O plano de Dumbledore

-O que? Dumbledore te disse isso? Ele deveria estar louco. Como isso foi acontecer?
-Sim, ele me disse. Não sei de onde ele tirou essa idéia maluca. Mas irei fazer isso só porque ele me convenceu. Não porquê eu estou com pena de você. Mas sim, para vingar aa mortes que ele causou.
-Como ele disse para fazê-lo?
-Não é muita coisa. Ele só me disse para retirar os trouxas dos lugares perto de onde ele estiver e... tentar matar alguns comensais da morte.
-Ele utilizou essas palavras? Matar?
-Calma, Harry. Ele só estava pensando em ajudá-lo, não em massacrar os outros comensais. Ele me disse algumas instruções, algumas coisas que poderiam ajudar.

Petúnia estava suando frio. A cada 5 palavras que falava, ela olhava para a janela. Com medo de que Valter chegasse e ouvisse a conversa que estava tendo com Harry. Ela se sentou em uma das poltronas vermelhas de sua casa, fechando os olhos para tentar se lembrar do que Dumbledore disse. Porém, começava a se chacoalhar e tremer, até que uma voz estranha começou a sair de sua voz.

-Nós temos que pegar livros de magia, podem ser os seus. Temos que treinar magia, alguns feitiços úteis para a sobrevivência. Fugir de Londres, e convocar bruxos de outros países. A ajuda deles será necessária. Pense comigo, Harry. O que posso fazer, sendo um aborto que não realizo mágica?

Harry ficou abismado. Suas mãos tremeram ao ouvir cada palavra. Aquilo não poderia ser idéia de Petúnia. Não era sua voz. Petúnia não usaria aquelas palavras e nem aquele tom. Até que a tremedeira passou, e tia Petúnia falou com convicção.

-Ouça sua tia, Harry. É tudo que posso fazer por você. Tenho que salvá-lo, meu filho querido. Não faça besteira, e pelo menos uma vez não a desobedeça.
-Páraaa!!!!!!!!!!!!!!Não agüento mais ser seu meio de comunicação.

Lágrimas saíam dos olhos verdes de Harry. Aquilo parecia ser um sonho. Depois de alguns anos, ouviu a voz de sua mãe outra vez. Aquilo parecia irreal. Seus olhos não acreditaram no que acabara de ouvir. Suas mãos tremiam mais e mais, enquanto tia Petúnia gemia de dor e soluçava algumas palavras de negação.

-Viu o que você fez, seu problemático?!!?!!?!! Desde que você disse sobre os dementadores quando eles atacaram o Duda, sua mãe vem tentando comunicar com você. Agora que você ouviu o que ela disse. Você vai ter que me obedecer nessa jornada que faremos. Aquela bruxa que meus pais tanto se orgulhavam.
-Cala a boca!!! Eu aqui, tentando me concentrar pensando no que iremos fazer, pensando na minha mãe, e você reclamando de tudo.
-Petúnia, o que aconteceu?

Valter e Duda chegaram. Duda, com suas bochechas enormes e braços segurando três potes de sorvetes. E Valter, com sua barriga que quase não atravessava a porta trazendo consigo chocolates e cremes para rugas.

-Trouxe o que você pediu, querida.

O ar ficou gelado. A única vez que Petúnia não olhou para a janela, Valter e Duda chegaram. Eles olharam estranhamente para Harry, como se seus olhares o estivessem acusando de algo. Harry se lembrou então das palavras de Dumbledore: “Mas os avisos são reais”. Aquilo fez Harry refletir bastante sobre o assunto.

-Harry, leve essas coisas para dentro. Depois preciso conversar com você. Antes que me esqueça. Pegue esse dinheiro.

Dinheiro? Aquilo não estava soando bem para o Harry. Ele recebera uma quantia de 100 euros. Muito dinheiro que não poderia desperdiçar. Antes que seus pensamentos se aprofundassem no que faria com aquele dinheiro, Harry levou o sorvete e o chocolate para dentro. Ao chegar na cozinha, deixou as coisas na bancada e se lembrou de quando transformou tia Guida quase em um balão. Mas não se esqueceu do que ela tinha dito para ele ficar daquele jeito. Olhou então para o relógio. Ele indicava 7:40 da noite.

-Valter, o que você tem pra falar, venha falar aqui na cozinha.

Então, Valter apareceu com uma cara de assustado, parecendo que tinha visto um fantasma.

-Moleque, acho que sua tia não te avisou. Mas nos mudaremos dessa casa amanhã de manhã. Então, foi por isso que decidimos dar-lhe esse dinheiro. Para você seguir com sua vida seja lá pra onde você for.
-Pra onde vocês vão?
-Isso não importa. Senão algum bruxo vai nos seguir e matará a gente. Nós não queremos isso pra ninguém da nossa família. Então, hoje teremos um jantar de despedida com a Guida e depois dormiremos bastante para amanhã partirmos tranqüilos.
-Mas vocês não têm que arrumar suas roupas? Não estou vendo nenhuma caixa feita indicando que se mudarão.
-Nós só levaremos as nossas roupas, e o necessário. Depois, se essa casa não for destruída, nós voltaremos para arrumar tudo. Agora vá se arrumar pois Guida e o seu cachorro deverão chegar a qualquer momento.

Harry subiu as escadas lentamente. Ao abrir a porta de seu quarto, Edwiges começou a piar bem baixinho. Então ele se sentou na cama e começou a se lembrar de seus amigos, que poderiam morrer a qualquer momento.

-Edwiges, semana que vem nós nos mudaremos, tá bom? Talvez nunca mais voltemos a essa casa. Ai!

Sua cicatriz começara a arder muito. Seus olhos começaram a lacrimejar e então desmaiou e bateu sua cabeça na foto de seus pais.



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-Então, lembrem-se. Tragam somente o que eu pedi. Façam com que ele sofra. Não o mate, mas também não o tragam para cá.
-Claro, lord. Seu desejo é uma ordem.
-Não. Minha ordem é uma ordem maior. Agora, espere-o dormir. Talvez seja tarde, talvez seja cedo. Mas não o matem.
-Claro, meu chefe.


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Ding, dom. Ding, dom.
-Já vai, já vai.

Ao chegar na porta, Valter pegou uma carta do carteiro e, sendo muito curioso, a abriu. Ao ler, seus olhos começaram a chorar até que Petúnia chegou.

-O que foi, querido?
-Guida morreu de infarto.

“Melhor ainda. Meu plano funcionará melhor do que imaginei”

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