Prazer em conhece-lo, Harry Po
Capítulo Dois - Prazer em conhecê-lo, Harry Potter.
Ao chegar a casa com seu irmão Cassandra percebeu que todos os móveis já estavam em seus respectivos lugares. Ah, mágica não é uma coisa maravilhosa?
Ela subiu calmamente até o seu novo quarto. A grande janela estava aberta, permitindo que entrasse alguma luminosidade provaniente das luzes da rua, vendo que já estava escurecendo.
Três das quatro paredes eram brancas e a parede que ficava por trás da cama era pintada de rosa-shocking. A cama da Cassandra era branca de madeira com um dossel, afinal, ela sempre odiou insetos. Todos os detalhes do quarto eram no mesmo tom da parede, desde as almofadas até as cortinas. Sobre a cama havia uma caixa com umas fotos caindo. Cassandra jogou seu casaco sobre essa caixa.
Ela mordeu a ponta do dedão enquanto pensava no que faria em seguida. Por fim se decidiu por tomar banho e dar outro passeio, desta vez desacompanhada, pela rua. Ela entrou no banheiro e tomou um demorado banho.
Depois de se banhar ela abriu seu armário a procura de uma roupa. Estavam todas em seus respectivos cabides. Como Cassandra amava aquele bendito enfo doméstico. Ela sorriu enquanto pegava uma blusa e uma calça jeans. Enquanto se abaixava para pegar sua bota encontrou seu malão guardado. Cedo ou tarde teria que arrumá-lo para ir para Hogwarts. Bom, que fosse tarde então.
Depois de secar o cabelo e colocar a varinha dentro da bota, uma das muitas manias que tinha, ela desceu e saiu.
O sol estava se pondo enquanto ela andava pela rua pra ver se conhecia alguém, nem que fosse um trouxa. Bom, pelo menos alguém melhor que seu novo amigunho, Duda.
Ela andou por alguns metros antes de reparar no céu sobre sua cabeça. Vendo como estava bonito ela decidiu sentar-se e observá-lo. Se havia uma coisa que realmente a prendia por horas era o céu. Desde pequana ela sempre adorou observar as estrelas, procurar desenhos nas nuvens.
Depois de algum tempo uma nuvem tentava se impor timidamente. Cassndra esticou a mão na direção da nuvem e pensou que se ela fosse essa nuvenzinha todo o céu já estaria coberto por ela, nunca tivera dificuldade nenhuma em se impor ou se fazer perceber. Como se com inveja do cometário de Cassandra rapidamente todo o céu estava coberto por nunvens e neblina. Ela se encolheu. Era realmente estranho como o tempo havia fechado rapidamente.
Ela se levantou pesadamente e tomou o caminho de casa, afinal, já havia tomado um banho no dia, não estava nem pouco a fim de tomar outro, principalmente de chuva.
O tempo havia ficado extremamente fechado, ela reparou. Não conseguia ver um palmo a sua frente. Ela apertou os olhos com o intuito de ver melhor. Uma sombra passou perto da garota. Ela deu um pulo e se encolheu ainda mais. Olhando em volta milhares de teorias passaram pela cabeça dela como um raio, se a contasse que ela pensaria em tanta coisa tão rápido ela jamais acreditaria, mas é como dizem, o escuro desperta a imaginação. A sombra a ladeou novamente. Em um movimento brusco ela pegou sua varinha e a apontou para o nada. Ela pensou se era realmente prudente usar outro feitiço.
-Oh, mas que se Dane – ela disse impetuosa – Lumus Maxima.
Imediatamente a ponta da varinha se acendeu. Ela procurou em volta, mas não havia ninguém. Ao longe ela escutou algumas vozes e mesmo sem conhecer o dono delas resolvar procurá-las, afinal, era bem melhor do que ficar sozinha com algo que só Merlin sabe o que.
-Olá! – ela disse para o nada – Tem alguém aí? Ora, Vamos! Quem está aí?
Tão subtamente quanto havia fechado, o tempo começou a abrir novamente. Ela apagou a varinha e andou até dois garotos caídos no chão. Um deles, Cassandra percebeu, era bruxo, pois ele tentou esconder a varinha assim que viu a menina se aproximando.
- Não se preocupe – ela disse sorrindo e mostrando a própria varinha – O que houve aqui? Não foram... – ela fez uma pausa
-Dementadores? – ele perguntou e ela confirmou com a cabeça – foram. Você não encontrou com eles, encontrou? Digo você está bem?
- Vou sobreviver – ela disse com um sorriso – ei, eu conheço esse menino. É o garoto-porco – ela fez um ruído de desconcerto – você é amigo dele, não é? Eu sinto muito por tê-lo chamado de porco, ai eu falo demais às vezes.
- Ele é meu primo, mas – Cassandra enrubeceu até a raiz dos cabelos e fez uma expressão de profunda vergonha – Mas não tem problema, nós não somos exatamente um exemplo de primos próximos e ele tem mesmo cara de porco – Cassandra sorriu timidamente.
- Ele vai ficar bem?
- Vai – respondeu o garoto
- Puxa vida. Dementadores por aqui! Isso é incrivel, não? – disse olhando para o céu – apropósito, o meu nome é Cassandra. E o seu?
- Harry –
- Harry de que?
- Potter. E você?
- Cassandra Bla... Boscaretty – disse estendendo a mão – prazer em conhecê-lo, Harry Potter.
Mas antes que qualquer um dos dois pudesse se mecher eles escutaram passos vindo em sua direção. Era uma senhora que vinha correndo. Seu cabelo cinzento escapava pela redinha de cabelo, uma sacola de compras tinindo balançava no seu pulso e seus pés estavam metade fora dos chinelos de tartã. Cassandra e Harry fizeram mensão de enconder suas varinhas, mas antes que completassem a ação a senhora falou
- Não a guardem, garotos idiotas! - ela gritou. - E se houverem mais deles por aí? Ah, vou matar Mundungo Fletcher!
- Tá né – disse Cassandra – quem é a senhora?
- Sra Figg – Sussurrou Harry
- Oh, bem. É claro que é. Como eu não soube antes. Aparentemente há menos trouxas do que eu pensei neste bairo, hmm.
- A se eu pego mundungo, eu vou mata-lo!
- E Mundungo, quem é? – ela sussurrou para Harry, que deu de ombros.
- Ele saiu! - disse a Sra. Figg, fechando com força as mãos. - Saiu para ver alguém sobre um bando de caldeirões que caiu de uma vassoura! Disse a ele que o esfolaria vivo se saísse e agora veja! Dementadores! Foi sorte eu ter posto Seu Patinhas pra fora! Mas não temos tempo para ficar por aqui! Apresse-se, agora, temos que levar vocês de volta! Ah, o problema que isso vai causar! Vou matá-lo!
- Você é... Você é uma bruxa? – perguntou Harry
- Sou um aborto, como Mundungo sabe muito bem, então como eu poderia ajudá-lo a lutar contra dementadores? Ele deixou você sem nenhuma cobertura quando eu avisei a ele...
- E eu que pensei que seria chato me mudar – disse Cassandra – essa rua é muito mais animada do que parece – Harry lhe lançou um olhar significativo.
- Esse Mundungo estava me seguindo? Espera aí... Foi ele! Ele desaparatou na frente da minha casa! – disse Harry
- Não, não – interrompeu Cassandra – essa teria sido eu.
- Você? – Harry perguntou surpreso
- Não, não, não, não foi o Mundungo mesmo, mas foi sorte eu ter colocado Seu Patinhas debaixo do carro só pra ter certeza e Seu Patinhas veio me avisar, mas na hora que cheguei na sua casa você tinha saído... E agora... Ah, o que Dumbledore vai dizer? Você! - ela gritou para Duda, ainda deitado no chão do beco. - Tire a bunda gorda do chão, rápido!
- Eu te ajudo – disse Cassandra vendo o tamanho do garoto jogado no chão como uma criança.
Harry e Cassandra o pegaram um de cada lado, ele era realmente mais pesado do que parecia, foi necessário certo esforço para pô-lo de pé, e um esforço maior ainda para carregá-lo. Eles andaram até a casa de Harry, era dois números antes da de Cassandra. Parando apenas para que a sra. Figg fizese uma ameaça de morte a um homen chamado Mundungo
- Então, até logo – disse Cassandra para Harry – ah, antes que eu esqueça você estuda em Horwarts né?
- Estudo. Mas por que...
- Não, não. Nada não. Eu só queria ter certeza – disse Cassandra sorrindo – Sabe, é que eu sou muito meio distraída. É verdade, você foi o campeão do torneio tribruxo no ano passado, competiu com a Fleur. Por culpa sua toda a minha coreografia foi inútil! – vendo o olhar confuso de Harry acrescentou – eu era líder de torcida na França, e eu tinha feito toda a coreografia pra Fleur, pra quando ela ganhasse, mas você ganhou!
- Oh, então você estava lá!
- É claro – disse – eu era de Beauxbatons, amiga de Fleur, eu fui com um garoto de Hogwarts ao baile.
- Eu sinto muito, mas eu não reparei.
- Não se preocupem, poucas pessoas o fariam – disse se virando – sabe, se você ainda estiver aí amanhã nós podemos dar uma volta!
- Claro, vai ser bom conversar com outro bruxo!
- Bruxa, com A, por favor – e dando um beijo em cada bochecha de Harry – au revoir! – ela se virou e foi andando em direção a sua casa, mas Harry a chamou novamente
- Qual é a sua casa?
- Seis! Logo depois da sua! Somos quase vizinhos – acrescentou piscando para Harry.
Ela seguiu até sua casa. Entrou. Foi até a cozinha e pegou um prato e saiu à procura de comida. Ela estava na ponta do pé no alto de um banquinho remexendo um armário quando seu irmão chegou.
- Se você está procurando por comida, não vai achar aí – disse Jack surgindo na porta
- Por quê? – perguntou descendo do banco – aonde vocês esconderam a comida dessa casa?
- Pergunte para a mamãe – respondeu o garoto dando de ombros – eu não sei!
- Tá bem. MÃE! – gritou a garota – MAMÃEZINHAA.
- O que foi Cassandra? – respondeu a mulher do alto da escada – e pára de gritar pela casa menina! Quer que os vizinhos pensem que somos loucos?
- Não... AAAAH! – gritou a garota novamente, com o seu grito mais agudo possível, o que lhe rendeu um olhar irado de sua mãe que estava descendo a escada – falando em vizinho, sabe o que aconteceu hoje, comigo? Com a sua filhinha linda e maravilhosa?
- Se eu perguntar você pára de gritar? – perguntou Jack
- Só por que você perguntou!
- Então tá – falou o garoto fingindo falta de interesse – o que aconteceu?
- Eu...
- Você...
-... Conheci o nosso quase vizinho, o garoto que mora na casa Quatro! – disse a garota rindo triunfante
- E daí? – perguntou a mãe de Cassandra – Cassandra, francamente eu tenho coisas mais importantes para fazer!
- E você não quer nem saber quem é? – ela disse franzindo o cenho – Sua falta de interesse me comove mamãe.
- Ótimo, querida, qual é o nome do meu futuro genro? –
- O nome dele é... – Cassandra parou e olhou indignada – EI! Não teve graça, só por isso eu não vou contar que Harry Potter é nosso quase vizinho e que eu o conheci no meio de um ataque de dementadores!
- O QUE? – disseram o irmão e a mãe de Cassandra ao mesmo tempo
- Harry Potter? – perguntou Jack com os olhos brilhando.
- Dementadores? Aqui? Explique-me isso agora mesmo senhorita!
- Sinto muito, não vou – vendo o olhar de sua mãe completou – eu disse que não ia contar e não vou, prometi! Eu posso pensar em uma troca!
- Que tipo de troca?
- Você me diz onde você esconde a comida que eu penso no seu caso!
- Era só você perguntar pro elfo!
- Pro... Ai meu deus como eu sou burra! – disse batendo em sua testa – Pringless .
O elfo surgiu com um sonoro ‘Crack’. Ele mais baixo que Jack, tinha um nariz pontudo e curvado, grandes orelhas e olhos maiores ainda. Usava o mesmo tipo de roupa de todos os elfos domésticos, mas sempre muito brancas e limpas. Ele fez uma profunda reverencia
- Me chamou senhorita? – a mãe de Cassandra subia as escadas
- Aham! – disse Cassandra para o elfo – você viu onde a minha mãe escondeu a comida?
- Aqui, senhorita – disse o elfo abrindo um dos armários baixos
- O único que eu não olhei! – o elfo sorriu diante de brincadeira da patroa – muito obrigada Pringless, você me safou de uma morte trágica onde eu definharia até morrer de fome. MEU HEROI – gritou Cassandra abraçando o elfo, depois pegou um pacote de biscoitos – o que é isso? Parece ser trouxa!
- E é – respondeu Jack – a mamãe comprou hoje.
- E isso é comestível? – perguntou Cassandra analisando o pacote colorido
- Eu sei lá – respondeu o garoto – é melhor procurar outra coisa!
- Concordo – disse a garota revirando o armário – ah, comida! Sapos de chocolate! Ta afim?
- Claro – disse mordendo um pedaço do sapo – pode ficar com a figurinha?
- Toma. Eu vou dormir – disse dando um beijo na bochecha do irmão – tenha bons sonhos. Sonhe comigo!
- Mas aí seria um pesadelo!
- Je t’aime aussi –
- Eu sei!
Cassandra subiu as escadas e chegou a seu quarto, ela pegou um pijama qualquer e se trocou. Guardou a varinha na mesa de cabeceira, juntou todas as fotos que estavam espalhadas pela cama e as colocou dentro de uma caixa e jogou-a para o lado, ‘ amanhã eu arrumo’, puxou as cobertas e se deitou.
O seu gato subiu em colo e ali ficou ronronando. Ele era preto com grandes olhos azuis, um longo e fino rabo e, graças a um feitiço errado de Cassandra, não tinha unhas, seu nome era Merlin, pois esse era o bruxo que Cassandra que mais admirava. Cassandra se virou e o gato pulou para o chão. Ele se deitou em cima de um pôster com uma foto que, como todas no mundo da magia, se mexia, parecia ser um cartaz de rua, mas o gato estava encima da foto, impossibilitando ver quem era.
*
O dia nasceu quente e ensolarado. Cassandra se levantou e se trocou. Ela desceu para tomar café da manhã. Depois de devidamente alimentada (leia-se depois de comer como uma refugiada de guerra) ela subiu as escadas novamente e se trocou, tirou o pijama, colocou uma blusa e uma saia, prendeu os cabelos agora ruivos e se dirigiu a porta. No meio do caminho viu que o gato ainda repousava no mesmo lugar, ela o tirou dali, olhou o cartaz e o colocou na cama com a foto virada para baixo e saiu. No meio da escada ela foi interceptada por Jack que pulava em sua frente e gritava
- Você vai sair?
- Vou
- Aonde você vai?
- Eu vou...
- Encontrar com o Harry Potter?!
- Vou e daí?
- Me leva com você? – perguntaram, seus olhos brilhavam diante da chance de conhecer o grande Harry Potter.
- Se você prometer se comportar!
- Eu prometo!
Eles foram até a casa quatro e tocaram a campainha, esperaram por alguns minutos até que uma mulher atendeu. Ela parecia zangada com algo. Ela atendeu a porta de maneira seca.
- Sim?
- Nós gostaríamos de ver o... - começou Jack, mas Cassandra o interrompeu
- Me desculpe – disse – mas o Harry esta? – a mulher abriu a boca para falar, mas um garoto no fim do corredor a interrompeu.
- Deixa comigo mãe! – e ele veio correndo até a porta e se colocou na frente da mãe que saiu.
- Olá – disse o garoto – posso ajudá-la?
- Na verdade sim – ela disse – você pode me dizer se o Harry está? – o garoto imediatamente franziu o cenho.
- Não, ele não está, mas eu estou!
- É eu percebi! – disse Cassandra sorrindo educadamente – E você sabe onde ele está?
- Não ele foi embora, pra algum lugar, e vai demorar a voltar, só daqui a um ano.
- Bem, se ele não está com licença – disse se virando e indo embora.
Quando eles chegaram a casa, Jack estava extremamente emburrado e quando questionado por sua mãe ele apenas murmurou algo ininteligível.
Cassandra se jogou no sofá e começou a escutar o novo radio trouxa que sua mãe comprara. Só tocava, é claro, músicas trouxas, o que era bem melhor do que escutar Celestina Warbeck. Depois de cerca de meia hora escutando música no sofá Cassandra subiu até o seu quarto, onde ficaria escutando música em sua cama enquanto arrumava as fotos.
Cassandra sentou na cama com a caixa de fotos, imediatamente Merlin subiu no móvel esperando carinho e um colo quentinho, mas teve que se instalar no travesseiro. Cassandra não se importou do gato ter deitado em seu travesseiro, pois ele não passava de um ‘gato de senhora’, não perseguia ratos e nem qualquer outro tipo de animal, não saia da casa, e, como já disse, não tinha unhas.
Cassandra passou horas mexendo nas fotos, algumas ela colocava em um grande álbum, outras ela colava na parede com um feitiço adesivo e uma única, com seis pessoas, ela deixou em cima da cama, mas depois a colocou em porta retrato ou lado de sua cama. Então ela tirou o gato de seu travesseiro e se deitou. ‘Que dia mais inútil!’ penseu ‘ Eu devia tentar fazer alguma coisa! Pensando bem, dormir é alguma coisa!’ e se virou e fechou os olhos, esperando dormir enquanto escuta a música trouxa. Mas, quando estava na iminência de sonhar sua mãe a chamou da porta com duas cartas endereçadas para ela, ambas de Hogwarts, uma com a lista de material e outra assinada pelo próprio Dumbledore.
- O que as cartadas dizem, querida?
- Uma é mais pra você do que pra mim – começou - a lista de material – acrescentou – e na outra, Dumbledore está pedindo preço testemunhar em um julgamento.
- Como assim? – disse pegando a carta da mão de Cassandra – que horas e que dia?
- Às 9 horas da manhã no dia doze de agosto.
- Por quê?
- Porque eu vi os dementadores – respondeu com simplicidade
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