Capitulo 10



CAPITULO X

“Apegue-se à fé, à esperança e ao amor, mas principalmente ao amor. Nós aprendemos isto na igreja, e agora aprendi também no meu coração. — Diário de Megan Madacy, Verão de 1923”


Harry viu, pela janela, quando Peter acompanhou Hermione até a porta. Passava da meia-noite. Ele vira quando Peter viera buscá-la, horas antes. Era a terceira vez que Hermione saía, no espaço de uma semana. Será que ela estava praticando seus encantos femininos com todos os homens de West Bend?

A revolta o consumia por dentro. Queria livrar-se daquele tormento, mas não à custa da decepção. Hermione provara que era tão fútil e egoísta quanto Selena.

Ele acreditara que ela houvesse mudado, mas, ao contrário, ela apenas se mostrara mais ardilosa do que antes.

Harry afastou-se da janela, apressado. Não queria ver se Peter beijasse Hermione. A idéia de outro homem com ela nos braços era insuportável.

Caminhando até outra janela, ele olhou para a casa dos Bandeley, do outro lado da rua. Avistara o casal naquela manhã, quando o Sr. Bandeley cortava a grama. A Sra. Bandeley levara-lhe um copo de refresco. Os dois haviam conversado um pouco, riram, e o Sr. Bandeley beijara a testa da mulher que era sua esposa havia mais de quarenta anos.

Em seguida, seu olhar se desviou para a casa dos Forester. Também eram casados havia muito tempo, moravam ali desde que eram jovens. Os filhos já eram adultos, e Harry soubera, alguns dias antes, que a esposa do filho mais velho estava grávida.

Harry imaginou como Molly e Arthur ficariam felizes se Gina lhes desse um neto. Sabia que os pais de Hermione sentiriam o mesmo. Por um momento, indagou-se se seu pai alguma vez pensara em ser avô.

De repente, deu-se conta de que todas as famílias que moravam a sua volta permaneciam juntas, unidas. Os casais tratavam-se com respeito e carinho. Os filhos casados vinham com freqüência visitar os pais, abraçavam-se ao chegar e ao se despedir.

Hermione tinha razão em um aspecto: o lar dele fora o único que se desfizera, naquela rua. E ele só conhecia parte da história, a parte que afetara um menino de sete anos quando a mãe fora embora e nunca mais voltara, o homem amargurado que o pai se tornara, quando ficara só. O que dera errado? A separação dos pais poderia ter sido evitada, de alguma forma?


Hermione despediu-se de Gina com um abraço apertado.

— Obrigada pela carona. Daqui a uma semana estarei de volta.

A chuva fina que caía naquela manhã cinzenta não era suficiente para abafar o calor do início de verão. Havia poucas pessoas no aeroporto àquela hora da manhã, e apenas um grupo de passageiros se acumulava no portão de embarque.

— Boa viagem. Sabe, eu não acordaria a essa hora da madrugada num sábado para trazer qualquer um ao aeroporto.

Hermione não pôde deixar de rir. De certa forma, admirava a franqueza, às vezes rude, da prima. Pelo menos, podia ter certeza da amizade sincera que as unia.

— Obrigada. Cuide-se. E não se esqueça dos conselhos de vovó Megan!

— Por falar nisso, onde está o diário?

— Na mesinha-de-cabeceira. Ainda não terminei de ler, mas leia você primeiro. Quando eu voltar, eu acabo. Adeusinho.

Depois que o avião decolou, Hermione relaxou no assento. Acima das nuvens, o céu azul brilhava, esplendoroso. Tinha um milhão de coisas para fazer em Nova York, pessoas de quem queria despedir-se, coisas para empacotar, conta no banco para encerrar. Quando voltasse para a Carolina do Norte, não seria para os braços do homem mais lindo do mundo, mas sim para um novo emprego e uma nova vida.

Não conseguira terminar de ler o diário. Mas a última passagem que lera permanecia vívida em sua lembrança.

“Vovó veio almoçar conosco hoje. Eu gosto dela, mas sempre senti um pouco de medo, talvez por ela ser um pouco brava. Mas hoje ela quis conversar a sós comigo. A princípio, pensei que eu tinha feito alguma coisa errada e que ela iria brigar comigo. Mas ela só queria me cumprimentar por eu já ser uma moça e bem prendada. Deu-me um lenço de renda que ela fez quando era mocinha. Depois me olhou, bem séria, e disse: Apegue-se à fé, à esperança e ao amor, mas principalmente ao amor. À fé de que tudo o que você precisa saber da vida seus pais lhe ensinaram. E à esperança no futuro. O futuro é você que faz. Você enfrentará dificuldades, mas nunca perca a esperança. E ame, minha menina. Espero que sua vida seja repleta de todo o amor de que o seu coração é capaz. Agora, conte-me sobre este Frederick de quem tanto ouço falar! Eu quase gritei de alegria. Vovó nunca tinha falado assim comigo. Nunca mais sentirei medo dela. Contei sobre minha briga com Frederick, e que depois fui levar-lhe biscoitos e conversar com ele. Que quando expliquei o que realmente havia acontecido ele me pediu desculpas. Claro que não contei que ele me beijou. Oh, eu ò amo! E ele também me ama. Disse que vai falar com papai esta semana.”

Hermione gostaria que as coisas entre ela e Harry pudessem se resolver com a mesma facilidade. De qualquer forma, tinha a consciência tranqüila. Nada do que fizera fora com intenção de magoá-lo, de enganá-lo, de brincar com ele ou aproveitar-se de qualquer forma. Amava-o de verdade e imaginara que poderia ser cortejada à moda antiga. Apenas isso.

Olhando pela janelinha do avião, Hermione perguntou-se se deveria ter explicado isso a Harry.

Mas ela seguiria o conselho da avó da bisavó, um parentesco que nem sequer sabia denominar, e manteria a fé e a esperança no futuro. Quanto ao amor, amara e não fora correspondida. Isso não mudava seu sentimento, mas deveria dar-lhe força e coragem para olhar para frente, até que encontrasse alguém que merecesse seu amor e sua dedicação, alguém com quem viria a ter um relacionamento duradouro, como seus bisavós, avós, pais e a maioria das pessoas que conhecia.

Até lã, tinha assuntos mais urgentes com que se preocupar.


Harry franziu a testa, impaciente. Onde Hermione se metera? O carro já não estava lá quando ele se levantara, pela manhã. Eram quase sete horas da noite e ela não voltara.

Harry espiou pela janela pela milionésima vez. Então, deixou escapar uma exclamação de alívio quando viu Gina chegar e estacionar na entrada para carros.

Foi rapidamente até a cozinha e pegou a saladeira que Hermione levara na noite de quinta-feira. Iria até lá com o pretexto de devolvê-la.

Atravessou o jardim e bateu, impaciente, na porta da cozinha.

— Olá, Harry — ela cumprimentou, com frieza. Não o convidou para entrar.

— Vim devolver isto. Onde está Hermione?

— Em Nova York — respondeu ela, seca, pegando a travessa.

Harry ficou imóvel.

— Nova York? — repetiu, com a sensação de que o coração parara de bater.

Gina assentiu com a cabeça.

— Isto é de minha mãe?

— Sim. Hermione fez uma salada... — Harry não entrou em detalhes. Não haviam comido a salada. Ele havia jogado tudo fora, no dia seguinte.

Gina colocou a travessa sobre a bancada da cozinha.

— Tudo bem. Alguma coisa mais?

— Eu não sabia que Hermione tinha voltado para Nova York.

— E ela não imaginou que isso faria alguma diferença para você. Bem, com licença, Harry. Preciso ir, agora. Só vim buscar uma coisa.

Gina pegou o volume encadernado sobre a mesa da cozinha, saiu e trancou a porta. Como Harry não se movesse, ela virou-se para ele.

— Deve estar feliz agora, não está, Harry? — investiu. — Sem ninguém por perto para aborrecer você. Para se preocupar com você. Sabe, eu consigo ver você daqui a alguns anos, mal-humorado e ranzinza como seu pai. Mas não se preocupe com Hermione. Ela está bem. É jovem e bonita, e tem a vida inteira pela frente. Conseguiu um ótimo emprego e um dia vai conhecer um homem que a mereça. Vão ter seis filhos e viver felize para sempre. Ela é muito boba por acreditar que ama você. Até logo, Harry.

Gina entrou no carro, bateu a porta, ligou o motor e saiu em disparada.

Harry viu o carro desaparecer na primeira curva, atordoado pelo eco das palavras dela. “Ninguém para se preocupar com você...” Até que ponto Hermione se preocupara com ele? Tudo o que ela fizera não haviam sido truques para fisgá-lo? Seria possível que ela o amasse de fato? Anos atrás, ela se declarara apaixonada por ele, e ele a rejeitara. Não queria uma garota inconveniente perseguindo-o por toda parte.

Agora, ela voltara. Mas, se fosse honesto consigo mesmo, ela não o perseguira, dessa vez. Na verdade, ela o ignorara até o momento em que ele a convidara para sair. Mesmo assim, ele tivera de insistir.

E todas as vezes que haviam estado juntos ele se divertira. Gostara do piquenique, da idéia maluca dela de seqüestrá-lo. A descoberta de que ela se tornara adulta e amadurecera o deixara fascinado. Gostara de ouvi-la falar sobre o trabalho, sobre os amigos em Nova York.

Sentia a falta dela.

Agora, perguntava-se se não tivera uma reação exagerada, se não a afastara de sua vida para sempre e se não viria a arrepender-se depois. Afinal, por que dar tanta importância a uma lista boba? Ela tentara explicar, e ele não lhe dera chance. Julgara-a e condenara-a sem lhe dar a chance de defender-se. Logo ele, o Dr. Harry Potter, advogado experiente e competente, que defendera crimes bem piores que aquele.


Hermione estava cansada. Como conseguira acumular tantas coisas inúteis, em quatro anos? Enchera vários sacos plásticos com papéis e objetos que nunca usaria. O caminhão da mudança viria no dia seguinte, e ela queria livrar-se de tudo que não tinha mais serventia.

Apertou o botão do elevador, depois de descer pela quarta vez ao andar térreo para levar os sacos de lixo. E ainda não terminara.

— Hermione.

Ela virou-se para trás. Estava tão exausta que já estava imaginando coisas. Esperava terminar logo, para dormir cedo.

— Não quer conversar?

Ela virou-se novamente e então viu Harry, parado na entrada de serviço. Ele estava maravilhoso, de calça jeans e suéter, com uma sacola de viagem a tiracolo. Cada vez que o via, ficava fascinada com a altura dele.

— O que está fazendo aqui? — perguntou, atônita, o coração disparado dentro do peito, as mãos imediatamente úmidas.

— Vim ver você.

Os joelhos de Hermione fraquejaram.

— A... Aqui, em Nova York?

— Em qualquer lugar onde você estivesse. Gina esteve na casa de sua tia, no sábado, e me disse que você tinha vindo para cá. Posso subir com você?

— Para quê?

— Quero conversar.

— Sobre o quê?

— Vamos subir primeiro.

Hermione hesitou por um momento, e ele abriu a porta do elevador. Ela entrou, sem dizer uma palavra. Apertou o botão do andar e encostou-se no fundo do elevador, com as mãos atrás de si. Quando o elevador parou, Harry segurou a porta para que ela saísse na frente. Com mãos trêmulas, ela tirou a chave do bolso e abriu a porta.

— Está uma bagunça, aqui — ela disse, quando Harry entrou atrás dela. — O caminhão da mudança virá amanhã.

Harry largou a mochila no chão e olhou ao redor.

— Agora entendo por que você gostou dos apartamentos que vimos em Charlotte. Como conseguiu morar num lugar tão apertado?

— Os aluguéis são caríssimos em Manhattam. Considero-me feliz por ter tido condições de morar sozinha, sem dividir o aluguel. — Ela indicou o sofá. — Não quer se sentar?

— Já encontrou apartamento?

— Sim.

— Algum dos que visitamos juntos?

— Não. Achei um perfeito. Sei que você diria que é pequeno, mas eu gostei muito.

Harry sorriu e olhou a sua volta, por um momento.

— Achei que havia ensaiado o suficiente e que seria mais fácil.

— O quê? — Hermione perguntou, sem compreender.

Ele respirou fundo.

— Em primeiro lugar, pedir desculpas. Acho que tirei conclusões precipitadas, naquele dia. Mas pensei muito e... gostaria de esclarecer as coisas. Por nós dois, Hermione, acho que devemos fazer isso.

— Harry, você não deve nenhuma satisfação. Saímos juntos algumas vezes, e pronto. Você não quer mais. Ponto final.

— Agora é você quem está tirando conclusões precipitadas. — A expressão dele se suavizou. — Você vai cair do sofá.

Hermione deu-se conta de que estava sentada na beirada do sofá, com metade do corpo para fora. Endireitou-se, porém não conseguia relaxar, com Harry tão perto. O perfume dele lembrava-a dos beijos que haviam trocado, da sensação de estar nos braços dele.

— Que conclusões estou tirando? — perguntou.

— Que eu sabia o que estava dizendo?

— Como? — Hermione estava cada vez mais perplexa.

— Fale-me sobre o diário e a lista que encontrei na casa de sua tia.

- Não há muito o que falar, — Hermione deu de ombros. — Gina e tia Molly encontraram esse diário, que foi da minha bisavó, minha e de Gina... durante uma limpeza no sótão. Ela começou a escrever quando tinha dezoito anos, na década de vinte. Fala muito sobre a família, ela escrevia muito bem.

— E a lista?

Hermione torceu as mãos, nervosa.

— Minha bisavó... o nome dela era Megan... gostava de um rapaz. E a mãe dela e as tias davam conselhos e orientavam-na sobre como agir, conforme ela e esse rapaz, que se chamava Frederick, foram se conhecendo melhor. Ela dizia que era uma receita para encontrar o marido perfeito. Contei a Gina, e ela quis saber como era essa receita, então fiz uma lista dos "ingredientes". — Hermione sorriu, embaraçada.

— E resolveu testar essa receita comigo?

— Mais ou menos. Mas começou sem querer. Se você prestar atenção, não tem nada de mais ali. São sugestões sensatas, só isso. Imagino que para Megan tenha sido novidade, mas sou bem mais velha do que ela era, na época, e os tempos, hoje em dia, são bem diferentes.

— Quer dizer que você está querendo arrumar um marido?

— Não, exatamente. Na verdade, eu estava praticando com você.

— Praticando? — Ele franziu a testa. — Como assim?

— Bem, se as sugestões funcionassem com uma pessoa difícil como você, com certeza funcionariam com o homem que um dia eu viesse a conhecer e com quem quisesse me casar.

— E não se preocupou em brincar com os meus sentimentos?

— Que sentimentos, Harry? Alguém consegue brincar com alguma coisa, com você? Com a opinião que você tem sobre as mulheres e o casamento, eu sabia que não existia o perigo de magoar você.

"Só a mim mesma", pensou Hermione, desolada. "Quando cometi a tolice de me apaixonar de novo."

— Está tirando conclusões precipitadas de novo. Você não seria uma boa advogada, Hermione.

Ela deu de ombros.

— Eu nunca quis ser advogada.

Harry estendeu o braço e segurou a mão de Hermione, entrelaçando os dedos com os dela. O coração de Hermione deu um pulo selvagem dentro do peito, O que ele estava fazendo?

— Fiquei feliz ao saber que você conseguiu emprego em Charlotte — disse, acariciando a mão dela com a ponta do polegar.

— Ficou? P... Por quê?

— Porque facilita.

— Facilita o quê?

— O namoro.

— N... Namoro?! — Hermione imaginou se teria ouvido corretamente. Do que Harry estava falando? De namorar... com ela?

— A vida hoje em dia é tão agitada que esquecemos o romantismo. Talvez seja isso o que está faltando.

— O que está faltando é você ser mais claro. Não sei do que você está falando.

— Durante uma semana fui obrigado a ver você sair com todos os rapazes de West Bend.

— Acho que você está exagerando um pouco. Saí com Cari e Peter.

— Não importa, foi como eu me senti quando os vi chegando para buscá-la e trazê-la.

Aquilo significava que Harry sentira ciúme?, pensou Hermione, sem saber como interpretar aquilo tudo.

— E enquanto eu esperava ver você voltar, a cada noite, tive tempo para pensar sobre as coisas que você falou. Que não conheço grande parte da história da separação de meus pais. Talvez meu pai tenha tido a mesma parcela de culpa que' minha mãe. E me dei conta de que isso não tinha mais importância. Não sou meu pai e você não é minha mãe.

Hermione pestanejou, confusa. O que os pais dele tinham a ver com aquele assunto?

— Harry, você estava falando de namoro...

Ele levou a mão dela aos lábios.

— Quero namorar você, Hermione. Quero me casar com você. — Ele virou a mão dela na sua e beijou a palma. — Quero você ao meu lado para sempre.

Uma intensa onda de calor invadiu Hermione, fazendo-a derreter-se por dentro. Harry a fitava com olhar apaixonado e ao mesmo tempo indeciso, como se estivesse inseguro.

Hermione reprimiu um soluço, porém não foi capaz de conter as lágrimas, que começaram a correr por seu rosto.

— Não chore... — murmurou Harry, puxando-a para si e abraçando-a. — Não chore, princesa. Se não quiser casar comigo, eu terei de compreender e aceitar. Não quero que você fique triste.

— Seu bobo — Hermione choramingou contra o pescoço de Harry, envolvendo-o com os braços, deixando-se levar pela emoção. — Eu amo você, Harry. Amo você desde que tinha onze anos de idade. Amei esse tempo todo, todos esses anos. Nunca deixei de te amar.

— Graças a Deus! Eu também amo você, Hermione. Não posso dizer que a amo há tanto tempo assim, mas desta vez tive certeza. Acho que eu evitava me envolver porque tinha minha mãe como referência, e não queria que acontecesse comigo e com meus filhos o mesmo que aconteceu com meu pai e comigo e meu irmão.

— E agora? Não pensa mais assim?

— Não. O que eu sinto por você é tão forte que estou disposto a arriscar. É melhor do que viver sozinho e imaginar você com outra pessoa, fazendo amor, tendo filhos, compartilhando sua vida. E se você me amou por todo esse tempo, não acredito que um dia vá me deixar.

— Nunca! — Hermione prometeu, fitando-o nos olhos, antes que ele lhe capturasse os lábios num beijo que selava o amor dos dois, o amor com o qual Hermione sonhara desde a adolescência.

A felicidade que ela sentia era indescritível. Seu sonho finalmente se realizara.

— Quanto tempo precisamos namorar antes de casar? — quis saber Harry, afastando o rosto apenas os suficiente para olhá-la.

— Não precisa ser muito tempo.

— Quanto?

— Bem... se contarmos o tempo que nos conhecemos e que já passamos juntos... acho que já podemos casar! — Hermione brincou, consciente de que nunca se esqueceria daquele dia, enquanto vivesse.

— Eu te amo, Hermione Granger. Quer se casar comigo?

— Tenho a honra de aceitar, Dr. Harry Potter!

— Como sempre, à moda antiga... — Harry riu e beijou-a novamente.

Eles fizeram um telefonema para a Grécia, para contar a novidade aos pais de Hermione. Depois, mais dois telefonemas, um para a Flórida e outro para a Califórnia, para avisar o pai e o irmão de Harry. Por fim, Hermione ligou para Gina.

— Uau! — Gina exclamou, eufórica. — Um dos conselhos de vovó Megan é que os homens não mudam. O que fez Harry mudar? — ela perguntou, depois de dar parabéns e desejar felicidades à prima.

— O amor, acho.

— Bem, foi na hora certa, sabia? Tenho um presente de casamento perfeito para você.

— Qual?

— Mamãe ligou ontem à noite e eu perguntei a ela sobre vovó Megan. Ela me disse que ela e vovô Frederick viveram juntos cinqüenta e dois anos, antes de ele morrer. E ela tem uma fotografia das bodas de ouro deles! Me disse onde está. Vou mandar ampliar e dar para você, para que você e Harry tenham um exemplo a seguir.

— Que bom saber que tudo deu certo para ela. E para mim também!

— Tem certeza do que está fazendo, prima?

— Absoluta!

Hermione estendeu a mão para o homem com quem compartilharia o resto de sua vida. Talvez devesse começar a escrever um diário. E começar com: "Principalmente o amor..."


FIM




Obs:Oiiiii pessoal!!!Aqui termino mais uma fic...snif...snif...snif...Mas como tudo que é bom dura pouco, o que vamos fazer não é???Eu tenho a resposta pra essa pergunta:O que vocês acham de duas fics novas postadas uma no dia 24 e outra no dia 25 como presente de natal para vocês???Espero que tenham gostado da surpresa e que gostem das fics que escolhi!!!Tomara que tenham curtido "Receita de Amor" como eu curti em adaptá-la!!!!Bjux e até segunda de noite, que será quando eu postarei a 1º fic!!!Adoro vocês!!!!

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