O primeiro ingrediente
Cap. 33
O PRIMEIRO INGREDIENTE
O armário e o quarto de Tom Riddle começaram a arder em fogo, com Ayame e Rebecca Vermefire lá dentro.
__ O que está acontecendo??__ perguntou Ayame.
__ Deve ser uma reação ao fim da maldição!__ respondeu Rebecca, gritando entre as chamas__ Vamos sair daqui!!
__ Mas e o ingrediente??
__ Não temos tempo!!
A mais nova começou a puxar Ayame, mas esta se desvencilhou.
__ Ayame!!__ gritou Rebecca__ Onde você está???
A moça então viu algo brilhando dentro do armário de Tom Riddle e o vulto da irmã entrando lá dentro para pegar.
__ Ayame!!
Rebecca correu de volta para o quarto, mas um pedaço do teto caiu em chamas na sua frente. De repente, ela sentiu uma mão em seu ombro. Olhou para o lado. Era Ayame.
__ Vamos sair desse fogo!!
Contudo, ambas colocaram o pé para fora do quarto e o fogo cessou completamente.
Rebecca olhou espantada para o quarto intacto.
__ Parece que era só um fogo assusta-bobo__ disse ela.
__ Bom, eu sei que isso parece bem real__ Ayame cutucou a irmã para mostrar o que tinha na mão.
Era um pedaço de tora de madeira.
Olhando assim, parecia um pedaço comum de madeira, meio chamuscado e escuro. Mas Rebecca podia sentir o poder que emanava dele, a magia que ele continha.
Aquele era o primeiro ingrediente da varinha.
__ Eu não acredito que conseguimos__ disse Rebecca__ Isso é muito bom!!
As duas sorriram e se abraçaram.
Subitamente, uma voz encheu o ar.
Ayame sentiu um arrepio, separando-se da irmã, mas um arrepio bom.
A voz era diferente de tudo o que ela já ouvira. Era grave e profunda, e causava nela uma sensação parecida com a que a voz de Rayearth causava nela quando ela ainda podia ouvi-lo.
__ É voz que falou comigo antes__ disse Rebecca baixinho.
A voz disse, fortemente:
__ Vocês passaram pelo primeiro desafio e provaram o amor que existe dentro de vocês. Mas o universo não dá nada de graça. Tudo que se recebe deverá ser pago na mesma moeda.
Ayame olhou para Rebecca sem entender. A voz repetiu:
__ Tudo o que se recebe deverá ser pago na mesma moeda.
__ Ela... a voz... quer algo em troca do ingrediente__ disse Rebecca.
Ayame piscou.
__ Pago na mesma moeda__ disse ela. As duas ficaram em silencio por um instante, olhando para a tora na mão de Ayame.
__ Um pedaço de madeira que possui magia.
Ayame olhou para Rebecca.
__ Uma varinha.
Ayame levantou sua varinha.
__ Não! Você não pode sacrificar a sua varinha. Ela é... ela é sua, é única, é uma varinha de Elementar!
__ Mas eu não sou mais uma Elementar!
__ Mas essa varinha é única pra você!! Mais única do que a minha é para mim.
__ Mas...
Rebecca, contudo, não deixou a irmã retrucar e encostou sua varinha na tora de madeira.
A varinha brilhou e desapareceu.
__ Ah, Rebecca__ disse Ayame com lágrimas nos olhos__ Desculpa...
__ Tudo bem, eu não...
Porém, de repente elas sentiram um tremor e o teto do orfanato começou a cair.
__ Ahh!!__ gritou Rebecca__ Corre!!
Elas começaram a correr, mas de repente uma bola enorme de ferro negro passou bem à sua frente, destruindo tudo.
__ Os trouxas!!__ gritou Ayame__ Eles estão demolindo o prédio!!!
Rebecca agarrou Ayame, girou o corpo e elas desapareceram num estalo.
Ayame abriu os olhos, antes apertadamente fechados, e olhou em volta. Estavam em Hogsmeade. Mas ela estava sozinha.
__ Rebecca!!__ exclamou ela.
__ Shh!!__ ouviu alguém fazer__ Eu peguei sua varinha e lancei um Desilusório em mim. Sabe, estou sem meu disfarce....
Pelo céu, Ayame pensou ser mais ou menos umas oito horas. Ela limpou o pó da roupa com sua varinha e enrolou a tora de madeira nas vestes, depois foi caminhando rapidamente em direção à saída do vilarejo. Sentia a respiração de Rebecca bem ao seu lado.
Quando estavam longe de Hosgmeade, a mais nova falou:
__ Você notou, Reb... se não tivéssemos libertado as crianças hoje, o orfanato teria sido demolido com elas dentro, e elas nunca mais poderiam se libertar...
__ É verdade__ disse a outra__ Até parece que foi destino.
Ayame deu uma risadinha e elas entraram pelos portões de Hogwarts.
Harry estava jogado em uma das poltronas da sala comunal, com o braço em cima dos olhos, quando ouviu uma voz familiar o chamando. Seu coração deu um pulo.
__ Harry, sou eu...
__ Ayame! Onde você estava, pelo amor de...
Ele não conseguiu terminar a frase, pois a garota o calou com um beijo.
Harry piscou.
__ Nós conseguimos, Harry!__ disse Ayame, sorrindo para ele.
__ An... conseguiram... o que? Onde você estava??
Ela mostrou para ele um pedaço de madeira. Harry franziu as sobrancelhas.
__ O que é isso...
Porém, no momento em que ele encostou na tora de madeira, sentiu o que era aquilo. Toda a magia que emanava daquele objeto... era bem estranho. Com certeza, aquilo só podia ser...
__É o primeiro ingrediente da varinha__ Ayame disse o que ele estava pensando.
Harry ficou boquiaberto. Seu coração deu um pulo maior ainda com aquela confirmação.
Eles foram atrás de Rony e Hermione e no caminho para o escritório de Dumbledore, onde, de acordo com Ayame, Rebecca estava explicando tudo o que acontecera, e enquanto caminhavam, o moreno foi pensando. Aquilo era uma confirmação de que a profecia que Trelawney fizera, a segunda, não era uma farsa e poderia se concretizar. E assim, com a varinha, ele então poderia finalmente derrotar Voldemort. Mais do que isso, ele poderia trazer paz ao mundo bruxo, principalmente à sua família e amigos e a ele próprio.
No escritório do diretor, Rebecca estava começando sua narrativa (enquanto eles chegavam, ela havia tomado sua Poção Polissuco). Harry, Rony e Hermione ouviram deslumbrados o caso do orfanato e das crianças presas pela maldição de Tom Riddle. Mas o que mais chamou a atenção de Dumbledore, é claro, foi o sacrifício que elas tiveram que fazer no final de tudo.
__ Foi como suspeitávamos__ disse ele__ Cada ingrediente da varinha requererá um sacrifício por parte de quem conquistá-lo. E mais interessante ainda... é essa voz que voces ouviram. Pelo o que entendi, foi ela que colocou Rebecca no caminho do ingrediente e delegou o que devia ser feito.
__ Sim__ concordou Rebecca__ Era uma voz... quase indescritível. Não sei explicar.
__ Agora, de acordo com a profecia__ disse Ayame__ Eu e Rebecca passamos por uma prova das três. Acho que foi a que se referia ao amor Philia, que é o relacionado com a família. Tinha tudo a ver com as crianças do orfanato também.
__ E com a própria história de Tom Riddle__ disse Dumbledore__ Foi naquele lugar que ele sentiu o que é não ter uma família estruturada.
__ Podemos riscar o orfanato da lista de lugares entao__ disse Harry__ Acho que o ingrediente não repetiria de lugar.
__ E além do mais, o orfanato foi demolido__ disse Ayame, já que ela e Rebecca tinham esquecido desse detalhe.
__ Mas... ainda não entendi porque não conseguimos decifrar o que o Patrono dissera__ lembrou Harry.
__ E eu tenho certeza de que não conjurei Patrono nenhum__ disse Rebecca, franzindo as sobrancelhas.
Eles olharam para o diretor.
__ Parece que__ disse ele, simplesmente__ Além da voz, há outros mistérios envolvendo a realização da profecia.
Dumbledore pediu que Ayame colocasse a tora de madeira em cima da escrivaninha. Todos sentiram a aura mágica que emanava dela.
__ É eucalipto__ disse o diretor depois de longos instantes analisando a madeira por debaixo de seus oclinhos de meia lua.
__ Onde vamos guardá-la?__ perguntou Harry.
__ Creio que aqui no meu gabinete seria o local ideal__ disse Dumbledore__ Eu pensei na Sala Precisa, mas ela é um lugar onde as pessoas que tem conhecimento dela e de seus segredos podem entrar mais facilmente, e mesmo que aparentemente Voldemort a desconheça, prefiro reforçar a proteção em volta de meu gabinete e guardar o ingrediente aqui.
Os outros concordaram com a palavra do diretor.
Ayame perdera o teste de aparatação, mas ficou muito feliz em saber que os amigos tinham passado, inclusive Gina e Neville. Maria Eduarda e Juliano não tinham conseguido êxito no teste, mas não estavam desanimados, já que mesmo que passassem, teriam que fazer outro teste no Brasil.
A garota conversou com o prof. Pauline e ele informou que o próximos teste seria depois do ano novo. Ela entao lembrou-se que aparatara sem licença para chegar até o orfanato, e comentou isso com o diretor, apreensiva, mas ele disse que se houvesse alguma infração, o Ministério com certeza iria comunicá-la, devido a ela ser quem era (inimiga dos Comensais etc.). Passaram-se as semanas, contudo, e o comunicado não chegou.
O Natal na Toca foi muito divertido. Os ânimos tinham aumentado com a descoberta do primeiro ingrediente entre os membros da Ordem, e Rebecca, convidada, começara a ser mais bem vista, por ter participado daquela operação com êxito. Todos sentiam que, talvez, aquela guerra estaria caminhando para o fim.
A ceia estava divina, o esperado da Sra. Weasley, que já estava com uma barriga bem grande. Ela e o Sr. Weasley não tinham escolhido o nome para a criança ainda.
__ Estamos em dúvida entre Teresa e Anne__ disse Molly enquanto servia a lasanha quatro queijos.
__ Ou Geni__ disse o Sr. Weasley, visivelmente orgulhoso__ Era o nome da minha tataravó.
A Sra. Weasley fez uma careta quando o marido pronunciou o nome, juntamente com quase todos os sentados à mesa. Felizmente, o ruivo pai não notou isso.
__ Por favor, nem cogitem o nome Ninfadora__ disse Tonks__ A menos que queiram que sua filha sofra.
Todos riram do exagero da maga, hoje de cabelos roxos.
__ Não se preocupe__ disse a Sra. Weasley__ Não queremos que nossa filha se auto apelide de Tonks.
Na noite de Natal, nevou.
Dois dias depois, Harry, Rony, Hermione, Ayame, Gina, Carlinhos e Rebecca estavam de volta a Hogwarts, que estava com os jardins parecendo cobertores de neve. As aulas recomeçariam somente na semana seguinte. Hagrid os convidava quase todo dia para tomar chá em sua cabana, e eles ficavam rindo e conversando sobre tudo um pouco.
Na quinta, quando Harry, Rony, Mione e Ayame foram almoçar, a morena pediu licença e desculpas por não almoçar com eles, e sentou-se na mesa onde Rebecca, Carlinhos e Hagrid estavam comendo.
__ Olha lá__ comentou Rony__ É impressão minha ou depois que elas voltaram do orfanato, Ayame e Rebecca estão mais amigas?
__ Não é impressão sua__ disse Hermione__ Elas estão cada vez mais retomando a amizade e o afeto entre elas.
__ Isso é ótimo__ disse Harry__ Não sei se agüentaria se as duas ainda nem se falassem.
__ Mas vocês percebem que isso é um grande passo para a Ayame, não é__ continuou Mione__ Afinal, ela odiava a irmã até alguns meses atrás.
__ Assim como foi um grande desafio para Rebecca__ disse Harry__ que, além de notar que estava no lado errado esse tempo todo, ainda teve que retomar a confiança e o amor da irmã.
__ O bom é que as duas estão bem agora, como duas irmãs deveriam estar__ finalizou Rony, enfiando uma garfada de batatas na boca.
À tarde, Ayame estava indo até a casa de Hagrid, atrasada para o chá para o qual o gigante convidara pois tinha ido à biblioteca, mas parou no meio do caminho quando viu Rebecca sentada às margens do lago. Ela não hesitou e encaminhou-se para lá.
__ Oi__ disse ela.
__Ah, oi, Ayame__ respondeu a outra__ O que faz aqui?
__ Ah, eu estava indo para o Hagrid. E você? O que está fazendo? Não ia para lá também?
__ Sim, eu estava indo, mas... sei lá, deu vontade de vir aqui.
As duas ficaram fitando a superfície trêmula do lago por alguns instantes.
__ Eu costumava ficar bastante aqui, olhando o lago, nos meus tempos de Hogwarts__ disse Rebecca.
Ayame sentou-se ao lado dela.
__ É lindo. Eu também sempre gostei dele. Quando era menor, vivia tentando entrar nele, mas Hagrid nunca deixava__ riu ela__ Até que eu esquentei a água pela primeira vez e pulei sem ele ver. Então eu perdi a hora e não consegui me secar a tempo de voltar para o castelo, mesmo usando meus poderes. Levei a maior bronca. Da MacGonagall, é claro.
Rebecca riu.
__ Deve ter sido bom morar aqui, sem ter que se preocupar com estudos nem nada. E pelo jeito, voce aprontava muito.
__ É, acho que sim...
A mais velha voltou a fitar o lago.
__ Voce sempre foi muito arteira. Papai sempre dizia isso.
Ayame piscou e sorriu um pouco.
__ Ele dizia o mesmo de voce.
As duas se entreolharam e riram. A mais nova apontou para a margem oposta do lago, um pouco mais a frente da onde estavam.
__ Lá... foi onde o Harry me beijou pela primeira vez. Não foi bem um beijo, foi mais uma coisa técnica, porque eu estava sem respirar e tal...
__ Que?? Conta essa história direito, Ayame.
__ Tá, calma... Eu tinha mergulhado no lago, num dia em que tivemos aula aqui, para procurar esse anel__ ela mostrou a mão__ que eu tinha deixado cair no lago na noite anterior. Eu pensei que, se o perdesse, o Harry ia ficar muito chateado. Mas acabei ficando presa no fundo do lago. Ele sentiu minha falta e foi me procurar. Mas já tinha passado algum tempo...
__ Voce quase morreu afogada!
__ Calma__ riu Ayame__ O Harry me salvou. Eu estou aqui, bem, não estou?
Rebecca aliviou um pouco a expressão.
__ Vocês fazem um par realmente muito lindo. Bem mais do que com aquele seu amigo, Juliano.
__ Juliano? O que ele tem a ver?
__ Ora, eu ouvi ele falando... se gabando... que era seu namorado quando voce morava no Brasil.
__ O que??? Claro que não!! Eu nunca tive nada com ele, eu sempre soube que a Maria gostava dele... Poxa... __ Ayame corou__ Harry é meu primeiro namorado.
Rebecca riu.
__ Tudo bem. Eu já fui meio que o contrário de voce quando estudava. Tive alguns vários namorados... pelo menos depois de entrar para a turma... voce sabe...__ ela abaixou o olhar__ Mas queria ter visto voce e Harry antes de começarem a namorar. Devia ser bonitinho.
__ Há-há, voce botaria o dedão no meio, isso sim__ disse Ayame__ O que não quer dizer que eu não vá me intrometer nos seus relacionamentos.
__ Se voce está querendo dizer eu e Carlinhos...
__ Isso aí!
As duas riram bastante. Ficaram em silencio por mais alguns momentos, apreciando a paisagem. Rebecca começou a cantarolar, meio que inconscientemente.
__ Reb... essa música..
__ An? Que música?
__ Essa... que voce estava murmurando...
__Ah__ fez ela__ É... uma música que mamãe me ensinou. É o tema daquele filme da sereia. Eu adorava ele quando era criança.
Ayame deu um sorriso.
__ É meu favorito também.
__ É?
__ Claro. Foi voce quem me ensinou a gostar dele.
Rebecca sorriu.
__ Pensei que voce tinha se esquecido disso. O engraçado é que eu, mesmo depois de adolescente, sempre me identifiquei com a história__ ela riu__ Eu me imaginava que nem a sereia, que queria seu uma humana mas não podia. Mas no meu caso... eu queria ser aceita, mas não era. Eu imaginava aquele mundo, que não era o meu, onde eu seria importante e não mais a enxotada.
Ela começou a cantar um pedacinho.
__Up where they walk, up where they run
Up where they stay all day in the sun
Wandering free, wish I could be
Part of that world…
__ Mas a parte que eu mais gostava era a que falava, ingenuamente, que os humanos não repreendiam as filhas. Eu pensava que seria assim com os Comensais, sabe, porque papai me repreendia muito. É óbvio que eu estava errada.
__ Betcha on land, they understand, but they don’t reprimand their daughters…__ cantarolou Ayame.
__ Voce lembra?
__ An?
__ Da música!
__ Claro!! Voce me ensinou ela também!
E as duas cantaram juntas:
__ Bright young women, sick of swimming, ready to stand...
Ayame e Rebecca riram muito. A mais nova então disse:
__ E lembra daquela que o siri cantava, que falava para a sereia das coisas boas do mar...
__ Under the sea, darlin it’s better, down where it’s wetter, take it from me...__ fez Rebecca.
__ What do they got, a lot of sand?__ continuou Ayame__ We got a hot crustacean’s band!
__ We got no troubles, life is the bubbles under the sea!!
As duas caíram na risada.
__ Ai ai...__ fez Ayame__ Ainda bem que, ao contrário da sereia, você decidiu voltar para o fundo do mar.
Rebecca sorriu serenamente.
__ É... ainda bem mesmo.
E juntas, levantaram-se e caminharam até a casa de Hagrid.
Oi genteeeeeeee
comentem ta!!
tomara q estejam gostando. eu simplesmente nao resisti ao fato de colocar algo sobre a pequena sereia aqui.....aaaaaaah eu simplesmente amoooo a pequena sereia, entao tente colocar que queria mais de um jeito que cabesse na historia.
Nao se esquecam de comentar!!!
Bjoss e feliz dias das criancaaaaas
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