O Azevinho e as Estátuas



-▬☻▬ Capítulo 8 ▬☻☻-
▬O Azevinho e as Estátuas▬




Na manhã seguinte, Cho acordou deitada numa maca do St. Mungus. Ao lado, a Sra. Chang, uma mulher de uns 50 anos, não tinha o mesmo rosto oriental da filha. A mãe era, como a garota, meio bochechuda; ela usava um casaco de couro preto, sobre uma camisa branca, natural: ela não aparecia ser bruxa. A Sra. Chang tinha olhar pesado, deveria ter ficado o dia todo sentada num cadeirinha simples.
- Bom-dia flor do dia! - exclamou a Sra. Chang, sonolenta - Tudo bem, filhinha?
- Tudo. - respondeu Cho, fraca. - Que horas são?
- Oito e quarenta e cinco da manhã, filha! - anunciou a Sra. Chang - Então, você foi petrificada...? Sabe quem foi?
- Eu... "o quê?"
Cho havia sido Estuporada pela garota Weasley, nada de petrificação. Cho olhou para a mãe. Por quê? Por quê petrificada? "Ah...!", pensou Cho.
- Sim, mãe. Não faço idéia de quem poderia ser... Alguém falou que soubesse? - indagou a filha.
- Uma tal de Lovegood, talvez a filha do doido Xenophilius - disse a Sra. Chang -, te viu numa escadaria... e só viu quando você já virara pedra e rolara pela escada.
- Di-Lua Lovegood?
- Quê?
Cho não respondeu; se levantou da maca e olhou para si mesma.
- Quando eu saio? - perguntou.
- Amanhã, talvez - respondeu a Sra. Chang - Precisamos da resposta do Dr. Hubb; ótimo ele, sabe?
Cho soltou um "Humm", baixinho, e voltou a olhar para a mãe. Ela, então, pensou "ele realmente pensou que eu fui petrificada, enquanto eu tinha sintomas de estuporamento?"
- Cho? - chamou a Sra. Chang - Você vai querer voltar a Hogwarts amanhã?
- Seu eu pudesse - disse Cho -, eu ia até hoje mesmo.

Dois dias se passaram e o Sr. e a Sra. Chang foram para Hogwarts juntos da filha. O Sr. Chang era baixinho, olhos puxados atrás de um óculos normal de aros quadrados.
O Prof. Dumbledore abriu os portões de Hogwarts para a entrada dos Chang. Eles entraram; o Sr. Chang deslumbrado com castelo, tanto, que nem prestava atenção no caminhar.
- Boa-tarde Sra. Stany Chang! - saudou Dumbledore, fazendo uma reverência à Sra. Chang - É um prazer...!
- Boa-tarde Dumbledore! - disse a Sra. Chang - O prazer é completamente meu... estar na presença de Alvo Dumbledore...
- Pelo menos alguém não me acha piruta! - exclamou Dumbledore, rindo. - Olá Sr. Olloho Chang!
O Sr. Chang continuava e a olhar para o castelo e, ao ser chamado, se assustou.
- Ah, sim... Olá Alvo Wulfrico Dumbledore! - disse Olloho, apertanto a mão do diretor - Chozinha falou muito bem de você!
Os olhinhos puxados de Olloho, num sorriso, se fechou mais forte.
- Que ótimo! - exclamou Dumbledore, muito animado - Acredito que a família Chang acredita em mim! Voldemort voltou, não foi?
Cho olhou para o chão, suas bochechas gordas avermelharam; instantaneamente, Olloho soltou a sua mão da de Dumbledore; Stany pigarreou.
- V-Você falou... o nome Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! - rosnou Olloho. - Biruta..., o ministério tem razão! Você é biruta, você falou o nome "Dele"!
- Ollo! - gritou Stany.
- Ora, é só um nome, não? - indagou Dumbledore.
- Volte minha Cho, vá pra escola! - vociferou Olloho - Adeus filhinha!
Olloho saiu apressadamente para os portões abertos, e saiu.
- Tchau minha filha! - se despediu Stany beijando o rosto da filha.
A mulher seguiu o marido e logo desapareceram.
- Desculpa, professor, pelos meus pais. - disse Cho envergonhada.
- Não se preocupe, querida!

Cho voltou ao castelo, esperando que suas malas já estivessem eu seu dormitório. A garota olhava para o chão, envergonhada de seus pais. Pensava, também, como voltaria à Armada de Dumbledore.
"ARRREEE!"
Cho esbarrou em Gina Weasley; a garota Weasley perdeu todos os pergaminhos que segurava na mão.
Gina não reconheceu Cho de primeira vista.
- Hem, Hem - soltou Cho.
Gina, que se abaixara para pegar os seus materiais, olhou para o alto, fitando o rosto de Cho.
- Olá? - disse Cho, corando.
- Cho Chang. V-Você voltou...
- Aparentemente...
No exato momento, Gina se levantou e ficou da mesma altura da outra.
- Ficou tudo bem, então? - indagou Gina, sem mais nada a dizer.
- Fiquei bem, sim - falou Cho - Você é boa...
Gina não entendeu; esperava que Cho lhe desse uns tabefes.
- Me... ah... desculpe?
- De certa forma... - balbuciou Cho. - Bom, tenho que voltar à minha sala comunal. 'Té!
Cho saiu sem olhar a outra garota.
Gina respirou fundo e seguiu o seu caminho.

As reuniões da Armada voltaram depois do acidente com Cho Chang. Apesar disso, todos sabiam que logo iam parar, já que o Natal estava próximo.
- Harry, e no Natal...? - indagou Antônio Goldstein.
- No Natal não teremos aulas, já que muitos passarão com os pais, longe daqui. - respondeu Harry
- Você vai para onde Harry? - perguntou Cho, animada.
- Passar o Natal conosco, certemente! - exclamou Rony, dando uma palmadinha nas costas de Harry.
Todos se calaram, e olharam para o tutor deles: Harry.
- Enquanto passam o Natal - disse Harry - na casa de vocês, ou em Hogwarts, vocês podem treinar... sozinhos.
- Tomara que a Umbridge passe o Natal sendo banhada por sangue de Dragão misturado com o de Hipogrifos. - comentou Lino, esperando que todos rissem.
Alguns riram, incluindo Fred e Jorge.
- A aula vai ser sobre o Natal ou sobre Feitiços? - indagou Gina.
Todos se calaram, esqueceram que estavam na Sala Precisa.
- Bem - disse Harry - Hoje é 15 de Dezembro, falta dez dias para o Natal, e essa será nossa última aula.
- Última? - exclamou Colin Creevey.
- Última antes do Natal - completou Hermione, séria.
Houve silêncio na sala novamente.
- Então, Harry - disse Corner - O quê teremos hoje?
- Vamos "brincar" - respondeu Harry.
Todos se entreolharam.
- Vamos praticar feitiços um pouco... Podem começar... Com qualquer tipo de objetos. - completou Harry.
Todos se agruparam, juntando penas, almofadas, cadeiras, mesas, tinteiros, mochilas e pergaminhos. Logo começaram a queimar, levitar, cortar, fazer dançar, além de quebrarem.
Foi uma aula nada mais do que normal.
- Bom - falou Harry - Aqui termina nossa aula. Após as festas de fim de ano, voltaremos com tudo. Foi um ótimo trabalho, e desejo um ótimo Natal a todos!
- Feliz Natal - disse todos em coro.
Começaram, então, a juntar as mochilas. Todos se encaminharam para a porta, menos Cho.
- Foi ótimo, cara - parabenizou Rony, se encaminhando para a porta - Te vejo depois!
Hermione se aproximou dos garotos.
- Nos vemos mais tarde! - exclamou a garota, correndo ao encontro de Rony.
- Tchau Harry! - despediu-se Neville.
- Tchau Neville!
Todos já estavam saindo da sala; os que restaram eram apenas Luna, Cho, Harry e Gina.
- Tchauzinho, Harry! - despediu-se Luna - Bom Natal. Tchauzinho Gih, bom Natal!
- Bom Natal, Luna! - exclamou Harry, não despregando os olhos de Cho.
- Tchau! - rosnou Gina, chegando a um passo da porta.
Luna já saira. Harry se aproximou da garota oriental que se olhava num espelho. Gina deu um último olhar para os dois e saiu virando as costas.
- Quê foi? - indagou Harry, fitando Cho.
- Eu queria que Cedrico estivesse aqui... Talvez ele faleceria se aprendesse tudo isso...
- Cedrico... Cedrico Diggory era bom nos feitiços, mas... Voldemort era melhor...
- Ele era um ótimo homem, como você Harry. Sabe, eu nunca estuporei ninguém antes... Agora eu sei como fazer isso. Você é um ótimo professor Harry!
Harry corou.
- Me desculpe por me comover assim - disse Cho, enxugando as lágrimas que caiam sobre o rosto . - Eu não tive intenção.
Cho soltou um soluço alto. Harry passou timidamente a mão no ombro da garota.
- Deve ser horrível para você - continuou Cho -, mencionar o Cedrico, quando você o viu morrer... Receio que quer esquecer tudo, não é?
Harry olhou para seus sapatos, pensando em tudo que vivera.
- Azevinho! - exclamou Cho de repente.
O dedo indicador de Cho indicou o teto, onde galhos de azevinho desciam felizes.
- É - balbuciou Harry, tentando botar palavras em sua cabeça -, Provavelmente deve estar cheia de Narguilés.
Cho fez cara que não entendera o que o garoto falara.
- Que são Narguilés?
Harry se aproximou da garota, os dois se olharam por um tempo, até Harry responder:
- Não faço a miníma idéia. Pergunte talvez para Luna-Di-Lua-Lovegood.
Harry falou muito rapidamente. Caiu mais uma lágrima do rosto de Cho, mas, aparentemente, a garota sorriu. Os dois se tocaram com os lábios.

Gina Weasley andava rápido por um corredor do segundo andar. Preocupada por não ter visto Draco a muito tempo, ela andava por todo o castelo. Ela, pelo menos, queria dar um "Feliz Natal", ao namorado.
A garota respirou firme, e se sentou nos pés de uma estátua de um homem de rosto juvenil.
"Draco, cadê você?, gritava Gina, em pensamentos, "Aparece!"
Gina se levantou imediatamente dos pés da estátua e foi para as Masmorras. Era tarde, vinte uma e meia da noite. Será que a garota Weasley encontraria seu amado.
Ela, então, chegou nas masmorras em que se encontrava a Sala Comunal da Sonserina. Ouviu, subitamente, passos pesados; era de várias pessoas.
Gina, para não ser vista, se escondeu atrás de uma estátua de um cavaleiro. O grupo que passeava pelo corredor parou em meio a ele, a metros da estátua da garota ruiva.
Gina rapidamente indentificou as pessoas do grupo: Blás Zabini, Pansy Parkinson, Vicent Crabbe, Gregory Goyle e, não podia faltar, Draco Malfoy.
- Eu preciso falar urgente com você Draco Malfoy! - rosnou Pansy.
Draco olhou assustado para todos. Gina estava louca para correr daquela estátua e arrancar os cabelos da Parkinson, mas não podia.
- Você anda sumido! - continou Pansy, sacudindo o dedo indicado na direção do rosto de Draco - E não quer declarar nosso namoro.
- Pansy... você sabe - sibilou Draco -, Pansy, eu sou novo.
Gina escutou Pansy soltar um som, talvez um soluço.
- Eu te amo Draco, eu te amo e você não me entende - choramingou Pansy.
- Pan...
Pansy Parkinson agarrou-se no pescoço de Draco e lhe envolveu um beijo.
O ódio e a tristeza subiram a cabeça de Gina; a garota correu por um corredor atrás da estátua... correu sem rumo.

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