Ranhoso e seus feitiços

O Ministério ainda não havia capturado o fugitivo de Azkaban. Todos diziam que Antônio Lestrange era um louco psicopata, mas havia sido um dos alunos mais brilhantes da Sonserina. Os alunos da Sonserina o tinham como um ídolo, porém ainda havia aqueles alunos nos quais discordavam de Voldemort e seus Comensais. Um deles era Marlene McKinnon. Ela era uma garota bem magrinha que usava óculos e tinha uma paixonite por Sirius. Aliás de cada 10 meninas de Hogwarts 7 eram apaixonadas por Sirius.Talvez esse fosse um dos motivos por Régulo não gostar do irmão, talvez ele fosse sentisse inveja de Sirius, por isso tentava provar a todos que ele era melhor do que Sirius jamais fora.
- Está atrasado Sr.Potter!- disse Lílian na sala comunal. Ela o esperava para a primeira aula de Poções.
- Me desculpe professora Evans. Mas quadribol não é fácil.- disse Tiago abafando uma risada. Ele tinha acabado de sair do treino de quadribol.
- Certo. – disse Lílian também tentando abafar uma risada.
- Por onde começamos?- disse Tiago.
- Quer mesmo fazer isso?- perguntou Lílian descrente de que Tiago tivesse algum interesse naquelas aulas.
- Acho que a poção do amor está legal.- disse ele ignorando Lílian.
- Está bem.
Lílian seguiu o roteiro de seu livro e explicou tudo a Tiago achando tudo aquilo um absurdo. Ela não revelou os segredos do manuscrito e foi aí que ela percebeu que Snape também estava muito bom em poções e que ela havia visto alguns rascunhos no livro. Mas como seria possível Snape ter pego o manuscrito? Ela havia tacado fogo naquele manuscrito. Foi então que ela se lembrou do dia na biblioteca em que teve a impressão de que alguém havia mexido no manuscrito.
- Lílian?- perguntou Tiago chamando Lílian de volta a sala comunal.
- Me desculpe, eu estava me lembrando de algumas coisas.- disse ela.
- Ah sim.- disse Tiago.
Lílian estava terminando de explicar o preparo da poção quando viu que Tiago estava ferrado no sono.
- Tiago, acorda!- disse ela cutucando Tiago.
- Ah, me desculpe.- disse ele acordando.- continue por favor.
- Acho melhor não, amanhã nós continuamos.- disse ela se levantando da mesa e guardando os livros.
Lílian foi dormir com aquilo na cabeça. E se Snape tivesse visto os feitiços que eram de origem duvidosa. E se ele usasse aqueles feitiços na escola, então os alunos que não gostavam de Snape, que não eram poucos, estariam correndo sério risco.
No dia seguinte, no intervalo da aula de Trato das Criaturas Mágicas, Lílian viu um grupo de alunos ao redor do que parecia ser uma briga. Ela nem precisou chegar muito perto para perceber que era Sirius que brigava com Snape.
- Continue Ranhoso!!! Perdeu a língua ou tem medo de me azarar na frente de todos?- disse Sirius ameaçadoramente.
- Eu não sujarei minhas mãos com você.- disse Snape.
- Claro que não. Você não quer é se ferrar, porque sabe que eu sou dez vezes mais poderoso que você.- continuou Sirius.
Snape se virou para Sirius com umas fúria mortal.
- Sectumsempra!- gritou Snape.
Aquele feitiço fez um corte desde o joelho até o pé de Sirius. Ele começou a sangrar como nunca. As pessoas se afastaram e Marlene começou a gritar.
- Socorro!
Ela saiu correndo procurando a ajuda de algum professor. Naquele exato momento Snape viu a cara de Lílian, viu que ela estava pasma e com isso achou que havia impressionado Lílian. Mas ela logo tratou de fazer uma cara de nojo para ele.
Hagrid havia escutado os gritos de Marlene. Foi até Sirius que estava caído no chão e o levou no colo até a enfermaria.
Lílian se sentiu culpada por aquilo ter acontecido. Quando ela escutou o feitiço sair da boca de Snape viu que ele havia pego aquele feitiço do manuscrito. Ela foi junto de Lupin até a enfermaria.
- O que disseram?- perguntou Lupin a Hagrid quando este havia saído da enfermaria. Hagrid não estava com a cara muito boa.
- Ele terá que ficar na enfermaria por não sei quanto tempo. Aquilo que Snape fez foi magia negra.- disse Hagrid.
- Espero que ele seja expulso.- disse Tiago se aproximando. Ele estava furioso com Snape e agora Lílian não o criticava por isso.
- Vamos ver qual a decisão de Dumbleodore.- disse Hagrid.
Depois do ocorrido ninguém mais viu Snape. Ele passou o dia no escritório de Dumbleodore.
- Não poderei ter aula hoje.- disse Tiago para Lílian com capa na mão. Estava escuro e muitos alunos já tinham ido se deitar.
- Por quê?- perguntou Lílian
- Hoje eu irei visitar Lupin na enfermaria. Ele está precisando de uma força.
Lupin chegou perto de Tiago, ficou esperando ele terminar de conversar com Lílian.
- Mas como você pretende ir?- perguntou ela.
Tiago tirou o Mapa do Maroto do bolso e o mostrou para Lílian.
- Isto é a minha salvação!- disse ele beijando o mapa.
Tiago e Lupin entraram debaixo da capa. Quando Tiago estava a menos de cinco passos da porta deixou cair o mapa. Lílian recolheu seus livros e olhou para o chão vendo o mapa ali.
- Espere!- gritou ela inutilmente.
Ela pegou o mapa e viu que não havia nele.
- Como essa coisa funciona?- perguntou ela para si mesma. Ela tentou lembrar o que Tiago havia dito para o mapa, mas não conseguiu se lembrar de nenhuma palavra.
Ela saiu da sala comunal ouvindo a Mulher Gorda xingar e passou a procurar por Tiago e Lupin. Mas era um tanto difícil acha-los já que eles estavam com a capa, mas uma hora ou outras eles iriam voltar para pegar o mapa. Ela estava voltando para a sala comunal quando viu que Pettigrew estava saindo. Ele tinha uma expressão de assustado e olhava com seus pequenos olhos para todos os lados. Ela se escondeu e deixou o mapa ao lado do retrato da Mulher Gorda.
Tiago e Lupin voltaram como Lílian havia previsto e viram o Mapa do Maroto ao lado do retrato. Eles abriram o mapa e viram o nome de Lílian a poucos passos dos nomes de Tiago e Lupin.
- Ela quer que nós a encontremos.- disse Lupin e começaram a seguir o ponto de Lílian. Elas andaram um pouco mais depressa e viram a cabeça vermelha de Lílian na frente deles. Eles guardaram o mapa e passaram a seguir Lílian em pessoa.
Eles pararam do lado de Lílian que estava se escondendo de alguém baixinho na frente deles, mas a escuridão não os deixou reconhecer a pessoa. De repente uma porta começou a aparecer na frente da pessoa, ele abriu a porta e passou. Lílian saiu correndo com Tiago e Lupin ao seu lado. Por pouco os três não conseguiram entrar. A sala estava em uma escuridão total e Tiago tropeçou em Lupin que por sua vez esbarrou em Lílian. Ela caiu e fez um enorme barulho. De repente uma luz apareceu em uma varinha que mostrava um rosto extremamente magro, com olheiras, os olhos bem negros e uma barba por fazer, o cabelo estava desgrenhado e sujo o que dava ao homem um ar maluco. Ele começou a dar uma gargalhada forçada quando viu Lílian.
- Estou vendo uma coelhinha presa em uma caixa.- disse Lílian deixando escapar uma baba do lado da boca. Lílian fez uma careta quando viu aquela cena. Ele puxou Lílian pelo cabelo e ela viu que no rosto dele havia uma enorme cicatriz.
- Diga menina!! Foi Dumbleodore que te mandou aqui.- ele puxou o cabelo de Lílian com mais força.- Eu sei que ele está me espionando.- disse ele olhando para todos os lados.
Ele encostou a varinha na garganta de Lílian e viu que Tiago e Lupin tiraram a capa de cima deles.
- Não se atreva a encostar nela!- disse Tiago colocando a varinha contra a garganta de Antônio.
Ele soltou uma nova gargalhada e se atirou no chão de tanto rir.
- Por Merlim! Você acha que pode derrotar Grindewald?- perguntou ele.
- Você não é Grindewald. É o Antônio Lestrange.- disse Lupin.
- Que seja.- disse ele agora muito sério.- Eu sou o Lorde das Trevas e ninguém pode me dizer o que fazer.
- Pensei que ele fosse o Grindewald.- disse Tiago para Lupin.
De repente do meio da escuridão saiu uma luz vermelha em direção a Tiago. Mas antes que a luz pudesse atingir Tiago, Lílian o empurrou e os dois caíram no chão. Antônio Lestrange pegou sua varinha, mas antes que ele pudesse usa-la Lupin sacou sua varinha e gritou:
-Expelliarmus!
A varinha de Antônio foi parar longe. Mas Antônio se jogou no chão e pegou a varinha de Tiago que estava no chão.
- Cruc...
- Estupefaça!- gritou Lílian do chão e Antônio foi parar longe deixando cair a varinha de Tiago. Eles não sabiam como tinham feito aquilo na escuridão. Tiago pegou sua varinha e disse:
- Lumus!
Agora eles conseguiam ver a sala. Ela estava repleta de caixas e tinha uma cama com um baú. Eles chegaram perto do baú e abriram, viu que dentro havia fotos do mesmo menino. Um menino que tinha seus seis anos, correndo em um jardim ou então em cima de uma vassoura, enfim, em diversas situações. Os três ficaram analisando as fotos e não perceberam que Antônio havia acordado, pegado sua varinha e agora se aproximava deles. Ele pegou Lílian pelos cabelos novamente e a ameaçava com sua varinha.
- O que vocês querem?- perguntou Antônio.
- Ver você em Azkaban.- disse Tiago. Antônio se arrepiou quando ouviu Tiago falar de Azkaban.
- Faça isso e eu a levarei para um lugar muito pior.- disse Antônio. Lílian lutava com ele para que ele a soltasse, mas não adiantava, ela estava imóvel.
- Coloquem as varinhas no chão!- disse Antônio e seus olhos de psicopata encararam Lílian.- Está vendo como eles são bonzinhos, minha flor? Não deixariam uma coisinha bonitinha como você morrer. Pena que seja tarde.- disse ele muito tranquilamente.
Quando ele disse aquilo Lílian deu uma cotovelada no estômago dele o deixando sem ar.
- Petrificus..,- começou a dizer Lupin, mas uma luz verde saiu da varinha de Antônio e quase o acertou.
- Sectumsempra!- disse Lílian no mesmo instante em que Lupin caiu no chão e um corte surgiu na perna de Antônio que o fez cair no chão de tanta dor. Tiago tirou a varinha dele e ele e Lupin o arrastaram para fora da Sala Precisa. Eles amarraram Antônio e o deixaram ali no corredor.
- Vamos embora, eu não posso mais tomar detenções por estar fora da cama a essa hora.- disse Tiago vendo o nome de Filch no mapa. Eles entraram na capa e foram para a sala comunal e cada um foi para seu dormitório.
No dia seguinte toda a escola estava comentando do Comensal que estava escondido em Hogwarts.
- Bom trabalho!- disse Tiago para Lílian quando eles estavam indo para a enfermaria visitar Sirius. Lílian estava lendo o Profeta Diário e viu a notícia na primeira página.
- Digo o mesmo Sr.Potter. Aliás não quero mais que falte nas minhas aulas ou terei que te aplicar uma detenção.- disse Lílian sorrindo para Tiago.
- Viram que injustiça. Nós devíamos estar com a nossa foto na primeira página do Profeta.- disse Lupin se aproximando dos dois.
Eles chegaram a enfermariam e viram o pé de Sirius em meio a várias almofadas. Ele estava lendo o Profeta quando os três chegaram.
- Oi! Soube do que aconteceu e alguma coisa me diz que vocês tem a ver com isso.- disse Sirius.
- Por que?- perguntou Tiago.
- Porque desde o começo do anos nós temos salvado essa escola de lobisomens e Comensais. Acho que este é um bom motivo.- disse Sirius.
- Eu te trouxe o jornal, mas vejo que você não precisa mais.- disse Lílian.
- É, o Rabicho me trouxe.- disse Sirius.
Lílian se lembrou que fora por causa dele que ela descobriu o esconderijo do Comensal, mas achou melhor não falar nada, pois talvez não fosse Pettigrew, talvez, pensava ela, ela tivesse se enganado e não queria levantar suspeitas falsas.
- Mas há outro aí do seu lado.- disse Lupin.
- Este foi a Marlene que me trouxe.- disse ele.
De repente eles viram vários jornais ao lado da cama de Sirius.
- E estes?- perguntou Tiago dando risada.
- Esse foi de uma menina da Lufa-Lufa, este foi de ume menina da Corvinal e este da amiga dela...este foi da...da... bom enfim de alguém.- disse Sirius contando os jornais.
A noite havia chegado e Lílian havia retomado as aulas com Tiago.
- Tiago!- disse Lílian, pois Tiago estava dormindo em cima do livro.
- Ah, me desculpe Lílian.- disse ele se espreguiçando.
- Por hoje já está bem.- disse ela dando um suspiro e recolhendo os livros.- Boa noite Tiago.
- Boa noite.- disse Tiago indo se deitar.

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