei. – Ela desviou os olhos para as mãos. – Meu irmão foi para Grifinória. – Scorpius resmungou qualquer coisa, mas ela ignorou. – Eu queria mesmo era ficar na Sonserina.

- Sonserina? Você é uma garota esperta. Com certeza fará melhor que seu irmão.

- Se eu for para Sonserina... – Nina ergueu o rosto, encarando os olhos azuis de Scorpius. – Você me ajuda com as regras de lá?

- Você não vai precisar de ajuda nenhuma por lá. Você parece ser muito inteligente.

- Quando eu for para a Sonserina – Nina sentiu-se mais confiante ao repetir aquilo. – Eu e você seremos bons amigos, certo?

- Acho que sim. – Scorpius disse um pouco aéreo. Seus olhos estavam novamente fixos nas duas esmeraldas...

Nina deu um leve sorriso, então já tinha um amigo em Hogwarts. Um amigo sonserino (coisa que o irmão a alertara mil vezes de não fazer antes de ser aceita em Hogwarts). E ele era mais velho que ela. E muito bonito também. E estava com os olhos fixos no dela, admirando-a, coisa que fez Nina corar. Scorpius era um amigo. Só um amigo. Um amigo que a deixava com a barriga dormente. E o rosto de seu novo amigo começava a aproximar-se cada vez mais do seu próprio rosto. E seus olhos fecharam-se instintivamente para aquela aproximação...

- Hey Nina, o pessoal da grifinória está querendo te conhecer...- Mas que diabos está acontecendo?

Nina virou a cabeça em direção a porta. Hugo, seu querido irmão mais velho estava parado à porta, olhando para ela com uma expressão assassina.

- Malfoy? – Hugo entrou na cabine e empurrou o garoto com violência. A expressão assassina era para Scorpius, não para ela. – Mas que porcaria você está fazendo aqui na cabine da minha irmã?

- Sua irmã? – Scorpius estava transparente. – Esta menina é sua irmã? – O garoto tentou olhar para Nina, para ter certeza que aquela menina doce e simpática era irmã daquele ruivo mau-educado, musculoso e sardento. – Essa menina é irmã de um bruxo ralé como você?

- Olha só Malfoy. – Hugo ergueu o garoto pelo colarinho. – Você pode ser filho de quem você quiser, ter a droga de ascendência que você quiser, mas com a minha irmãzinha você não se mete, ouviu bem?

Hugo largou o garoto no chão e ele ergueu-se totalmente embaraçado. Scorpius não teria a mínima chance com aquele grifinório enorme, mas não iria deixar aquele estúpido humilhá-lo daquele jeito.

- Eu jamais ficaria com essa sua irmãzinha idiota. Se eu soubesse que ela era uma Potter nojenta não teria nem entrado na cabine.

- Então acho melhor você vazar daqui, se não quiser que eu te encha de socos. Vá procurar seus amiguinhos sonserinos, e pare de se meter com calouros do primeiro ano. Ou será que nem seus amiguinhos sonserinos te querem mais por perto?

Scorpius corou de forma violenta e empurrou Hugo com tamanha força que fez o rapaz desequilibrar-se, e cair sentado no banco.

- Eu te odeio, Potter! Odeio todos os Potter! Gentinha miserável e nojenta. – Scorpius fechou a porta atrás de si, antes que Hugo tivesse tempo de levantar-se e lhe dar um grande soco.

- Esse Malfoy... – Hugo levantou-se e se recompôs. – Um grande verme, se você quer saber. Na maioria das vezes ele está com os amiguinhos sonserinos, mas hoje quis atacar solitário. Que bom que eu estava aqui, né?

- EU TE ODEIO HUGO! – Nina ficou de pé no banco e socou as costas do irmão. – EU TE ODEIO SEU IDIOTA!

- Hey! Calma aí, garotinha. – Hugo virou-se e segurou os braços da irmã com força mínima. A menina tentou se soltar, em vão, ele era muito mais forte que ela.

- Hugo ele não estava fazendo nada. – A menina sentiu uma enorme vontade de chorar. – Aquele garoto estava sendo simpático comigo! Você que veio até aqui e atacou o coitado! Seu idiota e imbecil! Ele estava sendo simpático!

- Nina, aquele garoto é filho do ex-comensal Draco Malfoy! Malfoy Nina! M-A-L-F-O-Y! Draco Malfoy é um ex-comensal, filho do comensal condenado Lucius Malfoy. Percebeu que tipo de gente são os Malfoy? Você lembra da foto que vimos no jornal? O pai já havia nos falado dele! Como você não reconheceu que aquele escorpião nojento não era um deles?

A garota parou de tentar bater no irmão e este a soltou. Nina sentou-se e sentiu uma grossa lágrima escorrer dos olhos.

- Maninha, não fica assim, ok? Ele é um estúpido, você mesma viu o que ele falou da gente. Um verme como aquele não serve para ser seu amigo. – Hugo levantou o rosto da irmã com uma das mãos. – Ele é um verme, e você como futura grifinória não vai querer misturar-se a ele.

Hugo deu uma piscada para a irmã mais nova e a deixou sozinha naquele vagão mais uma vez.

- Você não sabe nada sobre mim, Hugo! Você não sabe como eu me sinto e não sabe para que casa eu vou. – Nina gritou olhando para a porta do vagão irada. – Eu não vou ser uma grifinória!

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