O Pré Julgamento
Na saída do trem fantasma, Molly correu ao encontro dos garotos e os abraçou, desesperada. Leah pediu licença e evitou o tumulto de trouxas que havia. Pediu para levar todos à enfermaria do parque. Chegando lá, os garotos foram cuidados por um médico e duas enfermeiras, enquanto Leah, Dumbledore e Arthur entraram em outra sala. Arthur andava sem parar, roendo as unhas, Leah, sentada em uma cadeira e Dumbledore com as mãos para trás, olhando o horizonte da noite pela janela.
- E agora...? O que faremos, professor? – perguntou, ansiosa, Leah.
- Você sabe melhor do que ninguém – afirmou Dumbledore, ainda sério, mas não com a mesma expressão de antes - o que acontece com quem usa uma Maldição Imperdoável.
- Ainda tremo só de imaginar. – respondeu, levantando-se e retirando o casaco preto. Sr. Weasley, que corria os olhos pela sala, pensativo, passou os olhos pelo braço de Leah, assim que ela retirou o casaco e o colocou sobre a cadeira. Tinha uma tatuagem de caveira cravada na pele. Não era a tradicional tatuagem de Comensais, parecia mais estilizada, meio tribal, era maior. Mas, sem dúvida, era a imagem da Marca Negra. Ele deu um solavanco e quase subiu no sofá, de susto. Ela sequer notou e continuou a falar com Dumbledore - Mas o fato é que o Comensal Avery não veio até esse parque com a intenção de ME eliminar por ordem de Voldemort.
- Que ele queria matar Harry Potter, isso é dedutível. Mas ele foi morto pela Srta. Granger, de fato, ela usou uma Maldição Imperdoável, é a dura realidade.
- Ahn... Desculpem minha intromissão. – resmungou o Sr. Weasley. – Mas... Não sabia que a Sra. Málaga era uma Comensal da Morte.
- Ela não era exatamente uma Comensal, mas também fazia parte do exército de Voldemort. – explicou Dumbledore, completamente calmo – Os abandonou antes mesmo de Lorde Voldemort cair. A amizade que a unia à família e aos conhecidos de Tiago e Lílian a fez mudar de lado e ajudar a deter Voldemort. Ela é tão odiada e procurada pelos seguidores de Voldemort quanto Snape. Talvez até mais...
- Ah, sim... Mas, voltando então ao problema maior... é um tanto... claro... que Hermione será julgada e mandada para Azkaban... não?
Leah arregalou os olhos para Dumbledore, que olhou para o chão, tirou uma das mãos das costas e pôs-se a apertar os dedos.
- Não vou dizer que essa não seria a coisa certa a fazer...
- Mas... Dumbledore... Hermione...
- Espere, Arthur. Eu não disse em momento algum que faria a coisa certa... – o Sr. Weasley deu um tímido sorriso – Mas... Também não disse que faria a errada... – Ele de novo ficou apreensivo, e Dumbledore começou a dar passos calmos pela sala, passando a mão devagar sobre a barba – A verdade é uma só, Hermione é sequer uma bruxa formada em Hogwarts e matou uma pessoa usando uma Maldição Imperdoável. Independente de Avery ser um Comensal, a verdade é que ela deverá pagar pelo crime que cometeu.
- Mas, Dumbledore, nós conhecemos Hermione... Sabemos que, por mais grave que tenha sido a infração, devemos levar em conta as circunstâncias, e nos questionar se seria justo a punição tão cruel que ela deverá sofrer... é só lembrar do que aconteceu com Harry quando teve de se defender de dementadores, e...
- Você tem razão, Arthur, mas agora é diferente. Ela usou uma Maldição Imperdoável. O que devemos fazer é mantê-la sob nossos olhos enquanto esfriamos a cabeça e pensamos na melhor maneira de solucionar esse problema junto ao Ministério.
Os três concordaram com a cabeça e saíram da sala; os garotos, sentados com curativos, puseram-se de pé imediatamente. Molly apertou o punho contra o peito:
- Professor Dumbledore... Vocês decidiram?...
- Não, não. Nada precipitado, Sra. Weasley – em seguida, ele lançou o olhar para Hermione, que estava junto de Harry e Rony. – Srta. Granger... Ainda devemos decidir qual será seu julgamento. Sendo aluna não formada de Hogwarts e ainda menor, creio que não poderemos simplesmente mandá-la agora para Azkaban... – os três suspiraram aliviados, mas Dumbledore os cortou. - Eu disse AGORA. O julgamento ainda correrá... E talvez não possamos fazer nada por você...
Dumbledore foi se dirigindo para a porta com Leah, pegou seu capote no cabideiro da saída e se virou para Arthur.
- Sr. Arthur. Enquanto a srta. Granger aguarda o julgamento... Ela ainda está sobre sua responsabilidade. Cuidem bem dela, enquanto realizo uma assembléia... Falarei com a professora McGonagall... Até lá.
A Sra. Weasley deu um sorriso, como se Hermione já tivesse sido absolvida. Assim que saíram, Molly abraçou-se à menina, enquanto Rony olhou o chão.
- Ninguém pode mandar Hermione pra Azkaban! Ela não pode ser condenada! Você sabem que ela salvou a gente...
- Ela pode sim, filho - disse Sr. Weasley, um tanto decepcionado. - Bom... Eu ainda confio em Dumbledore... Ele não é mais o diretor de Hogwarts... Mas tenho certeza que Minerva dará um jeito...
{N.A. (no meio da história. Que beleza...!): Dumbledore, pouco depois da volta de Voldemort, deixou de ser diretor de Hogwarts, passando a ser diretor apenas da casa Grifinória, para ter mais tempo caso o Lorde das Trevas viesse a dar trabalho. Em seu lugar está Minerva Mcgonagall, que deixou a Grifinória para ser diretora de Hogwarts. Snape continua na diretoria de Sonserina, a professora Sprout, de Herbologia, é a diretora da Lufa-Lufa, e Flitwick, de Feitiços, é diretor da Corvinal. A trama da Espada dos Deuses acontece no sétimo ano de Harry Potter, e, na minha concepção da linha do tempo da série, essa troca de diretores entre o quinto e sexto ano, talvez, ou após os acontecimentos do Cálice de Fogo, ANTES do começo do quinto ano. Eu também troquei alguns detalhes do passado dos marotos, e algumas datas, mas isso eu esclareço quando chegar a hora, para não confundir vocês, leitores. Seria complicado demais escrever um livro 5, e um livro 6, só pra encaixar com perfeição a trama da série}.
Dois dias contados. Mas que pareceram uma eternidade na casa dos Weasley. Nem os gêmeos achavam pique pra fazer traquinagens, e Rony estava decididamente inconformado com a situação. Era uma sensação incômoda pra todo mundo, aguardar a decisão. No segundo dia, chegou uma carta do Ministério, dizendo que era necessária a presença de Hermione dentro de um dia. E que, de acordo com a decisão do conselho, ela passaria antes por um pré-julgamento, diante dos professores e diretores de Hogwarts, além de representantes do ministério, que deveriam decidir qual rumo tomaria o caso. Ou seria julgada em Hogwarts, por ser aluna, ou seria enviada para julgamento em Azkaban. Tudo dependia do parecer dos professores.
Os pais de Hermione já estavam sabendo de tudo e, como a família Weasley, achavam que ela deveria ser punida, sim, mas com a esperança de um fim ‘não tão trágico’, afinal, deveriam levar em conta as circunstâncias.
O dia do julgamento chegou, Harry e Rony ficaram muito contentes em saber que assistiriam ao pré-julgamento com os Weasley. Era uma noite nublada e chuvosa, Rony insistia em ficar nervoso, achando que seria um mau sinal. Harry e os outros entraram no Ministério, e algum tempo depois chegaram ao salão, o mesmo em que Harry entrou no quinto ano, quando teve o pequeno ‘problema’ com os dementadores. Ele não deixou de reparar que, dessa vez, estavam lá quase todos os professores de Hogwarts. Estavam todos mesmo, Dumbledore, Hagrid, que ainda resistia bravamente na posição de professor de trato de criaturas mágicas, e não escondia a apreensão, Flitwick, Madame Hooch, Sprout, Trelawney, Snape, que fazia questão de não demonstrar expressão nenhuma, até mesmo o Filch estava. E havia também alguns representantes de outras entidades, inclusive o Sr. Weasley, representando o Ministério da Magia, junto de outros funcionários, e, para azar de Hermione, Lúcio Malfoy, no meio dos outros desconhecidos magos membros do Conselho de Hogwarts. Hermione estava longe dos amigos, separada ao lado direito da mesa, na fila da frente. Atrás dela, só os pais. Dumbledore se levantou, batendo palmas para chamar a atenção para si.
- Bem, estamos reunidos nesta noite no Ministério para uma tarefa um tanto quanto delicada... - e passou os olhos sobre Hermione, Rony e Harry, enquanto Hagrid olhou para o lado e deu uma fungada, claramente engolindo o choro. - Não seria necessário lembrar o motivo que nos traz aqui nessa noite, mas foi o incidente ocorrido há pouco tempo no parque de propriedade da Sra. Málaga, envolvendo um Comensal da Morte... E um de nossos alunos. E é por isso que estamos aqui. O Ministério da Magia, juntamente com toda a diretoria de Hogwarts, cabe-nos decidir qual caminho irá tomar a Srta. Hermione Granger, atualmente aluna do último ano em Hogwarts, na casa da Grifinória. A utilização de uma Maldição Imperdoável contra um bruxo implica na pena máxima do mundo bruxo: o julgamento e prisão em Azkaban - os únicos que não tremeram foram os pais de Hermione, justamente por não conhecerem o significado de Azkaban - Porém, por ainda ser menor de idade e sendo uma aluna de Hogwarts ainda a se formar, poderemos dar à ré, por assim dizer, o direito de ser julgada em Hogwarts, perante suas normas. Nossa tarefa será essa: Essa noite, cada presente aqui dará seu voto, cuja sentença final mandará a jovem para um dos dois destinos. Ou Azkaban, ou Hogwarts. Então... Peço que comece o julgamento. Poderia, senhor ministro...?
Hermione respirou fundo e olhou para o chão. Harry estalava os dedos sem parar enquanto Rony comia as unhas freneticamente, junto com a Sra. Weasley.
Fudge, ao lado de Dumbledore, levemente mal humorado, pigarreou e começou a ler um pergaminho, sem olhar Hermione:
- Bom... em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que, apesar dessa audiência ter grande parte do Conselho de Hogwarts... e um... caráter... especial, por assim dizer, esperamos que as leis sejam executadas conforme a legislação manda. A lei ainda está acima de Hogwarts, professor Dumbledore.
- Claro, senhor Fudge. – sorriu Dumbledore.
- Muito bem... senhorita Granger... está sendo acusada de ter executado um bruxo com uma Maldição Imperdoável, em um lugar público, território trouxa, sem hesitar, na frente de outros bruxos, menores de idade.
Hermione ficou olhando Fudge alguns instantes. O que ia falar?
- Hum... é. – disse, com a voz trêmula. Ia dizer o quê? Enrolar o Ministério? Sem chance. Fudge e os outros não gostaram do ‘é’ dela.
- Está... confirmando essas acusações? – gaguejou Fudge, erguendo o olhar para ela, que encolheu os ombros, passando os olhos pelos os presentes:
- Bom... eu... nós... estávamos sendo atacados por um... Comensal. No... trem fantasma do Parque Arlong.
Um barulho de cochicho tomou conta do lugar. Uma bruxa, ao lado de Fudge, pareceu impressionada:
- Um... Comensal da Morte?
- Sim... era Avery, ele queria...
- Avery foi morto, Fudge. – disse Dumbledore – Sabe disso. Ele era um Comensal, que misteriosamente apareceu no Parque Arlong e...
Nessa hora a pesada porta do salão se abriu, e todos os presentes ergueram o olhar, em silêncio. Os meninos olharam para trás, assim como Hermione. Uma mulher alta entrou, resmungando e pingando pelo lugar, provavelmente porque tomou a grande chuva que caía enquanto vinha para o Ministério. Tirava o capote encharcado, torcia a beira da roupa tentando tirar o máximo possível de água, e murmurava um palavrão atrás do outro, como se xingasse a própria roupa e a chuva, sem sequer notar que estava numa audiência e que todas aqueals dezenas de bruxos a olhavam. Dumbledore sorriu pacientemente:
- Esqueceu o guarda-chuva, Leah?
Ela ergueu o olhar, desistindo das roupas encharcadas. Passou a mão pela cabeça, retirando do rosto o cabelo molhado.
- Ah... olá, professor. Desculpe o atraso. Sabe como é, foram vinte anos sem dar as caras por aqui. Está um pouco... diferente. Me perdi várias vezes, além disso, ainda tinha essa droga de roupa molhada que...
Leah parou ao ‘notar’ os presentes. Olhou quase que um por um. Alguns deles a olhava com uma certa curiosidade. Outros estavam estáticos, quase aterrorizados em vê-la.
- Oh... – comentou, inocente – Acho que entrei fazendo muita algazarra... me perdoem... é a idade.
- Tudo bem, Leah... – apressou o professor – pode se sentar, por favor.
Ela veio caminhando até próximo de Hermione, cumprimentou os garotos e disse Oi pra Hermione.
- Nervosa...?
- O que... – gaguejou Hermione - A senhora está fazendo aqui? Achei que estivesse...
- Precisam de testemunhas. Eu sou uma delas, já que Dumbledore está na frente do julgamento. – deu de ombros, muito tranqüila. – Não se preocupe, já já isso vai...
- Dumbledore... – murmurou Fudge, ficando branco – O que... essa mulher está... fazendo aqui?
- Cornélio Fudge! – exclamou Leah, sorrindo como se encontrasse um velho amigo por acaso, irônica – O senhor por aqui?
Ele fechou a expressão na hora. Não estava nem um pouco contente com a visita ilustre.
- Eu a chamei pessoalmente, Fudge. – comentou Dumbledore, muito calmo, ignorando o espanto de boa parte dos presentes – Ela agora é professora de Hogwarts.
Fudge ficou mais espantado ainda:
- O senhor perdeu a razão, Alvo Dumbledore? O senhor sabe o que essa mulher significa melhor do que ninguém.
- Por favor, Fudge, não vamos começar a discutir sobre a integridade dela logo agora. Estamos no meio de uma audiência importante.
Leah cruzou os braços, do lado de Hermione, esperando aquilo acabar.
- Dumbledore! – exclamou Fudge, branco – Essa mulher foi a pior bruxa do exército do Você-sabe-quem há vinte anos atrás! – ‘Pior?’ ofendeu-se Leah – Sabe o que significa a volta dela assim, nessas circunstâncias, logo agora? Espero que tenha um bom motivo para essa...
- Eu sei o que estou fazendo. – disse, muito calmo – Eu chamei a senhora Leah Málaga justamente pelo motivo o qual você está pensando. Mas será que agora podemos continuar com essa audiência? Podemos conversar sobre isso uma outra hora.
Fudge respirou fundo:
- Não me sinto confortável em continuar um julgamento com essa bruxa presente como...
- Ei, Fudge... – chamou Leah, muito sarcástica – não se preocupe, homem, eu não vou arrancar sua cabeça fora se condenar a menina. Estou aqui só fazendo o papel de professora. Eu agora sou só uma humilde funcionária de Hogwarts. Por enquanto. É claro.
O Ministro prendeu a respiração, enquanto Leah se sentava na primeira fila dos bancos, pouco atrás de Hermione.
- Não quer se sentar em um lugar mais... confortável? – perguntou Dumbledore.
- Estou bem aqui – disse Leah, impaciente – podemos prosseguir, desculpe o incômodo.
Antes que o professor concordasse em continuar, uma outra pessoa entrou. Fudge e alguns outros bruxos resmungaram, impacientes. “Mas isso aqui virou festa?” Leah foi a única que continuou olhando para frente, com o habitual olhar de peixe morto. Entrava outra mulher, mais jovem, com uma roupa branca e uma longa capa também branca. Parecia levemente mal humorada e tinha os cabelos curtos, cor de rosa e arrepiados. Foi marchando até perto de Leah e sentou atrás dela, sem sequer cumprimentar os presentes, que não entenderam nada.
- Tonks? – murmurou Harry – O que ela está fazendo aqui?
- Mas que zona, esse lugar... – cochichou Rony, confuso – achei que uma audiência do Ministério fosse... séria.
- Não foi assim quando vim pra cá. – comentou Harry – Que confusão...
Alguns instantes de silêncio. Dumbledore sorria, olhando as duas, como se estivesse se divertindo com a situação. Tonks não parava de olhar as costas de Leah, muito brava. Até que ela pareceu perder a paciência e virou para trás, apoiando os braços no banco e olhando Tonks, levemente irritada:
- Se você vai continuar me seguindo como um rabo, podia pelo menos ter trazido uma toalha. Estou ensopada.
- Estou de olho em você. – resmungou Tonks.
Dumbledore virou o rosto e tossiu, obviamente para não rir. Fudge estava literalmente boquiaberto com aquela zona instalada no lugar.
- Escuta aqui. Quanto estão te pagando pra ficar me enchendo o saco? Eu não preciso de segurança particular.
- É meu dever como auror ficar de olho em gente como você. Moody pediu para que eu viesse.
- E você acredita nele? – falou, erguendo as sobrancelhas – Os aurores da minha época eram bem mais espertos. Há quantos anos deixa a meia velha na lareira pro Papai Noel? Porque você provavelmente deve acreditar até em coelhinho da Páscoa, se dá atenção até pro louco do Alastor.
- Eu sei tudo sobre você. Se acha que vai ficar zanzando por aí como uma bruxa inocente qualquer...
- Eu não preciso disso. – resmungou Leah – Estou ajudando Dumbledore porque acho que deveria, é minha obrigação a partir de agora. Acha que se eu estivesse junto de Voldemort e seu exército eu estaria aqui, ensopada, nessa noite do caralho, olhando esse bando de pé no saco do Ministério que adoraria ter minha cabeça empalhada na sala deles, me dispondo a defender uma pivete que eu nem conheço? Se quer saber, eu podia muito bem estar com meus velhos coleguinhas partidários de Voldemort tramando um jeito muito legal de arrancar esse teu cabelo de algodão doce.
- Querem para com isso?! – exclamou Fudge, perdendo a paciência. As duas resolveram parar a discussão. – Estamos no meio de uma audiência! Se quiserem brigar, façam isso depois de resolvida a questão da senhorita Granger.
- Muito bem... vamos continuar. - suspirou Dumbledore.
- Muito bem, senhorita Granger... recapitulando... está afirmando que no Parque haviam um Comensal da Morte?
- É... – começou – ele era Avery, e estava atrás de Harry. Alguém enfeitiçou o trem fantasma, nós não conseguíamos sair de lá, foi proposital, para que ele encurralasse Harry, mas conseguimos nos unir de novo...
- Como...? – Fudge achava que era brincadeira – Acha que iremos acreditar nessa história? Não há vestígios de magia alguma.
- Ela não está mentindo – interrompeu Leah. – O parque é minha propriedade. O comensal estava lá, Fudge, no trem fantasma.
- Pois não...?
- O lugar foi enfeitiçado. Vocês não conhecem esse tipo de feitiço, mas eu já vi, no país onde morei, é comum os bruxos usarem esse tipo de magia, numa área, para isolá-la dos trouxas, como se criassem uma dimensão paralela, onde podem fazer o que bem entendem, chama-se Chaos. Todos os trouxas saíram do brinquedo, menos os meninos. Foi tudo bem planejado.
- Então... o parque é seu? De trouxas?
- É um projeto audacioso, senhor Fudge. Um parque que une bruxos e trouxas num lugar só. Talvez por isso o comensal pôde andar sem ser reconhecido. Existem vários trouxas vestidos de bruxos, aurores, comensais pelo parque, justamente para descontrair o lugar. Principalmente durante a noite. Não imaginava que algum Comensal seria capaz de...
- Que inocente, senhora Leah. – murmurou Fudge – Justo vindo de alguém que...
- Fudge, por favor! – resmungou Dumbledore – Não estamos aqui para questionar o que Leah foi ou deixou de ser!
O ministro respirou fundo, voltando a olhar Hermione:
- Muito bem... você tem plena consciência do que fez, não?... Usou magia fora de Hogwarts, é uma bruxa menor... e ainda usou uma Maldição Imperdoável.
Silêncio de novo. Hermione suspirou:
- Sim, é verdade. Usei magia fora de Hogwarts, uma magia proibida.
- Por quê?
- Por quê? Bom... foi... tão de repente... estávamos sendo atacados, o comensal iria matar Harry, eu usei a varinha dele, foi... tudo muito rápido, não tive tempo de raciocinar... disparei o único feitiço que eu tinha certeza que iria... Pará-lo...
Leah ficou com vontade de rir. Fudge arregalou os olhos:
- Disparou o único feitiço que teria certeza de que não iria falhar?... Sabe qual feitiço usou, não sabe?!
- Sim... – disse, quase sussurrando – Foi o Avada Kedavra....
- TINHA CERTEZA DE UM AVADA KEDAVRA NÃO IRIA FALHAR?!
Antes que Hermione se encolhesse mais ainda. Uma bruxa velha, de cabelos ralos murmurou, espantada, erguendo-se:
- Você usou uma Maldição Imperdoável?
- ...Sim.
- Um Avada Kedavra?
- ...É.
- Um Avada Kedavra perfeito, contra um Comensal?
- Foi... sem querer.
Dessa vez Leah não segurou a risadinha debochada. Tonks ergueu as sobrancelhas, assim como todo mundo, que silenciou ao escutar o ‘foi sem querer’. Leah coçou o canto do olho:
- Acham que eu iria me sujeitar a defender qualquer adolescente que faz caca no meu parque? E acho que não...
- Quantos anos você tem? – perguntou Fudge, que, mesmo sabendo a idade de Hermione, parecia querer ouvir de novo.
- Completo... dezoito no mês que vem.
- Uma bruxa que está começando o sétimo ano – murmurou a bruxa velha, sentando novamente – capaz de usar um Avada Kedavra...
- É por isso que chamei a senhora Málaga para lecionar em Hogwarts especialmente nesse ano, junto de outros convidados, meus senhores – sorriu Dumbledore – Existem algumas... preciosidades para se formar.
- Se me permitem... – comentou Leah, cruzando os braços – confesso que aceitei o convite do professor por se tratar de bruxos tão... especiais. São descendentes de todos os grandes bruxos da minha época. – ela ergueu os ombros, sorrindo – Porque não ser audaciosa o suficiente para dizer: estou defendendo essa garota por acreditar que possa ser uma nova Lílian Evans?
Os bruxos ficaram em silêncio de novo. Dumbledore arrumou os óculos no nariz:
- Compartilho a mesma opinião dela.
- Bruxos jovens, prestes a se formar... – murmurou Fudge – que já são capazes de usar uma Maldição Imperdoável?
- Precisamos nos assegurar que eles estejam bem encaminhados, não? – sorriu Dumbledore. – Podemos continuar...
Fudge suspirou e ergueu as mãos, dizendo, quase vencido:
- Muito bem, que assim seja. Um Comensal, enviado pelo Lorde das Trevas foi executado por uma aluna de Hogwarts, que salvou a vida de seus amigos, usando a Avada Kedavra. O que você desejam é a oportunidade de julgá-la perante as leis de Hogwarts?
- Exatamente – pronunciou-se Minerva, se erguendo. – Queremos que levem em consideração as circunstâncias do acontecido. Queremos o direito de julgar nossa aluna, em nossa escola, perante nossas leis. Por isso estamos aqui, pedindo uma votação democrática, de nossos professores, dos representantes do Ministério, para que não haja nenhuma dúvida. Que haja uma decisão sensata.
- Acha sensato não condenarmos alguém que usou um Avada Kedavra?
- Acho sensato que os senhores tomem vergonha na cara e saibam que estamos novamente caminhando para uma guerra entre o bem e o mal. Uma hora tudo isso sairá de nosso controle. Se quiserem então ficar no meio dela correndo de um lado para outro anotando num pergaminho cada Maldição Imperdoável que é usada... façam como acharem melhor.
Só agora os presentes notaram que Minerva estava, já há algum tempo, impaciente com aquele autêntico barraco sem propósito no meio da audiência. Antes que Fudge balbuciasse, Leah ergueu a mão, pedindo a palavra, e, pela expressão, não iria falar alguma coisa que prestasse. E não falou mesmo:
- Eu acharia super divertido ver o senhor Cornélio correndo atrás dos Comensais e cutucar a Bellatrix Lestrange: “desculpe, senhora, mas você acabou de usar uma Maldição Imperdoável, tenho de anotar isso aqui. Poderia, por obséquio, me acompanhar até o Ministério para que se explique melhor?”
Fudge ficou vermelho. Tonks deu um suspiro e colocou a mão no rosto, balançando a cabeça. Dumbledore fez o mesmo.
- C... CALE ESSA BOCA, MULHER! – esbravejou Fudge.
- Há um quê de verdade nas palavras dela, senhor Fudge. – disse Minerva, impaciente – Decidam logo o que acham melhor fazer, antes que o Ministério perca o resto mínimo de integridade que ele tem.
O ministro olhou Minerva com muita raiva, mas aos poucos foi amenizando a respiração. Há algum tempo Voldemort estava de volta, o ministério estava cada vez mais enroscado, e agora, o que era para ser apenas uma audiência tinha se transformado involuntariamente num grande abacaxi, tirando a já escassa paciência de Fudge.
- Vamos começar essa votação de uma vez por todas. – disse, sem tirar os olhos de Minerva, quase pausando entre as palavras – Cada um de nós deverá dar um voto, escolhendo se a aluna do sétimo ano de Hogwarts Hermione Granger deve ser julgada em Azkaban ou terá o direito de sofrer apenas as punições previstas nas leis de sua escola.
- Muito bem, disse Dumbledore, se ajeitando na cadeira, aliviado. – podemos começar.
A primeira a dar o voto foi a professora McGonagall.
- Sabemos que a infração cometida pela Srta. Granger, aqui presente, poderia ser classificada como irremediável. – disse Minerva em alto e bom tom, sem se importar com o olhar mal humorado de Fudge - Porém, eu, como sua professora desde seu primeiro ano, tenho plena consciência das circunstâncias em que não só ela, mas também seus amigos estavam, por isso eu voto... Para que ela tenha o direito de ser julgada em Hogwarts.
Em seguida deu um leve e discreto sorriso para a garota, correspondido com muito receio. Rony quase deu um “YES”, e Harry sorriu, olhando Hagrid.
- Acho que a coisa agora vai. – sorriu Rony.
Argos Filch levantou-se, resmungando.
- É um absurdo e total perda de tempo fazermos essa reunião para algo tão óbvio. Uma Maldição Imperdoável deve ter um só destino: Azkaban.
Harry apertou a cadeira, enquanto Rony parecia disposto a socar Filch. Hermione só suspirou.
- Ele acha que é gente só porque está sentado ali! – resmungou Rony. A senhora Weasley deu um sentido cutucão no filho, para ele sossegar.
Foi a vez de Sibila Trelawney.
- Eu previa esta desgraça! Eu sabia que durante as férias uma nuvem negra pairaria sobre os terrenos a escola! Estamos entrando no pior período de nossa história! E eu sei o que o destino reserva à esta infame criatura: Azkaban!
Se Rony e Harry já não gostavam de Trelawney, agora tinham um motivo para realmente odiá-la. Leah pôs-se de pé, do lado de Hermione. Os alunos a olharam, curiosos.
- Agradeço a Dumbledore pela oportunidade de vir até aqui participar deste pré-julgamento. – sorriu, como se até agora nada de interessante tivesse acontecido - Sei o que aconteceu em meu parque e gostaria muito de poder dar meu voto definitivo à Srta. Granger em Hogwarts. Por isso, acredito que o melhor a ser feito para ambas as partes seria o julgamento em sua escola.
Rony e Harry se olharam, para dar de ombros.
- Estranha. – comentou Rony – E esquisita. Mas fui com a cara dela.
- Também acho.
- Her... Hermione... Digo, Srta. Granger... Deve ficar pra julgamento em Hogwarts - disse Hagrid, e se sentou, para sorrir com os olhos cheios de água para os garotos.
- Fico com receio de votar em um momento desses, - disse Dumbledore, suspirando e passando as mãos nas vestes - onde a razão luta para não seguir o coração, e vice-versa. Porém, por saber exatamente todos os detalhes do que se passou, voto... Por Hogwarts.
E assim seguiu a votação, com Rony e Harry resmungando baixinho a cada "Azkaban", e suspirando, a cada "Hogwarts". Enquanto a maior parte dos professores de Hogwarts decidiu por Hogwarts, inclusive o Sr. Weasley, que foi quase aplaudido pelos ansiosos expectadores, a maior parte dos "convidados de peso" queriam Azkaban de qualquer jeito. O júri era formado por um total de exatos quarenta e três bruxos e bruxas, boa parte conselheiros, funcionários de Hogwarts e do Ministério que nem mesmo Hermione, com toda sua curiosidade, conhecia. Faltavam poucos votos, cada vez se tornava mais apertada a votação. Lúcio Malfoy, ainda parte do conselho de Hogwarts, levantou-se, e Harry, Rony e os outros já sabiam do voto dele. Ele ergueu-se e, sorrindo triunfante, disse em alto e bom tom: "Azkaban". Hagrid poderia voar em seu pescoço, mas ficou sentado com os olhos faiscando. Hermione agora tentava contar quantos átomos tinham a pedra do piso do salão, a votação estava empatada. Dumbledore anunciou o último jurado: Severo Snape.
Uma brisa gelada tomou conta de todos que estavam na expectativa. Hermione olhou para ele como se levasse um susto, ela nem tinha percebido que ele não tinha votado. A Sra. Weasley, quase quebrando os dedos, sussurrou para Rony e Harry, ao seu lado, fitando Snape com ódio.
- Esse... É o "voto de Minerva", não é? Quer dizer... Se Snape votar para Azkaban, Hermione...
- Com certeza vai ter companhia em Azkaban, Sra. Weasley. - respondeu rapidamente Harry, com o olhar ainda em Snape. Rony deu um sorriso malicioso e murmurou um "pode crer...".
- Antes fosse o “da Minerva", resmungou Fred, baixinho, atrás da mãe.
- Vamos, lá, meu rapaz... – quem resmungou isso, quase como um suspiro, foi Leah, que se encostou no banco e mordeu de leve a unha do dedo, estreitando o olhar pra Snape. Assim que ela entrou no salão ele pareceu visivelmente perturbado, assim como Lúcio. Era como se os dois quisessem sair depressa do lugar, sem ter que olhar para a mulher. Ela esperava ansiosa a decisão do professor – Vai ser sensato o suficiente para fazer o que eu estou pensando?
Os segundos pareciam eternos. Hermione já olhava o piso e seus olhos começavam a se molhar quase a ponto de pingar lágrimas, imaginando entrar em Azkaban, rodeada dos dementadores. Snape pôs a mão no queixo e começou a passar os dedos lentamente sobre ele, olhando Hermione lá, de cabeça baixa, derrotada. Ele olhou para os outros professores, para os garotos e viu Lúcio encarando garota com um sorriso maldoso e triunfante. Minerva e Dumbledore aguardavam sua decisão. Ele virou a cabeça lentamente encarando os garotos com o sorriso sarcástico na boca. Rony cerrou os dentes, Harry congelou o olhar e apertou os punhos a ponto de arroxear as mãos. Ele, então, deu um sorrisinho muito cínico e disse com todas as letras, em alto e bom tom:
- Ela fica em Hogwarts.
Rony e Harry pareciam ter levado um balaço na cabeça. Hermione imediatamente ergueu a cabeça, fazendo algumas lágrimas escorrerem, e em seguida meteu as duas mãos no rosto dando um longo e aliviado suspiro no meio de um choro contido, agora, de felicidade. Os gêmeos pularam alto, a Sra. Weasley começou a chorar de emoção, Hagrid também, apesar de tentar a todo custo não fazê-lo. Dumbledore e McGonagall se olharam um instante. Snape levantou-se com o mesmo sorrisinho nojento e lançou um olhar de desprezo para Lúcio, que queria abrir um buraco no chão e sumir. Agora, Harry e Rony pulavam e se abraçavam, dando risada e com uma vontade louca de beijar Snape. Não tinha como Fudge evitar a comemoração de todo mundo. Até Tonks esqueceu que estava escoltando Leah para comemorar também.
Pouco depois da comemoração, McGonagall e Dumbledore se aproximaram de Hermione, seguida dos pais.
- Nós achamos que foi um julgamento justo, Srta. Granger, mas... - fixou a professora. - Ainda há o julgamento de verdade, e pode não ter um final feliz como esse. Dentro de uma semana, eu disse uma semana, você estará no salão de Hogwarts, diante apenas dos professores, para darem o parecer de seu destino. Mas, até lá... Fique com seus pais, em sua casa, descansando. Será o melhor a fazer, afinal, você não tem mais nada a perder, se levar em conta que o mais precioso que você tem acabou de ser salvo: sua vida.
Mas Hermione, mesmo chorando, disse com convicção:
- Professora McGonagall, eu agradeço... de verdade... todos vocês... não sei o que dizer.
Os professores sorriram serenamente. Dumbledore colocou a mão sobre o ombro de Hermione:
- Vá descansar, Srta. Granger. Descanse bastante... E volte.
Ambos deram às costas, enquanto a garota voltou-se para o corredor do Salão, onde via os amigos.
- Conseguimos, Hermione! Nós conseguimos! - gritou Harry, sorrindo como nunca, correndo ao encontro da amiga. Herm, chorando e rindo, correu e se atirou no pescoço de Harry, que ria e a abraçava no ar. Rony chegou explodindo de felicidade e pulou em cima dos dois, quase atirando-os ao chão, vibrando:
- Eu AMO Snape! Ele é o cara mais fantástico do MUNDO! Eu sou o maior FÃ dele! Ele é DEMAIS!
Arthur chegou junto da família e deu os parabéns a Hermione. Todos saíram contentes, mas os pais de Rony e os de Hermione ainda debatiam sobre o real julgamento da garota, onde ninguém - exceto os professores e Hermione - estaria presente. A pior - e mais óbvia - hipótese seria e expulsão de Hermione, com direito à destituição do direito de ser bruxa. Enquanto isso, alheios à discussão, na frente ia o trio, com a garota no meio. Pareciam ter acabado de ganhar a Taça das Casas, ou troféu de Quadribol contra Sonserina.
- Meu Deus! - dizia Harry - Acho que não vivo tanta emoção desde o fim do Torneio Tribruxo... - os garotos continuavam rindo.
- Cara, que doido! - dizia Rony - Com íamos imaginar aquela decisão do Snape? Nossa, eu me convenci que ele é o cara mais legal de Hogwarts!... Mas bem que ele podia lavar aquele cabelo.
A volta foi bastante animada. Os pais de Hermione ofereceram para que Rony e Harry passassem uns dois dias com eles, pedido prontamente atendido. Rony poderia voltar pra casa de Pó de Flú, enquanto Harry implorou para que o deixassem voltar sozinho pra casa dos Dursley, que não gostaram nem um pouco quando ligou para eles dando satisfação de onde estava. Ele só fez questão de não dizer que estava na casa de uma amiga, para que Duda não tivesse outro ataque, ou seria obrigado a viver o resto da vida com a família de Hermione. Ela, aliás, respondeu um "que ótimo, ao menos eu teria companhia", em meio às risadas de Rony.
O quarto de Hermione era um espaço um pouco maior para os dois colchões dos amigos e o cestinho de Bichento. Tinha também os armários, as estantes abarrotadas de pergaminhos e livros misturados com aspectos de um quarto de uma menina trouxa, como bichinhos de pelúcia, que Rony achou sem graça porque não mexiam. Não conseguiam dormir de jeito nenhum, falavam sem parar. Até que Edwiges chegou à janela de Hermione, com uma carta. Harry pegou e disse que era a resposta de Sirius, ele havia contado tudo ao padrinho. Na carta, Sirius, apesar de achar meio exagerada a atitude da garota, até agradeceu por ter salvado a vida de Harry, e disse que esperava que tudo se resolvesse e que era um absurdo mandá-la para Azkaban.
- Bem... Não há nada o que fazer, a não ser esperar o resultado final. - dizia Harry. Hermione estava sentada à beira da cama, olhando o céu pela janela e coçando Bichento. - De qualquer jeito, depois do que Snape fez hoje... Acho que você terá uma punição do tipo... “Fique sem as aulas da Trelawney pro resto da vida”.
Rony vinha do banheiro com um pijama xadrez e uma toalha nas costas.
- Olha... - dizia Rony. - Hoje foi o dia D. Imagina só, o Snape salvando a pátria - Em seguida ele se agachou e disse quase docemente - De qualquer forma, é muito legal saber que você vai continuar com a gente até a formatura. Vai ser muito bom ter que te aturar até lá...!
Ela deu um sorriso e ele se levantou, indo pro banheiro guardar a toalha. Harry estava rindo, e comentou, quase inocente:
- Ai, ai... sinceramente espero que eu não esteja sobrando por aqui...
- Oi? – perguntou Rony, virando-se para Harry. – O que foi que você disse?
- O que eu disse? Bom... só perguntei se eu não iria atrapalhar.
- Atrapalhar o quê?
Harry olhou Rony com uma expressão um tanto quanto dolorida.
- Rony com todo o respeito, mas... você é um idiota. – e deu as costas, deitando no colchão. O amigo ficou sem entender.
- O que foi que eu fiz?...
N.A 1: Piadinha R/H infeliz no fim do capítulo. =P
N.A 2: Ei, eu acho que vi em alguma fic aí que dá pra colocar imagem no meio do capítulo. Tenho vários rascunhos de cenas da fic que eu fiz, vou encher o capítulo delas! (brincadeirinha, demoraria séculos pra carregar, rs). mas falando em imagem, acho que vou trocar a capa da fic. Alguams amigas minhas estõa reunindo a série toda pra deixar ela em pdf pra quem quiser baixar, e eu fiz capas para cada e-book. Acho que vou usar o mesmo estilo de capa por aqui. O chato é que vai ficar sem os desenhos estilo mangá. Mas de qualquer forma, vocês podem acessar os desenhos no site da série...
N.A 3: Espero que a formatação esteja agradando vocês, e que tenha o mínimo erro possível. Exceto essas NAs, que eu escrevo correndo antes de publicar. =)
N.A 4: Espero também conseguir atualizar a Espada dos Deuses aqui na Floreios 2x pro semana, entre quarta e quinta, e outra sábado ou domingo. A Fic atual, que é publicada no fanfiction.net, é atualizada a cada duas semanas, sempre às sextas feiras, Exceto quando minha internet discada não funciona.
N.A 5: Esses dosi capitulos agora são bem chatos, só sobre o julgamento de Hermione. mas ele, como disse, é um grande divisor de águas pro destino de Hermione na série toda, e acaba sendo uma das coisas mais marcantes das primeiras suas fanfics da série, que se passam em Hogwarts ainda! Espero que estejam gostado da EdD, e até o próximo capítulo!!
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!