Capítulo Único



Título: Voulez-vous coucher avec moi, ce soir?
Autora: Pah Black Princess

Capítulo Único

Ele andava de um lado para o outro, impaciente. Por que mulheres demoravam tanto para se arrumar? Afinal de contas, por que ela estava se arrumando tanto? Eles iam a um bar qualquer e não ver a rainha da Inglaterra.
"Vai me dizer que você não está ansioso por vê-la pronta." - Falou uma voz em sua cabeça.
- Você de novo?
"Quem mais seria? O carinha da Dedosdemel? Sou sua consciência! Sabe o Grilo do Pinóquio? Então, sou eu!"
- O que eu fiz para merecer uma consciência tão mala? - Perguntou ele olhando para o teto.
"Primeiro, Merlin não vai te ouvir. Por último, podia ser pior, acredite em mim."
- Pior que você? Duvido...
"Não duvide... O Perseus* é bem mais chato que eu. Olha, há um lado bom nisso tudo, eu sou seu amigo. Eu te entendo!"
- Por que minha consciência não podia ser um pequeno Remus? Por que ela é um pequeno você?
"O 'você' aqui tem nome!"
- Tanto faz... - Ele se calou por algum tempo. - Consciência, por que veio me importunar, mesmo?
"Eu não te importuno! Apenas aconselho! Em todo caso, vim falar com você para perguntar se você não queria vê-la pronta."
- Eu? Não...
"Não minta para mim!"
- Tá bom... Talvez um pouco...
"Um pouco?"
- Tá bom! Muito!
- Muito o quê, Remus querido? - Sua atenção foi chamada para o alto da escada. Até que aquela espera não fora tão ruim como parecia ser antes...
- Ela está linda. - Sussurrou ele. A mulher começou a descer a escada. Aquilo parecia cena de filme. Sabe quando a protagonista tem o primeiro encontro com seu amado e desce as escadas como se fosse uma deusa? Era aquilo que estava acontecendo.
"Como assim ficou linda? Ela é linda, Remus! Sempre foi!"
- Nada... Pensei alto de mais... Você está linda... - Ela sorriu tímida.
- Obrigada.
- Vamos? - Ela acenou afirmativamente. Ele segurou a mão dela, e os dois aparataram num beco perto do bar.
Eles entraram no Bargunça [N/A: Sem criatividades para nomes! Por isso, copiemos o nome dos bares que existem! Adri, o Bargunça, Adri!], e, enquanto a mulher escolhia uma mesa para eles sentarem, Remus foi pedir duas cervejas. Ele foi até a mesa com as garrafas na mão e entregou uma a ela.
Os dois começaram a conversar sobre missões, sobre o dia dela, o dele e coisas banais.
- No fim, ele disse que eu era linda. Como se ele realmente achasse aquilo.
- Ele é um bobo de não achar. Você é realmente linda, e devo lhe dizer que esse é nosso maior problema.
- Como assim?
- Já viu quanta gente olha pra você quando você passa em algum lugar? - Ele acenou negativamente. - Um monte... - Ela riu. Eles ficaram em silêncio por algum tempo. O celular dela tocou.
- Desculpa... Estou com problemas no trabalho, e como não ia dra para aparatarem aqui, achei que o celular ia ser uma boa... Já volto. - Ela se levantou e se afastou da mesa.
"Remus em plena forma. Se alguém duvidava que você é um Maroto, eu tenho a prova de que é. O último deles, mas é".
- Você fica me atazanando por que eu não eu falo com ela e não a convido para sair. Quando eu tomo coragem para isso, você vem e me atrapalha? - Perguntou ele baixinho.
"Você é um chato, Remie."
- Remie, não!
"'Remie' só ela pode, né?"
- É! O que você quer dessa vez?
"Não sei... Tava com saudades, aí decidi aparecer..."
- Tem mais alguma declaração gay para me fazer?
"Declaração gay, não! Marotos não são gays! Entretanto, tenho algo para perguntar. Você também olha para ela quando ela passa?"
- Não...
"Não minta!"
- Às vezes, mas bem às vezes. - Ele fez uma pausa. - Ok, eu me rendo. Sempre.
"Sabia!"
- Se você já sabia, por que perguntou?
"É legal de tirar do sério"
- Falando sozinho, Remus? - Perguntou ela quando voltou.
- Não... Estava cantando... - Ela se sentou, e eles ficaram em silêncio. Ele olhou para ela. A mulher parecia entediada, e, para falar a verdade, ele também estava. - Você quer andar por aí?
- Pode ser... - Eles se levantaram, Remus pagou a conta, e eles saíram.
Ficaram andando por Londres, sem falar nada. Eles andavam em círculos, mas não se importavam. O que realmente importava era que estavam juntos.
Remus ficou ouvindo os malditos conselhos de sua Consciência, já que não podia mandá-la calar a boca. Enquanto isso, a mulher cantarolava uma música.

"Gitchi gitchi ya ya da da (hey hey hey)
Gitchi gitchi ya ya hee (hee oh)
Mocca chocolata ya ya (ooh yeah)
Creole Lady Marmalade (ohh)

Voulez-vous coucher avec moi, ce soir (oh oh)
Voulez-vous coucher avec moi (yeah yeah yeah yeah)"

- Que música é essa? - Perguntou ele.
- Não sei, só sei que é de um filme trouxa que assisti há algum tempo...
"Você quer responder, que eu sei. Vamos, Remus, repita comigo: Oui, oui, mon amour. [N/A: Para aqueles que não sabem, isto significa Sim, sim, meu amor.]"
Eles continuaram andando e continuaram a fazer o que estavam fazendo.
"Acho que você devia dizer para ela a verdade. Ela quer ouvir a verdade! Não tenha medo de dizer, ela não vai te matar se você disser. Eu sei que você ainda tem dúvidas, mas acredite na sua consciência. É dela que você gosta! Me ouça uma única vez na sua vida." - Por mais que não quisesse admitir, ela estava certa. A mulher a seu lado queria ouvir aquilo e ele sentia que devia dizer.
- Eu preciso lhe dizer uma coisa... [N/A: *Pega a faquinha de rocambole* Clichê!!!!!!! *Se mata*]
- Fale... - Eles pararam de andar, e ela olhou nos olhos dele. A mulher não sabia como, mas, de alguma forma, ela sabia o que ele ia dizer.
- Eu sinto muito por ter feito você sofrer esse tempo todo. Eu não queria fazer aquilo, mas meu medo me dominava. Eu sinto muito mesmo... Desculpa-me? - Ela recomeçou a andar. - Eu te pedi desculpas.
- Eu sei... - Ela recomeçou a cantar.

"Gitchi gitchi ya ya da da (hey hey hey)
Gitchi gitchi ya ya hee (hee oh)
Mocca chocolata ya ya (ooh yeah)
Creole Lady Marmalade (ohh)

Voulez-vous coucher avec moi, ce soir (oh oh)
Voulez-vous coucher avec moi (yeah yeah yeah yeah)"

- Eu quero uma resposta, Remus...
- Como?
- Eu lhe fiz uma pergunta. Eu quero uma resposta para ela.
- Eu perguntei algo primeiro. Eu quero a minha resposta.
- Você acha que se eu ainda não tivesse te perdoado, estaria aqui com você? Você acha que eu estaria brincando com você como estou agora?
- Acho que não...
- Então pronto. Agora eu quero minha resposta.
- Qual era a pergunta, mesmo?
- "Voulez-vous coucher avec moi, ce soir"
- Oui, oui, mon amour! - Ele a beijou. Aquele beijo fora mágico para os dois, mas, como sempre, algo tinha que atrapalhar eles dois. O celular dela tocou, e a Consciência de Remus começou a falar de novo.
"Finalmente! Achei que nunca fosse acontecer!"
- Eu que goste dela, e você que reza para o beijo acontecer?
"Foi para o seu bem!"
- Ok. Agora, se você quiser ficar bem, me deixa em paz. Quando eu precisar de conselhos, eu te chamo, ok?
"Já que eu não tenho escolha..."
- Graças, Merlin!
"Uma última pergunta... Como você se sente sobre isso?"
- Bem, Sirius, muito bem! - A mulher voltou. - Vamos para casa?
- Antes, quero passar perto de uma fonte, lago, qualquer coisa assim...
- Por quê?
- Me livrar deste empecilho. - Ela mostrou-lhe o celular.
Os dois passaram num lago, e a mulher jogou o celular lá. Logo depois, os dois aparataram para a casa de Remus.
- Enfim, sós, Nymphadora... - Ela fez cara de brava. - Tonks...
(É tarefa de vocês imaginar o que acontece daqui para frente, ok? Desculpem-me, mas Pah Black Princess não escreve NC!)
FIM!!!!

[N/A: Eu consegui passar do meu limite do ruim!!!!! Eu não acredito nisso! Bom, que seja...
Dedico esta fic à little Dark Princess (viste o Bargunça? Lembrei de você quando coloquei ele!), à Larie Tonks (obrigada por toda a ajuda que vem me dando e pela inspiração que me traz com suas fics) e à Mandita (deixo para você imaginar o que acontece depois que eles ficam sozinhos, ok?)
Obrigada, leitor/a se chegou até aqui. Agradeceria muito mais se você comentasse, mas se não o fizer, não me importarei...
Mil beijos, para todos,
Pah Black Princess]

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