Only when you sleep...



Capítulo XIII – Only when you sleep



Draco Malfoy estava encostado em uma coluna no pátio da escola sozinho. Não era novidade para ninguém que ele havia se tornado um garoto de poucas companhias e por incrível que parecesse a pessoa que era mais freqüentemente vista ao seu lado era nada mais nada menos do que Hermione Granger. Eles haviam se aproximado bastante por terem que estudar poções juntos e por diversas vezes Draco foi pego se perguntando se poderia estar sentindo algo novo pela garota. Estava quase certo que sim, até notar que não conseguia mais controlar seus pensamentos. Eles eram fixos, intensos em uma pessoa que definitivamente não era Hermione, o que lhe causava um misto de excitação e desespero. Como podia ter sido envolvido por uma peculiar sucessão de encontros e olhares furtivos em tão pouco tempo? Fechou os olhos levemente, sua cabeça dava voltas, ele se sentiu fraco, pois mais uma vez a imagem da garota ruiva formou-se na sua mente e ele acabou deixando escapar em voz alta o que pensava.

- Gina Weasley...

- Sim? – respondeu uma voz gélida próxima a ele.

Draco teve um sobressalto abrindo abruptamente os olhos. Gina estava parada ao seu lado segurando uma pilha de livros o olhando interrogativa. Não conseguiu pensar em nada brilhante ou engraçado o bastante para aquele momento, estava se sentindo um grande idiota, mas tinha que falar algo.

- O quê? – titubeou o loiro atordoado.

- Eu que pergunto Malfoy! Você quer alguma coisa? Eu estava passando e você disse “Gina Weasley>”. O que você quer comigo?

- Falar com você. – respondeu arrependendo-se imediatamente, “o que quero falar com ela?”, pensou em desespero.

- Fale. O que é? – perguntou Gina disfarçando interesse.

- É que... – começou confuso – Eu... Ehr... Queria falar... Sobre... – balbuciou nervoso, Gina o olhava fixamente.

- Hermione? – completou a ruiva.

- Éh! É isso... Sobre a Hermione – disse sem muita certeza.

- E o que você quer saber?

- Na verdade não é bem sobre ela que eu quero saber... – falou Draco retomando consciência dos seus atos. – Mas... Vamos sair do meio desse corredor, aqui não é o local mais apropriado para conversarmos.

- O que você está aprontando Malfoy? – perguntou a ruiva seguindo-o para uma sala de aula vazia.

- Fique calma você sairá viva, mais viva do que nunca eu diria. – bradou o garoto com voz insinuante embora ainda não soubesse exatamente o que estava fazendo, Gina gargalhou. – Do que você está rindo?

- De você! Você está MUITO esquisito Malfoy!

- Tenho que concordar com você, isto é verdade.

- Eu nunca pensei que o amor fizesse tão bem a alguém! – zombou a ruiva ainda rindo.

- Nem eu, sabe. – admitiu ignorando as risadas de Gina.

- Eu diria que você deu uma tremenda “cuspida pra cima” Malfoy, e caiu bem na sua cara!

- O que você está dizendo? Eu nunca ouvi essa expressão.

- Eu não esperava que tivesse ouvido...

- O que quis dizer?

- Bem veja só os últimos acontecimentos. Você primeiramente se cansa da vida das trevas e resolve ajudar a salvar o mundo; tem a sua vida praticamente salva pelo seu pior inimigo da escola; Se apaixona pela “sangue-ruim” e como se não bastasse você quer aparentemente pedir conselhos para a “Weasley pobretona”. – disse Gina enumerando nos dedos. – Uau... É isso que eu chamo de ironia do destino!

- É... Você tem razão... – falou o menino acenando com a cabeça positivamente. – Exceto em alguns pontos. Eu diria que você se equivocou...

- Ah é? Quais?

- A parte referente a “se apaixonar pela sangue-ruim”.

- Ah desculpe! É claro que agora você não a chama mais de “sangue-ruim”, foi um lapso, mas você entendeu o sentido da coisa – ironizou.

- E também – começou ignorando o comentário da ruiva – a parte que fala de “pedir conselhos a Weasley pobretona”.

- Ok ok... Eu admito que você não chama mais a Hermione de sangue-ruim e a mim de pobretona eu só falei como uma referência aos velhos tempos.

- Eu sei Gina mas você se confundiu, trocou as bolas, porque eu não estou apaixonado pela Hermione e nem pedindo conselhos a você.

- Ah, agora você vai negar? – perguntou a garota incrédula.

- Sim, eu nego.

- Você acabou de me chamar aqui para falar da Hermione.

- Sim é verdade. Eu vim falar da Hermione com a esperança de saber um pouco mais sobre a amiga dela.- afirmou o loiro com um sorriso matreiro, Gina estremeceu.

- Amiga? – perguntou descrente – Que amiga?

Draco refletiu por um instante certificando-se do que iria fazer. Não restando dúvidas, puxou Gina para junto de si, uma mão na sua cintura a outra em seu pescoço e a envolveu em um ardente beijo. Primeiramente ela tentou se desvencilhar dos braços dele, não resistindo rendeu-se em seguida, o abraçando e enterrando suas mãos nos cabelos loiros e macios. Já havia beijado alguns garotos, mas nunca com tanta voracidade e desejo. Sentiu suas pernas enfraquecerem ao notar as batidas aceleradas do coração dele. Draco deleitou-se no beijo, inebriado pelo perfume de Jasmim da garota e o gosto meigo de seus lábios. Seu corpo parecia em chamas e nada do que ele tinha fantasiado para aquele momento se comparava ao quão majestoso era beijá-la. Largaram-se arfantes. Gina o mirou com os olhos esbugalhados.

- Você. – disse respondendo à pergunta dela, com um sorriso nos lábios.

- Anh? – falou desorientada.

- Você é amiga da Hermione não é? – perguntou ainda com excesso de naturalidade.

Gina não respondeu, apenas explodiu sua mão direita aberta na face de Malfoy, deixando as marcas rosadas dos seus quatro dedos. Draco por sua vez cobriu o local com a mão ainda sorrindo.

- Tem gente que gosta assim sabe, acha excitante, mas eu particularmente, nunca tinha experimentado. – zombou o loiro aproximando-se da menina.Gina apanhou os livros assombrada, dando as costas para ele e correndo da sala. – Ei, aonde vai? Gina!!

Draco saiu da sala, mas Gina já se perdera por entre as cabeças no corredor. Ele sorriu de satisfação acariciando os lábios.

“Ela é minha”.



*



Harry procurava passar todo o seu tempo livre com Felícia ou Rony. Havia decidido que para o seu próprio bem manteria distância de Hermione. Quando estivesse com ela procuraria agir com naturalidade. Planejou isso, mas nem sempre conseguia manter-se calmo perto da amiga. Muito pelo contrário. Mesmo tentando ele não parava de ser hostil e desagradável ao falar com ela, o mínimo que fosse. Não queria realmente agir daquele modo, mas era assim que a sua frustração parecia se manifestar.

- Harry você vai ver, nós vamos arrasar a sonserina. Vamos fechar com chave de ouro nosso último ano! – bradou Rony na mesa de café da manhã.

- Vamos sim... Precisamos disso, eu pelo menos. – falou Harry tentando se empolgar e ignorar a presença de Hermione na mesa.

- Temos o melhor ataque... – começou contando nos dedos.

- Obrigada. – disse Gina sorrindo.

- De nada! O melhor apanhador... – continuou, Harry sorriu sem modéstia – A melhor defesa, sem dúvida! – disse em referência a si próprio.

- Não se esqueça disso! – enfatizou Gina.

- Ah...!- exclamou virando-se para Hermione – Não podemos esquecer da melhor torcida!

- Não tenha tanta certeza disso, Ron. – acrescentou Harry com azedume, Hermione o olhou gélida.

- Ué, por quê? – indagou Rony desentendido.

- Acho que ela tem uma forte queda pelos loiros sonserinos... – disse com sarcasmo, Hermione o olhou incrédula.

- Foi por isso que vocês perderam para a Corvinal no primeiro jogo Ron? – perguntou a menina sem tirar os olhos de Harry.

- Como? – falou Harry sorrindo irônico.

- Só me ocorreu que vocês têm uma quedinha por loiras não é mesmo? – disparou Hermione, Gina gargalhou enquanto Harry parava de sorrir. – Da corvinal principalmente. Ou ainda são as orientais Harry?

- Logo se nota porque você não entende nada de esportes. – falou Harry secamente. – o que houve Hermione? Seus neurônios superpotentes não deram conta de armazenar o capítulo que falava de quadribol em “Hogwarts, uma história” ?

- Bem que você queria, que eu não gostasse desse esporte por ignorância, mas, sinto muito, se eu sou completamente alheia a isso por opção.

- Por opção? Talvez por consciência!

- O quê?

- Consciência de que você nunca conseguiria jogar... Porque afinal não basta apenas DECORAR a regra... Está além dos seus “talentos”.

- Isso é bem grosseiro sabia? – retrucou Hermione com um ar irritantemente paciente. Harry mudou de expressão. – O que houve Harry? Se está magoado não desconte na pessoa errada...

- Eu não diria que estou descontando na pessoa errada. – afirmou com amargura, levantando-se da mesa, Hermione o seguiu.

- Se você acha mesmo isso, nós devemos conversar, civilizadamente.

- Não é necessário.

- Eu acredito que seja necessário sim Harry.

- Bem, você não entendeu o que eu acabei de dizer não é? Só que eu entendi muito bem o que você me disse das últimas vezes que conversamos, tudo ficou claríssimo, é por isso que eu não sinto necessidade nenhuma de escutar novamente. – disse Harry antes de seguir para longe de Hermione.

Hermione engoliu seco. Mais uma vez não conseguira dialogar pacificamente com Harry e dizer tudo o que estava sentindo. Ainda estava dilacerada e arrasada com a situação. Era insustentável.



*



Gina Weasley caminhava a passos largos pelo corredor. Nos últimos dias ela andava muito agoniada. Pelo menos podia dizer a todos que o motivo era a proximidade da final de quadribol contra a sonserina, pois todos certamente iriam acreditar. Mas ela era ciente de que aquele não era o motivo do seu nervosismo e ansiedade. Tinha ficado assim desde que ela e Draco haviam se beijado. Ela simplesmente não conseguia parar de lembrar daquela cena e punia-se mentalmente por desejar tanto que aquilo se repetisse várias vezes. Era sinistro ter que admitir, mas chegou à conclusão de que estava sim seriamente apaixonada por Draco Malfoy! Ela parou sentando no pátio cobrindo a face com as mãos em desespero.

- Hey... Gina!

Ela abriu os olhos procurando quem lhe chamava. Fitou Draco Malfoy caminhando em sua direção. Levantou subitamente quase correndo pelo corredor mais próximo. Não queria e não podia falar com ele naquelas condições.

- Gina! Espere... – berrou o garoto agora bem mais próximo dela, a puxando pelo braço. – Gina...

- O que você quer, Malfoy? – perguntou entredentes sem parar de andar.

- Conversar com você. – respondeu ainda a seguindo.

- Conversar? Não quero conversar!

- Gina... – começou o garoto rindo – Pare de fugir de mim... Eu notei que você corre sempre que eu chego perto e eu quero falar com você. Pare um instante para conversarmos. Por favor,...

Ela parou de andar virando-se para ele e olhando para o seu braço que Draco ainda segurava.

- Solte-me – ordenou, ele obedeceu, Gina cruzou os braços séria – O que você quer falar comigo Malfoy?

- Primeiramente será que você poderia me chamar só de Draco? Eu acho que soa bem Draco & Ginny não concorda? – comentou sorrindo, mas Gina continuava sisuda. – Ta bom, me chame como quiser. Bem... Eu quero falar sobre... nós.

- Sobre nós - afirmou Gina incrédula começando a gargalhar satisfeita.

- Do que você ri tanto? – perguntou Draco confuso.
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- Você é muito engraçado Draco! – exclamou a ruiva ainda rindo.

- Obrigado.

- Não precisa agradecer, você é um humorista!

- Não... Não por isso... Por ter me chamado de Draco! Obrigado... – disse o loiro sorrindo charmosamente.

- Não tem de quê!

- Ah acredite, eu tenho que te agradecer de alguma forma... Quer dizer, o meu primeiro nome realmente não é nenhum trunfo para se exibir por aí, mas, pronunciado por você ele soou esplêndido! – bradou o loiro.

- Eu continuo achando que ele não pode ser ostentado, mesmo pronunciado por mim.

- Sabe... Eu não pude deixar de notar certas semelhanças entre você e a sua amiga Hermione, sabe, em momentos “íntimos” que já tivemos.

- Oh não me diga que você também a agarrou por aí para tirar essa conclusão...

- Não... Vocês duas parecem apreciar bastante me esbofetear em momentos de êxtase emocional. – afirmou Draco, Gina relutantemente rendeu-se a um sorriso.

- Diga logo o que quer. – falou a ruiva exausta.

Draco se concentrou por um minuto olhando para cima e depois fitando Gina novamente.

- Você. – respondeu simplesmente.

Gina sentiu um frio na barriga. Foi tomada de euforia ao ouvir aquilo e um sorriso surgiu nos seus lábios. Então, como ela esperava, Draco uniu seus lábios aos dela realizando seu desejo de vários dias. Um beijo que exalava paixão, sem resistência, que ambos queriam e aproveitavam cada toque e carícia com minúcia. Separaram-se e Draco sorria fascinado.

- O esquerdo, por favor.

- O quê? – indagou Gina confusa.

- Bata no lado esquerdo, porque da outra vez foi o direito, então se você bater no mesmo lado...

- Draco... Cale a boca... – interrompeu Gina silenciando-o com um longo beijo.

- Certo – disse ele no ouvido da menina – Acho que agora sim estamos nos entendendo...



*



Hermione comia com desânimo. Percorreu o salão com os olhos e lá estavam eles. Rony e Harry, ambos sentados na mesa da Corvinal acompanhando Luna e Felícia, suas respectivas namoradas. Ela respirou fundo se levantando em seguida e pensando mais uma vez em como iria consertar aquela situação. Tinha que falar com Harry, conversar era a coisa mais prudente a fazer, mas isso iria lhe custar muito. Era impossível conversar com ele sem que se agredissem, o que a deixava sem condições de falar o que queria. Nunca pensou que certas palavras eram tão difíceis de ser ditas. Difíceis, mas necessárias. Tentou estudar durante a tarde inteira, em vão. Desistindo de lutar contra si mesma, levantou-se decidida a falar logo com Harry. Encontrou Rony e Neville jogando uma partida de xadrez de bruxo na sala comunal.

- Ron, cadê o Harry? – indagou ansiosa.

- No dormitório, ele estava no banho quando eu desci, já deve estar vindo Mione. – respondeu concentrado no jogo.

Ela se sentou estalando os dedos nervosamente. Não demorou muito para Harry surgir descendo as escadas do dormitório. Hermione dirigiu-se até ele, que parecia não tê-la visto. Teve vontade de correr ao seu encontro e beijá-lo desesperadamente, o que ocorria freqüentemente quando ela se via próxima a ele. O desejava profundamente, como nunca desejara alguém antes.

- Harry! Posso falar com você um minuto? – perguntou sem fôlego.

- Agora não dá. – respondeu friamente, Hermione gelou. – Estou de saída não está vendo?

- Sim – disse magoada. – Tudo bem então, eu espero você voltar.

- Não se dê ao trabalho, eu vou demorar.

Ela pensou em dizer que não era trabalho nenhum e que esperaria o tempo que fosse necessário, mas ele já havia saído pelo retrato da mulher-gorda. Hermione sentiu seus olhos marejarem, respirou fundo para deter as lágrimas e amenizar a dor que brotava em seu peito. Não o viu no jantar e como havia dito o esperou sentada em frente à lareira enquanto revisava a matéria de História da Magia. Estava com muito sono, mas esperaria, não ia perder mais tempo.

Já era tarde quando Harry decidiu retornar. Havia ficado com Felícia até pouco depois do jantar, mas não quis retornar imediatamente para a sala comunal. Andou o quanto pôde por Hogwarts, até se sentir cansado o suficiente para dormir sem dificuldade. Coisa que ele não conseguia fazer nos últimos dias. Estava atormentado demais para pegar no sono tranqüilamente. A sala da grifinória estava aparentemente vazia quando ele entrou, com exceção de uma garota adormecida em uma poltrona com um livro sobre si. Era Hermione, que por dedução, deveria ter ficado o esperando. Harry se aproximou e a admirou por alguns minutos. Ali daquela forma ele pôde sentir com muita intensidade o quanto gostava dela e o quanto doía não poder estar ao seu lado. Acariciou sutilmente o rosto macio dela e em seguida segurou e beijou mansamente sua mão. Aspirou o seu perfume, aquele que tanto o perturbava há um certo tempo e que o deixava sedento... dela.

- Ah Hermione... Eu gosto mesmo de você... – sussurrou com os lábios rentes à costa da mão dela.

Poderia ter ficado a noite inteira assistindo Hermione dormir. Sorrindo para si mesmo ao pensar em como ela estava linda e serena. Ali ele podia observá-la sem medo, sem ter que ouvir palavras duras e se entristecer. Será que só quando ela dormisse ele teria a sensação de paz liberdade para amá-la? Achou que, talvez sim... E para sua tristeza percebeu que teria que acordá-la para que ela fosse deitar-se no quarto. Respirou fundo.

- Mione... – murmurou tocando de leve o seu ombro. – Acorde... Mione... – insistiu Harry fazendo Hermione abrir os olhos atordoada. Só então ele reparou que ainda segurava a mão dela e curiosamente não se importou em continuar.

- Ah Harry, eu... Estava... O que eu estava fazendo aqui? – perguntou aturdida, Harry sorriu – Ah...Esperando você – disse bocejando em seguida ainda sonolenta. – P-precisamos conversar...

- Shh não Mione... Você está caindo de sono... – disse com voz paternal, puxando-a pela mão para fazê-la levantar – Venha... Você vai pra cama agora.

- Não Harry... Eu estou bem eu quero falar com você...

- Outra hora... Agora você vai dormir... Vamos.

Ele a puxou até a escada do dormitório feminino. Ela estava praticamente dormindo em pé sendo arrastada por ele, os olhos estavam quase cerrados cobertos pela mão que estava livre da de Harry.

- Você consegue subir a escada sozinha? – perguntou atencioso.

- Claro. – respondeu subindo o primeiro degrau cambaleando.

- Não...Não consegue não... – concluiu ele acompanhando-a. – passe o seu braço pelo meu ombro, assim. Agora vamos. – disse harry. Ele subiu segurando-a pela cintura até o topo da escada.

- Humrum.

- Bem daqui eu acho que você consegue chegar até a cama.

- Claro. – falou a menina suspirando de olhos fechados. – Boa noite.

Harry ia responder quando Hermione precipitou-se para beijá-lo no rosto. Como ela tinha os olhos semicerrados acabou dando um selinho rápido em Harry, que teve um sobressalto.

- Desculpe. – disse ela naturalmente já de costas para ele entrando no quarto.

Harry se encostou à parede e sorriu para si mesmo. Foi para a cama lembrando daquela cena. Naquele momento preferia não lembrar de como as coisas realmente eram quando Hermione não estava sob efeito do sono. Ela era diferente, na verdade ele também, e como no dia seguinte voltariam aos seus “eus” tradicionais poderia ao menos se dar ao desfrute de lembrar da outra Hermione. Aquela que era dele, tudo bem, só quando dormia, mas era dele.



CONTINUA...

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