A dor de Marcos McSmith!
Alessandra estava deitada de bruços soluçando de tanto chorar em seu quarto, Harry se sentou ao lado dela.
_Alessandra precisamos conversar.
_Não quero! Vai embora!
Harry passou a mão pelos cabelos, colocou sua mão no ombro de Ale.
_Olha pra mim, filha!
Ale encarou Harry era a primeira vez que escutava ele a chamar de filha.
_Era por isso? – perguntou ela se sentando, Harry a olhou sem entender, ela o encarou seus olhos estavam muito tristes. _Era por isso que você não me queria como filha? Por que eu posso ser uma bruxa das trevas?
Harry respirou fundo, sorriu cansado.
_Vem cá. – disse ele pegando a menina e a colocando em seu colo. _Na realidade eu não acho que você seja uma bruxa das trevas.
Ale o encarou.
_Você manifestou um poder que é considerado das trevas, o que não significa que você seja. Eu conheço alguém que também teve um poder manifestado, e que todos julgaram que ele fosse um bruxo das trevas.
Ale enxugou os olhos.
_Quem?
_Eu. – respondeu Harry, sorrindo vendo que ela estava parando de chorar.
_Você? – perguntou ela curiosa. _Mas como?
_Eu tinha o dom de falar com as cobras. – disse Harry. _Isso era considerado um dom das trevas entende?
_Mas você não fez o que fiz, eu fiz o Tiago sofrer... – disse ela desviando o olhar porque lágrimas haviam começado a rolar por seu rosto. _E eu não queria...
Ela se abraçou a Harry começando a soluçar novamente.
_Talvez o fato de você ter escolhido ser uma bruxa tenha feito com que você manifestasse algum poder, pelo que entendi, o Tiago viveu como se estivesse em um pesadelo, você fez isso pra se defender não foi?
_A gente estava brigando, ele falou dos meus irmãos e ai eu me descontrolei, não quero ter esse poder, não quero fazer meus irmãos viverem um pesadelo. – disse ela começando a chorar, Tiago se aproximou e colocou a mão no ombro de Ale, ela o olhou.
_Talvez você possa usar isso a seu favor, papai pode te ajudar a controlar este poder. – disse Tiago se sentando ao lado deles. _Eu não vou deixar de ser seu irmão mais velho por isso, eu sei que foi sem querer. – disse Tiago acariciando o rosto dela e limpado as lagrimas da irmã, Ale o abraçou.
_Me desculpe! – Tiago a abraçou também, Albus e Lily entraram e abraçaram os dois caindo os quatro na cama o que provocou a gargalhada deles.
_Muito bem, chega de bagunça hora de dormir. – disse Gina que estava parada à porta olhando os filhos. _Vem crianças. – Tiago, Albus e Lily seguiram a mãe, Harry continuou por lá.
_Obrigada, Harry. – disse Ale.
Harry a encarou.
_Eu nunca disse que não queria você como filha, mas acho que duas meninas é trabalho em dobro pra um pai. - Ale o encarou curiosa. _Você vai entender quando crescer. E mais uma coisa.
_O que? – perguntou Ale se deitando enquanto Harry arrumava os lençóis dela.
_Não sou Harry. Sou seu pai, então me chame de pai entendido?
Ale sorriu e deu um beijo em Harry.
_Tá, pai. – disse ela. _Boa noite.
Harry desligou a luz e saiu, estava bem cansado e precisava dormir.
Ale já dormia quando sentiu uma fumaça branca ao seu redor, tudo ficou muito embaçado, a fumaça se desfez, Ale notara algo estranho não estava no seu quarto, mas conhecia aquela sala, muito bem decorada, estava na mansão McSmith, mas parecia que estava mais alta. Será que havia crescido? Mas a casa fora destruída, quando seus irmãos morreram, ela se olhou no espelho que ficava na sala, nele estavam refletidos os olhos de Marcos, com seus cabelos pretos, caindo pelos ombros, Ale então entendeu o que estava vendo as coisas pelos olhos de Marcos.
[i]_Tem alguém aqui em casa. – disse ele retirando uma das espadas que ficava de enfeite na sala. _Cristhofer! – Cristhofer apareceu com uma varinha na mão.
_Senti também Marcos.
_Vamos buscar a Ale, e levá-la para o sótão.
Eu (Marcos) subi correndo a escada, com Cris em meus calcanhares, foi quando ouvimos a porta explodir. Chegamos ao quarto da nossa irmã.
_Marcos, o que esta acontecendo?
Apanhei minha irmã nos braços, ela estava assustada, usei um feitiço da desilusão nela, sem que ela percebesse.
_Esta tudo bem “pequena”. _Vai ficar tudo bem, eu prometo.
Chegamos ao sótão, a pus no chão.
_Quero que preste atenção aconteça o que acontecer, quero que assim que puder corra daqui, e esteja na estação de King’s Cross no dia 1 de setembro às onze horas e atravesse as plataformas nove e dez. Irão te ajudar lá. – eu disse a ela.
_Marcos, Cris... – outra explosão foi ouvida, minha “pequena” gritou.
_Vamos Marcos. – escutei Cristhofer me chamar, só então notei de que ele já estava com a varinha e a espada, em posição de ataque.
_Me ajuda. – dei uma ultima olhada na minha irmãzinha, algo me dizia que seria a ultima vez que veria a minha pequena, a ultima vez, antes de tudo sabia de uma única coisa: que deveria mantê-la viva a qualquer custo. Eu e Cris lacramos a porta do sótão, lançamos feitiços contra arrombamento, explosões, ou qualquer outra coisa que pudéssemos lembrar. Saímos de lá, quando voltamos pra cima estava tudo muito quieto.
_Vou olhar a sala. – disse pra Cristhofer.
Fui até lá senti um arrepio na espinha, quando me virei, um homem com rosto escaveirado, e um cavanhaque me olhava, e vi um jato de luz verde me atingir, antes que eu esperasse senti certa leveza, não senti meu corpo cair no chão, nuvens negras circularam a sala.
_Vivaggio! – escutei a voz de Cristhofer dizer, estava andando quando vi que ele me chamava de volta muito fraco.
Abri meus olhos, Cristhofer estava ao meu lado, totalmente sem forças até mesmo para falar, ele havia usado o poder vital, pela segunda vez.
_Cristhofer, não você precisa sair daqui, leve nossa irmã com você.
Cris me olhou, escutei a voz de uma mulher.
_Avada Kedrava!
Cris me olhou cheio de culpa enquanto fechava seus olhos sem vida e uma lágrima escorria por seu rosto, tinha dado errado ele me devolvera à vida, e tinha sido morto, seu poder vital se manisfetara novamente, nuvens pretas, então começaram a aparecer, vi a imagem de um homem louro, muito pálido me encarar, o homem de cavanhaque eu sabia ser Rodolfo Lestrange, me encarou, ele apontou sua varinha pra mim e antes que eu pudesse fazer qualquer movimento, senti dores imensas.
_Sectusempra! - ele havia gritado.
Olhei para meu peito que se rasgou em um corte profundo, outros cortes apareceram, os três bruxos desaparatam rindo da minha situação, vi um movimento do meu lado esquerdo próximo ao corpo de Cristhofer, não tinha tido tempo de dizer a ele, que ele agiu certo, Alessandra estava ali, o feitiço da desilusão estava quase se desfazendo, os outros feitiços que a prendiam no sótão talvez tivessem sido desfeitos quando eu e Cris fomos atingidos.
_Foge! – disse muito fraco, senti dores. _Foge! E nunca mais volte aqui... Vá! – Ale gritou e saiu correndo de lá, os bruxos voltaram.
_Tem certeza de que há mais algum deles? – perguntou a mulher.
_Sim. – respondeu Rodolfo Lestrange.
_Poderemos tentar trazer o nosso mestre de volta. – disse o homem louro com sua voz fria.
_Vamos! – chamou a mulher.
Uma forte explosão foi ouvida, Ale se virou e gritou, sua casa estava em ruínas.
As dores eram profundas, sentia minha pele se rasgando.
Ale estava suada, acordou assustada, percebeu que estava em seu quarto na casa dos Potter, colocou a mão em seu peito, sentia as dores ainda de um corte profundo, se lembrou da única pessoa com quem ela se sentiu segura. Gritou, sabendo que ele viria rápido em seu auxilio.
_PAI! PAI! – Ale começara a chorar. _PAI! ME AJUDA...
Harry entrou no quarto seguido por Gina. Ele acendeu a luz e se sentou ao lado de Ale.
_Filha o que foi?
_Pai doeu muito... Foi muita dor.
_Do que você esta falando Ale? – perguntou Gina, Tiago, Albus e Lily estavam parados na porta.
_Do Marcos, eu vi pai. – disse ela olhando pra Harry. _Eu senti tudo o que ele sentiu quando morreu... – ela começou a soluçar com mais força._Eu vi... – disse ela, Harry a olhava. _Eu vi pelos olhos dele como foi que eles morreram! – disse ela de uma vez, Harry a abraçou.
_Gina tira as crianças daqui. – disse ele apontando para Albus, Tiago e Lily.
_Mãe...
_Vão crianças! – disse Harry firme, nenhum deles ousou desobedecer ao pai.
_Filha o que houve? – perguntou ele com calma.
_Eu senti o que o Marcos sentiu pai... Eu vi pelos olhos dele, senti tudo o que ele sentia... O Cris morreu sem sentir nada, mas ele se culpava, porque abaixou a guarda. Mas o Marcos o amava, ele não o culpou ele queria ter dito isso a ele, mas não deu tempo – disse ela. _Foi quando aquele homem matou o Marcos com um feitiço chamado Sectusempra!
Harry a encarava.
_Doeu tanto pai! – disse ela abraçando ele. _O Marcos sangrou sem parar até morrer. – disse ela.
_Calam filha, vai ficar tudo bem.
_Eu quero que eles um dia me achem, por que eu quero matá-los! – disse ela entre dentes.
_Ale, não pensa assim, não era assim que o Marcos queria que você pensasse...
_ELES FORAM OS PAIS QUE EU CONHECI! ELES NÃO ERAM SÓ MEUS IRMÃOS!
_Sei disso, - disse Harry firme a encarando sério. _Entendo que esteja com raiva, mas não acho que deve se preocupar com isso, seus irmãos sofreram pra te salvar e seria injusto com eles você se arriscar sendo tão nova.
Ale chorava, ela virou o rosto para o outro lado incapaz de encarar o pai, Gina entrou novamente no quarto, ela encarou os dois.
_Ele era esgrimista, ele e o Cris. – disse Ale de repente
_Esgrimista? – perguntou Gina.
_É uma luta trouxa com espadas Gina. – explicou Harry.
_Eram os melhores que já vi.
_Tenho certeza que eram. – disse Gina.
Ale a encarou.
_Eu gostaria de aprender esgrima. – disse ela.
Gina trocou um olhar com Harry.
_Pode ser que eu concorde com isso. – disse Harry.
Ale o olhou começando a sorrir.
_Desde que prometa que treinara apenas no jardim, e nada de treinar perto dos seus irmãos. – disse ele firme. _E muito menos pensar em matar alguém com uma espada, isso não é certo.
Ale pareceu pensar por um instante.
_Tá eu prometo, posso ganhar uma espada de Natal?
Gina olhou pra Harry séria e assustada como se aquilo fosse uma loucura, e lhe lançou aquele olhar depois a gente conversa.
_Acho que não terá problemas, se seus irmãos eram tão bons, você também será. – Gina lançou a Harry aquele olhar depois a gente conversa Ale desviou o olhar deles, se fixando em um ponto na janela do seu quarto.
_Gostaria que o Marcos tivesse morrido como o Cris sem nenhuma dor. – disse ela.
Harry e Gina a abraçaram, eles ficaram por um bom tempo assim, por sorte, Draco tinha dado uma poção pra eles para que se dormisse sem sonhos, Harry deu um pouco para Ale, antes que ele saísse ela a segurou.
_Pode ficar comigo, Harry? – perguntou já sonolenta.
Harry colocou o copo na mesa de cabeceira.
_Vamos fazer assim. – disse Harry pegando os lençóis e se deitando ao lado da filha. _Eu vou dormir aqui, desde que pare de me chamar de Harry.
_Desculpe, pode ficar aqui comigo Pai?
Harry sorriu.
_Agora sim. – disse ele, se deitando ao lado dela esperando que ela realmente dormisse sem nenhum sonho que sentisse tanta dor, ele não pode deixar de sentir certa simpatia por Marcos McSmith, mesmo com tanta dor, conseguiu salvar a irmã, e havia tentado perdoar Cristhofer, dormiu pensando de que ele fora realmente muito corajoso.
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