Prólogo



Prólogo: protagonista diferente



Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Muitas coisas acontecem nesse castelo ao mesmo tempo. Aulas sem parar, de segunda a sexta, de manhã a tarde. Jogos de quadribol e Hogsmeade aos sábados, e aos domingos, para nós do sétimo ano, festas, festas e festas. E gritos do Filch.

Bom, pelo menos para os populares.

Meu nome é Lily Evans, eu tenho 17 anos e sou uma perdedora. Ah não, eu não sou uma dessas protagonistas de livros americanos que dizem que são perdedoras quando na verdade são estupidamente populares e sofrem de baixa auto estima. Eu sou uma perdedora. Eu estou sempre em aula ou andando pelos territórios da escola sozinha. Não, sem nenhum amigo mesmo. E nos sábados, eu vou sim para Hogsmeade, como qualquer pessoa são faria. Mas eu fico na Zonkos vendo os novos logros, ou na Dedosdemel comendo sapos de chocolate (como qualquer solteira de 17 anos). E nos domingos? Eu fico no meu quarto da Sala dos Monitores Chefes, sozinha, imaginando como é que esta a festa do sétimo ano no lago. Eu deveria estar patrulhando a festa, mas o Monitor Chefe, James Potter, faz questão de patrulhar. É claro que isso significa que o álcool rola solto nos terrenos de Hogwarts domingo a noite. Potter definitivamente não é um dos caras mais responsáveis do colégio.

E agora, aqui estou, na aula de Herbologia na Estufa Cinco, pensando em como a minha vida é uma merda. Eu também não sou uma daquelas protagonistas que tem um único amigo. Eu não tenho amigos, mesmo. Deve ser um recorde, eu passo quase SETE ANOS no mesmo lugar e não faço amizade nenhuma!

E não, eu não falo com as meninas que fazem parte também do sétimo ano, Grifinória, por dois motivos;

1°: como eu já disse, eu estou sempre dormindo no meu quarto na sala dos Monitores Chefes, então eu não tenho a chance de fazer uma sessão de fofocas e pipocas no dormitório feminino com as minhas “companheiras de quarto”;

2°: Marlene McKinnon.

Não que eu e ela sejamos duas meninas que se odeiam e que não suportem se olhar e nem ficar no mesmo quarto que a outra. Eu nunca nem falei com ela na minha vida! A questão é que ela é desumanamente, exageradamente, ridiculamente popular. Ela é daquele tipo de mulher que homem gosta, sabe? Baixinha, com curva pra tudo que é lado do corpo, cabelão preto até a cintura, olhos estupidamente azuis, voz rouca, risada de criança, olhar de superioridade... Ela é toda bonitona, mas ela não é como as outras garotas populares; ela é inteligente, sabe? Esperta. Por isso que os caras não chegam tanto nela. Ela é totalmente intimidante, os homens têm medo da combinação beleza + inteligência + independência.

E bom, ela me intimida um pouco também. O olhar que ela da às vezes em certas pessoas, até as que ela não conhece... É como se ela lesse a alma de todo mundo. Então eu vupt, caí fora.

- Alguém poderia me dizer por que o guelricho é tão raro? – perguntou a professora Sprout.

Nós estamos dividindo a aula com a Corvinal, então isso obviamente significa que quem respondeu a pergunta foi Dorcas.

- Porque uma muda de guelricho só brota quando alguém realmente necessita de uma. – ela respondeu, sorrindo.

- Muito bem, Dorcas, 10 pontos para Corvinal.

Dorcas é a queridinha da Corvinal. Sempre com todas as respostas na ponta da língua, um cérebro andante. Ela não é popular como Marlene (Marlene é popular em todo o castelo, as pessoas falam sobre ela para os novatos que vão entrar!), ela é apenas popular na Corvinal. Ela tem cabelos loiros, enormes e volumosos, lisos. Uma franja caia charmosamente sobre seus olhos, lateral. Seus olhos são bem azuis e ela é esbelta, chama atenção.

- E quem pode me... – a professora ia continuar a falar, mas ela olhou feio para o fundo da sala e cruzou os braços. Toda a turma (inclusive eu) se virou para ver o que era.

Quer dizer, quem.

Eu não sei por que nós ainda olhamos. Só pelo olhar da Sprout, dá pra dizer que é o Sirius. É aquele olhar de “eu devo começar a gritar ou só fico babando?” que todas as professoras dão para o Sirius quando ele apronta alguma, o que não é nada raro.

Sirius Black. Sétimo Ano, Grifinória. Ele é alto, sabe. Bem, bem alto. Tipo, 1,90m, juro. E com certeza ele pesa quase 100 kg, 100 kg de puro músculo. Porra, uma vez eu estava andando perto do campo de quadribol e ele estava lá, sem camisa. Eu senti todo o meu sangue indo para a minha cabeça. Hã, aquilo é uma barriga? Eu acho que não!

E a pele dele é toda bronzeada, cara. Ele passa boa parte da tarde no sol, então ele tem um tom de pele delicioso. E os olhos dele, awn... São mais azuis que o da Dorcas e o da Marlene juntos! E o sorriso maroto dele é todo branquinho, retinho, certinho... E os cabelos dele são muito lisos, mais até que os meus... Bem pretos, caindo na testa dele...

Ele é... Um Deus. Sério.

E ah, ele sim é o típico cara popular de qualquer livro americano. Porque ele vive a vida adoidado. Na boa, ele deve ter algum tipo de promessa do tipo “vou fazer e dizer tudo o que vier a cabeça na hora”, porque não tem como uma pessoa ser mais espontânea, extrovertida, marota e tão líder como Sirius Black consegue ser. Ele sempre comanda tudo. Tudo, mesmo. As marotagens, as jogadas de quadribol... Quando a turma se divide em grupos, ele que da as ordens... Não sei, não tem como explicar Sirius Black em uma frase. Porque “quem se descreve, se limita”, e se tem uma coisa que Sirius Arthur Black não tem, é limite.

- Black, posso saber por que você esta chegando tão atrasado na minha Estufa? – disse a professora, parecendo finalmente acordar do transe e batendo os pés. Sirius deu um sorriso lateral e arqueou as sobrancelhas.

- Mas professora, eu estava aqui o tempo inteiro! – ele falou para depois jogar a mochila (que estavam nas costas dele, detalhe) do lado da carteira do Remus Lupin, que tentava não rir. Sirius se sentou de uma maneira bem charmosa e ficou olhando para a professora, ainda com aquele sorriso que só ele consegue dar.

É obvio que todas as meninas da sala se derreteram no momento em que ele sorriu. Bom, nem todas. Eu e Marlene, por exemplo, não. Eu estava estudando Sirius como uma panaca absoluta enquanto Marlene, que estava duas carteiras atrás de mim e duas na frente do Sirius, dormia feito uma pedra. Ela estava com os braços debaixo da cabeça, que estava deitada no tampão da carteira. Os olhos fechados, uma expressão de cansada, e cabelo preto pra tudo que é lado. A melhor amiga dela, Alice, estava sentada do lado dela, copiando algo sem parar num pergaminho, e ignorando completamente a Marlene.

- Ah, que se dane. – suspirou a professora, se sentando. – O resto do tempo é de vocês.

A sala deu um suspiro em coral e começou a se movimentar. Sirius sorriu mais abertamente e sua carteira ficou cercada por garotos que falavam alto com o amigo. E muitas meninas começavam a circular as carteiras de Alice e Marlene (que estavam juntas), sussurrando algo para a primeira. A única coisa que Marlene fez foi gemer por causa do barulho repentino e cobrir a cabeça com os seus braços, algo que os garotos da rodinha do Black acharam extremamente charmoso. Menos o Sirius, que estava ocupado demais tentando acordar o Potter, que estava totalmente capotado do lado dele. Sirius deu um forte tapa no pescoço de James, que nem se preocupou em abrir os olhos, só tentou estapear o amigo. Bom, como ele estava de olhos fechados, ele estapeou o ar, o que fez Sirius quase cair no chão de tanto rir.

Eu suspirei e comecei a guardar meus livros na minha mochila. Eu tenho que ir pra Floresta Proibida depois do almoço, pra colher umas ervas que só tem lá. Coisas de Monitor. Era pro Potter fazer isso, mas ele vai estar muito ocupado ficando chapado atrás da cabana do Hagrid.

Eu acho.

Ta bom, eu não sei. Eu não sei absolutamente nada sobre James Potter. Ele é um ponto de interrogação para mim. Tipo, ele é tão popular quanto o Sirius, e enquanto o Black é apenas o artilheiro do time, ele é apanhador e capitão. E eu vivo ouvindo algumas meninas falando que James é mais bonito que o Sirius, mas elas devem ser cegas. Perto do Sirius, o James é apenas um... Waffles meio congelado.

Gostoso, mas congelado


&&&


Colher ervas é um saco. Minhas unhas ficam todas sujas, eu suo, fico descabelada e meu uniforme fica imundo. E você esta colhendo ervas ou em vez de ficar com os seus amigos nos momentos livres, como qualquer pessoa normal.

Mas por mim, tudo bem.

E foi pensando em como colher ervas é uma merda que eu ouvi a voz de Sirius Black do meu lado esquerdo:

- Deus, como você cheira bem.

Arregalei um pouco os olhos, porque por um momento, eu realmente imaginei que ele estivesse falando isso para Deus. Mas aí eu lembrei que ele é o Sirius Black.

Andei devagar até onde veio a voz dele. Mas eu realmente não precisei me preocupar em ser totalmente cuidado para não ser vista, porque ele estava ocupado demais passando as mãos na bunda da Emmeline Vance.

Emmeline Vance é uma vagaba. Sério mesmo, não que eu odeie ela. Ela é totalmente vagaba, fingi que é uma santinha, mas dá para todos os pares de calça do castelo.

Não é exatamente uma grande surpresa ela estar com a língua na garganta do maior garanhão do castelo.

Ela é da Lufa-Lufa, sétimo ano também. Tem cabelos escuros, lisos e um pouquinho repicados, até abaixo dos ombros. A pele bem alva, olhos azuis escuros. É baixinha e não tem um corpo tão bonito, mas ela tem um exagero de peitos.

Dei o fora de lá super rápido. Emmeline não é “popular”, ela é conhecidinha. Os meninos a adoram (obviamente), porque ela aceita qualquer parada, e qualquer mesmo, até um sonserino; as meninas a odeiam porque ela é uma vagaba, mas adoram ficar fofocando com ela sobre os meninos que ela já pegou. É um grande jogo de falsidade, na verdade.

Quando eu finalmente saí do monte de árvores, eu dei de cara com a cabana do Hagrid, e adivinha só? O Potter estava lá! Meu Deus, eu sou profeta! Com certeza, sou o 007 do mundo bruxo.

Cala a boca, cérebro.

Ele deu uma olhada pro meu estado (descabelada, suja, provavelmente mais vermelha que a minha gravata, e um pouco envergonhada pelo filme pornô que eu estava vendo ao vivo agorinha), e sorriu divertido. Mas não era um sorriso do estilo “oi gata, vem sempre nesse local tão inabitável?”, era mais um olhar “o que, em nome do traseiro de Lúcifer, Deus estava pensando quando criou esse ser?!”.

Que situação... Legal.

Eu fiquei mais vermelha ainda, se é que é possível, e vazei de lá quase correndo, com a minha cestinha de ervas na mão, provavelmente parecendo uma panaca completa. Fantástico. Simplesmente fantástico.

Eu dei a volta na cabana e deixei a cesta de ervas na frente da porta de entrada. Conjurei um bilhete que dizia “sempre um prazer ajudar, Lily”, porque o Hagrid é realmente um cara legal, apesar das várias barbas e dos 400 kg. Comecei a andar bem rapidamente para o castelo, porque tudo o que eu realmente preciso é de um banho na minha tão querida banheira dos monitores, e depois eu tenho que dar uma detenção para (adivinhem?) o Sirius e o James lá na sala de Troféus, e logo depois eu tenho que ir supervisionar a reunião que a Corvinal vai fazer na torre deles, e depois, após um dia horrível e cansativo, eu vou dormir até murchar todinha.

Talvez seja demais para uma menina de dezessete anos, mas fazer o que?


&&&


Sirius está meia hora atrasado.

Não que eu fosse bater nele, ou alguma coisa assim. Aliás, eu nem vou perguntar onde ele estava, porque eu já sei, sei muito bem. James esta ali, sentado no chão lustrando um troféu que ele mesmo ganhou, cantarolando algo que eu juro que não consigo entender, enquanto eu estou (tentando) ler um livro de Poções que eu achei na biblioteca um dia desses.

É apenas nos horários das detenções que eu dou nos dois que eu tenho tempo para ler, porque enquanto que nas outras detenções com as outras pessoas eu tenho que ficar ajudando e dando ordens, os dois Marotos já chegam e começam a fazer tudo, por muita pratica, você sabe.

A porta se abriu com um escândalo e o Sirius pulou lá dentro, meio que correndo.

Ele jogou a mochila no chão e se sentou do lado de James, e começou a lustrar outro troféu que o Potter também havia ganhado.

Pelo botox da Madonna, ele está sem camisa.

Eu já disse que o Sirius tem um corpo realmente fantástico?

Bom, ele tem.

Eu juro que eu tentei voltar a minha atenção para o meu livro, mas era humanamente impossível com o Black ali, sem camisa e rindo daquele jeito das piadas do James. Cara, ele é um gato! Meu Deus, como eu queria ser uma garota maravilhosa feito a McKinnon, só pra poder jogar ele na primeira parede que eu ver...

Não que a McKinnon seja assim. Ela se da respeito, eu acho que ela nunca ficaria com o Sirius. Porque ela sabe que ele só gosta de se divertir e tal, e a Marlene não tem cara de menina que fica chorando pras amigas dela por causa do Sirius. Mesmo que os dois façam um casal fantástico.

Mas ela é muito mulher para ele.

E caramba, essa [CENSURADO] dessa detenção só ta atrasando a minha vida. Eu ainda tenho que supervisionar a festinha da Corvinal, que já começou há duas horas atrás. E ainda tem muitos outros troféus que os meninos precisam lustrar.

Bem, a não ser que...

- Querem saber? – eu disse, fechando o livro no meu colo. Os dois olharam para mim como se eu fosse louca (eu absolutamente nunca havia falado com um dos dois, só com o Potter, mas nas reuniões da Monitoria). Peguei minha varinha e com um aceno, lustrei todos os troféus ao mesmo tempo. – Ninguém precisa saber, não é? E isso aqui só ta atrasando a minha vida...

- Ah, muito obrigada! – disse Sirius, sorrindo e se levantando. – Como é seu nome mesmo?

- Lily. – eu disse sorrindo, enquanto guardava meu livro na minha mochila. Sirius e James chegaram perto de mim.

- Eu vou me lembrar disso um dia, Lily, e você vai ser recompensada. – disse Sirius, fazendo meio que um cafuné no meu cabelo.

AI MEU DEUS DO CÉU, ELE TA ENCOSTANDO EM MIM.

E pela bermuda do pijama de Deus, que mão máscula ele tem.

- A gente se vê. – ele disse, para depois sair. Claro que ele não vai lembrar meu nome amanhã, mas só pelo cafuné que ele me deu, vale a pena. James passou pela minha frente, depois de sorrir para mim, e assim que ele ia sair, ele voltou.

- Ah, Evans! – ele disse, e eu me voltei para ele. – Àquela hora, em que eu estava atrás da cabana do Hagrid, você não precisa pensar besteiras... Eu não estava... Sei lá, ficando chapado ou qualquer coisa dessas.

Ah, meu querido, eu nunca pensaria isso de você.

- Eu só estava fazendo guarda pro Sirius, que estava...

- Potter, você não precisa se preocupar. – eu disse, colocando minha mochila no meu ombro. – Eu não sou uma dedo-duro.

Ele sorriu.

- Valeu.

E ao ouvir o grito exagerado que o Sirius deu (“VAMOS LOGO, SEU VIADO!”), saiu de lá, me deixando sozinha com a minha felicidade.

Ugh, que frase piegas.


&&&


As festas da Corvinal são sempre uma bosta, eu não sei por que ainda lota! Tudo bem, tem bebida de graça, mas ainda assim, eles têm que agüentar a Sprout andando de lá pra cá o tempo todo...

E bem, é na Corvinal, que só tem nerd e pessoas chatas.

Eu resolvi respirar um pouco (dentro da torre ta uma baderna, e abafado, então o ar fica pesado), e sai subi as escadas que davam no dormitório feminino, só pra ficar um pouco lá. Resolvi entrar no quarto do sétimo ano, que é mais no alto. Eu só rpecisava respirar um pouquinho, ver as estrelas e estar em um lugar que não tenha mais de 100 CDF’s tentando parecer legais numa festa.

Abri a porta, esperando sinceramente que não houvesse nenhuma menina lá.

Mas adivinha. Tinha sim.

Dorcas. Rolando na cama dela com o Sirius Black, que adivinha só, passava a mão na bunda dela.

Qual é o problema dessas meninas?! Não se dão valor, não sabem o que é dominar? Poxa, a Emmeline tudo bem, ela é uma vagaba que nem vai ligar se o Sirius terminar com ela, ela provavelmente vai ser consolada pelo James (que hoje no café da manhã deu uma bela olhada nos peitos dela)... Mas a Dorcas? Ela é linda, é o suficiente para um homem só, tem inteligência o suficiente pra saber que com o Sirius não se brinca! E ali estava ela, sentada na barriga ainda nua do Sirius, não se dando valor nenhum!

Obviamente, eu saí da festa. Fiquei com muita raiva e vergonha da minha espécie. As meninas de Hogwarts estão precisando de sei lá, uma aula de como lhe dar com os garotos assim! Ou uma calmante, uma vacina!

Entrei na torre dos Monitores e me joguei na minha cama. Bom, tudo bem, talvez fosse Sirius que merecesse uma lição, e não as meninas. O que ele acha que esta fazendo? Ele acha divertido fazer das meninas gato e sapato? Fazê-las chorarem? Novidades, Black, não é legal.

Aposto que... Sei lá, Shakespeare concorda comigo.

E a Beyoncé. Ela sempre luta pelos direitos das mulheres.

WE’RE THE DREAMGIRLS!

Eu dormi por mais ou menos quarto horas. Eu vivo tendo ataques de insônia, o que também não é legal. Me levantei, resolvi colocar o meu pijama de flanela (eu realmente cheguei e me joguei na cama, de uniforme e tudo), e deitei na minha cama de novo. Mas eu estava totalmente sem sono. Levantei de novo e comecei a andar silenciosamente até a cozinha, pra tomar um leite quente ou algo assim.

E foi exatamente na cozinha que eu tive uma terceira visão do Black em ação.

Mas dessa vez ele estava em ação mesmo. NÃO, ELE NÃO ESTAVA FAZENDO... Aquilo. É que ele ainda estava cantando a menina, tentando conseguir chegar nela, sabe? Ainda não estava agarrando ela. E pela mulher que era, ele deveria ter um migué do caralho.

Opa... Espera, ele não ta soltando “migué” pra ela não... E muito menos fazendo “aquilo”... Eles estão... Brigando?

Ah, é a Marlene McKinnon. Sempre soube que ela era forte.

MARLENE, EU TE AMO, SOU SUA FÃ!

Ta, parei.

Ele deu um soco nada amigável na mesa de madeira, fazendo a McKinnon dar um pulo de susto. Aliás, a Marlene estava usando só um micro short (que na realidade parecia mais uma calcinha) e uma blusinha que era bem apertada, tudo muito vermelho e sexy. Ela realmente não tem medo de ser pega vestindo isso, o que é meio admirável.

E eu estava estudando bem o Sirius pra ver se ele estava dando umas olhadas para o corpo dela, as adivinha só: ele não estava!

Também, deve ver bunda e peito o dia todo.

Bom, voltando à briga deles.

- Porra, Mar! – ele disse, enquanto ela cobria o rosto com as mãos. Hm, Mar... Apelidos carinhosos? – A nossa amizade era muito maior do que a besteira que a gente fez por causa de umas garrafas de whisky!

Pára tudo, o Sirius Black amigo de uma menina? QUE BESTEIRAS?

- Eu sinto falta de ser seu amigo, de ter com quem... Conversar de verdade, sabe? Eu ainda quero a sua amizade, Marlene McKinnon. – ele completou de um jeito bem fofo, chegando perto dela. – Ficar com você foi ótimo, mas eu prefiro ser seu amigo.

AAAAIIIIIII MMMMMMMEEEEEEUUUUU DDDDEEEEEUUUUSSSS!!!!!

A MARLENE? A MERDA DA MARLENE MCKINNON, QUE EU ADMIREI A VIDA TODA POR SER A MULHER FORTE QUE ELA É? ELA É UMA PSB?!

[Obs.: PSB= Peguéti de Sirius Black]

EU NÃO ACEDITO. I DON’T BELIEVE! NO CREO!

Fala sério, nunca! Aposto que ela estava quase morrendo de tão bêbada!

- Sirius, seu idiota, você já imaginou que pode não ter sido por causa de umas garrafas de whisky?! – ela disse isso meio gritando, mostrando toda a moral e poder que ela tem. A Marlene não fala muito alto, a voz dela é rouca e baixa, e ela realmente só a usa quando é preciso. Então era meio estranho a ver gritando. E chorando.

Ah sim, ela estava chorando.

- Do que você ta falando? – ele disse, parecendo meio bravo.

- Você já imaginou que talvez você quisesse fazer aquilo que você fez comigo? Que você queria me tratar como você trata todas essas idiotas que você fica beijando?! – ela gritou, agora chorando pra valer.

Ver uma pessoa tão forte como ela chorando é meio traumático.

- Não diga uma coisa como essa! – ele disse, realmente indignado.

- E você já imaginou que talvez eu estivesse... Eu estivesse... – ela começou, mas ai ela chorou feito uma louca varada. Aí o Sirius, com a esperteza dele (ele é realmente muito inteligente), percebeu o que ela quis dizer antes da minha cabeça lenta.

- Você... Gosta de mim? – ele perguntou, uma expressão inexplicável. A Marlene pareceu perceber a besteira que ela fez e mordeu os lábios, hesitante.

- Defina gostar. – ela disse, se jogando no chão da cozinha.

AI MEU DEUS!

Eu sai correndo de lá. PUTA MERDA. Eu acabei de ver o coração mais frio e forte de toda a Hogwarts ser despedaçado.

Isso não é nada legal.

E eu estou começando a ficar preocupada.

Ou será só mal-humor?



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I’VE SEEN LOVE DIE! WAY TOO MANY TIMES WHEN IT DESERVED TO BE ALIVE!
(A)ninha ~

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