O caminho para a Bulgária
39º capítulo – O caminho para a Bulgária
-Luna... – Star sussurrou – Luna... – ela saiu da pequena cama do hotel e engatinhou pelo quarto.
Depois de Snagov, as cidades seguintes foram Rasiori de Vede, Alexandria, Giurgiu e algumas outras cidades pequenas. No dia vinte e sete de março, depois de muitas paradas, chegaram a Ruse, bem na divida da Romênia com a Bulgária. Cansados de dirigir, os meninos entraram em acordo e pararam no primeiro hotel que apareceu. Como de costume, pelo menos ultimamente, meninas ficaram com um quarto e meninos com o outro.
-Luna sua louca – Star sussurrou de novo. Seus joelhos estavam doendo depois de ter atravessado o quarto engatinhando. Gina dormia pesadamente, abraçada ao travesseiro branco – Luna... – dessa vez, um sussurro mais alto.
-Hein? – Luna abriu os olhos de uma vez. Felizmente ela não acordava aos gritos, nunca – O que você faz aí embaixo? – ela sussurrou, inclinando-se na cama e observando a amiga.
-Temos aquela reunião...Lembra? – Star arregalou os olhos – Vamos!
-To indo – Luna murmurou, indo para o chão e também engatinhando.
Dois minutos depois as duas corriam na ponta dos pés pelo corredor gelado e sem tapetes. Subiram uma pequena escada e chegaram ao terraço. Blaise estava sentado em uma mureta baixinha, quase dormindo.
-Oi amor – Star deu um beijo estralado na bochecha dele – Desculpa a demora.
-Oi – ele abriu os olhos e bocejou longamente – Não sei porque essa reunião, amorzinho. Não podemos fazer isso de dia? Eu estou com frio e com sono.
-Precisa ser agora – Luna respondeu, efusivamente. Ela estava totalmente desperta, os olhos azuis brilhando como dois faróis no breu – O Colin não é fã do Draco, então ele não vai ajudar. E por motivos óbvios Gininha e Draco não podem saber.
-Tá, qual o plano? – Blaise cruzou os braços e bocejou de novo. Star achou que o namorado estava adorável daquele jeito, todo despenteado.
-Ele precisa de um nome, o plano – Star falou – É importante.
-Já sei! – Luna riu – Caminho para a Bulgária. Gininha representa a Bulgária.
-Perfeito – Blaise sorriu para Luna, divertindo-se com ela – Quais são as idéias? Estou ouvindo.
-Aproximação forçada – Star falou de imediato – Amanhã vou inventar uma dor muito forte, para ficarmos aqui em Ruse pelo menos dois dias.
-Vocês não acham que a Gina ainda vai perguntar de onde é que o dinheiro vem? – Luna olhou curiosa para Blaise – Ela não vai acreditar pra sempre que o Pietro está bancando nossa viagem.
-Inventamos alguma coisa na hora – Blaise deu de ombros suavemente – Então amanhã Star acorda com dor e eu a levo para o hospital.
-Isso. Eu me encarrego do Colin – Luna pensou por um segundo – Já sei, precisamos lavar as roupas. Deixa a Gina encarregada do mercado.
-Não sei se aqui tem um mercado decente – Blaise olhou para a bonita vista da cidade. Bonita pelas luzes e pelo céu, mas não pela cidade em si. Ele se sentia numa mistura de Hogwarts e Hogsmeade, quando foram inaugurados.
-Combinado então? – Star sorriu animada – Plano em prática?
-Combinadíssimo – Blaise levantou – Agora vamos dormir.
***
Gina abriu os olhos preguiçosamente. O quarto ainda estava escuro, por causa da pesada cortina marrom na janela, mas ela sabia que era tarde. A porta do banheiro estava fechado e as camas de Luna e Star estavam vazias. Continuou deitada por cinco minutos.
-Star? Luna? – gritou. Nenhuma resposta – Star! Luna! Vocês estão no banheiro? Ou alguma de vocês? – ela suspirou pesadamente e se levantou. Tentou abrir a porta, mas estava trancada.
-Gina... – alguém murmurou do outro lado da porta – Gina...
-Star? – Gina perguntou, preocupada – Você está bem?
-Não – Star respondeu e abriu a porta. Ela estava branca como um papel – Acho que eu preciso de um médico.
-Meu Deus! – Gina pegou a mão da amiga e a levou até a cama – Fique aqui. Eu vou buscar o Blaise. Não se preocupe...Vai dar tudo certo.
Assim que Gina saiu correndo do quarto, Star abriu um sorriso. Ia dar certo mesmo.
-Estaremos em contato – Blaise avisou, fechando a porta do carro e dando partida. Star, no banco na frente, estava com os olhos fechados. Os quatro ficaram parados na porta do hotel, preocupados.
Menos Luna, é claro.
-Então... – Star sorriu para o namorado – Será que rola um sorvete?
-O que você quiser meu amor – ele se inclinou e deu um beijinho nela.
***
-Colin – Luna se virou para ele, chamando sua atenção. Draco e Gina ainda olhava a rua por onde o carro de Blaise tinha acabado de passar – Quer me ajudar a lavar roupa? Tem muita.
-Você vem Gi? – ele perguntou, automaticamente.
-Não mesmo – Gina sorriu – Lavar roupa é um desastre – uma súbita imagem veio em sua cabeça. Ela e Draco caindo no chão das lavanderias em que tinham estado, no começo, culpa do sabão, depois virou uma piadinha particular. É, ela definitivamente não queria entrar em uma lavanderia – Fica aqui no porão do hotel, não se esqueçam.
-Você compra comida Draco? – Luna perguntou para ele. Ela estava usando delineador amarelo, parecia o próprio sol com aquele sorrisinho inocente e irresistível. Draco não poderia falar não.
-Claro – ele ergueu os ombros – Por que não?
-Você vai ficar bem? – Colin perguntou para Gina.
-Claro, vou dar uma volta pela cidade. Aproveitar...Você sabe – Gina sorriu. Ela estava terrivelmente preocupada com Star e só queria ficar quieta, talvez dar uma volta na cidade.
Eles entraram no hotel. Quinze minutos depois Luna e Colin tinham uma pilha de roupa e olhavam desesperados para a campenga máquina de lavar que estava no porão. Gina colocou um tênis e pegou seus óculos de sol. Sem esquecer da câmera, também. Ia dar uma volta pela cidade. Abriu a porta do quarto e deu de cara com Draco.
-Oi – ele falou, casual – Estava passando por aqui – Draco se encostou no batente da porta, desafiando Gina a desmenti-lo.
-Mentiroso – Gina revirou os olhos e cruzou os braços – O que foi? Entediado.
-Blaise ligou. Star está bem – Draco mexeu no cabelo, irritado. Seu cabelo excessivamente loiro estava comprido demais e o incomodava o tempo todo – Eles voltam em cinco horas. Tempo do soro fazer efeito.
-Que droga... – Gina murmurou – Luna também vai demorar isso lá embaixo. Você viu o tanto de roupa?
-Vi sim – Draco sorriu feliz. Não pela infelicidade de Luna, mas ver Colin lavando suas roupas era muito bom. Ele imaginava, quase um sonho, que o loiro maldito era um dos elfos nanicos da Mansão Malfoy. Isso quase o fazia esquecer-se que Colin era um idiota completo – Vai sair?
-Você sabe que sim – ela revirou os olhos – São só dez da manhã.
-Com fome? – ele ergueu uma sobrancelha – Seus gritos logo pela manhã e a correria com a Star não deixaram ninguém comer nada.
-Talvez eu esteja – ela também ergueu uma sobrancelha.
-Você sabe que aqui não teve ter um café muito bom, mas acho que vi um pequeno restaurante. Dez quarteirões daqui.
-Certo, com duas condições – ela exigiu – Você não me paquera, como está fazendo agora, e não fala pra ninguém sobre isso.
-Relacionamento às escuros mais uma vez? – ele estava zombando, mas queria que ela concordasse com ela – Eu não me importo, desde que o território polonês não estava intransponível.
-Engraçadinho – ela suspirou – Falo sério. Nós dois não vamos ser mais que amigos, nunca. Pegar ou largar.
-Eu nunca largaria – ele sorriu mais uma vez – Vamos.
***
Hermione cruzou e descruzou as pernas, entediada. A reunião estava sendo mais chata que o previsto e Violet não parava de paquerar o assistente bonitinho do chefe, o que era irritante. Ela recebeu um bilhetinho. Colocando no colo, abriu o papel com cuidado.
“Temos uma festa hoje a noite, na casa do Greg, meu novo grande amor. Ele é assistente do babaca do nosso chefe, mas garanto a você, ele não é nem um pouco idiota. Sei que Harry e Rony estão viajando com os gêmeos, para encerrarem as férias com classe, competindo no Torneio Mundial de Videogame. Sério Hermione, não sei como você agüenta. É como criar dois bebês.
De qualquer maneira, você vai. Depois dou detalhes.
Violet”
***
-Sorria! – Draco bateu duas fotos seguidas de Gina. Ela olhou emburrada para ele. O cabelo ruivo estava lindo naquela manhã, liso e brilhante. Ela também não estava nada mal, mas ficar tirando fotos com Draco não era muito bom.
Trazia lembranças demais.
-Você está me dando nos nervos – Gina entrou no pequeno café, sendo seguida de perto por Draco.
Ruse, provavelmente por ser bem na divisa da Romênia com a Bulgária, parecia bem diferente de todas as cidades romenas que eles tinham visitado até então. Gina adorara todos os lagos e o retorno do Danúbio, mas também ficava muito difícil ignorar que estava completamente apaixonada por Draco.
Principalmente agora, que estavam os dois sozinhos. Coisa que não acontecia há muito tempo.
-Pietro está mandando dinheiro demais – Gina falou para ele – Não é estranho?
-Muito – Draco concordou. Os dois sentaram-se em uma mesa de frente para a imensa parede de vidro. Do outro lado da rua uma linda praça – Eu nem sabia que o Blaise e ele eram tão amigos.
-Nós sequer precisamos trabalhar de novo – Gina balançou a cabeça – Acha que eles estão escondendo alguma coisa?
-Os dois – Draco riu – Fofoqueiros daquele jeito? Nunca!
-É – Gina riu – Eles não agüentariam. Hei...Você consegue pedir um café pra mim? Não entendi esse maldito cardápio.
-Pode deixar – Draco sorriu, feliz. Era bom se sentir útil de novo.
***
Colin sentou frustrado em um capenga banco de madeira. Luna olhava distraída para a embalagem colorida de sabão em pó, imaginando se faziam delineadores naquele tom de rosa.
-Não deveríamos ter deixado Gina sozinha – Colin falou, quebrando o silêncio. Isso é, se você não contar o barulho excepcionalmente alto da máquina de lavar roupa.
-Colin – Luna se virou para ele, furiosa de repente. De um gatinho fofo ela tinha passado para um tigre irado – Gina não é um bebê. Ela estava se virando sem você antes, caso tenha se esquecido. Isso não é um filme! ENTÃO NÃO AJA COMO SE ESTIVESSE EM UM!
-Luna eu... – ele arregalou os olhos.
Luna só balançou as mãos, com descaso, e voltou os olhos para a embalagem. Um gatinho fofo de novo.
***
-Gina... – Draco correu suas mãos pela mesa, e segurou as mãos dela – Eu quero que isso, nós dois...Quero que dê certo.
-Draco...Por favor! – Gina olhou para o lado – Pare de tornar tudo tão difícil. Eu sei que deve ser difícil pra você aceitar que perdeu algo, mas você perdeu. Seu casamento é breve, preocupe-se com isso.
-Eu estou tentando – ele murmurou, tão desesperado que seu peito parecia estar rasgando – Só é difícil, mais do que imaginei, parar de amar você. Na verdade, estou começando a achar que é impossível.
Gina suspirou e mordeu o lábio inferior.
-Você precisa cortar o cabelo, de novo – ela disse rapidamente, mudando de assunto – Vamos fazer isso agora.
-Claro – ele levantou e foi pagar a conta. Gina apoiou o rosto nas mãos e respirou fundo, querendo sumir dali – Vamos.
Os dois andaram pela rua limpa, sentindo o vento fresco e o sol fraco. Gina nunca tinha se sentido tão miserável em toda a sua vida. Draco...Draco...Ela era uma covarde que não se valorizava. Isso, ou uma apaixonada sem cura. Talvez os dois.
Provavelmente os dois.
***
Blaise e Star voltaram uma e meia, mais cedo que o previsto. Luna e Colin ainda estavam no porão, esperando a máquina acabar de secar a última remessa de roupas. Os quatro ficaram no porão, conversando. Gina e Draco chegaram ao hotel quase duas horas da tarde.
-Hei! – Colin sorriu ao ver Gina entrar no porão – Comprou a comida?
-Tudo certo – Gina sorriu.
-Cortou o cabelo? – Luna perguntou divertida. Draco fechou a cara, seu sonho de passar despercebido tinha sido destruído.
-Como você está? – Gina perguntou para Star, ansioso – Melhor?
-Um pouco – Star suspirou, dramaticamente. Blaise estava do seu lado, fingindo ampará-la – Mas o médico disse que é melhor passarmos o dia de hoje e amanhã aqui. Para o caso de eu ter alguma piora.
-Claro – Gina concordou – Vamos almoçar? Estou morrendo de fome.
-Finalmente alguém falou em comida – Blaise sorriu.
***
O pequeno hotel no qual estavam hospedados era perfeito. Naquela época do ano, como o dono explicara, não tinha muitos hóspedes, então eles tinham uma sala de TV só para eles, e também uma sala de visitas. No tédio da noite, total falta de baladas na cidade, Colin e Star descobriram uma locadora de filmes. Acharam alguns filmes em inglês, de todos os gêneros.
Gina estava deitada em um dos sofás da sala de estar, no completo escuro, exceto pelo brilho forte das estrelas. Podia ouvir as risadas de todos na sala de TV.
-Você está sempre fugindo – Draco murmurou, andando pela sala.
-E você está sempre me seguindo – ela suspirou, irritada – Eu gostaria de ficar em paz por um tempinho.
-Ultimamente Foguinho, você anda mais irritada que o normal.
-A culpa é sua – ela acusou, sentando-se no sofá.
-Eu terminei com ela – Draco falou, sério. Ele tinha esperado horas para contar, também tinha planejado mil maneiras de começar o assunto. No fim, percebeu, o que importava mesmo era ter o perdão de Gina – Mandei uma carta hoje a tarde. Não posso mais negar o que sinto por você.
-Isso é sério? – o coração dela estava aos gritos, mas Gina se manteve sentada. Imóvel.
-Eu não mentiria sobre isso – Draco arriscou mais um passo na direção do sofá – Eu só queria que você me perdoasse por demorar tanto tempo para perceber que Pansy não significa nada para mim. Diga alguma coisa.
-Você não deveria ter feito isso – ela disse, séria. Levantou-se do sofá e ficou de frente para ele, enxergando apenas o contorno dos lábios dele – Eu não vou voltar para você Draco. Acabou.
-Gina... – ele a segurou pelos ombros – Pare de dizer isso. Eu estou livre, eu amo você, nada mais nos impede de...
-O que você fez comigo...Você acabou comigo Draco – ela falou, magoada – Me partiu um mil pedaços e eu sei que eles não podem ser recolocados.
-Não, eles podem, sei que podem – Draco a abraçou com força.
Pela primeira vez ele não se importava com mais nada além dela. Sua decisão tinha chegado tarde, é verdade, mas isso não a tornava menos verdadeira. E então ele a beijou. Com vontade e suavidade, segurando-a pelo quadril, pressionando-a contra o sofá. Gina correspondeu com força, agressividade. O perfume dele era tão familiar que lhe doía, e as mãos dele tão suaves contra a pele dela que queimava.
As mãos dele passearam pela pele das costas dela, por baixo da blusa. Gina o empurrou, gentilmente. Ela estava chorando.
-Nunca mais faça isso! – gritou, antes de empurrá-lo e correr escada acima para seu quarto.
Draco caiu sentado no sofá, incrédulo. Então as coisas não tinham saído exatamente como ele planejara. E agora?
***
-Star... – Luna a cutucou, aproveitando que Blaise e Colin estavam distraídos com o filme de guerra – Como acha que o Caminho para a Bulgária está indo?
-Aparentemente bem – Star sussurrou – Percebeu que os dois sumiram?
-Que bom – Luna sorriu, satisfeita – Amanhã você fica doente de novo.
-Claro que sim – Star deu uma piscadinha.
***
Gina acordou seis horas da manhã. Exausta. Vestiu-se com cuidado, para não acordar as amigas, e saiu do quarto. Ruse começava a funcionar lentamente. O café próximo ao hotel estava abrindo as portas e duas crianças com uniformes escolares passaram rindo por ela.
Gina se abraçou, fugindo do frio. Ela precisava conversar com alguém, urgentemente. Na verdade, ela precisa mesmo é perdoar o passado. De uma vez por todas. Pegou no bolso da calça jeans uma fichas de telefone que pegara de Colin na noite passada.
Ela esperava, sinceramente, que o telefone fosse o mesmo. Colocou uma ficha no orelhão e rezou para conseguir linha. Um toque. Dois toques.
-Alô? – era a mesma voz fininha e conhecida há anos – Quem é?
Gina respirou fundo duas vezes antes de abrir a boca e finalmente falar.
-Oi Corinne, é a Gina.
***
Colin abriu os olhos assim que a porta do quarto fechou. Ele foi o último a acordar, mas fingiu estar dormindo para escutar a conversa de Draco e Blaise. E ele precisava dizer, foi reveladora. Nunca, nem em seus mais loucos sonhos, imaginara que Draco Malfoy, aquele estúpido, podia realmente amar alguém.
Bem, isso era possível. Porque em vinte minutos ele confessara para Blaise que tinha terminado o noivado com Pansy, a psicótica, e que tinha sido dispensado por Gina.
-Colin! – a porta foi praticamente arrombada por Luna e Star – Precisamos conversar.
-Vocês parecem gêmeas loucas e loiras, falando junto e gritando... – ele sorriu divertido – Qual o problema?
-Nós temos esse plano... – Star começou.
-O Caminho para a Bulgária – Luna completou.
-E acontece que ele não está dando certo – Star suspirou.
-Por isso você vai nos ajudar – Luna deu uma piscadinha.
Colin se derreteu. Era quase um abuso pedir as coisas com aquela cara. Ele não poderia dizer não.
***
Gina estava assistindo um dos filmes que Star alugara, sobre uma escola de dança ou coisa assim, esperando todo mundo acordar a seguir viagem. Isso é, se Star estivesse bem. Já passava das nove da manhã e ela estava começando a ficar impaciente.
-Hei – Colin entrou na sala – Estão todos comendo. Você não vem?
-Liguei para a Corinne hoje – Gina desligou a TV e encarou Colin.
-E porque você fez isso? – ele perguntou, chocado.
-Eu estou me livrando das coisas ruins – ela sorriu. Colin sentou-se de lado dela – Disse que a perdôo. Ela chorou, falou que o Daniel não dá atenção nenhuma a ela, que não liga pra nada. Perguntou onde estamos, eu não falei, é claro.
-Você é louca – Colin riu, Gina apoiou a cabeça no ombro dele – Falando em se livrar das coisas ruins...Eu estive considerando minha opinião, e não acho mais que o Malfoy seja tão ruim assim.
-Já foi abduzido pelas meninas? – ela perguntou, suspirando.
-Não é isso Gin. Ele ama você, de verdade. Acho que vocês devem se dar essa chance.
-Você não entendo Col, não é só sobre a Parkinson. É tudo isso – Gina riu sem humor – Não somos Romeo e Julieta, ninguém vai ceder. Eu sou uma Weasley e ele um Malfoy. Não daria certo, porque sofrer então? Eu o amo, mesmo, mas não quero sofrer de novo.
-Ninguém está vivendo uma tragédia grega Ginevra, por mais que você as ame – Colin sorriu carinhosamente e segurou a mão dela – Sua vida é feita de escolhas, não de premonições. Ele ser um Malfoy não o impediu de se apaixonar por você, e o mesmo aconteceu com você. Não seja tão cabeça dura.
-Não vai valer a pena.
-Não valeu a pena o que vocês fizeram? Cada momento passado com ele não foi inesquecível? – ela não disse nada, ele pressionou – Não foi? Inesquecível?
-Foi.
-Então não me diga que não vale a pena.
***
-Draco nós temos vários planos – Luna começou a falar, sempre de olho na porta – Você pode reconquistar a Gina em cinco passos.
-Não me diga que você já fez fofoca Blaise? – Draco olhou para o amigo, inconformado – Não faz nem meia hora que eu te falei.
-Estou te ajudando cara – Blaise fingiu estar ofendido – Você não tem que me olhar feio, só deve agradecer essas duas mentes loiras. Elas são geniais cara, mesmo – ele fez o gesto de rapper, balançando a mão. Draco bufou e revirou os olhos.
-O que importa é que você caiu na realidade – Star sorriu – Demorou, mas caiu. Cinco passos, bem simples.
-Chamamos tudo de O Caminho para a Bulgária – Blaise comentou.
-Que brega – Draco riu, as meninas olharam ofendidas para ele – Continuem.
-São cinco estágios de humor, ou sentimento – Luna agitou as mãos – Que seja. Primeiro vem o Ciúmes, depois Raiva, Paixão, Perdão e Amor.
-Simples assim? – Draco ergueu uma sobrancelha.
-Simples assim! – Star, Luna e Blaise falaram juntos. Os três cupidos.
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N/A Genteee muuito sono. Credo, soh isso de coments???????????? Bom...Morrendo de sono (duas e meia a.m agora) e acordo em quatro horas eh meia...Eh, a faculdade ainda vai me matar. Nao deu pra colocar o segredo nesse cap, ia ficar sem sentido.
Nao eh gravidez nem casamento...Já adianto.
Vao falando o q vcs acham q eh...Quero ver as opinioes, rsssssssssssssssssssssss
Entao eh isso, espero q gostem do cap e comentemmm mais dessa vez hein?????
A fic nao deve ter muito cap ainda, pq eles vao ateh a Grécia soh. Acho q uns sete caps, por aí...
eh isso
beijinhussssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
LUA NOVA CHEGANDO AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE (já comprei meu ingresso)
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