Teste final
TESTE FINAL
A lua estava quase cheia, o que clareava bem os terrenos de Hogwarts, naquela noite quatro figuras estavam quietas na orla da Floresta Proibida, quem estivesse na torre de astronomia veria que mais para o centro da imensa floresta negra, nuvens escuras tomavam o poder, talvez de chuva ou de algum bando de pássaros. O Jovem Harry Potter estava quieto, somente esperando que Lupin ou Dumbledore dissesse logo o que ele tinha de fazer, não entendia direito o motivo da demora.
_Potter. Chamou Snape, o rapaz se virou para ele e ignorou o incomodo nítido de Lupin ao ouvir seu nome. _ Há quase um ano uma criatura vem atacando misteriosamente algumas criaturas da floresta, como centauros e até mesmo unicórnios...
_Esta criatura também vem atacando alunos que ficam muito próximos da orla da Floresta. Falou Lupin, interrompendo o professor de poções, este lhe lançou um olhar cortante, que fora totalmente ignorado. _Ninguém sabe que criatura é essa.
_Como alguém é atacado e não sabe pelo que? Perguntou Harry, achando aquilo meio estranho.
_Ninguém conseguiu ver a criatura, temos suspeitas, mas apenas isso. Falou Lupin em tom cortante. _Entre na floresta, traga a criatura e sobreviva às outras que lá estão.
_Viva ou morta? Perguntou Harry.
_Preocupe-se em sair inteiro de lá. Falou Snape em tom seco e frio.
_Você pode demorar o quanto quiser. Falou Dumbledore. _Muito bem, pode ir. Harry nem esperou para ouvir outra coisa, simplesmente correu para dentro da floresta com grande agilidade, deixando os outros apenas observando por um curto período suas costas, que desapareceram entre as árvores.
_Já tínhamos um grupo para buscar a criatura. Falou Snape olhando para Lupin.
_Vamos ver do que ele é capaz. Falou Lupin com um sorriso maroto em seus lábios, seus olhos demonstravam ainda desagrado pelo rapaz.
_Não guarde rancor dele. Falou Dumbledore calmamente. _Ele não tem culpa de parecer James.
_Isso nós vamos ver. Falou Lupin em tom sério e olhou para o alto, amanhã seria a primeira noite de lua cheia, então se o tal Harry não voltasse até o amanhecer ele só ficaria sabendo do resultado alguns dias depois.
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Harry parara de correr depois de uns vinte minutos, não adiantava correr, afinal tinha de procurar pistas sobre a tal criatura, suspeitou que aquele ponto seria um dos que ela mais aparecia, visto que a tal prova começara perto daquele ponto, se abaixou um pouco, aproveitando que ali as arvores eram mais espaçadas e a luz da lua clareava o chão, tentou achar um rastro, mesmo que antigo, da criatura, ela talvez fosse invisível já que ninguém viu como ela era, mas mesmo assim deixaria pegadas. Ouviu algo que parecia ser passos, olhou para a esquerda e viu um testrálio passando calmamente pelo lugar, mas então ele parou e olhou diretamente para o moreno, este sustentou o olhar ignorando os grandes olhos amarelos da criatura até que esta pareceu perder o interesse e levantou vôo, sumindo entre a copa das árvores.
O moreno se levantou, não podia ficar muito tempo parado, sentiu uma brisa bater-lhe no rosto e com ela o cheiro de chuva invadiu as narinas dele, tinha de se apressar, se chovesse qualquer rastro que tivesse ali se perderia, caminhou mais alguns instantes, sempre atento com as coisas a sua volta, já estivera inúmeras vezes naquela floresta e mesmo assim tinha de tomar cuidado, ouviu o som de cascos sobre o chão, primeiro pensou ser um centauro, mas logo viu que eram três unicórnios adultos, brancos como a mais pura neve, que exalavam um brilho quente e acolhedor e dois filhotes de pelugem douradas, viu que um dos unicórnios sangrava na pata esquerda, o sangue prateado brilhava no chão, ele se aproximou com calma das criaturas, que apenas o observaram sem se importarem muito com sua presença, um dos filhotes foi até mais perto do moreno, este parou por um instante, o pequeno ser o observou de perto e farejou seus joelhos.
O Líder daquele pequeno bando de unicórnios fez um barulho e o filhote voltara para perto dos adultos, que recomeçaram a andar, só que mais rapidamente, depois deles terem sumido por entre a mata o moreno caminhou até onde eles estiveram a alguns minutos, se abaixou e pegou um pequeno frasco de dentro de seu sobretudo, que sempre estava com sigo, pegou uma folha um tanto grande onde tinha um pouco de sangue de unicórnio e despejou o sangue dentro do frasco, não era mais do que umas gotas, mas suficientes para fazer muitas poções de cura raras, olhou para o leste, que era a direção de onde os unicórnios apareceram, via que tinha um pequeno rastro de sangue que ia mais para dentro da floresta, resolveu seguir a trilha de sangue prateado, parando vez ou outra para recolher mais algumas gotas do sangue prateado, ferir um unicórnio era um sacrilégio, assim como beber o seu sangue, mas pegar o sangue do chão era algo meio que aceitável já que você não ferira o animal para consegui-lo, viu que o frasco estava mais ou menos pela metade de sangue de unicórnio e quando percebeu isso ficou chocado, não era comum unicórnios se machucarem a ponto de sangrarem e achar tanto sangue assim no chão era mais incomum ainda, quase impossível.
Depois de caminhar mais de uma hora ele percebeu que as árvores, apesar de um pouco espaçadas, tinham troncos tão largos e grossos que nem Hagrid conseguiria abraça-las, algumas ali faziam o salgueiro-lutador parecer um mero graveto, então, em quanto observava ao redor, viu algo estranho, pareciam pegadas prateadas se desviando um pouco da trilha de sangue de unicórnio, notou também que a trilha sumia a alguns metros a frente, então desviou o caminho e foi até onde a pegada estava, era grande, quase tão grande quanto a de um unicórnio, só que mais funda, parecia ser de cascos, mas não de cavalos, não, eram diferentes, já vira rastros assim durante a guerra, sacudiu a cabeça afastando esses pensamentos, tinha de se focar naquelas pegadas, talvez aquela criatura seja tal que venha causando tantos problemas.
Começou a seguir a passos silenciosos aquelas pegadas, que logo perderam o brilho prateado e quase se perderam na escuridão, afinal pouca luz da lua chegava àquele ponto da floresta, o moreno precisou usar o lumos com a varinha, que saiu mais forte do que ele queria e iluminava muito bem o caminho, ele aproximou mais a varinha do chão e encontrou de novo os rastros da criatura, ela parecia apressada, pois pelas pegadas, que começaram a mudar, ela estivera correndo, mas do que o moreno não sabia ao certo.
Naquele ponto da floresta seguir os rastros estava um tanto difícil, já que algumas folhas começavam a cobrir o chão, um barulho quebrou o silêncio anormal da floresta, o que fez o moreno ficar alerta, não parou de andar, mas mesmo assim começou a prestar mais atenção a sua volta. Mais uma vez o barulho quebrou o silêncio e o moreno reconheceu como um tilintar, um estalo seco, já ouvira aquilo em algum lugar, não lembrava onde, mas aquilo o fez ficar mais alerta ainda e parar, alguma coisa se movimentava nas árvores e um peso enorme caiu no chão a alguns metros a frente de Harry o fazendo amaldiçoar a criatura em tom baixo, afinal ela devia ter bagunçado um pouco a trilha, viu com o lumos o que era aquilo.
Enorme era uma palavra para descrever a imensa Acromântula que aparecera ali, os pelos grossos e negros, os oito olhos negros que brilhavam com a luz da varinha do moreno e as enorme patas, no mínimo três metros e meio de envergadura, era muito maior do que a que ele vira na tarefa do torneio tribruxo, mas mesmo assim não era tão grande quanto Aragog.
_Vai me devorar? Perguntou Harry, já pensando em três dúzias de feitiços negros ou não que poderia usar e sair dali sem demoras, mas o problema era chamar a atenção das outras acromântulas da floresta, o que não ia ser difícil visto que elas em sua maioria andam em grupo, mas aparentemente aquela estava sozinha.
_Minha mãe diz que não posso atacar Hagrid. Se Harry já não soubesse, iria achar a voz que vinha da imensa aranha algo surreal, mas notou que pelo tom de voz ela devia ser macho. _Não disse nada de outro humano.
_Pelo visto você gosta de falar. Disse o moreno, pois pelo que lembrava as Acromântula preferiam atacar do que falar. _Antes de você tentar me matar e eu usar um avada em você que tal fazermos um acordo?
_Acordo? Perguntou a enorme acromântula como se achasse graça daquilo. _O que você pode me oferecer?
_Estou perseguindo uma presa, não estou interessado nela, preciso apenas da pele dela e pelo que eu pude perceber pelas pegadas ela tem muito mais carne que eu. Falou o moreno, não queria arrumar problemas com a prole de Aragog. _Deixe-me vivo e ela será sua e eu apenas ficarei com a pele.
_O que me garante que não vais fugir? Perguntou a acromântula.
_O que me garante que você não ira me atacar? Perguntou Harry.
_Restam três horas e meia para o sol nascer, antes disso você deve capturar a presa, se não o fizer eu o acharei e o devorarei. Falou a acromântula subindo pelo caule de uma das imensas arvores.
_Como você ira me encontrar? Perguntou o moreno. _E como saberá que eu terminei?
_Nesses lados nós sabemos tudo que acontece. Disse a enorme aranha sumindo para além da escuridão da copa das árvores, o moreno suspirou um pouco.
_Agora sim eu tenho um prazo. Disse chateado, foi até onde a enorme aranha estivera e viu, mesmo que meio apagado, o rastro da criatura que estava perseguindo. Começou a andar rapidamente naquela direção, notou que alguns arbustos apareciam aqui e ali e as pegadas iam na direção de um deles, um forte clarão seguido de um som alto de trovão foi ouvido, o moreno olhou para cima, então algumas gotas de água caíram sem sua testa, não demorou muito e começou a chover, não era muito forte, mas diminuía a visibilidade. _Será que poderia piorar? Perguntou o moreno já nervoso, um forte trovão o fez revirar os olhos e a chuva se adensou mais ainda, em questão de alguns minutos todo o rastro que estava seguindo desapareceu, suspirou resignado, a chuva, apesar de forte devia ser só mais uma de verão, ou seja, em breve passaria, então resolveu seguir na direção em que as pegadas iam, mesmo sabendo que não encontraria outra trilha caso o tal ser mudasse de direção.
Caminhou por mais uma hora, sabia que seu tempo era curto, mas era a única coisa que podia fazer no momento, a chuva ao redor parecia estar diminuindo gradativamente de intensidade, ele já conseguia ver um pouco mais além, mesmo para fora do campo de sue lumus, então ele notou que a chuva parara, mas mesmo assim algo como chuvisco parecia cair do céu, provavelmente gotas de água que acumularam na copa das árvores, mas não se incomodou, pois não passava de um breve chuvisco artificial, seu passos agora não eram mais silenciosos por causa da folhas secas no chão, sem contar uma ou outra poça de lama que ele caia por não conseguir ver.
Restavam pouco mais de uma hora e meia para o seu prazo terminar, já estava um pouco cansado de andar sem rumo, via de vez em quando alguns animais andando pela floresta, se surpreendeu uma hora ao ver um cervo imponente passando correndo um pouco perto de si, não sabia que na floresta também haviam aquele tipo de animais e então imaginou que realmente estava fundo naquele lugar, teria de arrumar um jeito mais rápido de voltar para o colégio quando terminasse aquilo, até por que por causa da chuva que terminara a algum tempo ele perdera a trilha, mas não era difícil encontrar a direção para Hogwarts, era só ir para o norte. Parou de pensar nisso quando viu o que parecia ser um rochedo negro, talvez por isso não o viu até chegar tão perto, afinal ele se camuflava com a escuridão da floresta, não sabia como algo assim pode ficar oculto dos trouxas no seu mundo, ele olhou para o alto tentando enxergar o topo do rochedo e viu que ele subia para além das copas das árvores e sumia na escuridão, analisou o rochedo, não dava para dar a volta, demoraria muito, sentiu algo se movimentando no chão, a alguns passos a esquerda, olhou na direção e apontou a varinha para lá mostrando algo que se assemelhava incrivelmente com uma naja, só que muito maior, uma cobra tão grande quanto nagini, só que as escamas eram negras, brilhantes ao toque da luz e os olhos da mesma cor, a enorme serpente parou e levantou sua enorme cabeça observando o bruxo ali presente.
“Não lhe farei mal” Falou Harry na língua de cobra, a serpente afastou um pouco sua cabeça, parecia curiosa com aquele humano.
“Garoto ssserpente.” Falou a enorme naja.
“Sssaberia dizer sse alguma criatura que não era para essstar aqui anda rondando esssa área?” Perguntou o moreno curioso, sabia que mesmo se o animal fosse invisível não escaparia de uma serpente.
“Na fisssura da grande rocha.” Falou a enorme serpente balançando a cabeça pra lá e pra cá como se tenta-se hipnotizar o moreno, este sorriu.
“Sssaia daqui, pois uma do clã de aragog vira aqui em breve.” Avisou o moreno no que lhe parecia ser um tom amistoso, a serpente olhou diretamente em seus olhos.
“Nosss veremosss de novo garoto ssserpente.” Falou a naja, que então saiu rastejando e sumiu logo por debaixo das folhas e depois na escuridão procurando um abrigo.
_Fazia tempo que eu não fazia isso. Murmurou o moreno se levantando, mal tinha percebido que tinha se abaixado para falar com a cobra, ergueu a varinha o mais alto possível e então bradou. _Lumus Solares. Uma esfera de luz subiu e clareou tudo a sua volta, inclusive o rochedo. Ele pode ver a fissura nele, era grande, provavelmente um humano passaria ali de boa, ouviu um barulho, parecia ser uma baforada forte, tentou olhar para a fissura, mas não viu nada, ouviu o som de pesadas patas baterem no chão, que tremia levemente, então ele olhou para o chão, viu que no chão meio que molhado, um tanto lamacento, pegadas fundas apareciam e lama era espirrada para os lados, ficou parado no lugar e quando as pegadas estavam mais próximas pulou para a esquerda, sentiu um forte deslocação de ar bater nele, a criatura realmente era grande.
Ficou um tanto mais alerta, ouviu mais uma vez a baforada forte da criatura, então resolveu se afastar um pouco, até bater as costas no tronco grosso de uma grande arvore, uma idéia lhe veio a cabeça e ficou 10 vezes mais atento, ouviu os passos pesados do ser, viu as pegadas, se ele calcula-se mal o tempo poderia se ferir, as pegadas estavam muito próximas, mais do que poderiam estar, então o moreno saltou para a direita, ouviu o grande choque da tal criatura com a árvore, folhas caíram, ele olhou para a árvore e viu que o tronco trincara e por um instante pensou ver algo cinzento aparecer e desaparecer, mas fora tão rápido que julgou ser apenas imaginação, ouviu mais uma vez as passadas fortes e pulou para a esquerda, mas fora tarde, algo pegara em seu braço o fazendo um pequeno corte, mas que sangrava muito.
Respirou, não adiantava ficar fugindo de algo que não se podia ver, deixou sua mente livre e vagante, mas sem deixar de prestar atenção nos passo pesados que agora estavam andando em circulo em torno de si, feitiços vinham diante de seus olhos, centenas, não mais estava acostumado com isso, o tempo em sua volta parecia andar em câmera lenta, então lhe veio a lembrança de seu primeiro ano, de quando estava debaixo da capa de invisibilidade e Dumbledore conseguira ver através dela, essa lembrança foi substituída por outra que parecia ter acontecido a anos, ele apenas via o professor falar, mas não ouvia o que ele dizia até que então uma palavra se sobressaiu, era aquilo que ele queria, um pequeno encantamento.
_Revele aquele que se esconde Kirikakure. Murmurou rapidamente fechando os olhos, um frio passou por sua espinha e quando os abriu eles estavam brancos como nevoa, ele olhou em volta, tudo tinha tons azulados, qualquer coisa visível tinha esse tom, era como se ele tivesse em um mundo além da nevoa, então ele viu o que procurava, imenso, realmente muito grande, errara ao pensar que ele era menor que um unicórnio só pelas pegadas, era um imenso Tebo, uma criatura estranha, parecida com um javali, a pelagem cinzenta e os olhos negros, era pesado, as patas, apesar de curtas, pareciam potentes e aqueles chifres de javali pingavam algo prateado, se perguntou como não percebera aquilo no chão, devia ser por estar preocupado de mais desviando. _Estupefaça. Murmurou, o feitiço foi até o Tebo e atingiu-o em cheio, mas ricocheteou. _Pele maldita. Murmurou se lembrando vagamente das aulas de Hagrid em que dizia que a pele de um tebo era resistente e usada para fazer capas protetoras.
“Feitiços normais não funcionam com ele. Falou a voz de Hagrid em sua cabeça. _Tem que se usar magia acima de qualquer outra, nada de estuporantes, tem de ser algo mais forte.”
_Bombarda. Gritou Harry assim que viu o enorme javali vindo em sua direção, o feitiço batera em sua cabeça e o jogara para trás, mas sem tira-lo do chão, o enorme tebo balançou a cabeça meio atordoado e depois cravou seus olhos negros em Harry com mais fúria que antes, o moreno apontou a varinha para sua perna e em seguida não estava no mesmo local, o animal parou meio confuso procurando o rapaz com seus olhos, um graveto quebrara a direita do tebo e lá apareceu Harry, sua varinha apontada para a cabeça da criatura. _Mort... Não terminou de dizer o feitiço por que o animal praticamente pulara em cima de si, que só desviou por pouco, mas deixou sua varinha cair, a esfera de luz no alto vacilou um pouco e depois sumiu, mas isso não importava muito, pois o moreno ainda conseguia ver o tebo, apesar das coisas ao seu redor terem ganhado um tom azul marinho, ele não conseguia ver detalhes de mais nada além do tebo.
O tebo veio em sua direção com força, apesar de estar mais lento do que no começo, devia estar se cansando, desviou mais uma vez por pouco, mas tropeçou em alguma coisa e caíra no chão, o javali aproveitou a oportunidade e ia pular em cima de Harry para esmaga-lo, mas o rapaz simplesmente rolou para a esquerda, escapando por pouco e se levantou rapidamente, quase fora golpeado por um dos chifres de javali da criatura, que apenas rasgou um pouco da sua roupa, olhou para o alto rapidamente, viu que entre o azul escuro do topo, algo como frestas de um azul claro, invadia o local, devia ser luz, deve estar amanhecendo, não tinha muito tempo, não se preocupou mais com a varinha, depois a encontrava, o tebo veio correndo em sua direção, ele deu as costas para o animal e correu como se fugisse, a enorme criatura o seguiu, o moreno viu a árvore só quando estava muito perto dela, iria aproveitar, correu mais rápido, o animal atrás dele, quando estava a dois passos da árvore saldou, bateu o pé direito no enorme tronco e deu mais impulso para o alto, com isso o tebo batera na arvore com força, o moreno deu um mortal de costas e subiu nas costas do animal, que mesmo atordoado começou a se debater para tirar o estranho de cima, mas o rapaz se segurava firmemente nos pelos espessos com uma mão e com a outra simplesmente encostou no lombo no animal.
_Shar Shi. As palavras saíram dos lábios do moreno como uma sentença dura, uma leve brisa passou perto dele e o javali simplesmente caíra, em seus olhos o brilho da vida o abandonava pouco a pouco, o moreno saltou do lombo do animal e esperara o ultimo sopro de vida abandonar aquele animal, que em breve teve o seu eterno sono. _Lutou com valentia. Falou o moreno fechando os olhos e quando os abriu eles voltaram aos verdes de sempre.
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O Sol já nascera por completo Harry estava sentado no chão encostado no rochedo, a pele do Tebo estava a sua direita, fora totalmente tirada graças a um feitiço que pensou que nunca ia usar, viu o animal sem pele a alguns metros a sua frente, os tímidos raios de sol passavam pela copa das árvores e davam uma aparência malhada ao chão, ele ouviu algo, parecia o barulho de pinças, não demorou muito e ele viu a imensa acromântula descer pelo tronco da árvore perto de onde o Tebo estava, ela olhou para a imensa presa e parecia excitada com a presa, logo direcionou seus oito olhos negros para o humano.
_Cumpre o que diz. Falou a acromântula em tom profundo. _Vá embora, pois algumas de minhas irmãs estão chegando.
_Só estava esperando você chegar. Falou Harry demonstrando pelo tom de voz uma despreocupação incrível, bocejou, estava com um pouco de sono, olhou para sua esquerda, sua camisa estava lá, a única coisa que lhe cobria parcialmente o peito era o sobretudo aberto, pegou a pele do Tebo e a jogou no ombro, em seguida pegou sua camisa estendeu a mão para o vazio e sua varinha veio voando de um ponto do chão, apontou a varinha para a camisa suja e molhada. _Portus. Murmurou, a camisa emitiu um brilho azul e depois voltou ao normal, o moreno sorriu para a imensa aranha que ainda o observava. _Qual o seu nome?
_Arag. Falou a acromântula, logo depois a imensa aranha viu um brilho azulado e o rapaz havia desaparecido, não se importou, tinha uma boa presa para se preocupar e nem ao menos notou que em um canto escuro, uma imensa naja observava a conversa e logo que o rapaz sumiu rastejou por entre a floresta.
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O Salão principal estava diferente do que costumava ficar, em vez das quatro mesas das casas havia somente uma mesa, não muito longa, nela estavam sentadas poucas pessoas, entre elas Alvo Dumbledore, Severos Snape e Remo Lupin e por alguma razão uma garota de cabelos negros ondulados e pele branca, todo mundo tomava o café com uma certa animação, ou quase todo mundo, vendo que Lupin parecia estar concentrado em algo que somente Dumbledore e Snape sabiam o que era.
_Então Professor Lupin. Falou a garota de cabelos negros, ela devia ter no máximo dezessete anos. _Por que esta na escola?
_Tive de resolver umas coisas com Alvo. Falou Lupin meio que vagamente olhando para o vazio. _Assunto da Ordem.
_Eu posso saber o que seria? Perguntou a garota.
_Na hora certa você saberá. Falou Lupin sorrindo para a garota, Snape lançou um olhar severo a ela, o que a fez ficar quieta e voltar sua atenção para a porta de entrada do salão principal, e por um instante soltou uma exclamação audível de surpresa ao ver alguém aparecendo do nada ali, o que fez as outras pessoas da mesa olharem para a mesma direção e observarem o que parecia ser James Potter, em pé, todo sujo, de seus cabelos pingavam água e lama e as vestes não estavam diferentes, a não ser que ele estava sem camisa e parte de seu peito nu aparecia por entre o sobretudo aberto e a garota não pode deixar de notar o quão bonito ele, era mesmo com toda aquela sujeira.
_Cara, to com fome. Falou o rapaz.
_James? Perguntou McGonagall surpresa e se levantando da cadeira, suas mãos estavam levemente tremulas, não podia acreditar que ali estava.
_Aqui esta. Falou Harry tentando ignorar a professora de transfiguração e jogando a imensa pele do tebo no chão.
_Como? Perguntou Lupin espantado, não só pelo rapaz ter jogado a enorme pele cinzenta do tebo, que era facilmente ligada a criatura. _Como conseguiu tão rápido?
_Quem é ele? Perguntou a garota ao professor de poções, notou um certo tom sonhador vindo dela e não gostou nada daquilo.
_Potter, vá agora tomar banho e se vestir decentemente! Estamos em uma escola, mais precisamente em um lugar onde fazemos refeições, então suma e só volte quando estiver apresentável. Rosnou Snape em seu habitual tom seco, a garota olhou para ele e depois para Harry tentando associar o que captara.
_Hai. Disse o rapaz não se importando muito já que estava com sono mesmo e nem sabia se voltaria para comer algo.
_Quando terminar vá ao meu escritório. Disse Dumbledore em tom calmo analisando o rapaz, este fez um aceno com a mão e saiu do salão sem se importar muito.
_Potter? Perguntou a garota de cabelos negros.
_Agatha depois você saberá das coisas. Falou Lupin em tom bondoso para a garota que sorriu. _Mas por favor não comente com ninguém sobre esse acontecimento.
_Esta bem professor. Disse Agatha ainda perdida, mas pelo que entendera aquele rapaz era um Potter, bom não era difícil de imaginar isso já que ele era muito parecido com o grande James Potter.
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Harry saiu do banho somente vestindo uma bermuda leve e se espreguiçando levemente, o vapor saia do banheiro, o moreno se jogou na cama e limpou sua mente com oclumência, queria dormir um pouco, mas antes mesmo de fechar os olhos ele ouve um estalo se senta na cama e vê que no meio do quarto estava Dobby com uma bandeja cheia de comida, provavelmente do café da manha.
_Dumbledore mandou Dobby trazer comida para jovem senhor Potter. Falou o elfo domestico com respeito.
_Obrigado. Falou Harry sorrindo e então viu os grandes olhos do elfo se encherem de lagrimas e em seguida com sua voz esganiçada ele desatou ao choro.
_Harry Potter é bom bruxo. Falou Dobby entre o choro. _Ninguém agradeceu a Dobby antes, Dobby sabe que Grande Harry Potter é bondoso.
_Calma. Falou o moreno, tinha se esquecido que o elfo era meio que escandaloso com algumas coisas, então parou por um instante e ficou curioso com algo. _Sente-se um pouco e me acompanhe no café. Falou o Harry se arrependendo em seguida, quando os choro e os elogios de Dobby aumentaram mais ainda. _pare de chorar. Falou em tom brando, mas sério, o elfo segurou o choro e sentou em uma cadeira que tinha no quarto, seus grandes olhos olhavam a Harry com admiração, o moreno se sentou em outra cadeira em frente a uma pequena mesa que tinha em seu quarto. _Dobby como você veio parar aqui?
_Mestre Dumbledore salvara Dobby, mestre Dumbledore é grande bruxo. Falou o elfo como se idolatrasse a Dumbledore, o que fez o moreno sorrir, provavelmente era isso mesmo. _Dobby vivia com família má, muito má, então Dobby cometera um erro e fora castigado por isso, então grande Dumbledore aparecera e o ex-amo de Dobby por engano jogou uma peça de roupa para Dobby, uma meia velha que Dobby tinha manchado, então eu fui liberto... O elfo parou de repente e vendo que falara muito pulou da cadeira e se não tivesse sido impedido pelo moreno estaria batendo a cabeça na parede ou no chão.
_Calma. Falou Harry com mais firmeza o elfo ficou mais calmo. _Você recebe algum pagamento?
_Dobby é elfo. Falou o pequeno Elfo com um brilho nos olhos. _Elfos não recebem pagamento, mas Dobby esta feliz trabalhando aqui.
_Foi bom conversar com você. Falou Harry sorrindo e já viu os olhos do elfo se encherem de lagrimas rapidamente. _Você poderia me mostrar o caminho para a enfermaria?
_Dobby Pode. Falou o elfo abrindo um enorme sorriso. _Dobby ajudar a Harry Potter no que Harry Potter quiser.
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Harry estava em frente às portas da Enfermaria, mexeu no bolso de suas vestes onde encontrou dois pequenos frascos, um estava completamente cheio de um líquido prateado e brilhante em quanto o outro estava cheio com o que parecia ser sangue verde musgo, tinha mais alguns frascos com o mesmo sangue verde musgo e mais um com o sangue prateado de unicórnio que fora tirado do chifre do tebo.
_Tem alguém ai? Perguntou o moreno entrando na enfermaria, ela estava um tanto silenciosa, não pensava que Madame Ponfrey estivesse ali nas férias, mas valia a pena tentar, um barulho ao fundo da enfermaria lhe chamou a atenção, além do estranho contraste de ver coisas como aparelhos médicos, aparentemente trouxas, em alguns leitos, olhou para de onde veio o barulho e encontrou, não a enfermeira, mas sim a garota que estava na mesa com os professores mais cedo, ficou curioso para saber quem seria ela, nunca a vira na frente.
A garota vinha andando a passos rápidos em sua direção, ele a analisou de longe, era bonita, cabelos longos e negros, meio ondulados, a pele branca e os olhos intensamente negros, ela chegou cada vez mais perto, até parar a três passos dele e o olhar com interesse, como se analisasse algo muito interessante e incomum.
_Tem alguma enfermeira aqui? Perguntou Harry incomodado com o olhar intenso da garota, que pareceu tremer levemente com sua voz.
_Tinha. Falou a garota. _Morreu há alguns meses quando foi visitar a família no território inimigo. Aquilo pegou Harry de surpresa e então se lembrou que Baha dissera que algumas pessoas estariam mortas outras vivas, algumas que ele nunca conhecera, outras que já conhecera e convivera. _Eu sou Agatha Isabelle Snape. Disse um tanto alegre ao rapaz, parecia animada por conseguir falar com ele.
_Snape? Perguntou Harry, que deixou escapar uma parcela de surpresa em sua voz, a garota pareceu estranhar aquilo. _Me desculpe, mas é que Snape não me parece nada com um pai.
_Ele é meio frio com os outros. Falou Agatha não se incomodando em ouvir aquilo, sabia do gênio terrível de seu pai. _Mas o que você queria aqui?
_Eu queria pegar uma poção revitalizante. Disse o moreno calmamente. _Não estou a fim de dormir sabe. Disse sorrindo levemente, o que fez a garota corar levemente.
_Tem umas aqui que eu posso lhe dar. Falou indo em direção a um armário cheio de medicamentos de onde tirou um pequeno frasco com algo vermelho sangue dentro. _Feito com poucas gotas de sangue de dragão e lágrimas de fênix mais ervas orientais. Disse lhe entregando o frasco, o moreno o pegou e rapidamente bebeu a poção, o gosto ruim não lhe incomodou, já era acostumado com medicamentos ruins e logo sentiu seu corpo descansado. _Não é bom tomar muito disso, seu corpo precisa de descanso natural, não proporcionado por poções.
_Você parece entender de poções. Falou o moreno, bom ele sabia que ela sendo filha de Snape no mínimo saberia sobre poções, mas como tinha de fingir.
_Meu pai ensina poções aqui. Disse Agatha surpresa por ele não saber daquilo.
_A desculpe, eu sou Harry Potter. Disse o moreno desviando levemente de assunto. _Já que seu pai é preparador de poções será que poderia me levar até ele?
_Claro que posso. Disse Agatha deixando escapar um tom um tanto animado de mais, logo ela e Harry saíram da enfermaria e começaram a caminhar pelos corredores tomando o habitual caminho para as masmorras. _Você se parece muito com James Potter.
_Quem? Perguntou o moreno disfarçando um tom curioso.
_Você não sabe quem é James Potter? Perguntou Agatha surpresa. _Por onde você tem andado?
_Não sei. Falou o rapaz adquirindo um tom mais longínquo e olhando para o vazio. _Não lembro de onde eu venho nem de nada, tudo que eu lembro são poucas coisas, entre elas o nome Harry Potter.
_Desculpe. Falou Agatha percebendo que dera um fora.
_Tudo bem. Falou o moreno. _Pode me contar sobre esse James Potter?
_Claro que posso. Falou a garota animada. _Bom.
“James Potter foi um grande combatente contra Voldemort e os comensais, ele era muito poderoso, assim como sua mulher, Lílian Evans Potter, ambos lutaram bravamente na guerra, os dois sozinhos desbancaram operações e ataques de vários comensais e enfrentaram pessoalmente o próprio Lorde das Trevas e saíram vivos, claro que eles não foram os únicos, também tiveram os Longbotton, as duas famílias eram bem próximas, mas os Potters se destacavam não só em combate, mas também em suas ações fora dos campos de batalha, Lílian foi uma grande Inominável, descobriu feitiços e poções que até hoje nos ajudam e Tiago também descobriu muitos feitiços de proteção e de ataque e os usou contra os comensais. Aí um dia, a uns dezessete anos houve uma grande batalha, muitos presenciaram, foi a maior de todas as batalhas naquela época, foi tão grande que revelou de vez o mundo bruxo para os trouxas, nessa batalha grandes nomes da magia se encontraram, comensais e os antigos aurores dizem que depois de um tempo toda a batalha parou simplesmente para observar uma luta, uma única luta, a de James e Lílian contra o próprio Lorde das trevas, ninguém ate hoje conseguiu explicar em palavras a grandiosidade daquele duelo, feitiços tão fortes que eram capazes de derrubar dezenas eram proferidos, até o próprio chão parecia tremer, pelas lembranças cedidas de alguns muitos puderam ver a batalha, depois do termino Voldemort estava encurralado pelos Potters, os dois juntos eram imbatíveis, então ele pronunciou a maior de todas as imperdoáveis...”
_Imperdoaveis? Perguntou Harry confuso, interrompendo a narração.
_Três maldiçoes das trevas proibidas por lei. Falou Agatha não se importando por ser interrompida. _A maior e mais perigosa de todas é a maldição da morte, o Avada Kedevra.
_Não sabia que ela era proibida. Disse o Rapaz disfarçando um tom pensativo. _Mas por favor, continue.
_Há sim, onde eu parei mesmo? Perguntou Agatha, que estava meia atordoada pelo que ouvira e entendera daquilo. _há sim...
“Voldemort utilizou a maior de todas as imperdoáveis, não que ele já não a tivesse usado naquele combate mas ele a usou de outra forma, ele a direcionou diretamente para James Potter, pelos relatos fora tudo muito rápido, em um segundo Lílian Potter estava a frente do marido, de costas para a maldição, ninguém sabe o que ela disse para ele antes da maldição acertá-la e ela cair morta diante do marido, o que aconteceu a seguir foi algo que nem o lorde pode esquecer, pois sentiu na pele, a fúria de James Potter estourou ao máximo e ele recomeçou a duelar com fúria, cada feitiço que Voldemort tentava fazer para se proteger era repelido ou desviado por dois de James, que não mais proferia nenhum feitiço protetor, eram apenas feitiços de ataque, alguns feitiços do lorde bateram nele, mas ele nunca recuou um único passo, sempre continuou avançando, pelo que muitos dizem o lorde das trevas estava com medo de James, por fim ambos lançaram feitiços simultâneos que se chocaram no ar e causaram uma grande explosão de luz que cegou muitas pessoas, quando elas puderam voltar a enxergar tudo que viram foi o corpo de Voldemort caído aos pés de James, o lorde das trevas estava praticamente em pedaços, ninguém sabe como ele ainda estava vivo, por fim o silencio pareceu reinar no campo de batalha, mais mortal que nunca, e a risada maléfica de Voldemort foi ouvida segundos antes de um de seus lacaios aparecer e pegar o corpo destroçado do mestre e desaparecer aparatando, não demorou muito e todos os comensais começarem a aparatar, mas não antes de verem James Potter tombar de costas ao chão de olhos ainda abertos, praticamente morto.”
_O que aconteceu? Perguntou Harry sem entender o por que dela ter parado.
_James Potter morrera minutos depois, ainda deitado no campo de batalha ao lado de sua esposa. Disse Agatha em tom profundo. _A morte de James e Lílian Potter foi o estopim de uma nova era, os trouxas sabiam agora de nossa real existência, no começo ouve conflitos entre trouxas e bruxos, Voldemort desaparecera por um ano e por fim Dumbledore conseguiu entrar em acordo com muitos governos trouxas criando a atual Aliança da fênix, muitos paises não aceitaram entrar na aliança e desprezavam os bruxos, aos poucos esses paises foram conquistados por Voldemort e seus lacaios, a Guerra dos dois mundos começou e os nomes de James e Lílian viraram lendas em cada canto do mundo conhecido, são até mesmo respeitados pelos partidários das trevas.
_Então trouxas e Bruxos estão vivendo lado a lado. Falou Harry pensativo. _Oi Professor. Falou o moreno fazendo Agatha olhar em volta, estava já nas masmorras e nem ao menos percebera, estavam a alguns metros da porta da sala de seu pai e na porta estava Dumbledore, que os olhava com interesse, não demorou muito e Snape aparecera, e não gostara nada de ver Agatha tão perto do Potter, para ele ela devia ficar no mínimo cem metros longe do rapaz.
_Agatha, sai. Falou Snape em tom ríspido lançando um olhar frio a filha, que não se intimidou e devolveu o olhar na mesma altura, o que fez o moreno achar graça, afinal a garota parecia um tanto diferente do pai, principalmente na personalidade, mas pelo visto ela podia ser igual ao velho Severo Snape se assim quisesse, ou pelo que notara, fosse contrariada.
_Obrigado Agatha. Falou Harry olhando para a garota, deixando um tom de agradecimento sair, a tempos não fazia aquilo direito. _Talvez nos vejamos mais tarde. Falou mais uma vez recomeçando a andar em direção aos professores, deixando a garota sem saber o que fazer por um segundo, por fim ela lançou um olhar de desagrado para o pai e deu as costas, voltando para a enfermaria.
_Ouça bem Potter. Falou Snape em tom baixo e mortal, esquecendo do diretor por um segundo. _Não quero ver você nem se quer um metro perto de minha filha ou se não haverá conseqüências.
_Era para eu ter medo? Perguntou o moreno em tom frio, encarando os olhos negros de Snape que se encheram de fúria. _Será que poderíamos fazer o ultimo teste rápido? Perguntou olhando para o Diretor que observava aquilo quieto.
_Estávamos indo chamá-lo agora. Falou Dumbledore em seu habitual tom calmo e com seus olhos azuis muito analíticos. _Queira nos acompanhar por favor. Disse o diretor andando pelo corredor, ao seu lado estava Snape, que só saiu quando lançou um feitiço de tranca na sua sala.
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Harry estava um pouco surpreso, não que demonstrasse alguma coisa, seu rosto não demonstrava qualquer reação de surpresa, assim como seus olhos, mas no seu intimo estava, nunca estivera naquele lugar do castelo, devia ficar acima do sétimo andar para ter tanto espaço assim, parecia uma pequena catedral pelo teto alto, em um ponto o teto era de vidro, o que deixava muita luz entrar no local amplo que ainda tinha algumas colunas de pedra, que parecia sustentar o peso do teto, mesmo o moreno sabendo que sem elas o teto ficaria firme e forte, o chão de pedra negra seria igual ao do resto do castelo se não fosse polido e quase liso, se não fosse pela aspereza da pedra. Na sala também havia algumas pessoas, provavelmente membros da alta cúpula da Ordem, se bem que ele não sabia ao certo como funcionava a Ordem nesse mundo, visto que ela fora substituída pela tal Aliança, provavelmente ali deveriam ser pessoas fieis a Dumbledore.
_Harry. Falou Dumbledore chamando atenção do moreno. _Seu terceiro teste é duelar como o professor Snape, mas ouça bem, você só poderá usar DCAT e Artes das trevas. Falou o velho diretor em tom cuidadoso. _O duelo começará em dois minutos e será tratado como um duelo real, só não se pode matar o seu oponente, por tanto nenhuma maldição da morte pode ser usada.
_Hai. Falou o moreno lançando um olhar para Snape que já estava a uns cinco metros a frente em postura de quem já ia começar a duelar. _Mas e a platéia?
_Pessoas de confiança que, assim como eu, analisarão o duelo e o seu potencial nesse ultimo teste. Falou o diretor em tom calmo. _Não se preocupe, estaremos protegidos por feitiços escudo poderosos. Ao dizer isso o diretor caminhou para o canto em que os outros “jurados” estavam, deviam ser cinco ou seis, nenhum que Harry realmente conhecia.
No minuto restante Harry não pensou em nada, apenas cronômetrar o tempo restante mentalmente e reforçando em muito suas proteções mentais, de tal forma que nem mesmo Dumbledore ou qualquer outro conseguisse no mínimo ver uma centelha de seus pensamentos. O tempo estava acabando e ele ainda não tinha pegado a varinha de suas vestes, batera a mão em suas vestes e finalmente se lembrou dos frascos, tinha de tomar cuidado para não quebrá-los, agradecendo mentalmente que o sobretudo, que limpara com um feitiço, era resistente a magia não física, então vendo que faltavam apenas trinta segundos tirou o sobretudo e colocou ao lado de uma das colunas mais próximas, assim que voltou ao seu lugar o tempo terminara, então ouviu um grande estouro, como o de um canhão e viu um feitiço roxo berrante voando em sua direção, sabia qual era e sabia como se livrar dele.
_Makri Extin. Murmurou em tom baixo, o feitiço roxo berrante sumiu a centímetros de seu corpo, não esperou para ver a reação de surpresa dos demais, que não viram se quer ele pegar a varinha, não tinha tempo para isso, pois mais três feitiços vieram sem sua direção, feitiços não verbais, era coisa do velho Snape mesmo, mas ele conhecia cada feitiço do professor de poções, saltou para a esquerda deixando os feitiços passarem a pouco mais de quarenta centímetros de seu corpo, tinha de revidar, com um feitiço negro talvez. _Magnus. Falou em tom alto, era um feitiço antigo de artes das treva e pouco conhecido e pelo visto Snape se surpreendera com ele, pois pulara para a esquerda com uma agilidade que não condizia a ele, segundos antes de um jorro de luz dourada passar o local onde estivera a algum tempo e depois bater no chão, que ficara vermelho e parecia meio que liquefeito e borbulhante.
_Crucio. Falou Snape em tom forte, o ódio era claramente visto em seus olhos, o feitiço pegou bem no peito de Harry o lançando para trás com força, o fazendo cair de costas ele sentiu a habitual dor da maldição, mas não gritava, já sentira maldiçoes mais poderosas que aquela, apenas continuava deitado e imóvel ouvindo os passos de Snape no chão de pedra polida, que ecoava pelo grande salão, quando ele estava ao que o moreno julgava ser uns cinco passos se levantou com rapidez, surpreendendo o mestre de poções.
_Fragate. Falou apontando para o braço esquerdo de Snape, com a força do feitiço o professor teve seus pés tirados do chão e girou no ar por algum tempo antes de cair, logo uma pequena poça de sangue se formou aonde ele caiu, não ouve nenhuma reação dos “juizes”, não demorou muito e logo Snape começou a se mexer mais uma vez, primeiro se pôs de joelhos, a manga comprida esquerda fora despedaçada, deixando amostra o braço dele, que estava praticamente banhado em sangue, com vários ossos perfurando a pele, se pôs de pé rapidamente, deixando o braço pendurado e ignorando a dor, não deixaria aquela mera copia de James Potter fazer aquilo, não deixaria mesmo, ele ia ver.
_Magnus. Falou Snape com seu tom de voz carregado de ódio, o jorro dourado foi em direção do moreno, que desviou por pouco, tendo sua veste chamuscada do lado direito. _Crucio. Harry não entendia, o professor vira que aquela maldição não fazia efeito nele, bom, fazer fazia, mas teria de ser mais forte, ignorou e desviou também. _Lesk. Uma cruz roxa foi em direção do rapaz, ele sabia que aquilo era fatal se pegasse no peito.
_MÁXIMA. Murmurou, um escudo dourado subiu do chão, o protegendo do feitiço, que voltou para Snape, mas para a surpresa de Harry o professor não estava mais lá, olhou em volta, e quando olhou para a direita viu o professor saindo de trás de uma coluna de pedra.
_Fragate. O feitiço acertara em cheio o braço direito de Harry e o lançou para a esquerda o fazendo bater com força em outra coluna e cair no chão com violência, olhou para o braço, já que ele estava com uma camisa de mangas curtas, e viu um grande pedaço de osso amostra e logo o sangue saiu em abundancia, ignorou, tivera ossos quebrados na guerra, tinha de suportar a dor, se levantou, a varinha estava a alguns metros a sua frente, visto que ele a largara com a dor inicial de ter seu braço fraturado. _Perdeu Potter. Falou Snape a dois passos do moreno, que ainda sentado e encostado na coluna olhou para o alto para encarar aqueles olhos negros e frios, e então sorriu pela primeira vez, mas não um sorriso bom, não, era um que causava arrepios em Snape, o moreno levantou o braço esquerdo e apontou em sua direção, por um instante o professor de Poções achou aquilo ridículo, mas então teve o seu corpo acertado por uma força invisível e dolorosa, que o arremessou para trás com velocidade, fechou os olhos se preparando para o impacto, que nunca veio, abriu os olhos e se viu flutuando a alguns metros do chão, o Potter em pé, o olhando com aquele sorriso que não lhe chegava aos olhos.
_Só comemore a vitória quando o inimigo estiver morto ou incapacitado. Falou o moreno em tom seco, na verdade aquela fala fora uma das muitas que Snape falara em seu mundo quando o ensinava Artes das Trevas. _Você perdeu. Falou o moreno fechando lentamente a mão, então um gemido de dor saiu de Snape que sentia seu corpo ser esmagado pela mesma força invisível que o mantinha no ar, foi rápido, um jato negro bateu em Harry o lançando mais uma vez para a mesma coluna, só que dessa vez a fez rachar, em quanto isso Snape despencava de mais ou menos uns três metros de altura, quando caiu pesadamente no chão batera a cabeça, perdendo a consciência.
_Vejam só, temos um jovem Potter aqui. Falou uma voz muito conhecida do moreno, só que tinha algo diferente, não tinha aquele tom maníaco, fruto de anos em Azkaban, ele sentiu ódio e se levantou sem se importar com o braço direito, que ainda pingava sangue, muito menos se importou com a falta de sangue, ele só sentia a garganta seca e a fúria crescendo em seu peito, aquela mulher estava em sua frente, finalmente ele podia se vingar, não pudera fazer isso pois Moody a matara em seu mundo, mas agora ele tinha a chance e iria aproveita-la ao máximo, iria faze-la sofrer. _Será que devo chama-lo de Bebê Potter? A voz infantil fez os olhos de Harry se encherem de uma fúria nunca antes vista, ele encarou a mulher, muito bonita e alta, de cabelos muito negros e olhos de um azul escuro profundo, o mesmo sorriso de deboche que ele conhecia.
Não soube como seu corpo conseguira se mover tão rápido a ponto de já estar ao lado de Bellatrix Lestrange, muito menos de onde vinha aquela aura verde, um leve tremor passou pelo grande salão de pedra, o moreno fechou o punho esquerdo em fúria, queria que ela sentisse na pele a dor, e por fim socou a face de Lestrange com fúria, que por alguma razão teve seus pés arrancados do chão e o corpo lançado para a esquerda e cair no chão, onde rolou quase um metro e meio, mais uma vez o moreno não soube como seu corpo se movimentara tão rápido, mas não se importava, logo estava em pé, ao lado de Lestrange, seus olhos verdes encararam os azuis cheios de medo da comensal, ele passou a perna esquerda por cima do corpo dela, ficando em cima dela.
_Alptraum-Flammen. Falou o moreno com a palma da mão esquerda a centímetros do rosto de Bellatrix, chamas negras e vermelho sangue saíram da palma de sua mão e envolveram a comensal, que começou a berrar como se estivesse sobre a maldição da dor, as chamas não consumiam suas roupas nem sua pele, apenas continuavam queimando e ela gritando como se sentisse tudo queimando e Harry não pode deixar de mostrar a satisfação ao ouvir aquilo, ela merecia, matara muitos e merecia sofrer para isso em vida e em morte.
_Estupore. Uma luz vermelha acertou Harry nas costas e o lançou para frente quase um metro, o fazendo cair de peito no chão, inconsciente, as chamas em cima de Bellatrix começaram a desaparecer aos poucos, até se apagarem e os berros dela cessaram, logo que isso aconteceu ela desmaiou sem forças, aos poucos o seu corpo começou a mudar, em vez dos olhos azuis, típicos dos Black, apareceram olhos castanhos escuros, os cabelos adquiriram um tom rosa berrante, a pele ficou mais bronzeada e o corpo diminuiu um pouco. _descanse um pouco Tonks. Murmurou Dumbledore se abaixando ao lado da mulher e guardando sua varinha em sua capa.
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n/a: espero que gostem.............votem e comentem muito^^............t+
Comentários (1)
Olha o Harry realmente tem uma paciencia de monge tibetano com esses textes eu ja teria gritado que queria ser ajudado e não morto e q estava indo atras do tal Tom pra ele me ajudar.
2011-03-22