Sonho Grego
44º capítulo – Sonho grego
Depois de drama fomos para Serrai, Kilkís, Édhessa, Flórina, Véroia, Kozáni, Grevená, Ioánnina, Igoumenístsa, Tríkala e Lárisa. Paramos em Lárisa para descansar por três dias, e pegamos estrada de novo.
***
-Hei, aumenta o rádio – Luna se inclinou na frente, o cabelo loiro preso em um coque bagunçado. O delineador do dia era azul como o céu grego.
-Que música é essa? – Gina perguntou, deitada preguiçosamente em cima de Draco. Os dois estavam no último banco.
-Quem está na frente é que decide – Star olhou ofendida para as duas meninas, mas por fim aumentou a música.
-Música inglesa – Draco suspirou aliviado, apoiando as duas mãos na cintura de Gina e dando um beijo demorado nela.
-A música grega não é das piores – Colin comentou.
-E não é das melhores – Blaise riu. Ele gostava de dirigir, sentir o caminho que estava tomando.
Meia hora depois músicas inglesas continuavam bombando no carro. A rádio era pirata, com músicas novas de Londres. Um alívio para os seis. O carro enorme seguia pelas pequenas e bem construídas estradas, todas as janelas abertas deixavam o ar entrar e refrescar o ambiente. E os seis usavam óculos de sol de grife.
-I hate that damn videogame! – as três garotas cantaram juntas.
-Que garota revoltada – Blaise batucou os dedos no volante – Mas canta bem, bem mesmo.
-Boys walking behind me like birds – Star cantou alto.
-They have so much to offer – Luna apontou o dedo para Colin enquanto cantava, o óculos Gucci pulando graciosamente em seu rosto.
-You also made promises – agora Star também apontava o dedo para Blaise.
-Do you forgot about then? – Luna cantou.
-Guess what… I did not! – Gina terminou o refrão, dançando desajeitamente no colo de Draco. O óculos dele caíram e Gina os pegou rapidamente.
-Espertinha – ele deu outro beijo nela.
-É Purple Pie – ouviram Star falando para Luna – Vamos comprar esse cd né?
Blaise fez um curva devagar e então se virou, sorrindo.
-Bem vindos a Vólos.
Todos se inclinaram nas janelas, abismados. Lá embaixo o mar mais turquesa de todo o mundo os aguardava.
***
As garotas desceram correndo o caminho de pedra. Lá embaixo um pequeno píer não dava indícios de que uma praia maravilhosa os esperava. Pouquíssimos turistas deitados na areia branca, ao longe, barcos de pescadores. Vólos era maior que o esperado. Muitas construções modernas, hotéis quatro estrelas e as antiguidades que Gina tanto gostava.
Draco correu atrás de Gina, rindo. O hotel tinha um caminho particular que levava a uma das praias. Eles estavam todos com chinelos e roupas de banho. Enquanto corria, o cabelo de Gina pulava graciosamente.
-Volte aqui Foguinho! – Draco gritou. Ele estava sem camisa, só com uma bermuda.
-De jeito nenhum FDB! – Gina se virou rapidamente para trás. Sorrindo.
Em pouco tempo os dois tinham ultrapassado os amigos. Agora corriam na areia. Gina jogou a bolsa no chão e a toalha. Draco teve que respirar fundo por um momento, enquanto a via entrar no mar com o biquíni turquesa. Ele a agarrou, nem sentindo a água gelada.
-Ai! – Gina riu, pulando no colo dele e enrolando as pernas na cintura do namorado.
-Nem tente fugir – e ele a beijou.
Ávido. Com mais força que o imaginado. Uma onda os levou para debaixo d´água. Eles emergiram, rindo muito. Draco a segurou pela cintura, beijando-a mais ainda.
-GINNY! – um grito.
Gina e Draco pararam de se beijar e procuraram pela praia. Draco endureceu as mãos contra o corpo dela, quase soltando um chiado quando percebeu que um garoto acenava para Gina. Era aquele maldito Bruno, que Gina conheceu em Roma.
Sem perceber o quão bravo Draco estava, Gina se soltou dele e saiu da água. Sorrindo. Blaise e Colin trocaram olhares. Imaginando a mesma coisa.
-Dez minutos até ele surtar – Colin falou.
-Não dou nem cinco – Blaise disse, segurando um risinho.
Star e Luna estavam esperando os empregados do hotel colocarem as espreguiçadeiras acolchoadas. Não perceberam o drama. Mas ele estava bem ali.
***
Hermione bocejou e passeou pelo apartamente. Ajeitando uma cadeira, mexendo em uma toalha. Mudando de lugar um enfeite. Ela estava desempregada, oficialmente. Harry e Rony estavam trabalhando nesse exato momento, mas ela sentia que estivessem em casa. Fios, controle remoto e uns três videogames espalhados no chão da sala. Latinhas de cerveja e um prato com alguma comida que já tinha estragado. Com certeza.
O telefone tocou.
-Oi Hermione querida – Molly Weasley falou – Desculpe o horário, sei que você deve estar ocupada. Mas no Ministério me falaram que você estava em casa.
-Ah sim, pode falar senhora Weasley – Hermione se sentou no sofá. Ela não ia contar que tinha se demitido de jeito nenhum.
-É que Tonks finalmente apareceu – Hermione sentiu o corpo endurecer – E ela não se lembra de absolutamente nada.
-Como assim? – ela sorriu, aliviada.
-Bem... – Molly respirou fundo – Ela disse que não lembra de nada depois de Sofia. Só que encontrou Gina, de malas prontas para outro lugar.
-Que... Estranho – Viktor tinha ajudado Corinne com o feitiço de memória.
-Pois é. Você sabe que Tonks foi encontrada na porta do Ministério da Magia, pela amiguinha da Gina, Corinne. Tonks estava desacordada e passou esses dias internada, só para garantir.
-Ela está bem?
-Sim, sim. Mas não lembra de nada sobre a Gininha – Molly fungou – Estou indo agora mesmo para o Ministério. Quer vir comigo?
-Claro senhora Weasley. Nos encontramos na porta do Ministério em uma hora. Tudo bem?
***
-Corinne! Corinne! COOOORINNEEE! – Daniel ia gritando enquanto percorria sua casa. Onde sua mulher tinha se enfiado?
-Senhor Strait – a empregada se aproximou – A dona Corinne não aparece aqui há uns dias.
-Uns dias? – Daniel estreitou os olhos para ela – Como assim?
-Uma semana, talvez um pouco mais – a empregada abaixou os olhos.
***
-É realmente tudo o que eu sei Molly – Tonks desviou os olhos de Molly para focá-los em Hermione. Alguma coisa lhe dizia que aquela garota sabia muito mais do que estava dizendo.
-Senhora Weasley – Hermione olhou calmamente para ela – Tenho certeza de que isso é tudo mesmo.
-As buscas, claro, continuam – Tonks olhou duramente para Hermione – Eles são maiores de idade, mas não importa. Os arrastamos de volta e vocês fazem o que tiverem que fazer.
-E minha filha está bem? – Molly estava segurando as lágrimas.
-Muito bem – Tonks sorriu com sarcasmo – Muito bem mesmo. Por que não estaria Molly? Ela está viajando com cinco amigos pelo mundo. Você realmente não deveria se preocupar tanto.
-Gina sabe o que faz – Hermione observou, rapidamente.
Uma batida na porta. E depois Narcisa Malfoy, a elegância em pessoa.
-Olá – ela sorriu educadamente – Pensei ter escutado sua voz Molly.
-Ah sim Narcisa – Molly secou as lágrimas com as costas da mão – Vim falar com a Tonks, sobre nossos filhos irresponsáveis.
-Por que não tomamos um café? – ela convidou.
Hermione e Molly levantaram.
-Preciso falar com você Granger – Tonks chamou. Um minuto depois, sozinhas na sala, a verdade – Achei um papel com o nome de algumas cidades da Rússia. Um caminho.
-Isso é... Muito bom – Hermione olhou preocupada para o lado. Ela não queria começar a rir e entregar que Gina provavelmente estava na Grécia uma hora dessas.
-Você está mentindo, sei disso – ela não deu chance de resposta – Só quero dizer que vou resgatar seus amigos. Avise-os. Diga que não gosto de ser feita de idiota e que o feitiço de memória foi uma boa idéia, mas não infalível.
-Não sei do que você está falando Tonks. Até mais.
E muito calma, Hermione saiu da sala.
***
-Bruno! – Gina e o italiano se abraçaram com força – Não pensei que fosse encontrá-lo de novo.
-Estou aqui na casa de uns amigos – ele sorriu. Falando inglês com aquele sotaque irresistível – Não acreditei quando a vi.
-Sim, bem... Veja onde chegamos – ela riu e se afastou um pouco. Draco ainda estava parado na água, parecendo congelando.
E muito irritado.
-E como está sendo essa viagem? – Bruno segurou Gina levemente pelo braço e a levou até sua cadeira – Não fique no sol, sua pele é muito branquinha.
Com passos duros e precisos, Draco marchou para fora da água. Star e Luna estavam de olhos fechados, deitadas nas cadeiras e ignorando o drama. Colin e Blaise pararam na frente de Draco, bloqueando-o.
-Nem pense nisso – Colin sibilou – Gina odeia ceninhas. E ela vai acabar brigando com você. Por besteira.
-Dá pra acreditar naquele sotaque dele? – Blaise riu, tentando se mostrar despreocupado – Italianos saíram da moda Malfoy. O negócio agora é Filhote de Bambu. Esses sim são os quentes da estação.
Draco olhou exasperado para os dois.
-Eu não vou fazer uma ceninha. Só vou tirá-la de lá.
-Minha nossa! – Colin e Blaise riram juntos, divertidos – Sua voz está dando medo.
-Saiam da frente – Draco pediu, fingindo calma.
-De jeito nenhum – Blaise colocou uma mão no braço dele – Você precisa relaxar.
-Agora! – Colin gritou.
Antes que Draco pudesse se dar conta estava sendo arrastado para a água.
***
-Você realmente não devia se preocupar com eles – Narcisa falou enquanto ela e Molly saiam do Ministério da Magia – Draco é um ótimo menino.
-Não é isso Narcisa... Mas Gina nunca fez nada assim. fugir de casa, ficar meses sem aparecer. Tenho certeza de que Draco é um ótimo menino, mas os dois são tão jovens.
-É normal – Narcisa sorriu – Você vai ver como tudo dará certo.
Narcisa observou Molly em silêncio por alguns segundos. A mente divagando sobre cabelos ruivos e roupas de cores pálidas. Ah, sua netinha ruiva só usaria as cores certas.
-O cabelo de Gina é como o seu?
-Bem maior que o meu – Molly sorriu – E tão liso. Minha garotinha...
***
Gina se despediu de Bruno, que estava voltando para a casa de seu amigo, e se juntou a Draco. Ela não percebeu que ele estava emburrado, e nem a cara divertida de Colin e Blaise.
-Me ajuda com o protetor? – perguntou para o namorado, dando uma piscadinha.
-Precisa mesmo? – ele ergueu uma sobrancelha.
Gina revirou os olhos e respirou fundo. Ergueu também uma sobrancelha e observou Draco. Pensou melhor e decidiu não discutir com ele. Ciúmes. Tão bobo e desnecessário.
-Não, pode deixar – ela sorriu e se levantou – Eu vou pedir pro Bruno.
Em um segundo Draco estava em pé, espalhando litros de protetor solar nos ombros de Gina. Ela riu e fechou os olhos.
-Alguém quer beber algo? – Luna perguntou, apoiando-se nos cotovelos. Ela tirou o óculos de sol com aro cor de areia e falou rapidamente com o funcionário do hotel.
-Eu quero um suco – Star pediu – Vou bancar a saudável.
-Eu quero uma cerveja – Colin e Blaise falaram juntos. Depois riram e bateram as mãos, como dois garotos de quinze anos.
-E vocês? – Luna perguntou para Gina e Draco.
-Eu quero um suco – Gina sorriu graciosamente, as mãos de Draco deslizando por suas costas – O Bruno nos chamou para uma festa, e eu quero estar saudável e sóbria.
Draco congelou as mãos por um segundo. Depois, respirando fundo, pediu.
-Vodka. Pura.
***
O sol ainda se fazia presente quando os seis chegaram a mansão do amigo de Bruno. O som eletrônico altíssimo, os carros importados, as bebidas coloridas e mortalmente alcólicas. Gina estava com um vestidinho leve, azul escuro. As alças dele caiam constantemente e Draco usava isso como desculpa para não tirar as mãos dela.
-Que casa mais linda – Luna deu uma checada – E quanta gente linda.
-Que lindo você dizer isso – Colin olhou emburrado para ela.
-Ninguém mais lindo que você – ela se colocou nas pontas dos pés e o beijou.
-Hoje eu vou fazer uma loucura – Blaise foi avisando.
-Desde que não seja algo idiota e estúpido – Star deu de ombros.
Lá dentro o som era ainda mais ensurdecedor. Draco se prendeu às mãos de Gina, provavelmente achando que ela ia correr para encontrar Bruno.
-Nossa que festa linda – Star suspirou. Ela estava com um vestidinho dourado que realçava seu cabelo e a maquiagem. Blaise estava, como era de se esperar, encantado.
-Ginny!
-Ah cara... – Draco resmungou, puxando Gina para mais perto.
Colin e Blaise trocaram olhares divertidos.
-Oi Bruno – Gina sorriu – Que festa mais linda essa.
-Ah sim, meu primo Adônis. Sabe como é, adora uma festinha – Bruno deu de ombros. Não deixou de perceber a forma com que Draco segurava Gina – E aí... Malfoy né?
-Oi – Draco resmungou.
-Pode soltar a Ginny, ninguém aqui morde – ele riu.
Todos riram. Menos Draco.
***
Gina dançou com duas garotas gregas. Já tinha anoitecido há horas e a festa parecia só estar começando. Draco estava conversando com os garotos, visivelmente contrariado. Ela não se importou, só queria diversão. Nada de drama.
-Gininha – Luna correu até a amiga.
-Girininho – Star gritou, rindo.
As três giraram juntas, rindo, se abraçando... E dançando. Sempre dançando.
-Eu amo tanto a Grécia – Gina gritou.
-Nós amamos!
***
Draco já tinha perdido completamente a noção de quanto tinha bebido. Sua cabeça girava miseravelmente e ele mal podia se manter em pé. Claro, a festa estava sendo um sucesso, mas Gina estava tão linda... E ele queria tanto acabar com todos aqueles garotos de olhos nela.
-Tem homem demais aqui – Blaise observou, incomodado – Tá todo mundo de olho na minha estrelinha.
-Blaise primeiro é você cantando Hilary Duff o dia todo, e isso me enlouquecia, então vieram os malditos Chambinho e Chambinha. Agora tem a tal “estrelinha” – Draco fez aspas com os dedos – Você deve reconsiderar essa sua preferência por mulheres e confessar que quer mesmo é o Creevey.
-Hei! – Colin olhou para os dois, ofendido – Me deixem fora disso.
-E ele se ofende – Draco zombou. Era melhor descontar sua frutração nos outros.
Bem melhor.
-Aquele italiano maldito está voltando – o sorriso de Draco morreu – Vamos lá seus covardes. Vamos dançar com as nossas garotas.
-Nossas garotas! – Blaise e Colin imitaram Draco. E então caíram na risada.
***
-Corinne! – Daniel chamou, entrando em casa. Ele estava zonzo e com dor de cabeça – Quero uma massagem amor.
Corinne sempre reclamava quando ele chegava bêbado em casa, mas fazia o que ele pedia toda vez. Nessa madrugada, no entanto, não houve resposta. E quando ele procurou no quarto, não encontrou a esposa.
Do outro lado do corredor, entrou no quarto que teria sido de seu filho. Corinne passava horas lá dentro, perdida entre bichos de pelúcia e roupinhas. Sempre chorando. Ele nunca foi capaz de consolar a esposa.
-Corinne!
E silêncio. Vazio.
-Droga – Daniel bateu levemente a cabeça contra o batente da porta. Corinne não estava em casa. Ela tinha sumido... Dias atrás. Será que ela tinha realmente abandonado-o? Não. Impossível.
Mas então, qual a explicação?
***
Gina atravessou o corredor, procurando Draco. Ela e Bruno tinham feito um passeio pela casa, para que ela pudesse conhecer todos os trinta cômodos. Uma casa e tanto. Do tipo que ela gostaria de morar se fosse grega. Luna e Star tinham sumido, sinal de que os respectivos namorados também tinham sumido.
Então onde estava seu homem?
-Draco? – ela sorriu, entrando em uma pequena sala. Ele estava esparramado no sofá de couro branco.
-Girininho? – ele abriu os olhos, sorrindo ao ver o bico dela.
-Não me chame assim!
-Tá Foguinho. Não grite e vem aqui – Draco se sentou e esperou Gina se aproximar, cautelosamente – Eu quero te dar um beijo.
-Você é tão ciumento Malfoy – ela revirou os olhos, depois sentou no colo dele – Tão ciumento e tão bobinho. Mas eu amo você. É só... Inevitável.
-Eu também amo você – ele sussurrou, beijando-a.
Lá fora a festa continuava. Seis e quinze da manhã.
***
-Eu disse que ia fazer uma loucura – Blaise lembrou. Ele andou, aos tropeços, pela areia branca e fofa da praia. Ninguém ali – Vocês vêm ou não?
-Nadar pelada? – Luna ergueu as sobrancelhas – Você ficou retardado Zabini?
-Completamente – Blaise bateu palmas, animado.
Colin estava um pouco alheio, contemplando a imensidão daquela praia. Areia tão fina e branca, mar tão azul... Tão turquesa. O céu estava rosa claro, verde, azul. O sol chegaria em dez minutos, ou até menos. E silêncio. Aquele silêncio da manhã. O mar calmo, os passarinhos ao longe...
-Ah eu adorei Chambinho – Star começou a arrancar o vestido.
-Vamos nadar pelados! – Blaise correu para a água.
-Me espere Chambinho! – Star gritou.
Colin os olhou e riu. A bebida fazia efeito... E de repente era uma boa idéia. Uma ótima idéia. Blaise era um gênio total.
Por isso, dois segundos depois, os quatro estavam completamente nus. Cobertos só pela água turquesa do mar grego.
***
Gina e Draco caminharam de mãos dadas por Vólos. Nove da manhã e a cidade já tinha despertado. Chegaram finalmente ao hotel. O recepcionista olhou preocupado para os dois. Ergueu um papel e correu até eles.
-Sim? – Gina sorriu.
-Recado. Dos seus amigos – o inglês era capenga, mas serviu para transmitir a nota.
-Minha nossa! – Draco riu, incrédulo.
***
O guarda falou alguma coisa e abriu a porta. Os quatro saíram rapidamente da cela, aos tropeços. Com os cabelos molhados, olhos arregalados e roupas desalinhadas. Sem falar na ressaca que estava só começando.
-Oi gente – Gina sorriu – Vim resgatar meus rebeldes preferidos.
-Sem piadas! – Colin ergueu a mão – Sério.
-Já ouvimos piadas suficientes por uma vida – Luna bocejou – Blaise, além de nos convencer a quebrar a lei, contou piadas a noite toda.
-Piada? Piada? Aquilo foi uma tortura – Star olhou brava para o namorado – Não acredito que passei três horas em uma cela. Gente... Eu podia ter sido violentada ou coisa assim – ela arregalou os olhos e abraçou Gina.
-Nós fomos violentados... Pelas palavras absurdas do Blaise – Colin falou.
Draco, em silêncio até aquela hora, finalmente explodiu. Uma maré de risadas que contagiou Gina em um segundo.
-Seus ingratos! – Blaise entrou no carro batendo a porta.
Draco entrou no lado do motorista. Gina ao seu lado. O silêncio no carro era fúnebre, quebrado, ocasionalmente, por uma risadinha dos dois.
-Ganhei um cd do Bruno – Gina explicou, ligando o rádio.
-Aquele italiano maldito Gina? – Draco reclamou.
-Ciumento – ela riu.
Atrás, ninguém falava nada. Star olhava fixamente a janela, Blaise dormia, Colin estava emburrado contra a janela e Luna só observava a paisagem. E a música começou.
Quanti anni hai, Stasera
Quanti me ne dài...Bambina
Quanti non ne vuoi. Più dire
Forse non li vuoi
"capire"...ti ho pensato sai... Stasera
Ti ho pensato poi... La sfiga
Mi ha telefonato lei
Per prima
Non ho saputo dir di no
Lo sai che storia c'eradopo dove vai
(Quanti anni hai – Vasco Rossi)
-Nossa que música linda – Gina suspirou.
-É, preciso assumir essa – Draco se virou para ela, sorrindo.
O carro parou em um sinal, e ao mesmo tempo, o casal colocou seus óculos de sol. Primeira marcha, segunda... Movimento. O vento. O cheiro de mar. E sorrisos. Cúmplices. Apaixonados. Um sonho... Um sonho grego.
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N/A - Sim, eu demorei uma vida. Mas não conseguia escrever, de jeito nenhum. E acabei viajando no carnaval. Gente não tenho twitter, mas to super a fim de fazer. Se eu fizer, aviso vcs. Meia noite, e eu achando que nao ia conseguir terminar esse cap pra postar agora. Nossa, foi por vcs mesmo. Eu andei lendo muito e fiquei com medo de interferir na minha escrita.
Sem falar que escrever sobre relacionamentos estáveis é tãoooooo tedioso. Por isso o Bruno deu uma última passadinha na fic. Vou morrer de saudades de viajar pela Europa com eles. Rsssssssssssssssssssssssss
Muuuuuuito obrigada todos os coments lindos e a paciência. Agora dei uma desbloqueada, então amanha mesmo começo a escrever o 45 e posto assim que terminar.
Nao esqueçam de comentarrrr... Espero q gostem
beijinhusssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
Ps - quem tiver alguma dúvida só me escrever [email protected]
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