O jantar na nova Toca



Ginna saiu da sala da faculdade com mais três amigas. Andavam pelo corredor conversando alto. Mais a frente, um garoto moreno parou na frente delas, lembrava Dino Thomas, seu antigo colega de Hogwarts e seu antigo namorado.
-Ola Alfred – disse Ginna – Algum problema?
-Vocês viram o jornal?
As garotas fizeram um sinal negativo com a cabeça.
-Olhem isso – disse ele esticando o jornal para Ginna.
Na manchete, em letras bem grandes o jornal assustou Ginna:
“UMA CASA NO INTERIOR DE LONDRES, EXPLODIU SEM DEIXAR VESTIGIOS”
-Alfred – disse Ginna – Posso ficar com isso?
-Pode – respondeu o garoto sem entender – Mas qual é o problema?
-Não sei – respondeu Ginna vendo a pequena foto de um garoto loiro no canto da pagina – parece que conheço esse garoto.
-Ok – respondeu o garoto – ate amanha.
-Ate – responderam as meninas.
-Ate amanha. Vou jantar na casa da minha mãe. – disse Ginna.
-Tudo bem.
Ginna foi ate o ponto de ônibus para ir para casa. Era mais seguro aparatar de lá. No ônibus a garota leu a reportagem.
“Nessa madrugada uma casa no interior explodiu sem motivos. Nenhum corpo foi encontrado, mas um jovem rapaz foi visto por testemunhas, fugir do local.”
A foto de um garoto loiro, de olhos furiosos intrigou Ginna. Não era possível.
Mas o que ele estaria fazendo lá?
Ginna subiu as escadas do prédio rumo ao seu apartamento. Entrou e jogou a mochila no sofá. Já era tarde. Os Weasleys costumavam jantar cedo. Ginna tomou um banho rápido e se arrumou. Na sala ela sumiu de um estralo, rezando para que os vizinhos não a ouvissem.
No jardim da Toca, ela viu Fred e Jorge chegando.
-Ola maninha – disse Fred.
-Também se atrasou? – perguntou Jorge.
-É – respondeu a garota tirando o jornal da bolsa – Fiquei vendo isto – ela entregou o jornal á Jorge.
-Mas esse é...
-Não tenho certeza ainda. Mas se parece muito.
-Vamos entrar – disse Fred – Mamãe deve estar preocupada.
Os irmãos se dirigiram a casa no meio do quintal. Muitas coisas haviam mudado desde que Artur se tornara Ministro. Uma reforma na Toca foi necessária.
Ginna foi a primeira a entrar. Pisou em um tapete marrom com letras vermelhas escrito ”Bem Vindo”. Mas adiante, na sala, um jogo de sofás branco clareava a sala. As paredes fora coberta com papeis de parede azul claro com o nome de toda a família Weasley.
Ginna lembrou da Arvore Genealógica dos Black. O nome de Fleur era diferente dos outros, assim como o de Lupin e Tonks, que Molly adotou como sendo da família. O do pequeno Sirius também estava lá. Perto do nome de Ginna, um nome começou a ser escrito, mas foi interrompido por algum motivo. Um H escrito em vermelho.
Ginna foi despertada por Molly que saia da cozinha em direção a mesa do jantar.
-Finalmente – disse ele colocando a bandeja na mesa – pensei que não viriam mais.
-Nos não íamos dispensar sua comida mãe... – disse Fred
-... Seria quase um crime – completou Jorge.
Molly sorriu. Depois se dirigiu a cozinha para buscar mais uns pratos.
-Quer ajuda mãe? – perguntou Ginna
-Quero sim querida.
Ginna foi ate a cozinha e começou a contar a mãe sobre a manchete do jornal trouxa.
-Ora filha – começou ela – é possível. Afinal, ninguém o viu depois da guerra.
-Mas onde ele esteve durante cinco anos? Ele está tão abatido na foto.
-É conseqüência. Ele não tinha mais ninguém com ele. E essa casa que ele supostamente explodiu? De quem era?
-Não sei, no jornal não dizia. Também não encontraram outros corpos no local.
-É estranho. Mas pare de pensar nisso. Seu pai já esta chegando para jantar.
Ginna ia perguntar como ela sabia, ate que viu um conhecido relógio na parede da cozinha. Molly sempre temeu pelos filhos, por isso o relógio era a única coisa que continuava da antiga Toca.
Na mesa do jantar, Gui e Fleur estavam sentados um ao lado do outro tentando colocar ordem nos quadrigêmeos. Gabriel, Frederico, Giulia e Fabiane eram os xodós de Molly, tinham de tudo na Toca. Afinal eram (por enquanto) os únicos netos legítimos de Molly.
-Boa noite – disse Tonks depois de aparecer em um estalo – como está todos?
-Bem querida. – responde Molly pegando o jovem Sirius, agora com cinco anos. – Onde esta Lupin?
-Teve que resolver umas coisas na escola. Já deve estar chagando.
Lupin, agora era vice-diretor de Hogwarts e professor de defesa contra as artes das trevas.
Um outro estalo tomou conta do lugar. Era Artur que tirara a capa e colocara em cima do sofá.
-Boa noite Weasleys.
-Boa noite. – disseram todos juntos.
O jantar foi animado. Ginna sentia falta da família. A muito não os via. Seus sobrinhos e Sirius estavam tão lindos e crescidos, Ginna não queria ter perdido o crescimento deles.
Na cozinha, depois do jantar, Molly, Fleur e Tonks arrumavam as coisas enquanto Ginna foi conversar com o pai sobre o caso do jornal.
-É muito estranho filha. Mas eu não tenho o que lhe dizer. O ministério tem investigado se tem alguma força oculta nessa explosão, mas não tivemos resultados.
-E sobre o garoto?
-Ele se parece realmente com ele. Mas não sei se passaram muitos anos e ninguém o viu mais. Ele deve estar morto.
Ginna voltou pra casa com esse pensamento em sua cabeça. Não era possível, aqueles olhos só poderiam ser dele.
-Morto? – pensou ela – Acho que não!

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