Inimigas Íntimas
42º capítulo – Inimigas íntimas
Hermione e Violet viraram de uma vez só as duas doses de tequila. O pessoal do Ministério estava celebrando alguma coisa importante, provavelmente. Ninguém ali se lembrava de mais nada. O bar estava lotado de estudantes e todo mundo cantava no karaokê, numa gritaria interminável.
-Vocês deviam cantar – alguém sugeriu. As duas concordaram.
-Vamos ensinar esses pregos – Hermione sorriu, não totalmente bêbada, mas longe de estar sóbria – Vamos cantar V.
-Tudo bem – Violet sorriu – Música?
-Qualquer uma.
***
-Malas prontas Ginevrinha – Luna entrou no quarto dela – Não acredito que estamos indo agora para... – ela fez uma pausa, olhando confusa para Gina – Pra onde agora?
-Desligada... – Gina balançou a cabeça e riu – Agora é Grécia. Nossa... Meu sonho está se realizando Lu. Eu vou conhecer a Grécia. Rica!
-Vamos alugar um iate e tomar sol. Como os famosos – Luna cantarolou – Vou me acabar no delineador. Posso até fazer moda entre os trouxas.
-Tenho certeza que sim – Gina pegou os óculos de sol (Dior, agora ela tinha dinheiro né!) e guardou na bolsa (Chanel). A saia (Burberry) tinha o xadrez clássico e a blusinha (Gucci) frente única preta era um charme.
-Foi tão bom fazer compras – Luna contemplou as unhas (verde, Chanel Jade) – E esse esmalte é uma coisa – depois passou a mão no vestidinho (florido, DKNY) – Obrigada pelas coisinhas Gina.
-Ah não foi nada – Gina sorriu – Eu não sabia que ia pirar nas grifes dos trouxas. No entanto, preciso confessar que me apaixonei por todas as roupas. Todas as marcas... Tudo! Nunca mais vou conseguir usar as roupas pesadas dos bruxos.
-Hei garotas! – Star entrou no quarto num rompante. O cabelo, recém cortado no melhor salão de Sofia, brilhava e estava só um pouquinho mais curto – O que acharam da roupa nova?
-Saia Marc Jacobs e blusinha Lacoste – Gina sorriu – Espero não ficar viciada em roupas e me tornar uma daquelas garotas fúteis e irritantes.
As três amigas riram.
-Me ajudam com as malas? – Gina pediu por fim. Ela não tinha nem começado.
***
Viktor Krum atravessou o saguão do luxuoso hotel correndo. Ele ainda usava o uniforme do time de quadribol. O assunto era urgente demais para que ele se preocupasse com isso. Em menos de um minuto já estava batendo na porta do quarto de Gina Weasley. Ela abriu a porta, sorrindo.
-Oi Viktor – disse, parada no batente da porta – Veio se despedir?
-Gina – ele fez uma breve pausa – Dezenas de aurores estão aqui!
-Aqui? – ela arregalou os olhos.
-Aqui – ele confirmou – Na cidade, em todos os lugares. Vocês precisam se esconder – Viktor olhou para dentro do quarto, e viu a cara de desespero de Luna e Star.
***
Draco sentiu todo o sangue fugir de seu corpo assim que abriu a porta do quarto de Gina. Viktor Krum estava lá, sentado na cama, ao lado dela. Os dois estavam tão concentrados que não viram sua chegada.
-Draco – Gina ergueu os olhos para ele – Temos um enorme problema!
-O que? – ele falou, um tanto rude, muito ciumento.
-Um criminoso está aqui em Sofia e a cidade está cheia de aurores. É um bruxo que vem sendo seguido há anos, não sei direito... Não vamos poder sair daqui – enquanto falava ela tinha se levantado, e agora estava quase encostando em Draco.
-Calma – ele esticou os braços e a puxou para si – O que você sabe Krum?
-Só o que Hermione disse – Viktor fechou a cara para Draco – Aurores vasculhando a cidade. Dezenas deles. Vão investigar hotéis, tudo. Vocês precisam se esconder aqui. Já estou cuidando do registro e da memória dos funcionários.
-O que você sugere quando diz “esconder”? – Draco perguntou, desconfiado.
-Meu apartamento, claro. Mas vamos com aparatação. Pego um de cada vez.
Os outros quatro entraram no quarto, todos assustados.
-A galera tá aqui? – Blaise perguntou, dando um sorrisinho para descontrair.
Star revirou os olhos.
***
Quando Viktor conseguiu colocar todos em seu apartamento, e pegar as malas, respirou aliviado. O tempo tinha mudado em Sofia, e uma chuva torrencial caía na cidade. Agora ele precisava dar um jeito de tirá-los de Sofia sem que nenhum auror os visse.
-Tem alguma coisa para comer? – Blaise perguntou, nem um pouco tímido.
-Pode pegar na geladeira – Viktor respondeu, depois os chamou – Preciso sair agora. Vocês ficam aqui até a noite? Sem nenhuma movimentação?
-Pode ir cara – Blaise garantiu, olhando distraído na direção da cozinha. Ele estava morrendo de fome – Vamos nos divertir, não se preocupe.
-Certo... Vou dar um jeito de pegar o carro e trazer para cá. Está no estacionamento do hotel não é?
-Isso aí – Blaise concordou – Vai lá cara.
Viktor balançou a cabeça e saiu do apartamento. Precisava falar com Hermione urgentemente. E aparecer no treino. Ou ia ser cortado do time.
***
Meia hora tinha se passado desde que Viktor saíra do apartamento. Blaise estava comendo na cozinha, Colin e Draco jogavam videogame e as meninas estavam fazendo as unhas. Um barulhinho irritanto soou.
-Hei! O que é isso? – Luna caçou a coisa com os olhos.
-Parece um mosquito robô – Star arregalou os olhos, temendo encontrar o tal bichinho – Será que ele morde?
Gina sorriu.
-Cara vocês são muito piradas – Colin balançou a cabeça – É só o telefone.
-É mesmo – Gina revirou os olhos – Esqueci disso. Eu atendo – ela pegou o telefone sem fio – Alô?
-E aí? – Luna perguntou assim que Gina desligou.
-Aí que o Viktor vai ter que ajudar os aurores a achar esse tal fugitivo e disse que achou melhor não vir pra cá, eles podem seguí-lo – ela explicou.
-Então estamos sozinhos – Draco abriu um enorme sorriso maldoso – Sem o babaca búlgaro. Boas notícias Ginny – ele mandou um beijinho para ela. Gina suspirou pesadamente, ignorando-o.
-DRACO! – Blaise irrompeu na sala, os olhos esbugalhados – Vocês dois precisam ver o que eu achei.
-O que é? – Colin ergueu rapidamente a cabeça, pausando o videogame.
-É irado cara! Irado! – Blaise voltou para a cozinha.
As três garotas se encararam, irritadas. Dez minutos depois os garotos voltaram para a sala, passando zunindo sobre as caríssimas vassouras de Viktor. Foram direto para o segundo andar.
-Voar em um apartamente não é muito legal – Gina observou.
-É – Star suspirou, concordando – Eu preciso confessar que não é a idéia mais genial que Blaise teve nos últimos meses.
-E pensar que a pouco tempo eu estava analisando todas essas grifes maravilhosas – Luna respirou fundo, dramatizando tudo.
***
O senhor andou pelos corredores movimentados do Ministério, a procura da jovem Hermione Granger. Ela não estava em lugar nenhum e ele já estava começando a ficar de saco cheio.
-Hei! – ele gritou ao ver uma garota passar por ele – Você sabe onde posso encontrar Hermione Granger?
-Eu sou ela – Hermione olhou desconfiada para o homem – O que o senhor deseja?
-Bom dia senhorita – ele abriu um longo sorriso, esticando a mão e cumprimentando Hermione – Sou Steven e estou a sua procura.
-Então pode falar... Steven!
***
Narcisa se controlou para não fechar os olhos e bocejar. Pansy balançava a maldita folha de jornal há vinte minutos. E ela estava gritando, definitivamente. O que irritava Narcisa, muito.
-Meus pais não estão conseguindo acreditar – Pansy dizia.
-Sim Pansy – Narcisa suspirou – Eu sinto muito pelo que Draco lhe fez, cancelando o casamento através de uma simples carta. E não ache que me sinto gratificada com esse relacionamento dele com a tal garota Weasley. Apesar da família dela ser bem... Peculiarmente divertida.
-Senhora Malfoy! – Pansy arfou – Eles são a escória da nossa sociedade. Linhagens e linhagens de sangues puros misturados com aqueles genes ruivos deploráveis e...
Narcisa suspirou discretamente, quase sorrindo ao perceber que Pansy falava exatamente como seu marido, agora falecido. Teve um pequeno flash, duas crianças. Ela não ia ligar muito se tivesse netos ruivos ou loiros, as duas cores eram ótimas com roupas. Na verdade, ela gostaria de ter uma ruivinha e um loirinho. A menina usaria vestidos claros e elegantes, o menino usaria tons pastéis. Adorável, ela pensou. Já imaginando o quadro lindo que ficaria em cima da lareira de sua sala preferida na mansão.
É, ela difinitivamente adoraria netos.
***
Os garotos continuavam brincando de quadribol, felizes depois de uma pausa de meses sem uma vassoura sequer. Eles tentaram levar as garotas, mas elas acharam uma idéia terrível. Draco tinha destruído um abajur e dois quadros, e não se importou nem um pouquinho.
O dia estava longe de acabar.
-Vocês querem fazer comida? – Gina perguntou – Já até passou da hora.
-Pode ser – Star levantou do sofá com um suspiro – Odeio ficar parada assim. Parece que o mundo está acontecendo enquanto nós ficamos aqui paradas.
-Ah meu Deus! – Luna arregalou os olhos para a imensa janela atrás de Gina – Olhem bem para o céu! Tenho certeza absoluta que vi aurores voando.
-E aqueles idiotas estão brincando no andar de cima – Gina falou, sentindo os ossos congelarem mesmo na temperatura quente – Parou de chover e eles vão nos ver e tudo vai acabar.
-BLAISEEEEEEEE! – um gincho absurdamente alto e assustador soou. Gina e Luna se abraçaram, assustadas. Mas era só Star gritando.
-O que aconteceu? – três pessoas desceram as escadas correndo.
-Você está bem? – Blaise pulou em cima da namorada, abraçando-a com força.
Draco estava no alto das escadas, segurando as preciosas vassouras. Gina revirou os olhos, por que Draco tinha que gostar tanto de quadribol?
-Au... – Luna começou a falar, tremendo e gaguejando – Au... Au... – todos olharam para ela, ansiosos – Aurores... – ela finalmente disse, num sussurro. E ergueu o dedo, apontando para a janela.
Cinco cabeças se viraram ao mesmo tempo, e estacaram. Do outro lado do vidro Tonks sorria, vitoriosa.
***
Viktor desceu para a garagem e mudou o carro deles de lugar. Não queria que os autores encontrassem o carro e algumas coisas que estavam nele. Depois do serviço feito deu um bom dinheiro para o segurança. E então sorriu. Agora só faltava ir para o treino e ver como eles estavam. Depois tinha um encontro com uma auror.
Hermione o aconselhara a não mexer no carro. Ela sempre tinha boas idéias e razão, então ele obedeceu.
***
Aproveitando os poucos segundos que tinha, Gina avaliou suas chances. Quase zero. Então correu para o quarto e fez uma ligação. Quando voltou para a sala Tonks já estava lá, sozinha felizmente. Ela tinha saído de perto dos outros aurores, provavelmente queria evitar a exposição já que além de prima de Draco, era grande amigas dos Weasley.
-A ruiva que faltava – Tonks sorriu, bem humorada. Usava uma capa preta e seu cabelo ficava oscilando entre vermelho e rosa escuro.
-Oi Tonks – Gina abriu um sorrisinho – Como vai?
-Vocês são loucos – ela suspirou pesadamente – Fiquei meses procurando vocês, e agora, quando estou em outra missão os encontro. Que lugar é esse?
-Alugamos – Draco mentiu rapidamente, mas falou tão frio e convincente que Gina olhou para ele – Estamos aqui há uns meses.
-Em Sofia? – ela balançou a cabeça – Vocês me deram uma canseira na França e naquele maldito trem. Fiquei horas voando pelos trilhos atrás de vocês.
-Somos rápidos – Blaise falou, abrindo um de seus sorrisos lindos.
-Zabini – ela o observou atentamente – Muito legal da sua parte jogar charminho para mim. Pena que eu não caia nessa.
Luna segurou uma risadinha.
-E seu pai está desesperado Luna Lovegood – Tonks a olhou, repreendendo-a.
-Nós somos maiores de idade – Gina começou a argumentar. Ela nem tinha chegado na Grécia, o lugar que mais desejava visitar. Sua viagem não podia acabar agora que estavam tão perto.
-Sei disso. No entanto, posso avisar os pais de vocês. Eles viram buscá-lo – Tonks abriu outro sorriso tranqüilo – O que vocês fizeram foi muito, muito errado. Todo o drama, os jornais do país comentando... As pistas falsas. Seis crianças perdidas no mundo. Isso não se faz. Vocês têm meia hora pra arrumarem as malas.
-Nós não vamos – Draco falou, sério.
-Claro que vão – Tonks riu – Eu estou com minha varinha e vi que vocês não estão com a de vocês. Bruxos novos são tão descuidados. Aposto que elas estão nas malas, esquecidas.
-Vai ficar tudo bem – alguém segurou a mão de Gina e sussurrou. Ela estava tão perdida que demorou quase dez segundos para perceber que era Draco – Já disse que não vamos Tonks – ele disse, alto – Somos maiores de idade.
-Olha... – ela respirou fundo, parecia estar perdendo a paciência – Isso aqui não é o mundo trouxa, vocês têm laços... Não podem dar as costas e irem embora. Não é assim que as coisas funcionam. E se vocês não vieram por bem, vou obrigá-los.
Eles ficaram em silêncio. Luna estava a beira das lágrimas, Colin parecia sossegado (o pai dele não o procurava como os pais dos outros), Blaise e Star se encaravam e Draco sustentava um olhar sério na direção de Tonks.
-Vamos crianças – Tonks ergueu a varinha – Cadê as malas?
-Lá em cima – Luna murmurou, as lágrimas deslizando livremente em sua pele de porcelana – Tonks por favor...
-Sem choraminguar. Vocês está viajando há meses! – ela riu – Sei que parece divertido, mas vocês têm família.
-As malas meio que estão prontas – Gina murmurou – Estávamos indo para o Egito hoje a noite.
-Então eu dei muita sorte – a auror abriu um sorriso magnífico.
Tonks se distraiu, observando a vista. O apartamento era muito lindo, ela não podia negar. Tão lindo que chamou sua atenção enquanto voava, e alto o suficiente para que ela pudesse se aproximar sem ser vista por trouxas. Foi então que ela viu os olhos cristalinos de Luna e reconheceu as cinco cabecinhas. Divertido, sim. Mas era hora de ir embora.
-Não acredito nisso – Star sussurrou para Gina.
Tonks estava distraída e Gina aproveitou o momento. Os cinco amigos a encararam e ela abriu aquele sorriso cúmplice e arrepiante. Ela estava zombando, rindo, dando uma mensagem alta e clara.
-Gina tem um plano – Blaise sussurrou. Era um afirmação.
***
Corinne Strait entrou como um furacão no Ministério da Magia. Ela tinha se odiado por tanto tempo que agora não conseguia conter a excitação em seu coração. Uma chance única de arrumar as coisas, ou pelo menos um começo. Ela realmente não se importava.
Seu pai ocupava um importante cargo no Ministério então ninguém a barrou, as pessoas só a cumprimentaram e sorriram gentilmente. Era bom ser bonita e rica. A aliança de ouro brilhava e pesava em sua mão, lhe dava uma sensação de conforto. Uma sensação efêmera.
O cabelo dela estava claro, quase loiro, e comprido. Quase no meio das costas. Ela usava um vestido vermelho caro e na moda londrina, tudo para se sentir casada. Pensando bem, ela vivia precisando de coisas para se sentir casada. Isso não podia ser um bom sinal.
-Lindo casamento Corinne – uma loira sorriu ao passar por ela. Corinne não fazia idéia de quem era.
-E o bebê? – outra pessoa perguntou.
O bebê, Corinne pensou pesarosa. Ia ser uma adorável garotinha, já tinha até nome: Cammie. Bem... Ela acabou perdendo o bebê e entrou em uma depressão tão grande que três semanas depois já exibia o mesmo corpão de Hogwarts. Daniel, é claro, não ajudou em nada. Ele caiu nas baladas com os amiguinhos babacas de Hogwarts.
Não, ela precisa respirar fundo e pensar. No final, ia valer a pena.
-Oi querida – seu pai sorriu assim que ela entrou – Algum problema?
-Eu não te procuro só para pedir dinheiro pai – ela sorriu – Mas eu preciso de algo.
-Pode falar.
-Não é nada demais...
***
Hermione arregalou os olhos ao ouvir a proposta do homem. Ela nunca tinha pensado em nada assim, não mesmo. Violet ia pirar, Harry ia surtar e Rony... Ela nunca sabia o que esperar de Rony. Então ignorou a reação que imaginava que os outros teriam e disse o que importava.
-Sim!
***
O sol apareceu quando umas pesadas nuvens se afastaram. Tonks estava falando sem parar sobre responsabilidade e amor aos pais, as malas jaziam pela sala e os seis dividiam o enorme sofá de couro preto. Repentinamente Gina levantou-se, furiosa.
-Escuta aqui Tonks – ela começou – Não adianta nos ameaçar, não vamos embora! Somos maiores de idade e temos dinheiro suficiente para morar aqui por mais duas décadas.
-Ginevra! – Tonks olhou para ela, chocada – Isso lá é maneira de falar comigo? Sou mais velha que você e... GINA! – ela gritou desesperada.
Draco não teve tempo de segurar a namorada, ela caiu de uma vez só no chão da sala. Branca como o tapete de Viktor Krum. Em um segundo todos estavam rodeando Gina, preocupados. Draco segurou a cabeça dela, com medo de que algo tivesse acontecido.
-Ela não está respirando – Star falou, em pânico.
E o pandemônio começou. As meninas gritavam, os meninos estavam desesperados... Tonks não sabia o que fazer. Ginevra parecia morta no colo de Draco, os cabelos ruivos contrastando violentamente com a pele.
Estavam tão concentrados que ninguém ouviu a porta do apartamento se abrir, mas, um segundo depois, quando Tonks estava caída no chão, todos ergueram a cabeça para cima. Chocados.
-Quem diabos é você? – Blaise perguntou.
-O que você fez? – Draco olhou para a garota.
Luna, Colin e Star, no entanto, tinham a mesma expressão de completo terror no rosto quando conseguiram pronunciar, ao mesmo tempo, um nome.
-Corinne!
-Oi gente – ela abriu um sorriso efusivo, os dentes branquíssimos brilhando – Desculpe a demora, mas eu nunca me dou bem com chaves de portal. Vocês sabem – ela deu de ombros levemente, com toda a classe que só Corinne conseguia ter.
***
-Hermione isso é a maior loucura do mundo – Violet arregalou os olhos, preocupada – Mas eu adorei a idéia – ela abriu um sorriso enorme.
-Eu sei – Hermione não conseguia parar de sorrir – Eu aceitei. Nós não temos nada a perder V.
-Tirando o trabalho burocrático e chato? – Violet zombou – Sabe? Quando eu quis trabalhar no Ministério não pensei que o trabalho fosse tão chato.
-Nem me fale. Eu preciso mudar alguma coisa na minha vida, agitar – ela encarou a amiga – Acho que me precipitei em tudo. Não aproveitei o namoro, já comecei a morar junto.
-Eu aceito também. Pode dizer para ele.
***
Gina abriu os olhos e viu Corinne. Pela primeira vez, depois de meses, as duas se encararam e sorriram. Tinha sido um desmaio bem falso, só para distrair Tonks.
-Gina? – Draco exclamou, abraçando-a. Gina teria achado uma graça a reação dele, em qualquer outro dia, mas não naquele. Draco era só um personagem secundário naquele momento, enquanto ela e Corinne se analisavam.
-Eu sinto muito Gina – ela sussurrou.
-Tudo bem – Gina murmurou levemente.
-Nós precisamos ir – Blaise estava pegando as rédeas da situação – As malas estão aqui. Precisamos correr para o hotel e pegar o carro.
-O carro está lá embaixo – Corinne explicou.
-Me falem tudo – Star encarou as duas meninas, sem acreditar – O que está acontecendo? Corinne como você não achou?
-Eu liguei – Gina falou – Assim que vi Tonks. Expliquei rapidamente para Corinne que o carro estava no hotel e que nós estávamos presos.
-Vocês sabem – Corinne começou – O papai tem os melhores contatos no Ministério. A chave de portal não foi tão difícil de conseguir. Eu demorei mesmo por causa do carro, enganar os trouxas e dirigir aquele veículo enorme quase me matou do coração.
Luna abriu um pequeno sorriso. Era bom saber que as meninas estavam caminhando para o entendimento total. Colin estava agitado, já caminhando para o elevador.
-Eu vou levá-la para onde? – Corinne perguntou, apontando Tonks.
-Leva para Mônaco – Blaise abriu um sorriso – Pietro vai saber o que fazer. Vem, eu vou anotar o endereço.
Draco se aproximou de Gina e segurou a mão dela. Parecia extremamente orgulhoso da namorada. E deveria estar mesmo.
-Você quase me matou do coração – ele deu um beijinho na testa dela.
-Desculpa, foi preciso – Gina sorriu – Ou Tonks ia perceber que Corinne está ali.
-Vamos gente – Star chamou – O tempo está correndo.
-Vamos, vamos – Luna já estava na porta – Tchau Corinne.
-Tchau – ela acenou para Luna e para os outros.
Gina ficou para trás, o elevador estava cheio por causa das malas.
-Obrigada – ela falou para Corinne – De verdade. Eu sabia que só você poderia vir nos ajudar – as duas garotas ficaram em silêncio – E o bebê?
-Eu perdi – Corinne murmurou, segurando as lágrimas. Gina olhou para a ex-melhor amiga, mortificada. Nunca desejaria uma coisa tão ruim para ela, nunca mesmo.
-Sinto muito.
O silêncio voltou a reinar. O elevador fez um barulhinho mínimo, tinha voltado. Gina viu o bilhete que Colin deixara para Viktor, na mesinha de centro, e viu que a chuva tinha voltado com força total.
-Eu também sinto muito pelo que fiz Gina. Eu me sinto miserável todos os dias.
-Não se sinta – Gina abriu um sorriso, sincero – Eu estou feliz. Mesmo.
-Certo... Aproveita sua viagem. Eu tomo conta de auror – Corinne falou. Gina sorriu mais uma vez, abraçou a ex-melhor amiga e partiu. Era certo dizer que elas não tinham voltado a ser o que eram antes, talvez nunca voltassem.
Enquanto a porta do elevador fechava as suas costas Gina fez uma rápida retrospectiva. Corinne tinha Daniel, e estava tão infeliz. Não compensara, ela sabia. De melhores amigas para inimigas e então o que eram agora? E o que seriam amanhã? Difícil prever o futuro, mas Gina podia dizer que Corinne Strait era sua inimiga intima.
-Estava te esperando – Draco a beijou com força, tirando-a do elevador – Vamos, Blaise já está no carro – Gina se deixou levar. Sorrindo. Feliz. Tão leve.
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N/A - Presente de Natal para todas as minhas leitoras lindasss. O cap nao ficou muito bom, eu sei... E o itinerário está acabando!!!
Bom, mais um Natal chegando hein? Passa tão rápido não é... Nós ficamos loucas com as milhares de atividades... E de repente acaba. Ganhei meu rayban wayfarer (to tão feliz amor!).
Queria agradecer os coments de vcs, eu me divirto muito lendo. Sem comentários. Bom, um feliz feliz feliz natal para todas vcs e um maravilhoso ano novo (nao esqueçam do beijinho à meia noite). Depois de quatro anos escrevendo posso dizer que vcs fazem parte de um grande pedaço da minha vida. É isso meninas...
Até o ano que vem...
E nao esqueçam de comentar hein?
Vou viajar, mas assim que voltar vai ter cap novo.
beijinhusssssssssssssssssssssssssss
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