Harry?



- Largo Grimauld número doze, é... acho que é aqui.- disse Cruz olhando para uma folha de pergaminho preso a uma prancheta.
Christina amarrou os cadarços de seus tênis e desceu a pequena escada do Noitibus, que como todo o ônibus era roxa com as bordas pretas, ficou ao lado da margem da porta esperando os quatro filhos passarem, foi até a porta e notando que Cruz os olhava tentando entender o que faziam, virou para ele.
-Eu vou pegar o seu dinheiro.
Girou a maçaneta e logo deparou com a costumeira escada de pedras gastas, subiram a escada tomando cuidado por causa da escuridão que se aplacava no lugar, depois de dez ou doze degraus encontraram um porta com a tinta preta quase desaparecendo mas com uma maçaneta de prata que continuava estável, giraram-a (apesar de estar bem conservada era demasiada dura) e entraram na sala coberta por um tapete velho e vermelho e de cortinas azuis fazendo com que o lugar ficasse mais macabro do que já.
-Harry!- chamou Christina- Harry? Somos nós... Christina, Jonh, Maryllyan e Richard. Temos más notícias, o seu filho… um silencio invadiu a sala ouvindo-se por mais ou menos um minuto apennas o barulho das cortinas raspando uma nas outras- infelizmente morreu.
Olhou para as portas esperando que elas se abrissem mas nada aconteceu por minutos, o ar ficava estranhamente pesado, uma placa de poeira bem deitava sobre os objetos, placa que sumia quando Christina ficava um tempo no Largo Grimauld, seus filhos já haviam se deitado no sofá, cansado por causa do sono anterior cheios de pesadelos e acordadas por causa dos movimentos bruscos no Noitibus, que ainda dava para ouvir o barulho do seu motor roncando. Christina desviou por um momento o seu olhar das portas, olhou para a sala e para os seus milenares cômodos, o único objeto que não parecia ser velho era um cofre de porquinho cuidadosamente ajeitado ao lado de uma pilha desordenada de livros, devagar Christina foi até o cofrinho e olhou receosa para ele.
-Me desculpe Harry, é por uma causa justa- sussurrou para si.
Pegou o cofre e o jogou no chão, em vez de dezenas de moedas de bronze, de prata e douradas, o que saiu do cofre foi apenas uma pequena chave dourada enrolada em um pequeno pedaço de pergaminho, Christina se agaixou, tirou a chave do meio do pedaço de pergaminho e ficou olhando curiosa para ela.
-È uma chave do gringotes, o banco dos bruxos.- disse Maryllyan lentamente parecendo que acabara de tomar um calmante.
-È falta de educação mexer nas coisas dos outros quando estão ausentes!- disse a conhecida voz de Harry as suas costas, aliviada ela espremeu a chave contra o peito, com as duas mãos e virou o rosto feliz para o sogro, não conseguindo se segurar Christina se atirou no pescoço de Harry tentando não chorar para para não transmitir medo aos seus filhos.
-Graças a Deus- disse com um nó bem apertado na garganta- graças a Deus é você, você não sabe o que aconteceu Harry, e....- engoliu a propia saliva desviando seu olhar do olhar de Harry- Alvo morreu.
-È eu sei- disse com uma voz estranhamente fria- mas conte-me, acho que precisa desabafar, quer um copo d’água?
-Quero sim, mas antes você poderia me emprestar dez sicles? Para o Noitibus- disse ao perceber a cara de questionamento feita por Harry.
-Tá OK, eu acho que dentro daquela gaveta deve ter- disse apontando para uma velha cômoda ao lado de um espelho redondo com uma moldura cheia de floreios.- mas antes, me conte Christina,o que aconteceu.
-Houve numa invasão na minha casa, Harry, eu acho meio impossível de ser, mas eu acho que era- disse com o olhar mais vago que o natural- Comensais da Morte.
Harry simplesmente balançou a cabeça, seus cabelos rebeldes e brancos cobriam a sua cicatriz, mas não podiam cobrir os seus olhos verdes e ainda vibrantes, refletiam uma estranha frieza que até então Christina nunca havia visto no seu sogro.
-Você acha possível Harry, Comensais da Morte? Depois de tudo?
-Impossível não é, mas prossiga...
-Eu os meus filhos já estavam escondidos atrás de um mato que tínhamos no fundo da nossa casa, o corpo de Alvo tinha sumido, e então eu o vejo lá Harry, o Alvo, vivo.
Harry coçou os cabelos rebeldes e ficou olhando para Christina sem esboçar qualquer reação, sustentava em seu peito um pingente com a foto de seus pais dançando (como era costume no mundo dos bruxos as fotos se mexiam).
-Eu acho que meus amigos podem esclarecer, as suas... duvidas.
-Amigos?
Uma mascara prateada surgiu no rosto de Harry junto a uma capa, as portas que dava para a sala estavam infestadas pela por Comensais, Jonh, Maryllyan e Richard correram para junto de Christina.
-Vamos para o Noitibus, agora!
Os quatros saíram correndo pela sala, e quase caíram descendo a escada, abriram a porta praticamente derrubando-a e entraram as pressas no Noitibus gritando para Cruz: O Caldeirão Furado.





































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