Continuação
Tiago se virou e viu que Dolohov trazia consigo mais uns cinco Comensais, junto com Belatriz que tentava se equilibrar em cima das pernas.
- Até que enfim.- disse uma voz fria em meio aos Comensais. Era Voldemort que se encontrava lá, junto com Nagini. A cobra saiu dos ombros dele e foi em direção a Lílian.
- Estupefaça!- disse ela, estuporando a cobra e fazendo ela ser jogada na mesma árvore que Narcisa estava pendurada.
- Muito bom.- disse Voldemort, dando um sorriso com a sua boca sem lábios.- Não precisamos travar uma guerra.- disse ela se aproximando de Lílian.- Só me entregue o mapa.
Tiago se moveu, fazendo com Voldemort parasse. Tiago ficou ali parado como se fosse protegê-la.
- Você tem medo de mim?- perguntou ele olhando para Lílian.- Parece que você não está nada bem, minha querida.
- Eu não tenho medo de você e nem sou sua querida.- disse Lílian agressivamente.
- Deixe ela para mim, meu lorde.- disse Belatriz com um sorrisinho.
- Ainda não.- disse Voldemort.
Uma luz apareceu atrás dos estudantes. Voldemort fez uma careta quando viu que Dumbleodore se aproximava, junto com Olho-Tonto, Hagrid, Dédalo Diggle, Prewett, Marlene, Régulo, Frank, Alice e Aberforth.
- Saiam daqui!- gritou Dumbleodore para Marlene, Régulo, Alice, Frank, Lílian, Tiago, Sirius e Pettigrew.
Pettigrew foi o único que obedeceu a ordem rapidamente. Ele saiu correndo na primeira oportunidade abandonando a todos.
- Nós vamos ficar.- disse Sirius.
- Vocês já fizeram coisas demais, agora vão.- disse Olho-Tonto.
Tiago carregou Lílian para fora dali, junto com Sirius e Marlene. Frank e Alice saíram também, junto com Régulo. Eles não sabiam para onde ir, foram em direção a rua e se enfiaram no meio de duas casas.
- O que ela tem?- perguntou Frank olhando para Lílian.
- Eu não sei.- disse Tiago que com a ajuda de Marlene a colocava no chão.
Os alunos que estavam ali começaram a ver clarões de luz que saiam das varinhas dos que duelavam.
- Eu vou lá.- disse Régulo impaciente.
- Faça isso e você será morto.- disse Sirius.
Régulo exitou por um momento e se virou para o irmão.
- Eu não me importo.- disse Régulo.
Ele saiu correndo em direção ao parque. Sirius foi atrás gritando para que Régulo voltasse.
Marlene e Alice tentavam cuidar de Lílian enquanto Tiago e Frank tentavam ver alguma coisa da luta.
- Eu já disse que não preciso de nada.- disse Lílian para Marlene e Alice.
Lílian agora se encontrava totalmente sem cor e respirava com dificuldade.
Belatriz saiu do meio da confusão do parque e começou a andar para ver se encontrava os alunos. De repente ela escutou a voz de Lílian denunciando a posição deles; ela tocou a Marca Negra e Dolohov e Lúcio atenderam ao chamado da Comensal.
Régulo depois de correr bastante conseguiu se esconder de Sirius e quando percebeu que Sirius não o encontraria mais ele correu para onde se encontrava a luta.
Sirius não encontrou mais o irmão, começou a ouvir gemidos e seguiu os gemidos. Sirius encontrou Lupin não muito longe dali todo ferido e repleto de sangue, quando olhou para o céu viu que a lua estava indo embora e Lupin voltava a sua forma humana.
- Lupin.- disse Sirius olhando para os ferimentos de Lupin.
- Saia daqui. Ele pode voltar, vá com os outros.- disse Lupin.
Sirius nem ligou para o que o amigo disse e o carregou com um pouco de dificuldade para o esconderijo.
Quando eles estavam perto Sirius e Lupin viram Belatriz, Dolohov e Lúcio se aproximarem das duas casas e Sirius se escondeu com Lupin atrás de uma casa.
- Te encontrei.- disse Belatriz quando viu os bruxos escondidos.
- Expelliarmus.- disse Alice, mas Belatriz se protegeu a tempo.
Dolohov soltou um feitiço que quase atingiu Tiago, os dois saíram de onde estavam e foram para o meio da rua. Frank foi com Tiago para ajuda-lo deixando as meninas sozinhas.
- Agora somos nós.- disse Belatriz e soltou um feitiço em Marlene, mas a menina foi mais rápida e conseguiu se desviar. Alice fez um feitiço de proteção que não durou muito tempo.
Belatriz soltava feitiços um atrás do outro que acabou quebrando o feitiço de proteção de Alice. Belatriz avançou nas duas fazendo com que as três bruxas saíssem, deixando Lúcio e Lílian sozinhos.
-Você pode acabar com tudo isso.- falou Malfoy em um tom calmo.- É só me entregar o mapa.
- Não.- disse Lílian se levantando. Ela se segurava na parede para não cair.
Lílian pegou o mapa na mão e o ergueu para que Lúcio o olhasse.
- É isso não é?- perguntou Lílian. Ela segurou o pergaminho com cuidado e começou a rasgar. Só se escutou um grito agudo saindo do pergaminho.
- Sua sangue-ruim.- disse Lúcio se afastando dela. Lílian dava risada com dificuldade e de repente não sentiu mais sua perna e acabou caindo.
- Incêndio!- disse Lúcio e de sua varinha começou a sair fogo. Ele puxou Belatriz e Dolohov que estavam perdendo na luta contra Tiago, Frank, Marlene e Alice.
Lílian ficou no meio do fogo e não demorou muito ela desmaiou no meio da fumaça. Sirius ficou onde estava tentando cuidar dos ferimentos de Lupin até que ele viu a fumaça saindo do meio das duas casas.
- Lílian!- gritou Tiago olhando para o meio do fogo. Marlene, Alice e Frank começaram a tentar apagar o fogo com as varinhas.
- Aguamenti!- falavam eles, mas só saia um pouco de água da varinha deles, o que não era suficiente para apagar aquele incêndio.
- O que você pensa que vai fazer?- perguntou Frank vendo que Tiago iria tomar alguma atitude.
- Eu vou pegar a Lílian de lá de dentro.- disse ele.
Frank tentou impedir, mas já era tarde demais, Tiago desaparatou de onde estava, aparatando no meio do fogo. Ele não conseguia ver muita coisa,a fumaça embaçava os óculos dele e o calor o estava deixando um pouco atordoado.
- Lílian, acorda.- disse ele quando a encontrou caída perto de uma parede.
Ele começou a escutar a voz de Sirius o chamando. Tiago pegou o braço de Lílian e o enrolou nos pescoço dele e com muita dificuldade ele conseguiu desaparatar dali com ela.
- Você está querendo morrer?- disse Sirius quando viu Tiago aparecer na rua com Lílian.
Tiago tossia muito e Lílian ficou no chão desacordada. Marlene olhou para a perna de Lílian e viu que ela estava não tinha mais o ferimento. A calça continuava cheia de sangue, mas o ferimento havia sumido, deixando apenas a pequena cicatriz que ela tinha antes.
Lílian acordou tossindo e se levantou devagar, mas ela ainda assim estava um pouco mal devido a fumaça. Tiago a abraçou forte quando viu que ela havia se levantado.
- Vai ficar tudo bem.- disse ele sentindo que Lílian estava chorando.
Enquanto isso Dumbleodore surgiu na rua junto com Moody, Diggle e Prewett. Hagrid vinha logo atrás carregando Régulo no colo.
- Não pudemos fazer nada.- disse Hagrid colocando Régulo no chão e chorando muito. Régulo estava frio e pálido.
Sirius olhou para o irmão morto ali e ficou sem reação, deixou que as lágrimas tomassem conta de seu rosto. Ele se ajoelhou e apoiou a cabeça de Régulo no colo dele. Quando todos menos esperavam Sirius chorava como uma criança olhando para o irmão.
- Régulo, acorda.- dizia ele como alguma esperança de que o irmão acordasse.- Régulo... acorda.
- Ele está morto.- disse Moody.
Tiago e Lupin tentavam consolar Sirius, mas Sirius continuava chorando, até que Hagrid pegou o corpo de Régulo com cuidado o afastando de Sirius.
Pettigrew apareceu no fim da rua, trazendo a varinha em uma mão. Quando chegou viu que as pessoas choravam e depois viu o corpo de Régulo no colo de Hagrid e entendeu o que havia acontecido.
Todos já estavam voltando para o colégio, Lílian ajudou Lupin a ir para o castelo, enquanto Tiago e Marlene tentavam consolar Sirius, Hagrid carregou Régulo e ao seu lado andava Dumbleodore. Aberforth voltou para Hogsmeade, Diggle e Prewett voltaram cada um para sua casa.
Sirius não compareceu ao velório de Régulo, sabia que sua mãe iria puni-lo de algum jeito por isso preferiu ficar em Hogwarts. Lupin foi tratado na enfermaria e Lílian só ficou em observação.
- Nos chamou professor?- perguntou Tiago entrando na sala de Dumbleodore. Ele, Lílian, Sirius, Lupin e Pettigrew foram chamados por ele.
Aquele era o último dia em Hogwarts, os alunos já tinham feito os testes dos N.I.E.Ms e dos N.O.Ms, agora estavam preparando as malas para voltarem para casa pelo Expresso.
- Sim, chamei.- disse Dumbleodore. Marlene, Frank e Alice já estavam na sala.
- Estamos aqui.- disse Lílian pedindo para o professor continuar.
- Eu soube de tudo o que vocês fizeram esse ano, Frank e Alice me contaram tudo.Acho que posso chama-los pelo primeiro nome, não posso?- perguntou Dumbleodore para Frank e Alice eles responderam que sim com a cabeça.
- Quer dizer que estava nos vigiando?- perguntou Lupin.
- Vigiando não seria a palavra... eu diria, me mantendo informado.- disse Dumbleodore.
- Continue.- disse Sirius.
- Eu os andei observando e percebi que são muito corajosos, são fortes, sabem se defender e principalmente, são contra Voldemort.- disse Dumbleodore.
- E?- perguntou Tiago.
- Eu ainda não terminei.- disse Dumbleodore.
- Desculpe.
- Bom, vou ser bem direto, creio que todos vocês já são maiores de idade.- continuou Dumbleodore. Todos confirmaram e ele continuou falando.- Estou reunindo vários bruxos na luta contra Voldemort. Ele está ganhando força e temos que nos defender, juntar bruxos como ele está fazendo.
- Está falando de um exército?- perguntou Lupin.
- Uma organização secreta, que não tem nada a ver com o ministério.
- E por que nós?- perguntou Lílian.
- Na verdade, estava longe dos meus planos chamar alunos. Mas como disse, eu os observei e percebi que seria um desperdício não chamar alunos tão fortes.Cada um de vocês tem um talento especial.
- Como assim?- perguntou Lupin.
- Estou dizendo que todos vocês tem um talento que não deve ser desperdiçado e que se unidos poderão fazer grandes feitos.- Dumbleodore sorriu.- Não precisam me responder agora, quero que pensem na minha oferta.
Todos saíram da sala dele e cada um voltou para o seu dormitório para arrumar as malas.
Quando Lílian já estava indo para o Salão Principal ela encontrou Snape passando por ali, ela o segurou pelo braço e o levou para um corredor isolado.
- O que te deu?- perguntou Snape. Lílian estava muito nervosa, ela puxou a varinha e apontou para o nariz dele.
- Sei o que você fez e isso não tem perdão.- disse ela.
- Não sei do que você está falando.- disse ele.
- Sabe sim. Você poderia ter matado o Tiago!
- Até alguns anos atrás você teria me apoiado. Nunca pensei que passaria para o lado dele.
- Eu nunca teria apoiado uma tentativa de assassinato. Achei que você não se importava com quem uma sangue-ruim anda ou deixar de andar. Mas eu só estou te avisando, fica longe de mim e de qualquer pessoa que eu gosto.- disse ela ameaçadoramente.
- Quer dizer que você gosta dele?- perguntou Snape em um tom um pouco triste e um pouco nervoso.
- Eu o amo de um jeito que você nunca vai entender e sabe o que é melhor?- perguntou ela, mas Snape não disse nada e ela continuou:- o melhor é que ele retribui esse amor.
- Isso é nojento.- disse Snape fazendo uma careta.
- Nojento é esse seu nariz seboso, Ranhoso.- disse Lílian.
Ela saiu deixando Snape para trás. Um ódio brotou dentro dele quando ele escutou aquelas palavras de Lílian e uma vontade de vingança também.
Depois de terem escutado as palavras de Dumbleodore os alunos do sétimo ano começaram a se despedir, alguns tinham até lágrimas nos olhos, todos se abraçavam e comemoravam o fim da escola.
- Agora uma foto dos marotos.- disse Lílian com a câmera de Sirius na mão.
Os quatro amigos se abraçaram e ficaram sorrindo para a foto. A foto que certamente Sirius deixaria na parede do quarto, a última foto dos quatro amigos na escola.
- Posso me sentar aqui?- perguntou Tiago abrindo a porta do compartimento em que Lílian estava sentada lendo um livro. Era o mesmo compartimento que eles estavam quando se conheceram.
- Fazer o que.- disse Lílian. Ela estava sentada ao lado da janela e Tiago se sentou na frente dela.
- E a sua perna?- perguntou ele.
- Agora não existe mais mapa ela vai ficar legal. Se eu soubesse que aquele mapa tinha um poder das trevas tão forte eu nunca o teria aceito.- disse Lílian.
- Acha que o Slughorn sabia?
- Acho que ele nunca soube para que servia aquele mapa.- disse Lílian.- Mas agora acabou.
- Acabou.- disse Tiago se inclinando para frente e dando um beijo em Lílian.
- Olha o casal se escondendo da gente!- disse Sirius quando abriu a porta do compartimento. Ele entrou e se sentou.
- Poxa, Pontas. Se você queria ficar sozinho com a Lílian era só falar.- disse Lupin entrando e se sentando ao lado de Tiago.
- E quando é que você vai arrumar uma namorada para me deixar em paz.- disse Tiago.- Sabe... as pessoas já estão começando a falar e eu tenho uma reputação para cuidar.
- Eu não falo da minha vida íntima.- disse Lupin.
- Até que enfim.- disse Pettigrew entrando no compartimento e fechando a porta.- Eu estou procurando vocês faz um tempão.
- É que o Pontas estava aqui namorando a Lílian- disse Sirius.
- E você e a Marlene?- perguntou Lílian para Sirius.- Eu escutei umas histórias por aí.
- Eu não falo da minha vida íntima.- disse Sirius sorrindo.
- Essa frase é minha.- reclamou Lupin.
E assim seguiu a última viagem dos marotos no Expresso de Hogwarts.
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