De volta a mansão dos Malfoy.
Luna estava sentada em um cantinho do quarto em que Draco a colocara. Em cima de lençóis e olhando para a janela a lua que iluminava o quintal. Com os fones no ouvido, ela cantava baixinho a musica de uma cantora trouxa que ela achava parecer muito com ela:
“I will be, all that you want
Eu vou ser tudo o que você quiser.
And get myself together
E me recompor
'Cause you keep me from falling apart
Pois você faz com que eu não caia aos pedaços
All my life, I’ll be with you forever
Por toda a minha vida, sempre estarei com você.
To get you through the day
Para fazer com que você siga com o dia
And make everything O.K.
E fazer tudo estar bem”
Lagrimas começaram a rolar do rosto de Luna, enquanto o rosto de Neville surgia em sua mente. Porque agora que ela teria chance de ficar mais ao seu lado, em uma missão da Ordem, ela teria que estar ali? Naquele quarto escuro?
-Ola Di-Lua – a voz de Draco invadiu o lugar fazendo os pensamentos se esvaírem como fumaça. – Tenho comida pra voce...
-Não quero!
-Ah pare de bobagem. Esta pálida. Não quero ninguém morto, não por enquanto. – ele deu um sorriso maldoso e se dirigiu a porta. – Bem, eu vou deixar ai. Se voce mudar de idéia. – e saiu batendo a porta.
Luna se jogou sobre os lençóis e começou a chorar desesperadamente com uma foto de Neville sentado em sua mesa de trabalho, que ela tirara sem consentimento. Mas seria sua única companhia naquele pesadelo.
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Neville andava pelo jardim da Toca banhado pela luz da lua. A Lua. A mesma lua que agora deveria estar fazendo companhia pra Luna em algum lugar.
-Neville – a voz de Rony e os passos de Harry nas folhas secas despertaram o garoto do transe.
-Ah, oi.
-Escuta – começou Harry – Não fique assim. Nós vamos atrás da Luna e vamos salva-la.
-Valeu Harry. É tão injusto, estávamos nos dando tão bem. Luna mudou muito sabem. Ela esta menos fantasiosa, mais centrada. Mas mesmo assim, não perdeu o brilho que tinha. – ele deu um sorriso.
Os três estavam sentados em baixo da arvore que minutos antes de Draco levar Luna, foi testemunha de uma promessa.
-Rony? – chamou Harry ao ver o amigo secar os olhos com a manga da blusa.
-Sim...
-Voce esta chorando?
-Quem? Eu? Magina, eu?
Harry olhou para o amigo que percebeu que não sabia mentir.
-Hermione. – disse Rony – Tenho medo. Malfoy levou Luna, pode levar Hermione. Não tive a chance de conversar com ela ainda, de resolver as coisas. Ela ainda guarda magoa por eu te-la deixado pra ir pra Romênia.
FLASH BACK
“-Hermione, voce vive dizendo que eu tenho que fazer algo da minha vida. E foi isso que eu escolhi. Vou pra Romênia, encontrar meu irmão e estudar dragões.
-Rony, voce demorou tanto pra se declarar e agora... – ela começou a chorar baixinho – Voce resolve... Ir embora?
-Eu não vou pra sempre. – ele tirou a flor azul do bolso – Eu vou voltar. Eu prometi isso. Posso ser muitas coisas, mas não desfaço as minhas promessas.
Ele deu um beijo nela. Estava chovendo e o casal se molhava junto com as rosas do jardim dos Weasleys.
-Esta chovendo – disse Hermione – Eu vou entrar. – ela se desvencilhou dos braços de Rony e se dirigiu ate a porta da Toca. – Faça o que achar melhor, não quero ser um empecilho pra voce. – ela entrou na casa.”
-Não falei com ela depois daquilo. Fui pra Romênia da manha seguinte. Voce estava com seus pais Harry, não viu. Mas Ginna ouviu Hermione a noite toda. E eu tambem, ela chorava baixinho no quarto e eu fiquei sentado no corredor ouvindo. – o jovem voltou a secar os olhos com a manga da blusa preta.
-Eu e Ginna – Harry sorriu – talvez estejamos melhor que vocês. Não tenho do que reclamar. Só que tenho medo mais uma vez, por ela. Não estamos namorando, nem nos víamos. E quando nos reencontramos, pensei em voltar com ela. Mas agora, seria arriscado.
Os três ficaram um tempo em silencio. Ate que Rony se levantou e foi ate a porta da casa.
-Aonde voce vai? – perguntou Neville ofegante por correr atrás do amigo.
-Falar com Hermione. Se algo acontecer, não quero ficar me lamentado pelo que deixei de fazer por falta de coragem e nem que ela fique pensando que sou um idiota que não se importa com ela. – o rapaz abaixou a cabeça e deu um suspiro. – Quero que ela saiba que sou um idiota que à ama muito.
Rony deu as costas e entro na casa.
Hermione e Ginna arrumavam o quarto para a noite de sono. Artur achou melhor que todos dormissem la aquela noite. Lílian e Tiago já tinham sido avisados e chegariam com Mila e Moody na manha seguinte.
-Mione – chamou Ginna – Voce conversou com Rony? Sobre vocês?
-Não. E por mim nem falaria com ele. Voce viu como ele falou comigo quando pedi pra que ele não saísse?
-Mione, o Rony mudou muito. Voce sabe como ele fica quando afrontam nossa família e voce tambem. Isso ele não mudou.
-Mas e os sentimentos dele, será que mudaram?
-Acho que não – respondeu Ginna – Não quero te enganar, sou sua amiga. Mas Rony sempre gostou de voce, e ainda gosta...
Alguém bateu na porta.
-Quem é? – gritou Ginna indo ate aporta.
-Sou eu, Rony. – a voz do jovem entrou abafada no quarto.
-O que voce quer? – perguntou Ginna – Já estamos indo dormir.
-Quero falar com Hermione, isso não pode esperar.
Ginna destrancou a porta e deixou o irmão entrar.
-Eu vou conversar com a mamãe.
Gina saiu deixando os dois sozinhos.
-O que foi Ronald? – Perguntou Hermione se se encostando à escrivaninha de Ginna.
-Eu – ele engoliu seco antes de começar a falar – Eu tinha que falar com voce. Tenho que te dizer. Antes que seja tarde.
-Falar comigo? Essa é boa. Voce me deixou Rony, há cinco anos atrás lembra?
Rony não respondeu. Deixando no quarto um clima pesado e constrangedor.
-Rony, na escola. Todas as vezes que voce abria a boca pra falar comigo, você era grosso. E só depois que começamos a namorar que voce mudou.
-Hermione, o que deu em voce? Voce não era assim!
-Ah não? Rony, depois que voce foi embora eu tive que começar a viver minha vida correndo pelos corredores do ministério, seguida pela insuportável da Augusta e o pior sem noticias suas.
-Eu não podia escrever voce sabe disso.
-Não podia ou não queria?
Rony levantou os braços revoltado. Colocou as mãos na cabeça e começou a respirar rápido.
-Você sabe o que é ficar cinco anos sem saber nada de voce?
-Por que voce ta assim? Por que eu gritei com você la embaixo, pra proteger minha família? Hermione pensei que voce tivesse sentimentos.
-Eu tenho sentimentos. Por isso que deixei Ginna abrir a porta pra voce. Porque queria falar com você, olhar pra você – a garota gritava e chorava – Você dizia que tinha algo importante pra me dizer e ate agora só saiu besteiras da sua boca!
-EU TE AMO CARAMBA!
Hermione ficou um tempo encarando Rony.
-Você não vai falar nada? – perguntou Rony, mas a jovem continuou em silencio. – Vim falar com você porque tive medo do que pode acontecer com você depois do que ouve com a Luna.
Hermione continuou calada, sem reação a declaração de Rony.
-Mas vejo que foi inútil. Besteira é só isso que sei fazer. – ele deu as costas pra garota e se dirigiu a porta.
-Rony espera – Mione puxou o amado pelo braço. – Eu... Desculpa, ando tão transtornada com tudo isso, com Augusta e com saudades de você que não percebi que você esta aqui na minha frente e que ainda me ama. Desculpa por não entender o porque de você ter gritado comigo lá embaixo.
-Se fosse há cinco anos atrás, eu não te perdoaria, talvez por orgulho ou coisa do tipo. Mas eu mudei e muito. Perdôo sim. Você também merece desculpas, eu fiz muita coisa com que você não merecia.
-Tudo bem.
-Então – Rony pigarreou e corou de repente – Estamos bem? Quero dizer você quer voltar a namorar comigo?
-Não sei – Hermione o encarou, mas assim que Rony abaixou o rosto tristonho ela soltou um enorme sorriso e abraço o rapaz – É claro que sim.
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