Relatos XIV



Autora – ... aí depois você faz isso e pronto!

Lílian – Ti! Por que você não me esperou? Hein? * corre para abraça-lo, enquanto o rapaz cora furiosamente*

Autora – Lily...

Lílian – Você acordou primeiro...

Autora – Lily...

Lílian – ... eu ainda te pedi para...

Autora – LILY!

Lílian – * pára com os braços no ar e encara a autora surpresa* Que foi?

Autora – Ele não é o Tiago.

Lílian – Quê? * ergue uma sobrancelha, no que Harry sorri radiante...* Você, você...* desmaia*

Harry – Sabia que isso não ia dar certo... * carrega a mãe nos braços*

Autora – Pensei que gostaria de conhecer seus pais!

Harry – Sim, gostaria de conhecer, não matar minha mãe do coração! * a coloca delicadamente em cima da cama*

Autora – Tudo foi mal planejado...

Harry – Desde quando você planeja as coisas corretamente? * ergue uma sobrancelha*

Autora – Ah, não me venha com acusações! Apenas eu calculei mal as coisas!

Harry – Como assim, calculou mal?

Autora – Ah, sei lá, calculando oras!

Harry - ... * olha estranhamente para a autora*

Autora – Ok, muita calma nessa hora. * olha para o corpo inerte da ruiva em cima da cama* O que faremos?

Harry – O mais óbvio não seria tentar acorda-la?

Autora - * revira os olhos* Isso eu sei, mas e depois?

Harry – Você não diz que é a dona da situação?

Autora – * odeio quando fazem isso* Dona da fic, e às vezes da situação. Só porque EU digo isso, não significa que você tenha que esperar ordens minhas para tomar uma atitude.

Harry – * ergue uma sobrancelha* Depois dessa resposta, eu até me calo.

Autora – Acho bom, Sr Harry Potter. Hum, será que ela morreu? * olha para Lílian receosa*

Harry – CLARO QUE NÃO! FICOU MALUCA? ELA NÃO PODE SIMPLESMENTE MORRER AGORA, E COMO EU VOU NASCER?

Autora – Ta, ta... só fiz perguntar, não precisa ficar nervoso. Mas, desculpe te informar querido... se estivéssemos em tempos reais, você jamais estaria aqui.

Harry - * um pouco corado* Tem razão.

Autora –Então... será que eu acabei por matar a Lily por te trazer para cá? o.O O Tiago me mata... isso se ele não já estiver morto... o.O Eu os matei antes do tempo! O.O SOCORRO, ELE VAI VOLTAR PARA ME ASSOMBRAR!!!! * se esconde atrás de Harry, completamente desesperada *

Harry – * olha estranhamente para a autora* Eu não já te disse que a minha mãe não está morta? Olha, ela está respirando.

Autora – Sério? * abre um dos olhos receosa*

Harry – Hum, hum.

Autora – Sério… Sério mesmo?

Harry – Sim.

Autora – Serinho, serinho?

Harry – Você é surda ou é só fingimento mesmo?

Autora - * se afasta de Harry* Que falta de senso de humor... * revira os olhos*

Harry – Claro, como você queria que eu estivesse feliz? Ela não está morta, mas também NÃO acorda.

Autora – o.O Será que ela entrou em coma? * ela e Harry se entreolham desesperados*

Tiago – * voz cada vez mais próxima * Ela me disse que não iria me esperar, ou foi o contrário?

Autora – Mais problemas, seu pai acaba de chegar.

Harry – *sorrindo fracamente* Não considero isso um problema, pelo menos, não para mim.

Autora – Sabia que você me soou ligeiramente Sonserino?

Harry – * reprime uma careta* Não me compare àquele Malfoy.

Tiago – Você não ouviu Sirius?

Sirius – Eu sei lá! Você não é o futuro marido?

Autora – Mas que soou, soou. Do mesmo modo, EU não vou enfrentar isso tudo sozinha. Onde está sua coragem Grifinória? Tem coragem de enfrentar o Voldie, mas não tem coragem de enfrentar Tiago Potter?

Harry – Bem... * sorri amarelo* Pai é pai, não?

Autora – Tem razão. * se bem que eu tenho mais medo é da minha mãe*

Tiago – Você também é surdo ou o quê?Eu estou dizendo q... * olha da autora para Lílian, da ruiva para Harry* Hey, quem é... * Harry o encara firmemente* VOCÊ É A MINHA CARA! Bem... não necessariamente a minha cara, mas ainda assim é a minha cara...* franze o cenho*

* risos *

Sirius – Quem? * se estica atrás de Tiago para ver alguma coisa*

Autora – Harry Potter.

Tiago – Ah, tá… Hey, espera… HA-HARRY POTTER? * completamente perplexo* Você não disse que esse era o nome do...

Autora – Seu filho? * sorri fracamente* Sim.

Sirius – Hey, Tiago, desde quando você tem um filho de desesseis anos? Sendo que você te...

Autora – Bom, é difícil explicar, é que... Aliás, nem eu sei como explicar.

Sirius – Normal... * revira os olhos*

Tiago – * abre um sorriso maroto, enquanto absorve a situação* Então... não é mentira da autora?

Autora - *cai da cama* Merlim, o que ele acha que eu sou?

Sirius – A Lily já sabe disso?

Autora - * encara Harry de soslaio, no que esse cora um pouco* Er, bem... mais ou menos...

Tiago – Como assim mais ou menos? * ergue uma sobrancelha*

Harry – Ela desmaiou...

Autora – Ou então está em coma...

Harry/Tiago – HEY, NÃO EXAGERA!

Autora – Certo, me calei. * gente stressada, Hunft!*

Tiago – Lily, querida...

Harry – Mãe?

Tiago/Harry – Acorda. * se olham de soslaio e sorriem um para o outro*

Lílian – Ah, interessante... estou vendo dois de você, Tiago.

Tiago – Não são dois Tiago’s, Lily. * puxa Harry para perto de si*. É nosso filho. * sorri marotamente, no que Lílian torna a desmaiar*

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......tempo......


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Autora – Com Lílian devidamente recuperada, e com * quase * tudo o que se tinha a dizer dito... vamos continuar com...

Tiago – * puxa Harry para perto* Cá entre nós, como anda com as garotas?

Harry – * cora furiosamente* Er... bem...

Autora – A fi...

Lílian – TIAGO!

Tiago – Se quiser eu e o Sirius podemos dar umas dicas e...

Lílian – TIAGO!

Autora - * revira os olhos* Desisto.

Tiago – Você está com minha capa de invisibilidade, não é? Olha, nós perdemos um mapa... ele se chama o Mapa do Maroto... está em alguma das gavetas do Filch... é só você entrar lá e...

Lílian – TIAGO POTTER!

Remo – Ah, olá Harry.

Harry – * sorri fracamente* Como vai, Remo?

Sirius – Hey, vocês se conhecem?

Harry – Também nos conhecemos, Sirius. Você apenas não se lembra.

Remo – E, mesmo se não soubesse, associaria os fatos. O nome dos livros da autora é Harry Potter, ele é praticamente idêntico ao Tiago. Lamento informar, Sirius, não sou tão burro quando você.

* risos*

Sirius – Hey, aí ofendeu. Agora * empurra Lílian e Tiago* minha vez de alugar o MEU afilhado.

Tiago/Lílian – Sai para lá Sirius! O filho é nosso!

Autora – Isso vai ser longo...



N/Sirius – Bem, depois do Harry ser devidamente alugado e agarrado * no bom sentido, é claro, suas mentes poluídas!* por nós, vamos ao que interessa... Cedo GENTILMENTE o meu lugar para o Harry se pronunciar... Como todos se apresentaram, nada mais justo ele fazer o mesmo, não?

N/Harry – Hum, ok. Me chamo Harry Potter, sou personagem da escritora J.K.Rowling, estudo na escola de Magia e Bruxaria de Hogwar...



Tiago – Só isso?

Lílian – Claro, você tomou o teclado da mão dele?

Tiago – Mas e quanto às...

Lílian – Tiago Potter, quantas vezes eu tenho que falar que o mundo não gira em torno de um rabo de saia?

Tiago – Hum, é melhor eu não falar o que eu pensei.

Autora – Harry, não se assuste se os srs Tiago Potter e Sirius Black lançarem comentários... hum, indiscretos de vez em quando.

Harry – Hum, certo. * acho que em pouco tempo de convívio deu para perceber*

Tiago – Hey! O que você acha que eu sou?

Autora – Um pervertido em forma de gente.

Tiago – Aí ofendeu! Lily, você não vai fazer nada?

Lílian – Ah, Tiago, deixa de fingimento! Você sabe que é verdade!

Remo – Acho melhor desistir, Tiago...

Tiago – Então... continue filho.



N/Harry – Apanhador do time da Grifinóri...



Tiago – AH, ESSE É O MEU FILHO!

Lílian – Não venha me dizer que você faz parte da nova versão dos marotos em Hogwarts? E é um perfeito cafajeste igual ao seu pai?

Tiago – Alguma ruiva já te laçou? * sorriso maroto e se vira para Lílian, que sorri fracamente*

Harry – Hum... * um pouco corado* Não necessariamente.

Tiago – Como assim “Não necessariamente”?

Harry – Não posso dizer que eu sou um completo maroto... mas também não sou um completo CDF. Aliás, não é meu forte seguir regras * sorriso quase maroto*. A Mione até tent...

Tiago – Sua namorada?

Lílian – TIAGO! Quer parar com essa obsessão?

Harry - * corado * Bem, é uma amiga...

Tiago – Amiga? Sei... * tom maroto *

Lílian – TIAGO!

Autora – Coitado do Harry...

Sirius – Devo concordar... É a primeira vez que ele ouve os gritos da mãe... não é uma coisa agradavel de se presenciar... mas, não se preocupe, com o tempo você se acostuma.

Autora - * revira os olhos* Não foi isso que eu quis dizer... * Ninguém me entende...*

Lílian – SIRIUS!

Sirius – Não falei?

* risos *

Autora – * Mas, que tem a ver tem... hehehehehehe* Ah, não se preocupe... ele deve estar acostumado, os dele são a mesma coisa.

Remo – Nesse lado ele puxou a Lily.

Sirius – Coitado do garoto, vocês estão deixando ele sem graça.

Tiago – Tem razão... mas e quanto às garotas?

Lílian – Era para deixar de pressiona-lo, Tiago, não deixa-lo mais vermelho ainda... * revira os olhos*

* risos *



N/Harry – Atualmente, solteiro. Bom, minha preocupação maior é mesmo um maníaco homicida querendo me matar... acho que isso é razão suficiente para não pensar sempre em garotas, não?

N/Tiago – Ah, me esqueci desse detalhe. Mas... possui candidatas à futura Sra Potter?

N/Lílian – Tiago!

N/Harry – Bom... *Parvati e Padma Patil,... * uma “pequena” lista*, ah, tem também a Cho Chang* a autora reprime uma careta*, Hermione Granger e Gina Weasley. Hum, basicamente essas.

Tiago – Já saiu com alguma?

Lílian – TIAGO, JÁ CHEGA, NÃO?

* risos *

Harry – Não posso dizer que o encontro que eu tive foi dos melhores.

Autora – Claro, a garota só chorava!

Tiago – Como assim, chorava?

Autora – Longa história...Depois eu te conto.

Harry – Nem se atreva. * olhar mortífeto*

Autora – Depois desse olhar, o Tiago que tente arrancar uma confissão dele depois.

* risos *

Tiago – Depois... * sorri marotamente no que o filho engole em seco* Bem, e qual delas você prefere?

Harry – * corado * Não sei... Mas eu sei que, particularmente, a autora queria me ver com a Ginny no final.

Autora – Claro... um casal tão fofinho... * olhos brilhando*

Sirius – É minha impressão ou ela é apaixonada por casais com homens de óculos redondos e cabelos arrepiados junto com ruivas... hum, a Gina é um tanto quanto histérica e stressada?

Lílian – SIRIUS BLACK!

Harry – Hum, acho que sim.

Sirius – Estou certo então...

Tiago – Hey, como você sabe que a Gina é ruiva?

Sirius – Conhecemos de vista os Weasley, Tiago. Todos, SEM EXCEÇÃO, eram ruivos.

Tiago – Tem razão.

* risos *



N/Remo – Bom, se deixarmos, o interrogatório de Tiago dura horas... então, que tal irmos para os comentários?

N/Sirius – Ainda não! Devo agora pronunciar uma coisa muito importante! O que Sirius Black aprendeu hoje:

N/Tiago – Não que ele tenha essa capacidade, mas, dizem que não é bom contrariar loucos e maníacos.

* risos *

N/Sirius - * olha feio para Tiago* “Tenha medo de uma autora, ela sempre arranja um modo de por suas idéias – e ameaças – em prática!”.

N/Tiago – Devo concordar com o Sirius. Ela realmente foi muito má!

N/Sirius – Como ela pôde fazer isso comigo?

N/Tiago – E COMIGO?

* risos *

N/Autora – Ah, vejo que vocês leram o cap de hoje! * sorriso maroto*

N/Sirius – Não só lemos, como ficamos tentados em modifica-lo.

N/Autora – Ah, mas eu gostei tanto...

N/Lílian – Ah, vamos logo para os comentários!



N/Autora - * chegou mais um... o último* Normal – Remo, Negrito –Sirius, Sublinhado – Tiago, Negrito Itálico Sublinhado – Harry, Negrito Itálico – Lílian e Normal Itálico – Eu.



Bella – Voto computado.

Bella? Por que logo Bella? u.u

* risos *



HermiMILA – Voto computado.



Clare – Hey, por que eu cantando sou muito cômico? * indignado* Eu sou maravilhosamente maravilhoso cantando! Nunca cômico. * sorriso maroto*

Eu não tenho certeza, mas ela disse OS MAROTOS... Então, você não é o único indignado por aqui...

* risos *

Devo concordar, eles cantam muito mal.

Não consigo imaginar a cena. .


Minha mulher e meu filho contra mim, Merlim, estou perdido...


Ah, não se preocupe, eu não vou te matar. * olha significativamente para Sirius * Mas, existem alguns em que eu não exitarei fazer isso se sair um dedinho da linha.

* sussura para a mãe* Ela é sempre assim?

Isso é só o começo.

* sem palavras*


Realmente, concordo com você, nunca vi pessoa mais desconfiada em toda a minha vida do que Ana Colt. Acho que você deu para perceber o quanto eu sofro nas mãos dessa lobinha. Nesse sentido, é claro. * sorriso maroto*

Ah, você adivinhou o que eu tinha colocado subtendido na fic! * feliz* Cá entre nós... * afasta os marotos* Ele já estava sim. Tem outra parte também que está subtendida. * não me lembro que cap*, mas é quando eles estão conversando e o Sirius murmura “ Estou cercado de apaixonados” e o Rabicho entra no dormitório com um sorriso estranho no rosto e ele fala “Ah, não! Você também!” no que ele rapidamente disfarça e inventa uma história para aquele sorriso no rosto. E o que eles entregaram... nada importante. Mas eu simplesmente não poderia dizer que foi isso que tinha acontecido... eles não sabiam que era ele o traidor.

Pode me explicar porque nos expulsou do quarto?

Não! Vamos continuar, sim?

* cora furiosamente e olha de soslaio para Harry* Bem, apesar de eu querer muito ver... eu não vi.

T-treze anos? O.o


* risos *

Não liga não, filho. Ele já fez coisas piores...

LILY!

Querer ver as cuecas do Ranhoso, por exemplo.

* todos reprimem uma careta, no que a autora começa a gargalhar*

Nem morto eu desejava fazer uma coisa dessas!

Mas fez!

* risos *

Chato? EEEU????? * cara de cachorro abandonado* Poxa... assim você me magoa... * cara chorosa * Só porque eu ajudei o Pontas? * indignado* Não ajudo mais! * Mas, devemos cometar, Tiago Potter sem graça não é algo que se ver todos os dias, e é uma cena extremamente engraçada de se presenciar...*

Que bom que você gostou dessa parte. Ah, ele é mesmo fofinho! Se bem que ele ainda é... lindo, maravilhoso... não dá vontade de colocar no colo, mesmo estando com dezesseis anos? * olhos brilhando para Harry, enquanto o mesmo cora furiosamente e Sirius olha emburrado para ela*

Ela realmente não se decide com quem pretende ficar...

* risos *



Nathalia – Paro nas melhores parte? É, estou com essa mania.

Não foi covardia? Eu é que não queria estar na pele daqueles garotos.


* risos *

Lily, aquilo foi uma atitude nobre! O tio Dumble fazia a parte dele espalhando os boatos, e nós fazíamos a nossa dando veracidade para eles.

Devo comentar * modéstia à parte*, a idéia foi minha.

Ele não se acha?

Olha só quem fala...

* risos *

Concordo com você! Quadribol é indispensável!!!! * E você acha que eu não torro a paciência dela com isso??? Mas, o que fazer, ela é a dona da fic... u.u * Mas... acontece que já estamos no fim de novembro e, não tem mais jogos até depois do feriado de Natal. E, quanto aos treinos... bem, com uma mão ferida e em época de Lua Cheia está fora de cogitação, não?

Obrigada por responder por mim, Tiago. (^.^) Quanto a azarações ao nosso querido Seboso... teremos futuramente, ok?



Mari-Buffy – Você gostou? (^.^) Que bom! * Eu realmente adorei o que a Lily fez com o Tiago... o feitiço convocatório e depois outro para fazer ele cair no chão... huahahahaha, me diverti muito escrevendo essa parte. Reparou como eu gosto de fazer esse maroto sofrer?rsrsrsrsrs*

É, para você ver o pai exemplar que o Harry tem... em menos de QUATRO horas que o deixo sozinho com ele – e o Sirius – meu pobre filho acaba se machucando com a varinha do próprio pai, porque O MESMO NÃO estava prestando atenção NELE... totalmente imerso numa discussão tola com o amigo.


* risos *

Falando assim... O Harry vai pensar que eu não ligava para ele, Lil!

Claro que ligava. Eu não disse isso. Mas, é que... você tinha algumas maneiras um tanto quanto EXAGERADAS. Como o caso de querer ensina-lo a jogar quadribol quando ele tinha apenas DEZ MESES.

* risos *

No que ele acabou com um galo na testa e você só faltou me comer vivo! Eu me lembro muito bem disso. Realmente, ela ficou MUITO irritada com isso. Mas, Lily, pense bem! Surtiu efeito! Ele mesmo não nos disse que conseguiu montar numa vassoura, sem ao menos ter uma ajuda especializada na hora?

Hum, mãe... Acho que meu pai tem razão.


Desisto.


* risos *

Ah, não se preocupe, a Ana narra hoje! (^.^)



Stela – Sim, realmente somos o casal perfeito! Como não seria tendo uma ruiva tão linda e um homem tão perfeito como eu?

Ainda falam que o egocêntrico aqui sou eu.

* risos *

Concordo com você... A Liz devia dar uma chance para mim! Será que ela não percebe que eu estou TENTANDO mudar? * cara de cachorro molhado*

Tentando é diferente de ter mudado, Sirius.

Ela realmente pega pesado.

* risos *

Fofo? Eu? * completamente corado* Er, obrigado.

Ele realmente não se acostuma com os elogios.



Anninha – Gostou da invenção? (^.^) Que bom! Eu realmente já estava planejando fazer isso a algum tempo! Lindo, fofo e apertável? * suspira* Realmente, ele é...

* olha estranhamente para a autora* E eu realmente não entendo as atitudes dessa autora. * um pouco corado, enquanto a autora aperta as bochechas dele*


Ah, não se preocupe. Nós sabemos que vamos morrer. * todo mundo fala isso* Só não sabemos quando, como ou porquê... só o Remo, a autora e, é claro, o Harry.

Se eles dois não contaram, quem sou eu para interferir não? * tom extremamente sério*


Você morria um pouco por dentro? Ahhh, desculpa! * Mas eu acho tão fofo o modo que eu imaginava ele falando... e eu queria um apelido fofo para o maroto mais fofo do grupo... porque não “Inhas”? rsrsrsrsrsrs*


Ah, ela não se irrita nem um pouquinho... * irônico*

Medo de quê? De perde-la? Mas do que isso... o olhar de profundo nojo ou preconceito dos outros eu até poderia agüentar, mas... se eu chegasse a ver o mesmo olhar naqueles olhos azuis eu acho que morrerria por dentro. Amar uma pessoa que é extremamente normal é uma coisa... mas, amar um lobisomem é outra totalmente diferente... existem os riscos. E sabemos que a sociedade bruxa tem muito preconceito para com os que são mestiços como eu...

Falando assim, até parece que a Ana seria capaz de fazer uma coisa dessas...

Concordo com a Lily.


Perdão apaixonado que só eu sei fazer? * constrangido* Bem... eu realmente não sei o que deu em mim para ter dito aquilo... mas tive recompensa nisso. * sorriso maroto*

Realmente, agüentar as perveções de Tiago é demais para essa pobre pessoa que sou... * imagine o quanto eu sofro com isso?* Harry, você não é assim, é?

* extremamente corado* Não que eu saiba.

EU GOSTEI? CLARO QUE NÃO! * Ele não era o único em Hogsmeade... rsrsrsrsrs* Mas, do mesmo modo... ele não viu. * acho que não*


Infelizmente, não tudo. * sorriso maroto*

Hey, você o chama de veadinho e a culpa é minha? * indignado* Não jogue a carga para cima de mim... * olha de soslaio para Pontas, que está exibindo um olhar mortífero* Mas, o que dizer, é a intensa verdade.

Quantas vezes eu preciso dizer que é cervo, Sirius?

Hum, que mal me pergunte... qual a diferença?

* petrificado * Até você, Harry?


* ri escandalosamente* Esse é meu afilhado.

Hum... Cervo é cervo, e veado é veado. * olha feio para Almofadinhas*

Mas, eles não são da mesma família?


* risos *

Desisto.

Ele mesmo já falou que a forma do patrono dele é de um veado. E no terceiro ano ele associou os chifres do mesmo com o nome “Pontas”. E até mesmo o próprio cervo também pode ser chamado de veado-galheiro.

* gargalhando * V-veado-ga-galheiro? Huahahahahaha.

Ela realmente não colabora... * olha mortiferamente para a autora*

Bem, ela acabou de olhar no dicionário. * passa o dicionário para Tiago* É o que está escrito.

Desisto.


Assuma, Pontas, você é veado e ponto final.

Hunft!



Black Lady – Voto computado... quando puder lerei. (^.^)

Black Lady? Hum, interessante.



Amanda – Tudo de bom? Eu? Ah, que é isso... eu sei que sou.

* risos *

Eu sou fabuloso? * corado * Obrigado. * Mas eu não sou um lobo mau... até que sou bonzinho demais... hehehehehehehe*

Hey, você tem que se decidir!!! Quem é tudo de bom? Eu ou o Pontas? * Não admito ter que dividir o mesmo posto com esse cervo de uma figa! Hunft!*

Ele realmente quer tudo para si...

Aí eu te pergunto... quem é que gosta do Pedro? Ninguém.

Principamente eu.

Aí! Até o Harry não gosta!


Não tiro a razão dele.

Ir para a sua casa? * sorriso maroto* Não é que é...

SIRIUS BLACK!

Hum, não acho que seja uma boa idéia...

* risos *

Ah, mil perdões pela demora... é que eu viajei e não deu para terminar o cap.



Ângela – Que bom que você gosta da maneira que eu escrevo! Eu me divirto muito escrevendo Relatos Marotos... tanto que me empolguei demais nesse cap... 53 páginas!!! Esse foi o maior cap que eu já escrevi... hehehehehehehehe.

Eu não acho que seja tanta sorte assim ter esses dois como amigos e mais um como marido...


Poxa, Lily, você não gosta mais de mim?

Assim você magoa... * cara de cachorro abandonado, tremendo de frio, na porta da sua casa à espera de abrigo... quem sabe um colinho?*

Devo concordar com o Sirius.

Ela adora fazer o Tiago sofrer...

Ah, tá... Por um minuto achei que fosse mesmo verdade.* O.O*


Viu como eu sofro na mão da sua mãe, Harry?


* risos *

É, o que eu não faço para guardar o segredo desse lobo de uma figa...

Posso considerar isso um elogio?

* risos *



Gika Black – Que bom que você gostou do cap!! (^.^)

Ela não nos deixou em paz por causa do Remo? Você precisa ver quando ele volta da “viagem”... huahahahahaha. Bem, a Ana ainda não descobriu nada... mas vai descobrir.



Marcela – Voto computado.



A Kellyinha Potter - (^.^) Fico feliz que tenha gostado do cap! É muito gratificante ter o trabalho reconhecido.

Está cansada dos comentários serem a mesma ladainha de sempre? Tente dizer isso para o Sirius! Ele não se cansa de receber elogios... u.u. E, conseqüentemente, um comentário a menos irá fazer muita falta para o super e imenso ego dele.

* risos *

Eu também não agüento mais!!! Quando, por raios, a Lily vai admitir que me ama????

Não sei...

Ela realmente não colabora com a minha pessoa. u.u



Lily – Ah, que bom que você gostou da minha fic!

Hey, mas eu participo dos comentários! Mas, é que... * corada* Eu falo muito pouco.


Também, com esses dois tomando posse do teclado, quem não falaria?

* risos *

* Indignado* Eu não tomo posse do teclado, apenas o pego emprestado num tempo maior do que o ideal.

* risos *

Bom, a Lisa e a Ana também comentam... Mas como a personalidade dupla da autora.E, como o Remo é quietinho... quem aparece mais é a Lisa, para colocar coleira nesse maroto.

* confuso * Hey, como a Lily não é ruiva?

* os outros caem da cadeira*

Vou explicar calmamente, Pontas... NÃO... EXISTE... SOMENTE... UMA... GAROTA... QUE... SE... CHAMA... LILY... EM... NOSSO... HUMILDE... PLANETA. Só porque esse é o nome da sua amada ruivinha, não significa que ela o patentiou, não permitindo que nenhuma outra tenha um nome igual ao dela, entendeu?

Hum... Não.

Desisto. u.u

Claro que eu entendi, Sirius! Não sou tão burro assim!

Ah, belas características. * sorriso maroto*

Estou de olho em você, Sr Black.



Taliteska - * totalmente corada* Nossa, obrigada... * E pensar que essa fic nasceu de um surto... eu até fico admirada! (^.^)

Amado, perfeito, escultural, mais que lindo? * sorriso marot...

... e com o ego super inflado...

Lisa! Hunft! Continuando... * sorriso maroto* Ah, obrigado. Eu sei que sou tudo isso e muito mais!!!* pisca o olho*

Ah... o-obrigado. * corado*

Beijos no corpo? * sorriso maroto* Não tem restrições, ou tem?

SIRIUS BLACK!

Liz, eu só fiz um comentário.



Tamiris – Eu pergunto... * novamente * E quem que lê essa fic gosta do Pedro?

Eu aumento a pergunta... Quem lê Harry Potter e gosta do Pedro?

Algum maníaco igual a ele, provavelmente.


* risos *

Bem, eu já admiti que amo a Lily... mas não para ela.

Que é a principal.

* risos *

Meu orgulho não permita que eu admita que eu amo o arrogante do Potter... ainda.

* risos *



Gina Potter - Parece que essa é uma das que apóia Gina como mulher sua, Harry.

* corado * Er... percebi.


Você não vai voltar àquele assunto de novo, vai Sr Potter?

Que assunto? * Tiago e Harry falam ao mesmo tempo*

Ah... u.u, o Tiago... assunto: futuras pretendentes de Harry Potter.


Ah, não. * por enquanto*

Como assim só atrapalhamos? * indignado* Ela que diga alguma coisa a respeito! * Aí é que eu não saio daqui mesmo... heheheheheh*

Dar uma bronca na gente? o .O Hum... seu grito não pode ser pior do que o da Lily ou da Lisa juntos, pode?

* risos *

COMO ASSIM TE “EMPRESTAR” MINHA MOTO PARA VOCÊ PAGAR A CONTA DO PSIQUIATRA? * indignado* A minha querida moto... minha amada moto... a paixão da minha vida... * Além de você, Lisa, é claro* Hum... * um pouco corado* Que coisa que eu fiz que você sabe e vai contar para ela? * chega mais perto e sussurra para os outros não ouvirem* Cá entre nós... é tão cara assim a conta para eu ter que dar minha moto? * sorriso maroto* É o psiquiatra, ou A psiquiatra? Se for A, eu posso até propor uma negociação... hehehehehehe.

Remo Lupin, calmo? Devo concordar... Ele é calmo até demais.

Você também é Tiago.

Mas ele é mais.

Realmente, sou muito stressada.

Ela acaba infartando um dia...

Sirius!


Ah, * corado * Obrigado pelos elogios.

Ah, tudo bem, eu não fico brava com você.

HEY, COMO ASSIM EMPRESTAR O SIRIUS? * olha significativamente para ele, que esconde um sorriso maroto automaticamente* SIRIUS BLACK!


Por que ela sempre tem que achar que a culpa é sempre minha?

* risos*

Ah... * mais calma* Foi SÓ UMA BRINCADEIRA.



Larissa – Voto computado, elogios agradecidos e beijos recebidos. * pisca o olho*



Naty – * Vai ser um milagre alguém dar um comentário nessa humilde fic e dizer que gosta do Rabicho* Algum recado para ele? * sorriso maroto* Se quiser eu anoto e passo para ele depois... terei o imenso prazer. Hum, eu sou engraçado carente? u.u Assim eu fico magoado * cara de cachorro abandonado numa manhã fria de inverno *, se fosse fofo ou perfeito...

* revira os olhos * Convencido. Acha que virou minha fã? * corada * Fico feliz!



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Relatos XIV – Enfim, amigos... já não era sem tempo, não? ( Sirius )



“-Cara, se eu não soubesse que você era meu amigo, eu juro que te agarrava. – Sirius disse risonho.

-Ah, cala essa boca! – murmurou uma voz extremamente feminina.

-Acho que você está se sentindo perfeitamente realizado não, Tiago? Afinal, estava em seus sonhos mais obscuros ficar num salto alto. – o homem começou a gargalhar, enquanto tomava conta de Harry, que ainda chorava um pouco.

-Merlim, eu não mereço isso... – ele revirou os olhos.

-Posso dizer que sua verdadeira forma animaga aflorou definitivamente.

-Ah, não enche, Sirius.

-Estou mentindo, por um acaso?

Tiago lançou um ultimo olhar irritado para Sirius e voltou-se para o espelho. Como resultado de uma poção, o maroto adquirira formas femininas e ajeitava o vestido que usava. Olhando assim, parecia que ele não estava nem um pouco preocupado com o filho, sim, ele estava preocupado, mas lhe preocupava muito mais o fato dele temer esbarrar numa certa ruiva e ser reconhecido por ela. Com uns feitiços ele mudou a cor dos cabelos – que lhe batiam quase à cintura – para loiro e mudou o formato do óculos para um retangular, suspirando.

- Tiago, devo comentar... você está maravilhoso. – Sirius prendeu o riso. – ou seria maravilhosa? – ele começou a gargalhar, no que Tiago revirou os olhos.

-Você também está... querido. – disse ele irônico.

Sirius estava com os cabelos castanhos e olhos esverdeados, a forma do rosto um pouco mudada.

-Então, será que você poderia fazera algo de útil e mudar pelo menos a cor dos cabelos do nosso adorado filho? – ele retrucou irritado.

-Às suas ordens, amor da minha vida.

O maroto revirou os olhos e procurou – ou seja, bagunçou – a parte do guarda roupa da ruiva a procura de um sapato – de preferência – com o menor salto possível. Sirius tirou a varinha do bolso e, quando o mesmo ocorreu, Harry tornou a abrir o berreiro.

Tiago – que terminava de calçar um dos pares da sandália – rapidamente arregalou os olhos e olhou para o filho. Sirius o encarou confusamente, ainda com a varinha erguida. Correndo como um manco, o homem vai em direção à cama, na tentativa de assistir o filho... avançando para cima de Sirius, é claro, por pensar que ele estava azarando seu pobre Harry. Só que, como não estava acostumado a andar de salto – afinal, era a primeira vez que anda em um – o maroto acaba virando o pé levemente. Numa reação um tanto cômica, que fez seu filho e o padrinho rirem, Pontas tenta se equilibrar em um pé só: abanando os braços para cima e para baixo ao mesmo tempo que balançava o corpo para o um lado e para o outro.

Sirius começou a gargalhar e já tinha lágrimas nos olhos de tanto rir, Harry batia as mãozinhas e dizia “Diovo” entre uma gargalhada e outra. Tiago sentia o corpo cada vez mais indo para a frente, e não conseguiu evitar o que já era inevitável... cair nos braços de Sirius Black.

Sirius automaticamente parou de rir quando viu “sua mulher” cair em seus braços, fazendo-o desabar de costas na cama. Os longos e loiros cabelos – que agora pertenciam a Tiago – caíram por cima do rosto de Sirius, que segurava “a garota” firmemente pela cintura. Num gesto irritado, Pontas joga os cabelos para trás e encara Sirius com profundo ódio.

-O que foi que você fez a ele, hein? – ele indaga irritado, segurando a gola da camisa do amigo e o puxando-o para encara-lo mais firmemente. Sirius automaticamente ergue a sobrancelha, enquanto o pequeno Harry encara os dois confusamente.

-Hum, Tiago... Não é por nada não, mas... você esqueceu que É uma mulher agora?

Os dois se encararam por vários minutos e se afastaram um do outro como se os mesmos tivessem uma doença contagiosa.

-Sai para lá, Sirius. Nem vem.

-Eu é que digo! Mas a culpa não foi minha, Pontas. Você É uma garota agora! E eu, um dos maiores conquistadores que já pisou os pés nesse humilde planeta. A Lisa está naqueles dias, portanto... ah, você sabe. – murmurou emburrado, enquanto voltava a se sentar na cama. – E... devemos comentar... você realmente não é de se jogar fora. – ele sorriu marotamente e depois exibiu uma careta, ao mesmo tempo que Tiago. – Ah, esquece.

-Merlim, me lembre de ficar o mais longe possível de você.

Eles se entreolharam e começaram a gargalhar. Harry franziu o cenho, não achando graça em nada. Tudo já estava começando a ficar levemente entediante e seu estômago já estava começando a clamar por comida.

-Mas, o que foi que você fez para o Harry abrir aquele berreiro? – Tiago cruzou os braços, inquisidor.

-Eu só... ergui a varinha. – murmurou Sirius, rapidamente. – Cara, ele ficou traumatizado.

-Merlim, agora é que a Lily me mata de verdade. Um filho de bruxos com trauma de uma varinha.

Sirius começou a gargalhar, no que Tiago fechou a cara.

-Obrigado por ficar rindo da futura morte inevitável do seu melhor amigo.

-Relaxa, Pontas, não é tão grave assim...

-Você diz isso porque NÃO conhece a Lily da mesma forma que eu conheço. – Tiago exibiu uma feição quase que desesperada. – Ela sabe ser cruel quando quer.

-Te desejo muita sorte, então. – disse Sirius prendendo o riso quando viu Tiago andar lentamente de volta ao guarda-roupa para calçar o outro pé da sandália.

O silêncio reinou entre eles, enquanto Tiago calçava a outra sandália. Um pouco receoso, Pontas se levanta do banco em que estava sentado e fica com os braços abertos.

-Merlim, isso não vai dar certo. – disse ele andando que nem um robô, abanando os braços levemente para não cair.

Sirius começou a gargalhar, juntamente com Harry.

-Ótimo, podem rir à vontade. Merlim, é impossível andar com isso! – disse ele parando de andar, mas ainda tinha os braços abertos, com medo de cair. – Como elas conseguem?

Sirius se levantou da cama, e se dirigiu à Tiago, ainda exibindo uma feição risonha.

-Acho que alguém se esqueceu que é bruxo. – ele tirou a varinha do bolso, no que Harry se encolheu na cama, exibindo uma feição chorosa. Com um sorriso maroto Sirius aponta para baixo e murmura um feitiço.

Tiago sente o salto da sandália abaixar e se desequilibra para trás, tendo que se segurar nos braços de Sirius para não cair – não que ele quisesse, mas não havia escolha. Sirius se desequilibra um pouco e automaticamente segura os braços de Pontas, puxando-o para a frente.

-Eu não estou gostando nada disso. – murmuraram ao mesmo tempo, quando se viram abraçados novamente.

Eles se soltaram num pigarreio e depois gargalharam.

-Ah, vamos logo acabar com isso! – disseram ao mesmo tempo novamente.

Tiago rapidamente se dirigiu para a cama em que Harry ainda se encontrava encolhido e de olhos fechados.

-Está tudo bem Harry, pode ficar tranqüilo. – disse ele docemente, passando a mão pelos cabelos do filho.

Ele abriu os olhinhos rapidamente e fitou a “mulher” à sua frente, exibindo uma feição surpresa por alguns minutos. Logo depois, o parecia ser um sorriso se formou entre os lábios verdes – agora com tons azulados e esbranquiçados – e inchados do garoto.

-Papa!

-É, parece que o disfarce não é cem por cento perfeito. – disse Tiago num suspiro, enquanto pegava o filho nos braços.

-Basta torcer para que ele fique de boca calada. – Almofadinhas disse e murmurou o feitiço, deixando o cabelo do “filho” extremamente loiro.

(...)

Eles aparataram no pátio do hospital e, como sempre, havia uma pequena fila. Um cara estava com a cabeça transformada numa abóbora, um outro não conseguia parar de bater palmas com as luvas que usava, uma mulher tinha uma colher enfiada no meio da testa... Tiago e Sirius esperaram PACIENTEMENTE a sua vez.

-O que desejam senhores?

-Hum, meu filho acidentalmente mordeu a minha varinha, para onde posso leva-lo?

A mulher franziu o cenho.

-Bem, se foi com uma varinha, poderia ser danos causados por feitiços, quarto andar... mas, pode ser também considerado acidente com artefatos já que a criança não murmurou um feitiço... – a garota começou a rir. – Ah, claro! Crianças quase não falam...

Tiago e Sirius e entreolharam e suspiraram.

-Já se decidiu? – disse ele emburrado enquanto ajeitava Harry, que estava ligeiramente interessado no nariz de uma mulher que fora transformado em uma mini roda-gigante que brilhava e soltava faíscas douradas. – Bom, se a Sra não quiser dar a informação precisa, nós nos viramos.

A mulher ainda continuava com o cenho franzido e murmurando todos os andares do St Mungus, contando-o nos dedos e sorrindo em alguns fatos.

Sirius suspirou, impaciente. Tiago tirou uma das mechas que lhe caiam pelo rosto, num gesto irritado.

-Sra?

-Ah, já sei! O melhor lugar para vocês é no 3º andar! – disse ela se inclinando para encarar Harry firmemente. – Isso foi causado por uma begônia do Alasca misturada com algumas raízes de...

-Lya, sua garota travessa! Onde foi que você se meteu? – uma senhora baixinha de sorriso bondoso veio se expremendo entre as pessoas que já lotava a recepção do lugar, reclamando da demora do atendimento.

-Tia! Estou atendendo a esse casal e seu lindo filhinho! O filho deles comeu um...

-Eu não já disse que vamos tratar de outra pessoa? – disse ela quando finalmente conseguira abraçar a “sobrinha”. – Vamos, estão te esperando... – ela se voltou para Sirius e Tiago. – Atingida por um Obliviate acidental... Nunca mais foi a mesma... – ela suspirou. – Lamento o transtorno, o que desejam?

-Meu filho mordeu minha varinha...

-Acidentes com artefatos, térreo. Siga por esse corredor e dobre a esquerda, é a décima primeira sala à direita, Sala Kierna Evvelin - Acidentes com varinhas.

-Obrigado. – disse Sirius rapidamente.

-Cara, isso aqui está uma desorganização geral! – murmurou Tiago.

-São muitos pacientes, devido a Voldemort... dizem que muitos se recusam a sair, com medo de serem atingidos novamente.

Eles caminharam lentamente pelo corredor longo e estreito cheio de retratos de bruxos e bruxas famosos, curandeiros entravam e saiam das salas. Eles dobraram o corredor, em profundo silêncio e, ao chegar na décima primeira porta à esquerda, observaram o letreiro que sinalizava a porta com os seguintes dizeres Sala Kierna Evvelin - Acidentes com varinhas. Logo abaixo, um cartão com moldura de latão com os seguintes dizeres Curandeira Responsável: Verônica Valmont, Curandeiro Estagiário: Lisa Delacourt. Sirius abriu um fraco sorriso enquanto Tiago revirava os olhos.

-Realmente, a Lisa não sabe o que quer, não é? – disse ele erguendo uma sobrancelha. – Você nunca me contou que ela fez curso para curandeira também!

-Sim, ela fez, seis meses depois de vocês dois se casarem. – ele deu de ombros. – É a vida... Só espero que ela não esteja aí.

Para a sorte dos marotos, quando eles entraram, encontraram uma jovem de intensos cabelos negros, escrevendo algo em uma prancheta. Eles pigarrearam para se fazerem presentes.

-Sim? – ela ergueu o olhar lentamente e sorriu.

Sirius e Tiago suspiraram. A “mãe” entregou a criança para mulher enquanto murmurava um... “Ele mordeu a varinha”. Harry foi tratado com todo o cuidado possível. Sirius e Tiago constantemente olhavam para a porta, pensando que a adorada ruiva entraria por aquela porta e começasse a ralhar com eles.

Com Harry devidamente cuidado, Tiago e Sirius caminhavam tranqüilamente pelo corredor.

-É, Pontas, parece que dessa vez escapamos.

-Eu só acredito quando estiver novamente na minha adorável casa.

-Mama... – disse o pequeno Harry, apontando para uma ruiva mais à frente, dizendo algo no ouvido de um loiro com olhos esverdeados.

Tiago rapidamente se vira na direção em que o filho apontava e depois ele e Sirius se entreolharam.

-Zona de perigo, Almofadinhas. – ele sussurrou. – Hora de... – Tiago ergueu a sobrancelha, só reparando o acompanhante da sua amada esposa, que agora dizia algo a ela, enquanto a ruiva olhava a prancheta dele. – Hey! Ela nunca me disse que trabalhava ao lado de um curandeiro! E muito menos... muito menos que ele era bonito! – ele lançou um olhar enciumado para a ruiva. – Olha só como ele está olhando para a minha Lily! Será que ele não percebeu que ela tem aliança nos dedos, não? E... AI!

Lílian e seu acompanhante se viraram para ouvir a direção do barulho.

-Aconteceu alguma coisa, senhora? – disse ela docemente.

-Ah, não... Meu marido pisou no meu pé sem querer. – falou Tiago, lançando um olhar emburrado para Sirius.

-Ah, certo. – disse ela voltando o olhar para o seu acompanhante. – Aí depois você...

-Ficou maluco? – disse Tiago num sussuro.

-Fiquei. – ele revirou os olhos. – E o senhor, que me fazer o favor de ficar calado?

Mas Tiago não ouviu, estava muito preocupado com o fato do rapaz ter se aproximado da sua ruivinha perigosamente.

-Eu mereço... – Almofadinhas soltou um suspiro derrotado.

Sirius revirava os olhos enquanto arrastava Tiago na direção contrária a que a ruiva estava. Pontas ainda murmurava coisas como “Se eu souber que esse idiota agarrou a minha ruivinha...”, ou então “E se ela não me ama mais e está decidindo colocar pontas na minha cabeça, fazendo juz ao meu apelido?”.

-Tiago, quer fazer o favor de calar essa boca? – Sirius parou bruscamente e virou o maroto para a frente. – Vamos embora.

-Mas... – ele olhou irritado para o amigo.

-Vamos, agora!

Com um suspiro, Tiago assentiu e eles recomeçaram a andar.

Harry se agarrou ao ombro do pai, e seus olhos brilhavam levemente reconhecendo os cabelos da sua adorada mãe, seu rosto se iluminou em um sorriso, mas rapidamente se transformou em uma careta chorosa ao perceber que ela afastava demais dele, já que Tiago e Sirius apressaram os passos.

-Mas ela ainda vai me falar quem é esse cara, ah, se vai! – Tiago voltou a resmungar, enquanto ajeitava Harry nos braços.

-Quer parar de resmungar? – disse Sirius emburrado.

-Ta, ok, eu me calo.

Os lábios de Harry formou um beicinho emburrado e os olhos dele brilharam perigosamente. Se ele soubesse expressar as idéias que lhe vinham à cabeça de criança de dez meses ele faria um discurso de o quanto é ruim ser desprezado pela pessoa que ama e estava magoado por estar sendo tratado dessa maneira. Mas, tudo o que ele conseguiu dizer foi...

-Mama! – bem, fora a intenção dele chamar a atenção da mãe, e ele certamente conseguira. Afinal, Lílian parou imediatamente de fazer o que estava fazendo para olhar ao seu redor.

-Harry? – ela diz incoscientemente.

O rosto de Harry se abre em um sorriso ao perceber que seu objetivo foi alcançado. Mas, Tiago e Sirius ainda continuavam a andar calmamamente, como se nada tivesse acontecido.

-Alex, vou ver se esse casal precisa de alguma coisa. – disse ela rapidamente.

-Está bem. Irei continuar a anotar as salas para não me esquecer.

-Estão procurando por alguma sala, senhores?

-Ih, ferrou-se tudo. – disse Sirius enquanto ele parava ao lado de Tiago.

-Ah, não, senhorita. – Tiago se virou rapidamente. – Já fomos atendidos.

-Hum, certo... estão perdidos?

Tiago sorriu amarelo antes de responder.

-Não.

-Ah, certo. – Lílian sorriu. – A propósito Sra, linda criança.

Harry rapidamente se virou para observar a mãe. Tiago não pode deixar de sorrir.

-Obrigada.

-Mama. – disse ele estendendo os braços para a ruiva, dando uma risada gostosa.

A ruiva franze o cenho, enquanto Tiago e Sirius se entreolham com um sorriso amarelo. Ela olha de Tiago para Sirius e de Sirius para Tiago, ficando cada vez mais confusa.

-Querido... – ela passa o dedo de leve no nariz de Harry, fazendo-o rir. – Sua mãe, é ela. – disse apontando para “a loira”.

Pensando que seria algo interessante de ser visto, como a vez que a ruiva o levara a um parque e viu os cisnes pousando sobre o lago, o garotinho se vira para olhar o “pai”. Ele faz uma feição concentrada e encara os olhos do pai firmemente. Um minuto depois ele abre um sorriso e fala.

-Papa.

-Pap... – a ruiva ergue a sobrancelha e seu rosto vai adquirindo aos poucos o tom avermelhado.

O sorriso amarelado de Tiago vai diminuindo até que sua feição se torna uma desesperada, com Sirius não era diferente.

-TIAGO POTTER!

Harry olhou da feição desesperada de Tiago e igualmente feição do padrinho, para o rosto vermelho de Lílian, o que o fez soltar uma gostosa risada.

-Lily, eu posso explicar...

-Ah, sim... VOCÊ VAI TER QUE ME EXPLICAR, AH, SE VAI!

Ela puxou Tiago por um braço e Sirius pelo outro, ignorando as reclamações dos cruandeiros de que era preciso paz nos corredores, e os conduziu até uma sala. Quando a ruiva acendeu a luz, Tiago engoliu em seco e arriscou uma outra entreolhada com Sirius.

-EXPLIQUEM-SE, POR QUE VOCÊS VIERAM PARA O ST MUNGUS?

-Bem, o Sirius ( o Tiago ) ele... – falaram ao mesmo tempo.

-TIAGO POTTER E SIRIUS BLACK!

Eles se entreolharam e engoliram em seco, no que Harry riu novamente.

-Bem, Lily é que... – Tiago começou.

-O QUE VOCÊS FIZERAM COM O MEU FILHO!

-Bem, nós...

Tiago se calou novamente, enquanto uma Lílian prestes a explodir pegou Harry no colo. Ela o sentou em cima da mesa e tirou a varinha do bolso e, automaticamente, o pequeno começou a chorar.

O rosto de Lily – se é que ainda era possível – corou mais ainda de raiva e, com os olhos arregalados, ela se virou para Tiago. Pontas pode jurar que viu as duas “esmeraldas” de Lílian ficarem negras.

-VOCÊS AZARARAM O HARRY! TIAGO POTTER, VOCÊ TEVE A CORAGEM DE FAZER ISSO COM O NOSSO FILHO? ELE SÓ TEM UM ANO! MERLIM, EU NÃO SABIA QUE VOCÊ SERIA IMATURO O SUFICIENTE A PONTO DE FAZER UMA COISA DESSAS! POTTER!!!!!! EU VOU TE MATAR!

Foi com desespero no olhar que Tiago viu Lílian avançar para cima dele. Ele andou para trás lentamente, mas a ruiva andou mais depressa e, ele encontrou seu triste fim no chão.

Sirius começou a rir, assim como o Harry, enquanto uma Lílian completamente fora de si começava a bater no peito do marido, sentada em cima da barriga dele. Tiago soltou um gemido de dor, agora sabia o porquê das mulheres protegerem tanto o lugar.

-Lily, espera me deixa explicar.

-EXPLICAR, EXPLICAR? – ela parou de bater no “seio dele” irritada. – NÃO HÁ NENHUMA EXPLICAÇÃO PLAUSÍVEL QUE JUSTIFIQUE O QUE VOCÊ FEZ, POTTER! MERLIM, NOSSO FILHO! VOCÊ O AZAROU!

Lílian ia recomeçar a bater no seio dele novamente, mas, Tiago, já irritado com tudo aquilo, segurou os pulsos dela firmemente.

-Lily, eu sei que eu adoro quando você senta em cima da minha barriga, mas, dessa forma está me machucando... eu espero beijos e não tapas. E, venhamos e convenhamos, eu estou como mulher agora, e... – ele sorriu marotamente. – essa situação está bem constrangedora.

-É interessante. – Sirius disse marotamente.

-Ah, cala a boca Almofadinhas.

Tiago revirou os olhos e voltou a encarar Lílian. Os olhos da ruiva brilhavam assustadoramente, enquanto o seu rosto estava num vermelho berrante, a têmpora da ruiva saltava e seus lábios se contorciam numa feição irritada. Vários fios se soltaram do coque e pendiam sobre o rosto dela. Tiago engoliu em seco, não era um bom sinal.

-TIAGO POTTER!

-Lily...

-ME SOLTA!

-Lily, eu...

-EU VOU TE MATAR!

-LILY, VOCÊ QUER ME OUVIR? – disse ele, um pouco vermelho. Mais problemas, Tiago Potter irritado não dá em boa coisa.

Surpresa pela reação do marido, a ruiva se cala.

-Eu não azarei o Harry. Se você pensou que eu sou imaturo o suficiente para isso. – disse ele emburrado. – Eu jamais faria isso com um filho nosso... um fruto do nosso amor.

-Então... o que você fez? – disse ela tentando controlar a raiva.

Tiago sorriu amarelo.

-Er, bom... ele estava no meu colo, e pegou a varinha do meu bolso quando eu estava discutindo com o Sirius e...

-E... – disse ela já imaginando a resposta.

-E, ele colocou na boca.

-E você NÃO viu?

Tiago assentiu, soltando os pulsos da esposa.

-TIAGO POTTER! COMO VOCÊ PODE DEIXAR A VARINHA NO BOLSO QUANDO ESTÁ COM O HARRY NO COLO! – ela se levantou da barriga dele irritada. – VOCÊ SABE QUE ELE NÃO SABE QUE ISSO PODE PREJUDICA-LO! ELE É SÓ UM BEBÊ!

Tiago se levanta e ajeita os cabelos nervosamente, mas, como os mesmos estavam longos, foi motivo suficiente para bagunça-los mais ainda. Ele bufa de raiva e pegando-os irritadamente, enrola os cabelos e joga para que ele fique pendido em somente um ombro. Reprimiu uma careta, seus “seios”, além das costas, doíam um pouco.

-Ah, sim, ele pode ser só um bebê... eu sei. – disse ele irritado. – Mas... COMO EU IA ADIVINHAR QUE ELE IA SABER QUE A VARINHA ESTAVA NO MEU BOLSO?

-ELE É CURIOSO! É NORMAL PARA A IDADE DELE!

-Sim, eu sei... admito que como pai eu errei, ta? – disse ele emburrado. – Mas, DÁ PARA PARAR DE GRITAR COMIGO?

A ruiva rapidamente se calou e, dando as costas para Tiago, se dirigiu à mesa onde Harry estava sentado. Estando o filho de costas para ela, a ruiva desfaz o feitiço nos cabelos dele e o carrega, deixando-o em seu colo quando se sentou na poltrona.

-Vai fazer voto de silêncio agora? – disse Tiago irritado. – Hein, Lílian Evans?

Lílian lançou um olhar emburrado para ele e continuou calada.

-LÍLIAN EVANS POTTER! – o rosto de Tiago ficou tão vermelho quanto o dela.

-Jamais deixarei você sozinho nas mãos desses malucos novamente, Harry. – disse ela acariciando os cabelos do filho.

Harry lançou um olhar para mãe e depois voltou a puxar um papel que estava em cima da mesa, amassando-o a medida que o fazia.

-Mas... – ele começou indignado. – Lily! Eu sou o pai dele!

-Mais um motivo para eu não deixar!

Tiago cruzou os braços e apenas lançou um olhar irritado para a esposa. Sirius estava recostado a um canto da parede, exibindo um sorriso de orelha a orelha.

-E VOCÊ, SR SIRIUS BLACK!?

Sirius revirou os olhos.

-Merlim, estava bom demais para ser verdade...

-Sirius, que espécie de padrinho é você? Como você não pôde enxergar a varinha na mão do Harry, hein?

-Sobrou para mim...

-O Tiago até eu admito porque usa óculos – e é cego – mas você...

-Acidentes acontecem... Eu, por exemplo, quando tinha a idade do Harry, quase incendiei a minha querida casa quando derrubei um castiçal com velas acesas em cima da mesa.Mas... – ele exibe uma feição pensativa. – isso não pode ser considerado um acidente, acho que eu desejava fazer isso...

Apesar de irritado um com o outro, Lílian e Tiago não puderam deixar de rir.

-Ah, vocês não vão ficar brigados por causa de uma besteira dessas, vai?

Lílian e Tiago se entreolharam, e o maroto franziu o cenho irritado.

-Quem era aquele loiro que estava conversando com você?

-O Alex? – disse Lílian rapidamente. – Ah, ele é um dos candidatos à recepcionista.

-Você já o chama pelo primeiro nome? – disse ele, enciumado.

-Por que não?

-Você demorou cerca de SETE anos para me chamar pelo primeiro nome... conhece o cara não tem nem um mês e já o chama de Alex. – disse ele emburrado. – Isso é nome?

-O nome dele é Alexander. – disse Lílian calmamente.

O rosto de Tiago ficou vermelho.

-Ah, ainda o chama pelo apelido?

Sirius revirou os olhos.

-Eu não mereço isso.

-Tiago, estamos juntos a mais de uma semana, fui encarregada de mostrar todo o Hospital para ele!

-Você conviveu junto comigo por SETE anos... e custou a me chamar de Tiago! Só quando começamos a namorar que você pegou o hábito.

-Acontece que o Alex não ficou me azarando por um bom tempo, não quase me matou afogada, ou vivia me chamando para sair e era um verdadeiro cafajeste!

-Ah, é? E precisa ficar tão perto dele, assim? Ficarem aos cochichos? – disse ele irritado.

-Merlim, por que eu tive que ter um marido tão ciumento?

-Porque simplesmente ele te ama! E, a não ser que você não sinta o mesmo por mim, também sentiria ciúmes de mim se me visse conversando com uma mulher bonita e atraente.

-Mas isso já é uma obsessão Tiago! Todos os homens com quem eu convivo, tirando seus amigos e alguns membros da Ordem, você acha que vai sair por aí me agarrando!

-Lily, eu sei que você é bonita e que os homens não hesitariam em fazer isso! – disse ele desesperado. – Eu vi o olhar que aquele cara te lançava! Só faltava te comer com os olhos!

Lílian revirou os olhos.

-Você é muito desconfiado Tiago...

-Desconfiado? Claro que sou! Tenho que cuidar do que é meu!

-Você não confia em mim?

-Claro que confio, Lily!

-Não é o que parece. Para quê o drama, Tiago? Você sabe que eu gosto de você, para quê esse receio todo?

-Lily, eu não estou fazendo drama! Eu confio plenamente em você! Só não confio nos outros!

A ruiva suspirou.

-Tiago, Tiago... você devia ser menos ciumento. Você sabia que isso me sufoca às vezes?

-Eu te sufoco? Ah, vai dizer que eu te proíbo de fazer as coisas?

-Não é isso! É que... às vezes parece que... ah, não sei explicar.

-Não sabe explicar? Não sabe explicar?

-Não sei. Mas, as vezes eu acho que você exagera muito os fatos...

-Exagero?

Tiago estava tão imerso na raiva dele que não percebeu que suas formas estavam começando a mudar... até que se sentiu sufocado. Lílian e Sirius começaram a gargalhar e Harry – tendo finalmente conseguido tirar o papel da mesa e feliz pelo feito – desviou a atenção para o pai e deu uma risada gostosa ao ver a nítida careta do pai.

O som de algo se rasgando foi ouvido e, segundos depois o peito de Tiago estava visível através do vestido rasgado.

-Ótimo. – ele revirou os olhos. – Era tudo o que eu precisava no momento.

Sirius e Lílian se entreolharam e tornaram a gargalhar.

-Querem parar de rir? – disse, reviram os olhos.

A ruiva se levantou lentamente e foi em direção ao marido.

-Você fica tão fofo quando está irritado... – disse ela num sussurro rouco. – E ligeiramente tentador assim. – a ruiva passou uma das mãos de leve pelo peito do moreno.

-Isso é golpe baixo, sabia? – disse Tiago rouco, sentindo o corpo se arrepiar.

-É mesmo? – ela se aproximou dos lábios dele lentamente.

-Hum, hum. – ele sorriu marotamente e entreabriu os lábios. – Mas ainda estou magoado com você, Sra Potter. – ele desviou o rosto no último momento.

-Tiago!

O homem começou a gargalhar, enquanto a ruiva o olhava emburrada. Sirius pegou o afilhado no colo e revirou os olhos quando Pontas agarrou uma ruivinha extremamente emburrada e deu um beijo daqueles.

-Tem crianças assistindo, sabia? – indagou risonho, tapando os olhos do afilhado. – Se não fosse por mim, meu adorado afilhado iria ver a pouca vergonha de vocês dois.

Tiago se separou de Lílian irritado e lançou um olhar mortífero para o amigo.

-Por que você sempre tem que estragar os melhores momentos?

-Porque como seu amigo, eu adoro te pertubar.

Pontas suspirou derrotado.

-Ah, vamos para casa!”




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Sirius – Posso saber a razão para estar tão radiante, Remo?

Tiago – Com ciúmes, Sirius?

Sirius – Você sabe que o único a qual eu posso ter esse sentimento é você, Tiaguito.

( gargalhadas )

Tiago – Vai contar, Remo?

Remo – Er, bem...

Lisa –( voz distante ) Ah, a Aninha chega hoje!

Sirius – E ela ainda não fala que é curiosa... Hey, amor, você não está assaltando a geladeira? O que quer ficar ouvindo NOSSA conversa?

( risos )

Lisa – ( voz distante ) Vocês falam tão baixo que daqui eu ouço.

( risos )

Sirius – Bom estamos...

Lisa – SIRIUS BLACK, VOCÊ COMEU O MEU PAVÊ! EU AINDA TE FALEI QUE AQUELA PARTE ERA MINHA E VOCÊ COMEU! ( grito abafado )

( risos )

Sirius – Ah, amor, me desculpe. Eu acordei de madrugada com fome e acabei por pegar o restante. Você me perdoa?

Lisa – ( voz distante )Então o resto da torta de maça é minha!

Sirius – Ah, não, Liz, A TORTA NÃO!

Tiago – Pronto, agora ele correu atrás dela...

Sirius – ( voz distante ) Pelo menos um pedaço é meu!

Lisa – ( voz distante ) E quem disse que eu vou te dar?

Sirius – ( voz distante ) Ah, Liz, só um pedacinho!

Lisa – ( voz distante ) Sai para l... SIRIUS, VOCÊ NÃO PODIA TER FEITO ISSO.

Sirius – ( voz distante ) Tav um dilicia.

Lisa – ( voz distante ) Siri...

Sirius – ( voz distante ) Toma, tem mais aqui...

Lisa – ( voz distante ) SIRIUS SEU TRATANTE, VOCÊ GUARDA UM PEDAÇO ESCONDIDO PARA VOCÊ!

Sirius – ( voz distante )Claro, você sai comendo tudo...

Lisa – ( voz distante )Não mais do que você.

Sirius – ( voz distante ) Poxa, Liz, eu não como tanto assim.

Lisa – ( voz distante ) Ah, não? E o que é isso aqui?

Sirius – ( voz distante ) Er, bem... isso não vem ao caso.

Lisa – ( voz distante ) Você está criando barriga, meu amorzinho.

Sirius – ( voz distante ) Você está exagerando!

Lisa – ( voz distante ) Não precisa se desesperar, Sirius, acontece com todos.

( risos )

Sirius – ( voz distante )Hunft! Você também não fica atrás!

Lisa – ( voz distante )SIRIUS!

Sirius –( voz distante ) Ah, qual é Liz, você que começou!

Lisa – ( voz distante )Hunft!

Sirius –( voz distante ) Depois do que eu falei, você ainda vai continuar comendo?

Lisa – ( voz distante ) E o que você queria que eu fizesse? Eu estou morrendo de fome. E, do mesmo modo, não sou tão preocupada quanto você.

( risos )

Sirius – Ah, ta.Um beijinho então, amor. Vou deixar você acabar com a geladeira sossegada.

( risos )

Tiago – Acabaram?

Sirius – Vou deixar ela engordar mais um pouquinho.

Lisa – ( voz distante ) Eu ouvi isso Sr Black.

( risos )

Sirius – Alguém ouviu eu dizer alguma coisa aqui?

( risos )

Lisa – ( voz distante ) Deixa de ser cínico, Sirius!

( som de um beijo soltado )

Sirius – Não se preocupe, Lisa... Gorda ou magra, você sempre será a minha Liz.

Lisa – Banguela ou careca, você será sempre o meu Sirius.

Tiago – Eles não são românticos?

( risos )

Sirius – Ela pegou pesado dessa vez...

( risos )

Sirius – Bom, estamos no... alguém se lembra quantos dias faltam para o casamento dessas duas coisas?

Remo – Diz aí, Tiago!

Tiago – Hum, uma semana e seis dias?

Lílian – Eu não acredito Tiago! VOCÊ NÃO SABE???

Tiago – Ah, Lily… eu acho que… assim, eu não tenho necessidade de saber tudo, não é?

Lílian – MAS É O NOSSO CASAMENTO! AI DE VOCÊ SE ESQUECER DELE, POTTER!

Tiago – Lily, você acha que, quando o dia chegar, eu irei fazer uma desfeita dessas com você?

Lílian – Espero que não! Espero que não!

( risos )

Remo – Eu não queria estar na pele do Tiago se, por um acaso, ele se der ao luxo de fazer isso.

( risos )

Lílian – Ah, e para lembrar o Sr Esquecido, estamos no nosso quinto dia de gravação Tiago! Ou seja, faltam UMA SEMANA E CINCO DIAS para o NOSSO casamento.

Tiago – Ou seja, cinco dias sem...

Remo – Ele ainda enlouquece até o final...

Sirius – Por falar em casamento... Nós ainda não marcamos sua despedida de solteiro, Tiago.

Lílian – E NEM SONHEM EM MARCA-LA!

Sirius – Ah, qual é Lily, o coitado esta quase morrendo... tudo por sua culpa. Cinco dias é muito, sabia?

Tiago – Hunft! Ele fala como se fosse ele que estivesse passando por isso. E, Lily, não vai ter nada demais numa despedida de solteiro.

Lílian – Ah, sei... então, já que não vai ter nada demais, sugiro que marque uma para mim também. O que acha, Lisa?

Lisa – ( voz distante ) Quero ser a primeira a ser convidada.

Sirius/Tiago – NEM SONHANDO!

Lílian – Ah, agora vocês dizem isso?

Tiago – Mas, Lily... não quero você vendo um bando de homens tirando a roupa.

Lílian – E você acha que me agrada a idéia de você ver garotas seminuas dançando sensualmente? Sabe, dizem que o ex-solteiro recebe tratamento especial. Sei bem esse “tratamento”.

Tiago – Você não confia em mim?

Lílian – Claro que confio, eu só não confio no seu lado maroto.

( risos )

Sirius – Mas, tem que ter a despedida! Isso é sagrado!

Lisa – Como se eu fosse deixar você ir a uma, Sr Black.

( risos )

Sirius – Acabou de comer, amor? Eu pense..

Lisa – Você sabe muito bem que eu não jantei ontem... Não me venha com ironias.

( risos )

Sirius – Mas...

Lisa – E não mude de assunto! Você acha mesmo que eu vou permiter que você vá a uma despedida de solteiro?

Sirius – Liz! Falando assim, até parece que eu não sou confiante.

Lisa – Correção: Não parece, você NÃO é confiante.

( risos )

Lisa – Não confio em você, seu ego e seu lado maroto quando existe um rabo de saia no meio da história que não seja o meu. Você pode ter uma recaída e me deixar com “pontas” na cabeça.

Sirius – ( tom maroto ) Pense bem, eu posso voltar muito melhor do que fui. Aí, podemos fazer uma festa particular, o que acha?

Lisa – Nem sonhando. O que me diz que você vai se comportar devidamente? Sua palavra? Já estou acreditando.

Sirius – Desisto.

( risos )

Remo – Onde vai ser a lua-de-mel de vocês dois? Isso, se ainda tiver, não é? Com essa guerra declarada entre vocês...

Tiago – Ih, não fica agorando, Aluado. Vai ser no Caribe .

Lílian – Paris.

Tiago – Não, Lily, você não entendeu. Em nossa última conversa, você concordou que seria no Caribe.

Lílian – Eu não disse isso, vai ser em Paris.

Tiago – Caribe.

Lílian – Paris.

( risos )

Tiago – Lily, querida, o que você quer tanto fazer em Paris?

Lílian – E o que você quer tanto fazer no Caribe?

Tiago – Praia, sol, mar...

Lílian – Luzes, romance...

Tiago – Muito chato.

Lílian – Você é que é chato.

Sirius – Por que vocês não vão logo para a Sibéria?

( risos )

Lílian – Porque é muito frio.

( gargalhadas )

Sirius – Não me diga que você pensou nessa possibilidade?

Lílian – Er... claro que não!

Sirius – Tiago, pense bem, se por acaso der algo errado entre vocês NO DIA, você pode ter os famosos bordéis de Paris para se divertir. ( tom maroto )

Lílian - ... E amanhecer morto no dia seguinte.

( risos )

Tiago – Mas, vai ser Caribe e ponto final.

Lílian – Não, Paris. Eu SEMPRE quis conhecer a França. Você já conhece Tiago, eu não!

Tiago – Meu sonho é conhecer as praias do Caribe, ruivinha.

Remo – Do jeito que está, essa discussão não termina amanhã.

Sirius – Razão essa para vocês estarem tão empenhados a resistir a tentação estar nos braços um do outro?

Tiago/Lílian – Certamente que sim!

Tiago – Se ela vencer, vamos para Paris, se EU vencer – o que é o mais provável – vamos para o Caribe.

Sirius – Ta, ta... chega de Caribes, Parises, bordéis, luas-de-mel...

Lisa – Despedidas de solteiro.

Sirius – E de SOLTEIRA.

( risos )

Remo – Podemos narrar logo de uma vez?

Sirius – Era o que eu pretendia propor seu lobo de uma figa.

( risos )






Caminhei lentamente de volta para a torre da Grifinória, totalmente imerso em meus pensamentos.



Sirius – Traduzindo, ele estava pensando na Lily.

( risos )




E, tal foi a minha surpresa quando eu passo pelo buraco do retrato e percebo que havia alguém à minha espera. Meu coração disparou fortemente ao reconhecer aqueles rubros cabelos.

-Lily? – disse com a voz falhando, pigarreei. – Lily, o que você está fazendo aqui? Você não devia estar jantando? – minha voz soou mais grave, apesar de eu ter percebido que ela tremeu um pouco.

Ela sorriu fracamente e só então eu percebi que ela tinha uma maleta na mão.

-Hum, disse para um certo alguém que cuidaria de uma certa mão ferida.

Meus olhos se arregalaram, mas eu não pude deixar de sorrir.

-Pensei que...

-Você não pediu uma chance? Bem, estou te dando. – ela corou um pouco. – Acho que desde os últimos meses queria dar, mas só agora tive a devida coragem para tanto. – ela tornou a sorrir docemente.

Fiquei parado que nem uma estátua, meu cérebro ainda tentando absorver o que ela havia acabado de me dizer...

-Potter? – ela disse, no que eu “despertei”. Ela me olhava com uma feição divertida. – Você está bem?

-Ah, sim, claro. – eu sorri fracamente.

Caminhando a passos lentos e ainda sem acreditar no que ouvi, eu me sentei ao lado dela. A ruiva virou-se de frente para mim, no que eu fiz o mesmo.

-Me dê sua mão. – disse ela lentamente, apesar de esconder um sorriso no rosto.

-Lily, não acho que isso seja uma boa idéia.

-Quer que eu conte para M. Pomfrey? – ela levantou uma sobrancelha.

-Isso pode ser considerada uma ameaça?

Ela riu.

-Potter, será que eu não posso cuidar do ferimento de um quase amigo? – ela sorriu.

-Não tenho certeza de que isso seja a coisa mais certa a se fazer. – disse divertido. – Durante seis anos, você não nutria um profundo ódio por mim?

-As pessoas mudam, não? – disse ela seriamente. – E o máximo que eu posso fazer, é te matar... mas eu acho que eu não me atreveria a tanto.

-Por quê? Posso saber? – disse curioso.

-Sou jovem e bela demais para ficar trancada em Azkaban. Acho que, se fosse para fazer isso, teria que ser por alguém melhor. – disse ela risonha e depois gargalhando ao ver minha careta.

-E o egocêntrico por aqui ainda sou eu... – revirei os olhos.

-Você deve saber como as pessoas se sentem quando você esbanja suas qualidades, sendo que 99,9 por cento delas são falsas.

-Bom, o 0,01 por cento verdadeira seria somente uma... magnífico. – sorri fracamente.

-Além de extremamente idiota.

Eu comecei a rir, no que ela me acompanhou.

-Você não pretende me fazer sofre muito, vai? – eu levantei a sobrancelha desconfiado, enquanto entregava minha gloriosa mão para ela cuidar. O sorriso dela era quase que maquiavélico.



Sirius – Alguém duvida que é esse o olhar que ela lança quando vai cuidar dos seus pacientes?

( risos )

Lílian – SIRIUS!

Sirius – Ah, nem vem Lily, acho que você me lançou um olhar idêntico quando assistiu a mim e ao Tiago lá no St Mungus!

Lílian – Claro! Vocês merecem um tratamento especial.

Sirius – O TIAGO merece um tratamento especial... eu não recebo nem um beijinho na testa...

Tiago – Ele acha que eu deixaria...

Lisa – Ai dele que pedisse e dela que desse.

( risos )




-Não se preocupe. Não é nada do que você não possa agüentar. – ela piscou o olho no que eu corei furiosamente.

Num gesto cauteloso e gentil, a ruiva desenrolou a mão enfaixada e quando viu o estado do ferimento, me lançou um olhar de reprovação.

-Ah, está tudo sobre controle, não é, Sr Potter? Mais uns dias e isso aqui infeccionava!

Percebi, ao olhar para minha mão, que minha ruivinha tinha toda razão. Ela estava... como posso dizer... inchada ao redor do ferimento e saindo um secreção líquida e meio beje dela.



Lisa – Em perfeito estado, não?

Tiago – Mas esse troço beje foi por causa do corte que eu fiz na aula de poções, a “gosma” da raiz acabou por penetrar na carne, essa era uma das razões de feitiços não melhorarem os cortes.

Sirius – Para mim era porque você não sabia os feitiços mesmo.

( risos )




Eu sorri amarelo.

Minha ruivinha começou a passar uma gase com água morna ao redor do ferimento e em cima dele, fazendo a limpeza do mesmo. Sorri fracamente ao perceber o quão cuidadosa ela estava sendo... depois ela utilizou uma gase seca para enxugar levemente.

-Ah, não se preocupe, vai arder só um pouquinho. – disse ela calmamente. Sério, eu não gostei do tom de voz dela... ainda mais do pouquinho dela, me soou um tanto irônico. Eu tinha toda razão.

Então ela me apareceu com uma gase molhada com um troço amarronzado... ou seria amarelado?

-Tente não gritar muito... eu vou com cuidado. – ela sorriu fracamente e colocou a gase em cima do primeiro corte.

-Aiiiiiiiii! Lily, você que me matar? – ela rapidamente segurou meu pulso quando viu que eu iria retirar a mão.

-Mas eu mal comecei... – ela sorriu marotamente, colocando novamente.

-Aiiiiii!!! Merlim, isso arde muito! Lily, que raios é isso?

-Alcool iodado. – disse ela calmamente, colocando a gase sobre o ferimento novamente, apertando um pouco mais.

Não mais agüentando o ardor, eu puxei a mão e comecei a soprar.

-Não! – a ruiva rapidamente pôs a mão na minha boca e eu a encarei incrédulo.

-Não se pode assoprar, Potter. Não é bom.

Percebi que os olhos dela brilharam esquisitamente...



Sirius – Esquisitamente? Sei... Lily, Lily, você pretendia agarrar o pobre do Pontas num momento em que o coitado estava tão vulnerável?

Lílian – Não nego que pensei nessa possibilidade, mas não ia faze-la.




...enquanto me encarava. Corei furiosamente quando se passou diversos minutos e ela ainda me olhava da mesma maneira.

Sorriu marotamente por entre a mão dela e mordi seus dedos fracamente.

-POTTER! – ela rapidamente “despertou”, e me deu um tapa no braço. – Isso doi!

-Ah, e o que eu digo desse troço que você está colocando no ferimento? Estou pagando pelos meus pecados?

Aí eu penso...E eu tenho algum pecado para pagar, por um acaso? Eu, uma pessoa tão bondosa, quieta, educada...



Sirius – Sei... e eu sou Dumbledore.

Tiago – Ele sempre estraga tudo...

( risos )




Lílian começou a rir.

-Você realmente é muito reclamão! – ela revirou os olhos.

-Claro, se está doendo? – disse irritado.

-Até imagino o trabalho que você dá a M. Pomfrey.

-Ah, o máximo que ela tem que fazer para me deixar calado e quieto é me estuporar...

Ela gargalhou.

-Estou pensando seriamente em fazer isso.

-Vou tentar me controlar...

Mordi o lábio inferior, e fechei os olhos, enquanto Lílian sorria quase que maquiavelicamente enquanto passava a gase nos cortes.



Lílian – Sorri quase maquiavelicamente? Ti, você acha que eu estava achando divertido o fato de te fazer sofrer?

Tiago – Tenho plena certeza.

( risos )

Tiago – Não existem alguns desses troços trouxas que não ardem?

Lílian – Existem.

Tiago – Então, porque você não os usou?

Lílian – Como minha mãe sempre diz, tem que arder para ser eficiente.

( risos )




-Pronto, acabei. – disse ela sorridente.

-Posso gritar agora? – abri um dos olhos, desconfiado.

Lílian riu fracamente.

-Pode.

Sorri marotamente e berrei como se estivesse sendo torturado pela Cruciatus.



Lílian – Exagere menos, Tiago, por favor.

( risos )

Tiago – Certo, então...



... Berrei como se estivesse sendo torturado pela Lily.



Sirius – A depender da tortura, não?

( risos )

Tiago – A mão da Lily é realmente pesada, sabia?Você não gostaria de ser espancado por ela.

Lílian – Hey, não exagera Tiago! O que nossos futuros filhos vão pensar de mim?

Tiago – A verdade, Lily, a verdade.

Lílian – Eu não te espanco!

Tiago – Apenas se empolga nos tapas.

( risos )

Sirius – Pelo menos ela não evoluiu para os chutes e murros.

Remo – Lisa, você faz isso?

Lisa – Eu? Imagina! Não quero ficar com minha mão ou perna doendo depois por ter batido nesse cachorro. Nada melhor do que objetos.

( risos )

Sirius – Ela não é de dar medo?

( risos )

Tiago – Elas só fazem isso porque sabem que não temos coragem de bater nelas.

Lílian – E você que se atrevesse, Tiago Potter.

( risos )




A ruiva corou furiosamente e colocou a mão na minha boca.

-Potter! Ficou maluco? – disse ela, num sussurro, olhando para o buraco do retrato. – Vão achar que eu estou te torturando.

-Ou então que estamos fazendo outra coisa. – sorri maliciosamente, quando ela tirou a mão da minha boca.

-POTTER! – ela ficou da cor dos cabelos. – Seu pervertido! – eu ri fracamente.

A ruiva se aproximou de mim, com uma sobrancelha erguida.

-Cá entre nós, você grita tanto assim? – disse num sussurro.Bem, foi a minha vez de corar furiosamente.

-Bem, eu...



Sirius – Pergunta que não quer calar... Você grita tanto assim, Pontas?

( risos )

Tiago – Isso não vem ao caso, Sr Inconveniente Black.



Lílian começou a gargalhar, no que eu a encarei emburrado.

-Não achei graça.

-Envergonhado, Potter?

-E isso é pergunta que se faça, Lily?

A ruiva deu de ombros.

-Curiosa em saber, ruivinha? – ela corou fracamente. – Se quiser nós p...

-Não termine a frase, Potter. – pediu emburrada.

-Ok, fico calado. – afirmei risonho.

Lílian pegou algo mais na “maleta” dela, e, com uma nova gase, começou a passar uma pomada, que ela me disse que era cicatrizante e anti-inflamatória.

-Potter, você tem certeza que foi o Remo que fez isso? – falou como quem não queria nada.

Eu continuei calado. Ela apenas me encarou de soslaio e suspirou. Agora ela colocava gases limpas em cima do corte e fez um curativo. Logo depois, ela inclinou minha mão levemente e começou a enfaixa-la.

-Isso nem de longe está me parecendo uma mordida humana. – ela me encarou muito desconfiada. – E também não tem nada a ver com as suas desculpas anteriores... Corte na aula de poções e corte quando estava aparando a vassoura, mesmo se fosse os três juntos, não se igualaria ao corte que você tem agora.

Apesar de ter terminado a assistência prestada à minha mão, a ruiva ainda a segurava. Eu corei furiosamente e tirei a mão de cima da dela. Merlim, eu mal me lembrava que eu havia dito que foi consertando a vassoura.



Lílian – Algo extremamente normal, Tiago, você sempre foi esquecido.



-Ah, certo... – ela suspirou. – Fiquemos com os segredos, então. Você ao menos poderia confiar em mim.

-Lily, eu...

-Ok, eu entendo. “Não me sinto preparado para te dizer isso nesse momento.” - murmurou, um pouco emburrada. – Mas que essa mordida parece de um animal, isso parece. Sabe Deus lá o que vocês andam fazendo... você sabia que podem se machucar? Ainda mais com ele a solta. Tudo bem que ficam na casa dos gritos mas... e se ele escapar? – disse ela preocupada.

-Eu sei me cuidar, Lily. – sorri com o fato dela ter se preocupado comigo. Naquele momento, eu seria capaz de sair correndo por toda a sala comunal de felicidade, mas me conti – afinal, não ia agir como uma criança de cinco anos na frente da minha adorada e amada ruivinha.



Lílian – Tentando negar a sua verdadeira idade mental, Tiago?

( risos )



-NÃO ME DIGA QUE VOCÊ SAIU ONTEM DO CASTELO AO INVÉS DE TER IDO NUM ENCONTRO? – ela disse rapidamente no que eu pulei de susto. – Merlim, não sei qual das duas é a pior... – ela rapidamente pôs as mãos na boca e corou furiosamente, enquanto eu tornava a sorrir. – Ficou maluco, Potter? E será que não foi ele mesmo que te mordeu e você não que me contar?

-Lily... – suspirei. – Se ele tivesse me mordido como lobisomem, o que eu mais teria no meu corpo é mordida... ele me contou como foi a dele. Ele simplesmente não morderia apenas a minha mão... também me arranharia e me morderia em outros lugares, ou então, me mataria.

-Mas, Tia... mas, Potter! Então, o que raios foi isso?

-Foi uma mordida. – disse rapidamente.

Ela revirou os olhos.

-Isso eu sei... de que animal, Tiago.

Ajeitei os óculos nervosamente.

-Ora, Lily... mordida... de mordida!



Sirius - Esclareceu muito...

( risos )




Lílian inspirou profundamente.

-Por que tanto receio em me contar? Eu sou tão inconfiável assim? – ela me olhou firmemente, no que eu suspirei. Havia um brilho de mágoa nos olhos dela, brilho esse que ela fez questão de esconder, desviando o olhar do meu.

-Não é isso... é que... esquece.

-Potter... – ela tornou a me encarar, só que agora, com uma feição desconfiada. Sabe que ela me lembrou muito minha mãe quando ia se preparar para ralhar comigo quando eu fazia algo de errado?

Eu olhei para cima, balançando o pé rapidamente.

-Eusouumanimago. – falei entre dentres cerrados.



Sirius – Por que será que toda revelação bombástica ele tem que fazer assim? Correndo?

Tiago – Bom, dessa forma, ainda tenho esperanças da pessoa não ouvir e mudar de assunto bruscamente.

( risos )




-Quê?

-Animago, bruxo que se tranforma em animal, sabe... – falei calmamente.

-Ah, Potter, eu sei muito bem... – ela arregalou os olhos e me encarou firmemente, se levantando do sofá num pulo. – VOCÊ E UM ANI...

-SHIIII! – eu rapidamente me levantei e calei a boca da ruiva com uma das mãos e olhei para os lados para ver se alguém tinha escutado. – como se, àquele horário, tivesse alguém na sala comunal, todos ainda estavam lá em baixo, se empanturrando de comida.

Senti meu corpo se arrepiar fortemente, ao perceber o quão próximos estávamos um do outro. Afinal, eu, com a mão machucada, estava enlaçando-a pela cintura e a outra ainda segurava os lábios dela. Ela tinha os braços encostados na minha cintura, apesar de não abraça-las. Lílian me encarou firmemente, com os orbes extremamente brilhantes, eu senti que minhas forças desabariam a qualquer momento. Merlim, se ela soubesse o poder que esses olhos verdes exercem sobre mim... jamais iria me encarar desse jeito e tão perto assim. No torpor que eu me encontrava devido àquele olhar que me prendia firmemente, eu passei meus dedos nos lábios dela levemente e suspirei, enquanto fechava os olhos. Senti um novo arrepio percorrer meu corpo... passei a mão pelo rosto dela e me preparava para afagar-lhe os cabelos...

-Tiago? – ela murmurou, rouca.

Abri os olhos rapidamente.

-Desculpe. – murmurei, corado, enquanto a soltava. – Não sei o que deu em mim.

-Mas... eu não entendo... Eu ouvi direito? Como, quando, por que... você é um animago? Mas... impossível. Você, você... você só tem dezessete anos! Eu... – ela me olhava incredulamente. – Mas... porque que... – ela sorriu fracamente. – Você... você fez isso para...

-Acompanhar o Remo nas noites de lua cheia. – disse calmamente, enquanto me sentava de volta no sofá. Suspirei antes de continuar e passei a mão pelos cabelos. Ainda sentia meu corpo tremer levemente, clamando para voltar a ter o corpo da ruiva junto ao dele. – Desde quando descobrimos o que ele era, em nosso segundo ano, que eu e o Sirius começamos a pesquisar sobre lobisomens e, no nosso terceiro ano, descobrimos que animais são imunes esse tipo de maldição... inclusive animagos. Mas, como se transformar em animagos? Pensamos...

-Espera, deixa eu ver se eu entendi... você não é o único? – ela retomou o seu antigo lugar e me encarou firmemente.

-Sim, o Sirius e o Pedro também são. – disse num suspiro. – Foi realmente trabalhoso, um dos nossos maiores feitos, devo comentar. Foram noites e noites acordados tentando , além de várias idas à sessão restrita da biblioteca de Hogwarts.

-Eu... eu realmente estou impressionada... Tudo isso, vocês fizeram tudo isso pelo Remo? – ela falava calmamente, com os olhos marejados.

-Ah, não, não Lily... você não vai começar chorar agora, vai? – disse desesperado. – Lily, você não vai... – ela rapidamente deixou escapar um soluço.

-E eu... eu pensando tanta coisa de você... pensando que não amava ninguém além de si mesmo e... e te achava um egocêntrico, egoísta, cafajeste, imbecil, criança... – ela soltou um novo soluço. – Merlim, agora como eu vejo que eu estava errada... você... pelo Remo! Por que você nunca me contou?

-Se eu soubesse que sua reação seria essa, jamais teria dito. Lily, por que ficar chorando por causa disso? – falei calmamente. – É tão difícil para você se desapegar ao passado?

-Mas, Potter... entenda. Eu gritava aos quatro cantos do mundo que você era a pior pessoa que eu havia conhecido no mundo e... do nada, você me conta que fez um gesto mais humano que eu já ouvi em toda a minha vida? Potter, isso é mais que um sinal de amizade... acho que o Remo deve ser imensamente grato à vocês por estarem fazendo isso por ele... – ela suspirou. – Potter, isso me mostrou... mostrou que... você, você é incrível.

Corei furiosamente devido ao elogio dela, no que ela sorriu.

-Você corando por causa de um elogio? Um milagre aconteceu?

-Era de se esperar, não? Para quem me odiava a tanto tempo, posso quase considerar o que foi dito uma declaração de amor. – eu sorri marotamente. – Se bem que, não é muito difícil de se esperar... já que sou – além de incrível – irresistível, você só demorou um pouco para descobri isso.

Ela revirou os olhos.

-Me enganei. Você continua sendo o Potter egocêntrico de sempre... – ela sorriu fracamente, enxugando as lágrimas – A um novo começo... Amigos? – ela estendeu a mão.

Eu fiquei alguns segundos parados sem reagir... Amigos? Depois pensei melhor... o que você queria que ela dissesse Tiago? “E então namorados?” E depois saísse te agarrando? Hum, até que não seria uma má idéia... sorri marotamente.



Sirius – Ele sonha alto, não?

( risos )



-Quem sabe? – disse apertando a mão dela. – É uma pena que, depois dessa, não possa mais te chamar para sair como antes... – sorri pelo canto dos lábios. Um avanço mais do que esperado – apesar de NÃO ser o esperado – agora, só falta saber a hora certa para me declarar... bem, basta ter a devida coragem para isso.

-Vou ignorar o fato de que, a minutos atrás, você pretendia me agarrar.

Eu sorri amarelo.

-O que eu posso fazer? – sorri marotamente. – Você é bem atraente... ainda mais tão perto. – ela corou furiosamente. – Meu lado maroto ascende e fica incontrolável.

-Por falar nisso, em qual animal você se transforma? – repararam que ela muda de assunto bruscamente?



Sirius/Remo – Devo concordar.

Lílian – Ah, calem essa boca. Eu só... eu só...

Sirius – Não há explicações, Lily.

( risos )



Corei furiosamente e a encarei com os olhos arregalados.

-Num veado. – ouvi uma voz conhecida responder entediado.

Pulei de susto e encarei Almofadinhas irritado. Ele nos encarava em pé, atrás do sofá em que a gente estava, com os cotovelos apoiados em cima do encosto e as mãos sustentando o queixo.

-Quando foi que você entrou aqui? – disse emburrado.

Sirius abriu um sorriso maroto.

-A tempo o bastante para ver a Lily chorando e vocês selando uma amizade... – ele sorriu misteriosamente, fato que me leva a crer que ele já estava na sala comunal a mais tempo.



Sirius – E não é que ele acertou?

Tiago – Estava desde quando?

Sirius – Desde o quase beijo.

Tiago – Cachorro enxerido.

( risos )




-Vocês estavam tão entretidos um com o outro... – ele olhou de soslaio para mim e sorriu pelo canto dos lábios. –...que não perceberam a minha presença.

Corei furiosamente e evitei encarar Lílian.

-Hum, o pacto acabou, ainda há necessidade de se continuarem de mãos dadas? – ele ergueu uma sobrancelha, alargando o sorriso maroto e exibindo aquele sorriso irritante, que eu tanto odiava.

Eu, corando novamente, tirei o aperto da mão de Lílian.

-E é cervo... CERVO! – disse emburrado.



Sirius – Quando é que ele vai admitir que cervo e veado são a MESMA coisa?

Tiago – Nunca, pois não são a mesma coisa. Cervo é cervo e veado é veado.

( risos )




-Dá no mesmo... finalmente tomou coragem, hein? – ele sorriu marotamente. – Agora só falta...

-ISSO não vem ao caso agora, Sirius Black. – disse emburrado.

-Você se transforma num cervo? – disse ela me encarando com um sorriso.

Eu abri a boca para falar, mas um certo alguém enxerido me interrompeu.



Sirius – Enxerido? Eu? Imagina...

( risos )




-Com direito a chifres e patas desmunhecadas... – Sirius disse rapidamente, apontando para minha mão.

Lílian começou a gargalhar no que eu revirei os olhos.

-Você é realmente hilário, Sirius. – ela balançou a cabeça. – Isso explica o Pontas?

-Não é que você é mais inteligente do que aparenta ser, ruivinha?

-Ah, obrigada. Mas, não sei qual o drama... o cervo é um animal tão lindinho... – ela sorriu. Bem, dizem que lindinho é sinônimo de feio, mas eu preferi ignorar esse detalhe insignificante.



Lílian – E não é que ele acertou o que eu realmente queria dizer com aquela palavra?

Tiago – Eu NÃO mereço isso...

( risos )




– Tem um porte elegante, até um quase ar superior, é ágil, dificilmente se irrita, mas quando o faz é bom sair de perto... – ela rapidamente me encarou. – Não que isso se encaixe no seu perfil, Tiago, mas...

Sirius começou a gargalhar, ao perceber que eu reprimi uma careta.

-E você, Sirius? Em que animal se transforma?

-Olha para minha cara... – ele sorriu marotamente e se aproximou da Lily, ficando com seu rosto a centímetros do rosto dela. – Que animal você me dá?

-Hum, um gato? – ela chutou.



Remo – Por que a Lily disse isso? Ele se achou mais do que ele já se achava.

Lisa – Devo concordar, Remo. E é por essas e outras razões que eu prefiro receber dele a dar elogios para o Sirius.

Sirius – Eu me sinto tão carente as vezes por causa disso...

Lílian – No St Mungus ainda tem vaga para maníacos depressivos, Almofadinhas.

( risos )




-Ah, Lily, eu sei que sou, mas tenho plena certeza que você é mais capaz. A forma animaga é a minha cara.

-Ela sabe que a sua cara, Almofadinhas, ela não precisa ser quase engolida por você para reparar em seu rosto. – disse emburrado.

Sirius riu fracamente e me olhou de soslaio.

-Com ciúmes, Pontas?

-Não. – revirei os olhos.

-Vejamos... um gavião?

-Passou longe.

-Um sapo? – ela disse risonha.

-Quer me beijar para eu virar seu príncipe?

-Desde quando você conhece conto de fadas trouxa?

-Tive curiosidade... – ele sorriu marotamente, ainda na mesma posição.

-Um burro?

-Passou perto. – disse rapidamente, no que Lílian riu.

-Seria um cavalo, então? – ela sorriu marotamente, no que Sirius revirou os olhos.

-Também não exagera... Cavalo? Eu saio por aí dando coices?

Lílian ergueu uma sobrancelha.

-Preciso responder?

Eu gargalhei, no que Sirius fingiu-se de ofendido.

-Não, obrigado.

-Hum... – ela cerrou os olhos levemente e inclinou a cabeça para o lado. Senti meu corpo arrepiar por inteiro. Posição perfeita para eu dar um...

-Uma hiena? – fui rapidamente despertado dos meus devaneios devido a voz dela – percebi que estava perigosamente perto– e voltei a me sentar, rindo de me acabar.

-Você me acha com cara de hiena? – disse ele, sobre os risos meus e de Lílian.

-Quando você ri, sim.

Sirius fechou a cara, no que gargalhamos mais ainda.

-Uma dica... é o apelido preferido da sua amiga para me designar...

-Por que você não falou isso antes? – ela sorriu fracamente. – Um cachorro!

-Existe mais perfeito para mim?

-Sinceramente, não! – ela sorriu fracamente.

-Devo concordar com você... ele adora babar, dormir e comer.

Sirius reprimiu uma careta e num gesto rápido, empurrou Lílian “gentilmente”, deixando-a entre nós.

-Bem, o Pedro também se transforma, só que em um rato. – falou Sirius sorridente.

-Eu ainda não acredito que vocês foram capazes de fazer isso.

-Duvidando da nossa palavra, ruivinha? – Sirius sorriu marotamente.

Ela corou furiosamente.

-Não, é que... eu só...

Num pulo, Sirius se levantou e puxou a ruiva, fazendo-a se levantar. E agarrando-a pela cintura, ele me lançou um sorriso maroto, rindo fracamente quando eu me levantei, com o rosto totalmente corado.

-SIRIUS!

-Você não quer ver? Nós iremos te mostrar, então.



Sirius – Agora assim... Essa frase não tem um duplo sentido? ( tom maroto ). Quem ouvisse a conversa daí, poderia ter dúvidas do que a ruivinha queria realmente ver...

Lílian - SIRIUS BLACK!

( risos )




-Tá, tá… mas será que o senhor pode me largar? – ela ergueu uma sobrancelha.

-Não gosta de estar nos braços de Sirius Black, ruivinha? Ah, sei, você prefere estar nos braços de outro. – ele olhou significativamente para mim.

Com um olhar fuzilante, eu vi as mãos que estavam na cintura da minha Lily, subir delicadamente pelas costas dela. Lílian ainda tinha as mãos em cima do peito de Sirius, e corou fracamente ao perceber o que Sirius queria fazer. Eu cruzei os braços irritado e lancei o meu olhar mais mortífero para o garoto a minha frente. Sirius me olhava de soslaio, com um sorriso no canto dos lábios... o que raios esse tratante pretendia que eu fizesse?



Sirius – Se declarasse logo de uma vez, oras!

( risos )




-Sirius, o que você está pretendendo fazer?

-Nada.

Lílian soltou um grito quando Sirius pegou o seu cotovelo oposto e puxou, de modo a gira-la em cento e oitenta graus, e, conseqüentemente, deixando-a de frente para mim. Descruzei os braços imediatamente e forcei um sorriso maroto, mas meu olhar ainda não enganava o ciúme sentido... acho que a voz também não enganaria, portanto, me mantive calado.

-Sirius, mas uma dessas e eu te ma...

Lílian foi puxada por Sirius – agora por uma das mãos – e bufou de raiva. Ela foi girada mais uma vez em cento e oitenta graus – esse quase fez com que minha amada ruiva se estatelasse no chão.

-Sirius, eu sei que você nunca girou bem da cabeça, mas isso não é motivo suficiente para me tratar como se eu fosse uma marionete! – disse ela emburrada para Sirius, apesar de ter a cabeça voltada para minha direção.

-Só vou matar sua curiosidade, ruivinha. Mas, isso deve ser em um local mais reservado... – ouvi Sirius dizer marotamente.

-Ah, sim, naquele pandemônio que vocês insistem em chamar de dormitório?

Rapidamente, eu acordei. Sirius Black e Lílian Evans, sozinhos no nosso dormitório? E eu aqui, parado, sem fazer nada? E se a Lílian dá a louca e decidi agarrar o Sirius?



( risos )

Remo – O ciúmes foi para que parte?

Tiago – Vocês não entenderam o que eu quis dizer...

Sirius – Sai para lá Tiago. Eu não gosto de homens.

( risos )

Tiago – Eu quis dizer que, o Sr Sirius Black, sabendo como eu sou, não se atreveria a agarrar a minha ruivinha, a não ser que queira ser considerado um homem morto na manhã seguinte. Já a Lily... bem, é a Lily... eu simplesmente não poderia fazer nada contra ela, não é? E, bem, antes prevenir do que remediar.

( risos )



Num gesto rápido, eu os segui. Claro que segui! Eu não ia deixar aqueles dois à sós de modo algum.



Ana – ( voz distante ) Remo? Sirius? Tem alguém aqui?

Remo – Ah, ela chegou!

Sirius – E o que você vai fazer?

Remo – ( tom maroto ) Matar as saudades, caro Almofadinhas.

Sirius – Lembrem-se que existem pessoas em casa.

( risos )

Ana – ( voz distante )Lisa? Alguém?

(...)

Remo – ( voz distante )Como vai minha lobinha?

Ana – ( voz distante ) Ah, Remo, meu am...

( som de porta se fechando )

Tiago – Bom, vamos continuar...



-Sirius, não acho que isso seja uma boa idéia... – ouvi a voz da minha ruivinha vindo do corredor. – O que os outros vão pensar ao me ver sair do dormitório masculino? Com você?

-E quem disse que eles vão te ver, Lily? – indagou Sirius confiante.

-E o que você quer que eu faça? Durma no dormitório masculino?

“Até que não seria má idéia” pensei entrando em meu estado pré-Aluado-Pontas ( como Almofadinhas sempre fala ) e quase me estatelava no chão ao tropeçar no último degrau.



Sirius – É uma pena eu não ter visto essa cena...

( risos )

-Bom, isso é uma decisão inteiramente sua. – ele falou marotamente.

-Claro que não! – murmurou minha ruivinha irritada.

-Chegamos senhorita.



Eu entrei no dormitorio – se é que eu posso chamar aquele monte de coisas espalhadas e amontoadas de um – e suspirei derrotada. Caminhei lentamente, me desviando dos livros, papéis, frascos de poções e roupas espalhadas pelo chão e me sentei na beirada de uma das camas, mordendo o lábio inferior nervosamente. O que raios eu vim fazer aqui?

-Sirius? – indaguei receosa. E se aquilo fosse um plano daquele maldito cachorro para me deixar trancada com o Potter? Se fosse, eu mataria ele na melhor das oportunidades.




Sirius – Viu o que a Lily pensa de mim?

Lisa – Eu pensaria muito pior, Sirius.

( risos )




Um latido veio em resposta. Eu rapidamente procurei de onde viera o som e reparei um cachorro negro, fofo, lindo e peludo – daqueles que da vontade de apertar todinho – me encarava com intensos olhos azuis e com a língua para fora.

-Sirius? É mesmo você? – eu sorri fracamente, no que o cachorro abanou o rabo e latiu. – Ah, mais como você está fofo!

Ele uivou levemente em resposta e fechou os olhos. Eu revirei os meus, até imaginava o que ele estaria pensando.



Tiago – Eu sei que eu sou.

Sirius – Como você adivinhou caro Pontas?

( risos )



Eu me levantei e comecei a fazer carinho na cabeça dele e atrás das orelhas, Sirius fechou os olhos como se estivesse gostando. Minutos depois, um bramido de leve chama a minha atenção. Almofadinhas rapidamente olhou para trás. Um par de olhos castanho-esverdeados nos encaravam firmemente.

-Potter? – eu rapidamente soltei Sirius, que deu uns passos para trás e se sentou, ficando imóvel.

Pontas fez uma breve reverência e voltou a me encarar, eu sorri fracamente. O quarto não estava muito iluminado, mas as luzes mostravam perfeitamente o animal a minha frente. Elas tremeluziam sobre o pêlo castanho-claro do cervo a minha frente. As galhas – ou chifres – brilhavam intensamente, como se estivessem sido lustrados. O anel branco em torno do pescoço dava um ar mais misterioso a ele.



Sirius – Também queria uma descrição dessas...

( risos )



-Realmente é... – eu me levantei lentamente. – ... magnífico.

Os olhos do animal brilharam intensamente e ele se aproximou de mim, mancando um pouco.

-Posso? – ergui a mão em direção a cabeça dele, um pouco receosa.

O cervo assentiu levemente e eu toquei primeiramente na ponta dos dedos. Não eram tão macios quanto o mar de pêlos de Almofadinhas, mas mesmo assim eram agradáveis de serem tocados. Eu comecei a acariciar levemente, no que Pontas ergueu a cabeça levemente. Eu ri fracamente e o acariciei mais gentilmente.

Tiago abriu os olhos e me encarou firmemente, enquanto eu continuava a acaricia-lo. Ele constantemente fechava e abria os olhos, como quem estava entorpecido pelo carinho, não sei o porquê, mas meus olhos começaram a ficar completamente marejados.

A forma do cervo mudou rapidamente, dando lugar à forma humana. Eu tinha a mão encostada na bochecha de Tiago. O maroto sorriu docemente para mim e seus olhos brilharam intensamente. Uma lágrima solitária rolou pelo meu rosto e eu suspirei quando Tiago segurou minha mão levemente.

-Chorando? Por quê? – murmurou ele, com a voz extremamente rouca.

Dei de ombros, ele acariciou minha mão levemente e eu senti o meu corpo se arrepiar.

-Dizem que alguns animais possuem o dom de demonstrar os seus sentimentos através dos olhares. – ele começou docemente e enxugou minha lágrima levemente com a outra mão, enquanto eu corava. –Geralmente, as pessoas que captam esses sentimentos enquanto os encaram, acabam por chorar. – ele sorriu fracamente. – Nesse caso, a transmissão de sentimentos é recíproca. Será que sentiu o mesmo que eu senti enquanto te encarava, Lily?

“ E o que seria?” pensei. “ O que eu senti? Carinho? Afeto? Estima... Amor?” suspirei.

Tiago sorriu fracamente e acariciou meu rosto levemente, enquanto soltava minha mão e eu a baixava lentamente.

-Hum... A conversa está muito agradável, ruivinha, mas eu tenho um... como posso dizer? Compromisso.

Ele sorriu marotamente e piscou um olho.

-Vamos Sirius.

-Já não era sem tempo, não?

Pulei de susto. Havia esquecido completamente que Sirius também estava no dormitório. Corei furiosamente e engoli em seco... ele viu tudo.




Sirius – Normal ela esquecer de tudo ao redor quando o Tiago está presente, não?

Remo – Devo concordar...

( risos )

Sirius – Aninha, meu amor... a quanto tempo!

Ana – Também senti saudades, Sirius.

Remo – Assim eu fico com ciúmes.

( risos )

Remo – Sirius, não aproveita!

Lílian/Lisa – Pode largar a nossa amiga, para podermos falar com ela?

Sirius – Vocês matam a saudade depois! Ela é minha agora.

Lisa – Sai para lá, Sirius! Lily, preparada?

Lílian – Claro.

Lisa/ Lílian – Abraço duplo!

( risos )

Ana – Ah, garotas, também senti saudades!

Lisa – Sabemos que sentimos.

Tiago – Como vai minha lobinha predileta?

Remo – Essa fala é minha.

( risos )

Ana – E meu cervinho que eu amo tanto?

Lílian – Que intimidade é essa?

( risos )

Tiago – O que eu estou fazendo de errado, Lily? Não posso matar as saudades da minha amiga?

Remo – Precisam se agarrar tanto?

Tiago – Com ciúmes, Remo?

( risos )

Sirius – Já voltaram tão cedo? A saudades já foram “mortas”?

Ana – Nem um pouquinho. ( tom maroto )

Remo – ANA!

( risos )

Ana – É que eu queria saber o que vocês andam aprontando...

Remo – Ela me abandonou... Estou sendo trocado por um gravador...

Sirius – Todos nós fomos...

( risos )

Lisa – Vocês também não ficam atrás.

Tiago – Sorte de vocês, nem isso eu posso dizer.

( risos )



Sirius passou por mim e falou um “Até mais” com um sorriso malicioso nos lábios. Tiago o deixou passar primeiro e ainda me encarava enquanto segurava a maçaneta da porta.

-Até mais, Lily. – ele me lançou um ultimo sorriso e se virou para ir embora.


-E o que você sentiu, Tiago?

Parei estacamente e suspirei fracamente, sentiu o coração bater acelerado.

-O que eu senti? – abaixei o olhar por uns segundos e senti o rosto corar.

-Sim, o que você sentiu?– ela repetiu.

-Eu senti... – virei o rosto para ela num sorriso. – Eu senti o mesmo que sinto toda a vez que você se aproxima de mim...

Tiago tornou a se virar e colocou as mãos nos bolsos. Sorri fracamente e tive plena certeza... naquela frase ele havia dito mais coisas do que diria se desse uma resposta afirmativa. Fiquei alguns minutos fitando a porta por onde ele havia saído e suspirei. “ Por que eu tenho que ser assim tão desconfiada? Talvez ele até me ame de verdade... e, por causa do meu jeito de ser eu acabe por perde-lo... procurando-o tarde demais. Por que eu não dou logo uma chance para ele de uma vez por todas? Por orgulho... Por desconfiança... Por medo da rejeição... mas, acima de tudo, por não querer ama-lo, pois temia sofrer depois. Mas essa ultima alternativa estava difícil de ser controlada... cada dia que estava passando, aquele maroto estava conquistando, de alguma forma, o meu coração.” Senti as lágrimas cegarem minha visão... Valeria mesmo a pena?





Lisa – Já que o meu amado cachorrinho esteve tão curioso em saber, peço permissão, aliás, me dou permissão de narrar este fato. Me acompanha Ti?

Sirius – Ti? Desde quando?

( risos )

Lisa – A Lily já te chamou de Sissi. Por que eu não posso chamar o Tiago de Ti, Si?

Remo – Ciumento ele, não?

Lisa – Concordo.

Tiago – Eu começo.



Eram as férias de Natal do nosso terceiro ano.Eu, como quase todos os anos, fui para minha casa. Eu e a Lisa morávamos na mesma rua – não que a vila em que morávamos não tivessem muitas crianças da nossa idade, mas, nas férias de Natal, elas geralmente viajavam para a casa dos avós, que eram longe dali – então, sempre íamos na casa um do outro para brincarmos juntos.

Eu já estava entediado. Pedro tinha ido para casa. Era época de Lua Cheia e o Remo havia ficado em Hogwarts, Sirius havia ficado com ele.



Sirius – Não precisava nem dizer... você acha que eu ia preferir ir para a casa dos Black e rever minha querida mamãe e seus súditos? Aquele bando de sado-masoquistas? Não mesmo!

( risos )



Por mais que eu insistisse para ele e o Remo me acompanharem, eles não concordaram. Eu até falei com o Remo que meus pais já sabiam que ele era um lobisomem e que não haveria nenhum problema em deixa-lo num dos vários cômodos da mansão, mas não consegui resposta positiva. Eu tinha acabado de escrever uma carta para os meus amigos, quando a voz da minha mãe se fez presente do andar de baixo.

-TIAGO, A LISA ESTÁ AQUI!

Rapidamente abri um sorriso maroto e desci as escadas correndo.Lisa abriu o mesmo sorriso quando eu me aproximei dela. Eu a abracei e ela retribuiu meu abraço.

-Você é tão diferente quando não está com os(as) seus(suas) amigos(amigos). – falamos aos mesmo tempo enquanto nos separávamos do abraço.

Nos entreolhamos e desatamos a rir.

-Você não toma jeito mesmo, Tiago... A Liliy cada dia odeia mais você. – ela riu fracamente. – Principalmente depois que você a deixou com o nariz sangrando.

Eu rapidamente exibi uma careta.

-Por que você tem que me lembrar dela? Eu estava tão feliz!

Lisa meneou a cabeça e sorriu.

-Você REALMENTE não toma jeito. Você devia parar de azara-la! Um dos dois pode acabar morrendo por causa dessa rivalidade infantil. – um mês depois eu iria descobrir o quanto essa frase era verdadeira.

-Mande a sua amiguinha parar de me azarar primeiro!

-Foi você que começou.

-Vai ficar defendendo ela também? – falei emburrado. Lisa riu fracamente.

-Ah,Ti, desculpa. Mas, se você não a tivesse acertado sem querer... tudo podia ser diferente, entre todos. E eu não precisava ficar escondendo dela o fato de que somos amigos.

-Mas você quem sugeriu isso.

-Nós sugerimos. E, do mesmo modo, nossas novas amizades nos afastaram um do outro. – ela suspirou. – É perfeitamente normal quando dois amigos de sexos opostos crescem.

-É... não podíamos viver grudados a vida inteira. – eu sorri fracamente. – Temos gostos diferentes, brincadeiras diferentes.

Lisa riu gostosamente.

-É, ainda me lembro das suas caretas quando eu pedia para você brincar de “casinha” comigo.

Eu exibi uma careta, no que ela riu mais ainda.

-Você sempre pedia para eu ser seu marido. – vi que ela corou fracamente e a olhei confusamente.



Sirius – Que história é essa futura Sra Black?

Tiago – Com ciúmes, Sirius?

Sirius – O Tiago não te beijava ou fazia outras coisas quando ERA seu marido, não é Liz?

( risos )

Lisa – Sirius, tínhamos apenas seis anos na época. Deixa de ser exagerado! Não fazíamos a mínima idéia do que era isso.

( risos )

Sirius – Ah, bom, fico aliviado.

Tiago – Não somos pervertidos iguais a você, Almofadinhas.

( risos )




-Só que eu sempre enrolava e acabava por transformar a “casinha” num clube de duelos.

-E você sempre queria sair como vencedor... – ela sorriu fracamente. – Inventando feitiços que nem existiam.

-Mas você sempre gostava quando eu trocava a brincadeira! – eu ergui uma sobrancelha, no que ela corou novamente. – Lisa... por que você...

-Não que eu não gostasse de brincar de casinha. – ela me interrompeu rapidamente. – Mas, quando você estava presente, eu não tinha escolha... você sempre fugia da brincadeira que eu inventava.

-Claro, eram brincadeiras muito femininas. – eu falei irritado. – e muito chatas.

Lisa tornou a rir.

-Para você, sim. Mas eu não me importava muito. Meu desejo é ser uma auror. Suas brincadeiras sempre me agradaram. – ela sorriu de um modo esquisito, no que eu senti o meu rosto corar.



Tiago – Hum, pode me explicar agora esses sorrisinhos estranhos e seu rosto constantemente corado?

Sirius – Também gostaria de saber... Você não amava o Pontas, ou amava?

( risos )

Lisa – Não que eu o amava. Ele ainda estava segurando o meu braço e estávamos muito perto. Eu corava quando eu me lembrava que era assim mesmo que meu pai ficava inicialmente quando ia beijar minha mãe, depois ele subia uma das mãos lentamente até a nuca dela e a trazia para perto de si, enquanto ela o enlaçava pelo pescoço. Aí, eu imaginava como seria... sabe como é, coisas de garota. Ainda mais que, eu não posso negar, desde pequeno o Tiago sempre fora um pedaço de mal caminho.

Lílian – Tira o olho do meu noivo, Lisa.

( risos )

Lisa – Mas o Sirius é muito mais, é claro.

Sirius – E porque eu não fui o escolhido? ( tom ciumento )

Lisa – Você era completamente insuportável na época, e ficou mais ainda para mim quando surrupiou a minha varinha no momento em que eu iria impedir o Tiago de deixar a Lily de cabeça para baixo naquele dia em Hogsmeade.

Sirius –Insuportável, eu?

( risos )

Lisa – Claro! Era o que eu pensava na época.

Srius – Poxa, assim eu fico magoado, Liz.

( risos )



-Finalmente você admitiu! – eu sorri triunfante, no que ela revirou os olhos. – Claro, minhas brincadeiras sempre foram brilhantes, iguais a mim.

-Não foi nada brilhante você roubar a varinha de seu pai e acabar transformando a si mesmo numa garça.



( risos )

Sirius – Ótimo bruxo ele era, não?




Reprimi uma careta.

-Obrigado por ter me lembrado disso. Sabe Lisa...

-O quê?

-Relembrando assim o passado, eu estou me sentindo como se fosse um velho.

Lisa gargalhou.

-Ah, Tiago, não exagera!

-É sério! – retruquei risonho. – Estou me sentindo como se estivesse com setenta anos!

-Menos, Tiago, por favor. – ela disse gargalhando.

-Hum, vamos nos sentar um pouco. – falei rapidamente, soltando o braço dela.

-Vamos! – ela disse num sorriso e me abraçou pela cintura.

Não que a Lisa nunca tivesse feito isso comigo, mas naquele dia, eu senti meu rosto corar um pouco quando senti as mãos dela sobre a minha cintura.

-Achei um milagres seus amigos não terem vindo para cá.

Eu sorri fracamente e a encarei.

-O Pedro e o Remo foram para casa. Já o Sirius decidiu ficar em Hogwarts.

-O Black, sozinho? – ela riu fracamente. – Que coisa feia, Tiago. Deixou seu parceiro de traquinagem sozinho em Hogwarts? Porque não o convidou para vir para cá? Vocês quase nunca se separam!

-Garanto que você não viria para cá se ele viesse. – disse desafiador.

-Quem sabe? – ela sorriu misteriosa. – Talvez eu até viesse para me divertir um pouquinho. Mas então, por que ele não veio?

-Acho que ele não iria se sentir confortável aqui em casa. – inventei, o que não era de todo mentira. – Ele deve ter ficado com vergonha.



Sirius – Ele está certo. Acho que, mesmo se o Remo concordasse em passar o Natal com os Potter, eu não iria.

Tiago – Não disse? Conheço esse cachorro tão bem quanto eu mesmo.

Sirius – Pronto, agora ele vai ficar se achando.

Ana – Não se preocupe, Sirius. Ele não se iguala a você.

Sirius – Até você, Aninha?

Ana – É o que dá conviver com Remo Lupin, já me acostumei a pirraçar vocês.

( risos )




-Sei... – falou ela com uma voz distante.

Nos sentamos lado a lado no sofá, mas, mesmo assim, Lisa não havia tirado as mãos da minha cintura, eu me sentia ligeiramente incomodado com isso.. Ela nunca fora assim? O que será que essa doida estava planejando?

-Queria tanto jogar quadribol... – disse ela entediada, soltando minha cintura. – Pena que já esteja nevando. – ela abraçou os joelhos e apoiou o queixo neles.

Eu sorri e a encarei firmemente.

-Não ia dar do mesmo modo, está muito frio para isso.

-Tem razão. – ela virou o rosto para me encarar e seus olhos brilharam de um modo esquisito. – O que faremos então? – ela voltou a se sentar normalmente, só que se virou de frente para mim.

-Não sei. Alguma idéia? – perguntei ingenuamente.



Lílian – Você? Ingênuo? Conta outra, Tiago.

( risos )

Tiago – Ela não acredita em mim. Se eu não fosse ingênuo, Lily, perceberia o que a Lisa pretendia muito antes dela fazer.




Sorri marotamente quando ouvi Tiago dizer isso.

-Você? Sem idéia nenhuma? Um milagre!

-Tudo se tem uma primeira vez. – ele disse, no que eu ri.

-Então? Alguma idéia?

Dei de ombros.

-Posso pensar...

-Você não pretende me chamar para brincar de casinha, não é? – ele perguntou numa careta.

-E você ia querer por um acaso?

-Essa cara te responde? – ele se virou e ficou de frente para mim.

Tiago tornou a exibir uma careta no que eu gargalhei.

-Ok, ok.

-Nossa, hoje está tediante, não?

-Devo concordar. – eu tornei a encarar Tiago. Ele estava muito perto. Lembrei de meus pais... como seria?




Tiago – Eu pensando em brincadeiras e ela, em beijos... Mulheres.

( risos )




-Então? Já teve alguma brilhante idéia? – perguntei novamente.

-Fecha os olhos. – disse sorrindo marotamente.

-Para quê? Você vai se...

Senti algo quente e úmido sobre os meus lábios, enquanto uma mão me segurava firmemente pela nuca e a outra se apoiava em meu ombro. Abri os olhos assustado e encarei os olhos de Lisa fechados. Ela estava ajoelhada no sofá. Olhei pra baixo e encontrei os lábios dela nos meus. Hey, ela estava me... beijando?

Eu, como o lerdo que era quando o assunto era beijos, abri a boca para falar algo, no que ela abriu e fechou os lábios dela sobre os meus – várias vezes – enquanto eu a acompanhava – havia outro jeito? Senti um arrepio percorrer minha espinha e um pequeno frio na barriga. Ela rapidamente se separou de mim e sorriu, totalmente corada.

-Desculpe. – murmurei e depois passei a mão nos lábios, então era assim? Era assim que era um beijo? Olhei para o garoto sentado à minha frente. – Tiago?

Ele tinha os olhos um pouco arregalados e a boca ainda entreaberta, suas bochechas estavam completamente coradas e em seu rosto, uma feição surpresa se encontrava.

-Por que... por que você fez isso? – ele murmurou com uma voz rouca.

Dei de ombros.

-Ah, você não vai ficar com essa cara por causa de uma besteira dessas, vai?

-Foi... – ele passou a mão nos lábios de leve. – Meu primeiro beijo.

Eu ri fracamente.

-Se isso te consola, foi o meu primeiro também.


Eu a encarei firmemente e comecei a rir. Ela franziu o cenho confusa, mas por fim, começou a rir também.

-Você é maluca! – disse numa gargalhada.

-E você me adora!

Tornamos a rir por vários minutos.

-Lisa... posso te confessar uma coisa? – falei depois de ter recuperado o riso.

-Sou toda ouvidos.

-Isso foi bem melhor do que brincar de casinha. – sorri marotamente.

-TIAGO! – ela falou extremamente corada e me deu um tapa no braço.

Tornamos a rir, no que minha mãe apareceu.

-Posso rir também? – ela sorriu fracamente.

Eu e Lisa paramos de rir, e nos entreolhamos um pouco corados.

-Isso é um segredo absoluto, cara mãe.

-Então deixemos os segredos de lado, o almoço já está servido. – ela disse docemente.



Remo – Daria as honras de contar o seu agora, ruivinha?

Lílian – Mas já? Por que logo o meu?

Tiago – Garanto que foi o Prewett. ( voz enciumada )

Lílian – Nossa Tiago, não sei porque você implica tanto com ele.

Tiago – Ainda pergunta, Lily?

( risos )

Ana – Vai Lily, conta! Você nunca nos disse nada!

Lílian – Se considerarmos um beijo de principiante uma respiração boca a boca, foi no Tiago.

Sirius – E desconsiderando?

Lílian – Está bem... eu conto. Foi no...

Tiago – No...

Lílian – Seboso. ( tom baixo e um pouco risonho )

Tiago – QUÊ? NO NARIZ DE GANCHO?

Sirius/Lisa – No...

Remo/Ana – Snape?

( gargalhadas de Lílian )

Tiago – E VOCÊ AINDA RI? EU JURO QUE MATO ESSE DES...

Lílian – É brincadeira, Tiago.

Tiago – Como assim “brincadeira”?

( risos )

Ana – Lily, você quer deixar o Tiago maluco?

Lílian – Ah, nada melhor do que uma brincadeira de vez em quando.

Tiago – E em quem foi então?

Lílian – Digorry.

Tiago – NELE?

Lílian – Preciso repetir?

Tiago – Ok. Merlim, dou graças que não foi no Seboso. Eu juro que o mataria se ele se atrevesse a tal feito.

( risos )




Foi no início do quarto ano. O Tiago ainda não me chamava para sair. Foi numa manhã de domingo. As garotas ainda estavam dormindo e eu aproveitei para estudar o meu famoso karma, Tranfiguração.



Sirius – Sempre transfiguração.

( risos )

Tiago – No inicio do ano, Lily?

Lílian – Er, eu confundi o ano dos NOM’s.

( risos )




M. Pince me olhava torto para ver se eu estava tendo o devido cuidado com os livros. Ela ainda não perdoara a vez que, no primeiro ano, eu resolvi experimentar um sapinho de chocolate na biblioteca e, não sabendo que ele pulava, deixei-o escapar. Na vã tentativa de pega-lo, eu acabei por esmaga-lo na bela capa do livro “Hogwarts, Uma história” da biblioteca. Por Merlim, eu jurei que eu não iria sair viva de lá quando ela viu o livro todo melecado.



( risos )




Desde então, ela sempre me espia quando eu estou com os livros e demorou cerca de dois anos para permitir que eu levasse alguns livros comigo. Acho que ela fez isso porque não agüentava eu dizer “Só mais uns minutos” ou por eu ter chegado até a pedir permissão para Dumbledore para ficar até mais tarde na biblioteca, pesquisando.



Tiago – Você realmente toma medidas drásticas, não?

( risos )




Bom, eu já estava no quinto cap de “Transfigure e Tranfigure – Aprenda a transfigurar num passe de mágica” quando ouço uma voz me chamar calmamente.

-Evans?

-Sim? – eu ergui o olhar do livro e o encarei com o cenho franzido.

-Amos Digorry, Lufa-Lufa. Fizemos dupla ano passado em Herbologia, lembra-se?

-Sei, eu me lembro. – disse num sorriso. – Não precisava falar, eu me lembro de você. Você deixou cair um pouco do adubo em cima de mim, esqueceu?

Ele corou levemente, ficando da cor dos cabelos. Sim, ele era ruivo.

-Desculpe. – falou timidamente.

-Ah, não precisa se desculpar. – disse calmamente. – Eu só estou surpresa, um outro aluno além de mim... e do Snape... – apontei para uma mesa lá no fundo, no que ele rapidamente olhou e depois se voltou para mim. – tão cedo na biblioteca. Caiu da cama?

Ele riu fracamente.

-Posso dizer que sim. – ele falou docemente. – Hum, posso me sentar?



Tiago – Eu não acredito que Lílian não percebeu as intenções desse idiota!

Sirius – Muito ciumento ele, não?

Lílian – Eu não percebia, mas desconfiava.

Tiago – E por que não cortou esse idiota logo de uma vez, como fez comigo?

Lílian – Um motivo é suficiente: Ele não era Tiago Potter.

( risos )

Tiago – Isso não é desculpa!

Lílian – Ah, Ti, você sabe que eu te odiava. E, como a Lisa sempre disse, Amos Digorry até que tem seus encantos.

Sirius – Ela diz isso, é? ( tom ciumento )

( gargalhadas )

Ana – Dou graças a Deus do Remo não ser assim tão ciumento.

Remo – Claro, sei que você só tem olhos para mim, cara lobinha.

Lisa – Convencido ele, não? Você está andando muito com o Sirius, Remo. Ana, fica de olho nele, a “modéstia” do Sirius pode ser contagiosa.

( risos )




-Aqui?

-Sim. – ele sorriu docemente. – Sabe... eu não gosto muito de me sentar à sós. E, venhamos e convenhamos... eu simplesmente não iria me sentar junto do Snape. Era bem provável receber uma azaração em resposta.

-Tem razão. – falei num sorriso. – Ele não é muito sociável.

-Todos os sonserinos não são. A não ser com gente da sua própria casa.

-É mesmo.

O silêncio reinou entre nós por vários minutos. Amos me fitava com os olhos extremamente brilhantes, eu corei furiosamente, nunca tinha recebido – e percebido – um olhar daqueles sobre mim, me remexi inquieta na poltrona e voltei a atenção ao meu livro.

Passado alguns minutos, eu continuava a ler a mesma linha, totalmente desconcentrada. Ainda podia sentir o olhar do Digorry em mim.

-Não vai estudar? – disse fechando o livro calmamente.

-Não. – ele falou numa voz rouca. – Você tem lindos olhos, sabia?



Tiago – Hunft! Cantada barata. Eu sou muito melhor que esse cara! Eu vou direto ao ponto. “Quer sair comigo?”.

Remo – Juro, eu vi faíscas saltarem dos olhos do Tiago. Que ciúme hein, Pontas?

Lisa – A Lílian se remexeu inquieta algumas vezes, mas não disse nada quando estávamos contando o nosso... agora percebemos quem é o mais ciumento dessa história.

( risos )




-Todo mundo me diz isso. – falei um pouco corada.

Ele segurou minha mão lentamente.

-Eu fico até constrangido.

-Com o quê?



Tiago – Sua beleza é tão grande que eu me sinto um nada perto de você. Merlim, como essa é velha!

( risos )

Lisa – As cantadas sempre se repetem, Tiago, isto é inevitável.




-Sua beleza é tão grande que eu me sinto um nada perto de você. – ele disse me encarando firmemente.

-Ah, ta. – falei um pouco constrangida. – Mas é um exagero da sua parte, nem sou tão bonita assim.

-Eu jamais minto, Lílian.

Ele se levantou, no que eu pulei assustada.

-Calma, não precisa ter medo. – ele sorriu galanteador. – Você me permite?

-O quê? – disse com toda a ingenuidade do mundo. Tinha e não tinha certeza do que ele pretendia fazer. Senti um arrepio percorrer meu corpo. Ele estava perigosamente perto.

-Isso.

Ele segurou meu rosto e me beijou levemente. É claro que, segundos depois ele resolveu aprofunda-lo. Eu, sem saber o que fazer, onde tocar, me mantive parada no mesmo lugar, sem ao menos mover minha cabeça e fechei os olhos rapidamente. Meu coração batia acelerado e eu abri a boca aos poucos, permitindo que ele aprofundasse. Não nego que achei isso tudo muito esquisito. Ainda mais que ele mordia o meu lábio inferior levemente, como se estivesse disposto a deixar uma marca.



Tiago – Idiota. Ele não deixou, deixou?



Mas ele não o fez. Talvez fosse mesmo a maneira que ele beijava. Ele separou aos poucos e sorriu para mim fracamente.

-Você...

-Desculpe, não resisti. – ele alargou o sorriso. – Hum, Lily... – por que todos tem que ser assim? Me beija e já acha que tem intimidade suficiente para me chamar de Lily?



( risos )




-Sim? – falei seriamente.

-Você não gostaria de ir para Hogsmeade comigo?

-Ah... você é de beijar primeiro, sem permissão e depois pedir? Não já teve o que queria? – falei seriamente irritada.



Sirius – Seriamente irritada? Essa é nova para mim.

( risos )



Sabe, não que isso seja baboseira minha, mas, eu sempre havia sonhado que o meu primeiro beijo seria com alguém especial – acho que todas sonham com isso. Alguém que me conquistasse aos poucos e, com o clima formado, me beijasse... queria que fosse com alguém a quem eu tivesse completamente apaixonada, e não o primeiro que aparecesse na minha frente e decidisse sair comigo. Definitivamente, eu não havia ficado nem um pouco feliz por aquilo.



Tiago – Então, por que permitiu?

Lílian – Fiquei sem reação!

( risos )

Tiago –Mas você não queria aquele beijo, queria?

Lílian – Não que eu quisesse, mas é que... ao mesmo tempo que um lado meu queria sair dali o mais rápido possível, minha curiosidade me fazia ficar para saber como era.

Tiago – Por que então sua curiosidade não esperou alguns meses até que eu chegasse e te chamasse para sair?

( risos )

Lílian – E o que você acha? Que eu ia deixar você me beijar?

Tiago – Não. Esperava que sua curiosidade falasse MUITO mais alto e você me agarrasse.

( risos )

Remo – Ele REALMENTE sonha MUITO alto.




-Lamento, Diggory, tenho coisas mais importantes para fazer.



Tiago – Essa é a Lily que eu conheço!

( risos )

Sirius – Ele deve ter ficado feliz por ter ouvido ela dar o fora num garoto que não fosse ele. Coitado, o Pontas já teve tantos... não devemos estragar a felicidade dele, não?

( risos )




-Mas, Lily...

Eu me levantei rapidamente, peguei minhas coisas e sai da biblioteca sem dizer nem uma palavra sequer.



Tiago – Hunft! Ainda falam que o cafajeste da história sou eu... Eu só beijava as garotas NO encontro ou DEPOIS de convida-las para ir à festa comigo.

Lílian – E quanto aos beijos que você me roubava?

( risos )

Tiago – Você, querida, era um caso à parte. Mas, pense bem! O primeiro beijo que eu roubei de você foi quando estávamos no sétimo ano.

Remo – E devemos comentar que o pobre do Tiago não agüentava mais esperar a permissão da ruivinha.

( risos )

Lílian – Tudo bem, mas depois desses vieram OUTROS, não foi? Sr Potter...?

Tiago – Mas você adorava, não? Srta Evans...?

( risos )

Remo – Ana...

Ana – Ah, Re, eu preciso mesmo dizer?Não acho que seja uma boa idéia.

Remo – Ah, vai, não precisa ficar envergonhada!

Ana – Foi no... no... no... Sirius. ( voz sussurrada )

Remo – No ALMOFADINHAS?

Sirius – Hey, não me olha com essa cara, você nunca me perguntou nada! Como queria que eu respondesse?

( risos )

Remo – No... Sirius? Ana, como você...

Ana – Ah, Remo, da mesma forma que foi você com a Lily.

Remo – Mas, o Sirius... SIRIUS BLACK VOCÊ PRETENDIA SEDUZIR A ANA???

Sirius – Eu sabia que ia sobrar para mim... Acontece que foi sem querer, Aluado. Você acha que eu faria uma coisa dessas?

Remo – Que ano?

Sirius – Bem... foi no quinto.

Remo – E... e você já sabia que eu...

Sirius – Desconfiava. Mas eu juro, foi SEM QUERER!

Remo – Sei o seu sem querer...



-Atrasado. – disse rapidamente, enquanto Sirius entrava pela porta totalmente ofegante.

-Ah, boa tarde para você também, Ana. – ele me respondeu num sorriso.

-Sirius Black! Quantas vezes eu preciso te dizer que esse trabalho vale nota?



Remo – Ah, foi aquele trabalho de feitiços que vocês fizeram em dupla?

Sirius – Sim, esse mesmo... qual era mesmo o trabalho, Ana? Você se lembra?

Ana – Aquele treinamento com o feitiço Hipnotizador. Ele já estava nos preparando para resistirmos à Imperius.

Sirius – Ah, sei. Ele não era tão forte quanto a Imperius, pois se ordenasse coisas mais forte como dizer segredos, matar pessoas, ferir outros ou a si mesmo, entre outros, a pessoa enfeitiçada não o faria.

Ana – Iríamos ser testados um a um e contaria pontos no NOM’s.




-Não precisa, Ana, já é a quinta vez que você me fala isso.

Cruzei os braços irritada.

-Você está tão tranqüilo por que já conseguiu resistir várias vezes! O “teste” é depois de amanhã e eu ainda não consegui resistir!

Ele riu fracamente.

-Mas, seu progresso vem sendo magnífico desde então. – ele sorriu marotamente.

-Ah, não me venha com elogios. – disse um pouco corada.

-Vamos começar, então.

Era sempre assim. Pedíamos coisas básicas um ao outro... Coisas cômicas até. Fazermos declarações de amor um ao outro. Fingir que estava se afogando. Escrever duzentas vezes “Eu amo o Seboso”, entre outras. O Flitwich dizia que deveríamos anotar cada reação do nosso parceiro – até mesmo os erros de postura ou posição da varinha. Para sair do feitiço, a pessoa teria que resistir e murmurar em si mesma o contra-feitiço. Esse era o problema da querida lobinha do Remo... ela sempre errava nessa parte e acabava por ficar mais presa ainda ao feitiço. Eu rapidamente corria em auxílio dela e murmurava o contra-feitiço, no que ela me olhava emburrada.

-Droga, errei novamente. – suspirei derrotada.

Era a sétima vez que Sirius me salvava da minha própria armadilha. O feitiço e o contra-feitiço eram praticamente idênticos. “Hipnos” “Ahipnos” respectivamente. Sendo que no primeiro girávamos e fazia os movimentos da varinha no sentido horário, e no segundo no anti-horário – sendo que um era o contrário do outro. Eu, sendo canhota, me embaralhava toda. Para mim, o sentido horário era o anti-horário e o feitiço era o contra-feitiço – isso só acontecia quando eu IA desfazer o feitiço em MIM mesma. Eu SEMPRE acertava quando eu enfeitiçava Sirius. Não é para irritar qualquer um?



Remo – Concordo com você. Veremos o que o Sr Black aprontou com a minha lobinha!

Tiago – Ainda falam que o ciumento aqui sou eu...

Sirius – Ou eu...

( risos )




-Você cometeu o mesmo erro. – disse Sirius risonho.

-Ah, para de rir! – falei emburrada. – Eu nunca vou acertar fazer uma coisa tão besta quanto essa! Sou mesmo uma burra.

-Hey! Não se desespere! Você tem como parceiro o garoto mais inteligente de toda Hogwarts!

-O mais convencido também. – disse revirando os olhos, no que ele sorriu marotamente.

-Você vai sair daqui sabendo, Ana, não se preocupe!

-Vou tentar acreditar na sua palavra!

Sorri fracamente e me aproximei dela.

-Confia em mim? – murmurei.

-Como assim?

-Vou te ensinar a verdadeira maneira de fazer cada feitiço corretamente.

-Como? – ela murmurou surpresa.

Muita calma nessa hora, Sirius Black, você NÃO está em um encontro, ok? E tem um certo amigo que olha para a garota à sua frente com olhares um tanto quanto diferentes... lembre-se disso. Eu caminhei de modo lento e me postei atrás dela.


Senti uma mão pousar em minha cintura e a outra segurar minha mão firmemente. Um arrepio percorreu meu corpo ao perceber que Sirius estava atrás de mim.

-Si-Sirius... o-o q-que vo-você vai fazer?

-Vamos primeiro para o “Ahipnos”. – ele falou seriamente, ao pé do meu ouvido.

Comecei a guiar a mão dela passo a passo, tentando ignorar o cheiro de lavanda que agora invadia as minhas narinas. A mão que estava na cintura dela resistia a tentação de alisar a barriga dela lentamente, senti meu corpo tremer. Não podia negar o fato da Ana ser muito bonita.



Tiago – Gente, o Remo vai ter um treco de tão vermelho que está.

( risos )

Remo – Ah, cala essa boca, Tiago!

( risos )




-Pronto. – ouvi ele dizer e senti o hálito quente dele sobre o minha face esquerda, suspirei lentamente. Merlim, por que ele está fazendo isso comigo? Não que ele estivesse tentando me paquerar, afinal, a voz dele soava totalmente formal, mas... aquele contato físico estava por me enlouquecer de vez.



Lisa – E Ana deixa seu lado mais maroto falar mais alto... Você amava o Sirius?

Ana – Apenas atração. Não troco meu lobinho nem por todos os homens do mundo.

Tiago – Ele corou.

( risos )



-Entendeu? – eu rapidamente me virei para encara-la, o que foi um profundo e grande erro.

-A-acho que sim.

Para meu intenso desespero, Ana se virou para me encarar. Senti meu corpo tremer ao encontrar aqueles olhos azuis e brilhantes, fazendo com que eu me perdesse neles. Ana sorriu fracamente para mim, e apenas me encarava. O cheiro de lavanda me entorpecia, fechei os olhos, e sentia as pálpebras tremerem.


Sem ao menos ter tomado consciência do que estava fazendo, eu alisei o braço de Sirius que me enlaçava pela cintura firmemente. Senti os lábios dele sobre o meu pescoço e, automaticamente, deixei a varinha cair num estrépido no chão. A mão dele percorria lentamente o meu braço estendido até chegar ao ombro, quando o segurou firmemente. Ele foi subindo os beijos até encontrar os meus lábios... um arrepio percorreu minha espinha quando ele iniciou o contato.

Ele começou de um modo lento, calmo e gentil. A mão que ainda se encontrava esticada se posicionou lentamente para segurar a cabeça dele.

Sirius desceu a mão dos ombros para a cintura, fazendo o meu corpo se arrepiar, e a outra se encontrava alisando minha barriga levemente. Ele me virou de uma forma lentra , ao mesmo tempo que aprofundava o beijo. Sirius apertou minha cintura levemente enquanto eu o enlaçava pelo pescoço. Era algo estranho, mas ao mesmo tempo magnífico.

Ele se separou de mim com um último beijo e sorriu fracamente.

-Isso, com certeza, não fazia parte do treinamento. – disse ele marotamente, no que eu corei.

-Foi... foi você que começou.

-Desculpe, foi tentação demais para um Sirius só.

Eu ri fracamente, ainda corada.

-Ah, vamos continuar nosso trabalho. – disse rapidamente, ainda risonha.

-O que achou de ser beijada por Sirius Black?

-Tudo, menos lisonjeada.

Ele sorriu marotamente, enquanto eu pegava a minha varinha no chão.

-Devo ficar orgulhoso, não? Foi o seu primeiro?

Corei furiosamente.

-Co-como...

-Você realmente não sabia o que fazer no começo. – ele sorriu marotamente. – Mas, não se preocupe, seu segredo está bem guardado comigo.

-Devo confiar? – ergui uma sobrancelha. – Seria um ponto a mais entre os outros.

-Pode confiar! Sirius Black nunca mente para mulheres!



Lisa – Ah... com certeza!

( risos )



-Hipnos. – murmurei quando acabei de me levantar. – Agora Sirius, diga que você é o ser mais idiota do mundo. – falei risonha.

Ele ficou parado por alguns minutos e depois franziu o cenho.

-Ahipnos. Isso foi golpe baixo. Idiota?

Eu ri fracamente.

-Você estaria pagando adiantado se ousasse contar isso para alguém.

-Poxa, assim você me deixa magoado. – ele fez cara chorosa.



Sirius – Correção: Cara de cachorro molhado, na porta da sua casa, esperando proteção e carinho...

( risos )

Lisa – Ele inventa, não?



-Ossos do ofic...

-Hipnos. – ele disse rapidamente.

É, pela primeira vez, eu consegui resistir o feitiço.



Remo – Ele não pediu outro beijo, pediu? ( voz enciumada )

Ana – Não. Ele disse que era para eu dizer que ele era o ser mais perfeito do mundo.

Lisa – Acho que foi por isso que deu errado.

( risos )

Tiago – Remo, sua vez não?

Remo – Ok. Hum... será que eu fui o único aqui que o beijo não ocorreu de um acaso?

( risos )

Sirius – Provavelmente. Ah, nós sabemos com quem e quando foi. ( tom maroto )

Remo – Claro, vocês praticamente me obrigaram.




Assim como o da Lily, foi no início do quarto ano. Bem, não necessariamente no início, já que foi em novembro. Mas, antes de narrar o fato em si, devo falar do anterior... a torração da minha humilde paciência.

Desde que Tiago e Sirius entraram para a vida amorosa de Hogwarts, eles meio que me empurravam para cima das outras garotas – principalmente quando eles acabaram de descobrir o fato de que a minha humilde pessoa era o que podíamos chamar de BV, ou seja, boca virgem – e naquela noite, eu voltei a ser o centro das atenções.

-Ah, qual é Remo? Você é ou não é um maroto?

Eu fechei o livro ao que me parecia ser a décima vez e suspirei. Merlim, era tão mais confortador quando eles ficavam horas e horas tramando contra o Ranhoso e os Sonserinos ou então debatiam entre si qual seria a próxima garota que chamariam para um passeio... Sirius me encarava firmemente sentado na cama dele, enquanto Tiago passsava a mão nos cabelos distraído, recostado na parede em frente a mim.

-Sim, eu sou. Mas, não é porque vocês dois beijaram alguém que eu agora terei que fazer o mesmo. Vocês sabem muito bem que “vida amorosa” e “Remo John Lupin” são imiscíveis.

-Hum, Aluado, o que é imis... imis... – disse Pedro, que estava sentado na cama desocupada, enquanto tinha o cenho franzido.

-Imisciveis. – disse Sirius monotamente. – Não se misturam.

-Ah, ta. – ele abriu um fraco sorriso.

-Imiscíveis ou não, você não vai ter um caso de namoro com a garota Remo! Você pode fazer como nós. “Namoramos” por alguns dias e mudamos.

Eu suspirei, sentindo minha grande companheira de anos, a minha amada paciência, se esvaindo de mim aos poucos.

-Eu simplesmente não consigo ser assim.

Sirius rapidamente olhou para Tiago, que ainda se encontrava recostado na parede, e o encarou firmemente, como se dissesse que os argumentos dele estavam esgotados. Dito e certo. Tiago suspirou, parou de passar a mão pelos cabelos e se desencostou da parede.

-Não também achávamos que não conseguíamos ser, Aluado. – ele sorriu marotamente. – Mas, como dizem... acabamos por nos viciar. – ele falou num tom malicioso.

-Um bom vício, devo comentar. – Sirius completou, sorrindo marotamente. – Uma nunca é igual a outra. Cada mulher é como um livro de suspense, você nunca sabe o que vai encontrar na próxima página.

Eu abaixei o olhar e prendi o riso. Sirius e suas pérolas. Mulher é como um livro de suspense? Antes não eram feijoezinhos de todos os sabores? Comecei a gargalhar, no que os três me olharam estranhamente.

-Do que você está rindo? – Almofadinhas ergueu a sobrnacelha desconfiado.

-Nada... nada importante.

Tiago e Sirius se entreolharam, sendo que o primeiro murmurou um “Esse aí é doido”, no que eu ri novamente e ele disse “Não falei?”, no que eu ri mais ainda.

-Sugiro internação. – disse Sirius rapidamente, quando me viu por as mãos na barriga, já sentindo falta de ar. – E urgente.



Tiago – Depois dessa alguém ainda duvida?

( risos )




Eu me virei de bruços na cama, e enterrei a cabeça no travesseiro, a fim de conter o riso. Passado alguns minutos, eu, devidamente recuperado – e com a barriga dolorida e os olhos cheio de lágrimas – me sentei na cama e encarei Sirius e depois Tiago.

-Vocês fazendo esses comentários, como não queria que eu continuasse a rir?

-Eu ainda estou procurando a graça nisso tudo. – disse Tiago emburrado.

-Não perca seu tempo. – falei risonho. – Nem eu mesmo entendo os meus acessos de loucura.

Ambos reviraram os olhos, Pedro apenas nos observava, levemente entediado.

-Hum, vou descer... estou com fome. – ele disse rapidamente, enquanto se levantava.



Sirius – O Pedro sempre foi assim, sempre fugia que nem o rato quando eu e o Tiago começávamos a conversar sobre garotas... é por essas e outras que o apelido dele é Rabicho.

( risos )




-E aí, pensou no que nós te falamos?

Olhei emburrado para eles. Quando é que vão desistir dessa idéia maluca? Revirei os olhos quando a resposta se fez em minha mente: Nunca.

-Sim, e a resposta é a de sempre, não!

-Remo! – falou Tiago emburrado.

-Por que vocês não enchem o saco de Pedro também?

Eles reviraram os olhos.

-Acontece que o Pedrinho não se interessa por coisa alguma a não ser nossas traquinagens e o que ele vai comer na próxima refeição... isso se ele agüentar até ela.

Tiago prendeu o riso e Sirius gargalhou.

-Você bem que viu ele “escorregando” do dormitório quando viu do que falávamos.

-Ah, deixe eu dizer uma coisa para vocês. – falei emburrado. – Eu também NÃO me interesso por garotas. Estou bem sozinho no momento. Aliás, viver sozinho é a solução perfeita para mim.

-Ah, é? – Tiago sorriu de forma maliciosa e triunfante. Eu não gosto quando ele sorri assim...



Sirius – Também não. Ele faz isso sempre quanto tem algo a usar contra a gente.

( risos )



-Certas falas à noite não me dizem isso.

-Falas? Que falas? – eu ergui uma sobrancelha.

-Um quase beijo na nossa querida Rafaela fez muito efeito, hein?

Corei furiosamente. Não sabia que eu tinha falado durante o sonho... aquele sonho. Tiago e Sirius começaram a gargalhar, no que eu pigarreei.

-É normal, afinal, eu sou um garoto e vocês praticamente JOGARAM a garota para cima de mim e... e...

Dois dia depois eu me vi esperando a quintanista Corvinal no saguão de entrada. Ligeiramente nervoso, ansioso e irritado. Tiago e Sirius decidiram não marcar encontro nenhum para ver como eu iria me sair inicialmente no meu primeiro encontro. Grandes amigos eles, não?

O que dizer da Rafaela... hum, não me recordo o sobrenome dela agora. A garota era ruiva e tinha os olhos extremamente negros, corpo normal, nem muito volumoso, nem muito magro, apesar de ser mais velha, ela era um pouco mais baixa do que eu. Uma beleza estonteante, devo comentar... e, pelo meu estado emocional, era de se esperar que eu ficasse assim.



( risos )



-Oi, Remo. – ela sorriu fracamente, no que eu corei mais do que os cabelos dela e de Lílian juntos. Ouvi risos um pouco atrás de mim, eram Sirius e Tiago.... Hunft! Eu mereço.

-Ah... hum, bom, Oi... Rafaela. – eu sorri constrangido.

-Vamos? – seus olhos brilharam levemente ao me encarar.

-Ah, claro.

Ela segurou o meu braço levemente. Eu corei furiosamente e eu andava como se estivesse carregando uma tolenada na minha cabeça.



( risos )



-Você não é de falar muito, não? – disse ela docemente, parando levemente.

Eu a segui e a encarei, um tanto quanto relutante. Os cabelos dela se movimentavam levemente sobre a brisa que nos envolvia. Rafaela sorriu fracamente, o vestido rosa que usava parecia refletir toda a luz fraca do sol – que, por um milagre, aparecera nessa época – dando um ar meio que angelical a ela.

-Hum, bem, é que...

Ela sorriu fracamente.

-Ah, Remo, você é tão lindo! Tão fofo, tão...

Reprimi uma careta ao sentir o rosto queimar.

-Er... obrigado.

-Eu estou falando sério. – ela alargou o sorriso. – Sempre te achei um garoto muito atraente, apesar da sua maneira um tanto quanto reservada.

Sorri amarelo, àquela altura, sentia que explodiria de tanto corar de constrangimento.



Sirius – O que é algo extremamente normal, não é Ana?

Ana – ( suspira ) É.

Remo – Algum problema, Aninha?

Ana – Ah, não... nenhum Sr Remo Lupin.

Tiago – Merlim, somos um grupo de ciumentos... devemos formar uma sociedade anônima de ajuda mútua para o finamento desse problema?

Sirius – E tem mais jeito?

( risos )




-Hum, vamos seguir. – achei um milagre divino eu ter falado tudo sem gaguejar. Rafaela pareceu ligeiramente contrariada, mas por fim concordou.

Seguimos o resto da estrada em silêncio, apenas quebrado por meus suspiros, além dos dela.

-Para onde vamos? – disse ela se pronunciando timidamente.

-Escolhe você.

O encontro romântico da Rafaela era bem... excêntrico. Ela me levou automaticamente para a estrada que seguia para a Casa dos Gritos. Eu rapidamente empalideci quando percebi esse fato.

-V-você...

-Você tem medo dela? – ela me encarou firmemente, um pouco risonha até.

-Hum, bem... – eu fiquei ligeiramente desconcertado. – Um pouco.

-Hey, não dizem que a Grifinória é a casa dos corajosos? – ela ergueu uma sobrancelha desconfiada.

-Tendo Pedro Pettingrew nela, você ainda duvida que o chapéu não esteja com problemas? – eu ergui uma sobrancelha, do mesmo modo que ela, tentando assim disfarçar o meu nervosismo.

-Merlim, você fala isso do próprio amigo? – ela indagou surpresa. – Por trás?

Sorri marotamente.

-Não, ele sabe... constantemente dizemos isso para ele. Assim como Sirius e Tiago dizem que eu me daria melhor na Corvinal. – sorri timidamente.

-Não tiro a razão deles. – ela sorriu provocante. – Seria maravilhoso ter você como colega de casa. Assim sempre nos encontraríamos...



Ana – Mais que oferecida, não? ( tom irritado )

Sirius – Segura a lobinha, Remo, ou vai sobrar para a gente!

( risos )




Corei furiosamente e tentei continuar a conversa. Àquele ponto já estávamos em frente à Casa dos Gritos. Rafaela tinha o braço em volta do meu e olhava fixamente para os meus lábios.

-O Chapéu Seletor, no ínicio pensou em me colocar na Corvinal, mas disse que minha personalidade combinava mais com a Grifinória... – sorri fracamente. – Mas eu fico feliz por isso, se não fosse por estar na casa que eu estou agora, deixaria de conhecer grandes pessoas e os melhores amigos que alguém como eu poderia ter.



Sirius/Tiago – Assim ficamos constrangidos.

( risos )




-Você realmente estima muito os marotos, não é? E aquela outra ruiva... Lílian Evans.

-Sim. – eu sorri fracamente. – Sinto que eu não seria Remo Lupin que sou sem eles.

Rafaela sorriu para mim e seus olhos brilharam estranhamente.

-Remo... você é magnífico!

-Ah... – corei mais do que tudo no mundo. – Obrigado.

Ela estava estrategicamente perto de mim. Rafaela abriu os lábios, enquanto se aproximava de mim. Eu sentia meu rosto corar a cada minuto, enquanto sentia o rosto dela cada vez mais perto. Podia ver cada sarda quase invisível que ela tinha no rosto. Estava perto... muito perto.

-Hum, não acho que o momento seja apropriado para isso. – eu rapidamente “escorreguei” dos braços dela e dei alguns passos para trás, totalmente corado.



( risos )



Ouvi risinhos abafados em algum lugar atrás de mim. Revirei os olhos “Ótimo, estou sendo observado... era tudo o que eu mais precisava no momento”.

Rafaela cruzou os braços e me olhou emburrada.

-Se não foi para isso que veio para aqui, então porque aceitou meu convite?

Corei furiosamente.



Ana – Completamente oferecida.

( risos )



Ela realmente ia direto ao ponto... esqueci que Corvinais eram assim.

-Er, bem... É que... é que... eu não me senti confortavel em te beijar aqui.

-Por quê? – ela ergueu uma sobrancelha. – Não tem ninguém aqui a não ser nós dois. – Sirius Black e Tiago Potter, completei em pensamento. – Foi por isso que eu escolhi esse lugar. – ela sorriu maliciosamente.

E eu pensando que ela sabia do fato de eu ser um Lobisomem e estava querendo tirar provas disso... acho que os Corvinais não são tão inteligentes quanto aparentam ser.



( risos )



-Hum... – fiquei sem resposta. – É que...

Eu mal vi o que aconteceu depois. Só sei que, no segundo seguinte eu estava beijando Rafaela – quer dizer, ela estava me beijando.

Ela segurou meu rosto levemente e depois escorregou uma das mãos para a nuca, enquanto a outra descia para as costas. Eu ainda mantinha os olhos arregalados enquanto ela me beijava ardentemente, sem contudo aprofundar. Passado alguns segundos nessa cena, Rafaela automaticamente pára, abrindo os olhos e me encarando contrariada.

-Eu acho que quando eu faço isso é para você corresponder. – ela falou entre os meus lábios.



( gargalhadas )

Tiago – Coitado do Remo.




Meu rosto se fundiu aos cabelos dela e eu arregalei os olhos mais ainda.

-Er, bem... – disse quando ela separou a sua boca da minha. – Foi que... foi que... eu fui pego de surpresa e...

-Não será mais então. – ela subiu a mão da nuca para a bochecha esquerda. Senti um arrepio percorrer o meu corpo. Com a outra mão, a Corvinal me abraçou mais forte.

“Coragem, Remo Lupin, você é ou não um Grifinório?” pensei enquanto minhas mãos completamente trêmulas a segurou pela cintura firmemente.

-Não é seu costume sair com garotas, não é? – disse ela num sorriso.

-Posso dizer que é algo que não se aprende em livros. – falei calmamente, no que ela riu.

-Sou a primeira então?

Dei de ombros.

-Tire sua próprias conclusões. A Corvinal é famosa pela esperteza dos seus alunos.

-Você adora falar por enigmas, não? – ela inclinou a cabeça levemente e sorriu, eu corei novamente.

-Eu sou o enigma em pessoa. – falei, por fim.

-Veremos se sabe decifrar isso então...

Ela me puxou para um novo beijo no que eu fechei os olhos. Ela começou lentamente... nenhum contato a mais do que os lábios um no outro. Foi um Remo extremamente nervoso e tentando não pensar no fato de terem Pontas e Almofadinhas assistindo ao meu encontro e primeiro beijo que tentou, aos poucos acompanhar o ritmo dela.

Senti meu corpo se arrepiar – e meu rosto esquentar – quando ela deu uma aprofundada de leve e depois voltou a como estava antes. Extremamente sem saber o que fazer, tentei retribuir da mesma maneira a aprofundada... era a resposta que ela precisava para aprofundar totalmente.



( risos )

Ana – Merlim, ele já fez isso comigo uma vez... REMO LUPIN!

Remo – ( tom maroto ) Não me diga que não gostou?

Tiago – Ela corou.

( risos )



Trouxe-a mais para perto de mim enquanto tentava acompanhar o ritmo cada vez mais acelerado dela. Rafaela alisava minhas costas levemente, no que eu sentia um arrepio percorrer pela minha espinha. Ela se separou de mim aos poucos, mas eu... bem, meu lado maroto queria “repetir a dose”, apesar de saber que não tinha fôlego para tanto.

Ficamos nessa batalha por alguns segundos, no que ela, vencendo por unanimidade, deixou escapar um fraco riso. Eu abri os olhos ligeiramente contrariado, apesar de sentir a respiração ofegante.

-Demora para tomar uma atitude, mas quando toma... – ela corou fracamente.

-Desculpe. – bem, eu corei furiosamente, apesar de exibir um fraco sorriso. – Hum, o que acha de irmos para o “Três Vassouras”?

Ela assentiu levemente.

-Ótima idéia.



Remo – Bom, como o combinado era contar só o relato do primeiro beijo, não tem necessidade de relatar os que sucederam a este. ( tom maroto )

Tiago – Tem razão, a Ana não está com a melhor cara do mundo.

Remo – Ah, Ann, você não está irritada por causa disso, está? Eu é que devia estar mais... você foi com o SIRIUS, e eu, uma praticamente desconhecida para você.

Ana – Não necessariamente. Se for a mesma Rafaela que eu estou pensando... Rafaela Connel.

Remo – Acho que era essa mesmo.

Ana – Éramos vizinhas.

Remo – ...

( risos )

Remo – Mas não necessariamente amigas, acertei?

Ana – Eu a odiava, para ser mais precisa.

Tiago – Está ferrado, Remo.

( risos )

Ana – Tudo bem, eu perdôo essa!

Remo – Ainda bem...

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( silêncio )


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( silêncio )


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( silêncio )


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Tiago – Sirius...?

Sirius – Hã?

Tiago – Sua vez!

( risos )

Sirius – A minha?

Tiago – Você não quer que eu narre de novo, quer?

( risos )

Sirius – Preciso mesmo dizer isso? ( voz tediosa )

Lisa – Por que não? Todos nós dissemos, só falta você!

Sirius – Primeiro beijo?

Lisa – Não, Sirius primeiro murro na cara! E é o que você vai receber de mim se não parar de enrolar.

Tiago – Depois dessa, eu até diria.

( risos )

Sirius – Bom... é o que eu considero se o meu primeiro beijo, ou o primeiro beijo de todos?

Remo – O primeiro de todos, é óbvio.

Sirius – Hum, somente selinho ou beijo mesmo?

Lílian – Beijo, Sirius. Quer parar de enrolações?

Sirius – ...

Ana – Sirius?

Sirius – Não lembro.

Lisa – Não era você mesmo que dizia – e se gabava – por lembrar de cada garota que teve uma participação em sua vida amorosa? ( tom desconfiado )

Sirius – Das boas lembranças... Creio que essa deve ter sido péssima e, como tudo para mim deve ser perfeitamente ótimo, eu rapidamente faço questão de tirar coisas desagradáveis da minha linda e maravilhosa mente... e essa, certamente, foi uma delas.

Remo – Eu sei muito bem quem foi... ( tom maroto )

Tiago – Quem?

Sirius – Ele está blefando, com certeza.

Ana – Hey! Não fale assim do MEU Remo, Sr Black!

( risos )

Lílian – Ah, Sirius deixe de ser chato vai, conta logo de uma vez!

Lisa – Olhe que eu faço você pagar muito caro por causa disso, Sirius Black!

Remo – Teremos mais uma guerra declarada entre casais?

( risos )

Sirius – Merlim me livre disso. O Tiago que agüente essa da Lily. Cinco dias é mais do que Sirius Black pode suportar.

( risos )

Ana– E, qual seria a frequência ideal?

Lisa – Isso não vem ao caso, futura Sra Lupin...

( risos )

Sirius – O Remo estragou a nossa lobinha...

Remo – Tire esse NOSSA, Almofadinhas. Ela é propriedade de Remo John Lupin.

( risos )

Lisa – Mas, vamos, Sirius, deixe de enrolações. Quem foi a azarada que teve o desprazer de provar dos seus lábios, ainda mais sendo a primeira vez?

Sirius – Você realmente ME ama, não?

( risos )

Lisa – Só em certas ocasiões...

Sirius – Essa não é uma delas, tenho plena certeza.

( risos )

Lisa – Sirius! Conta logo de uma vez.

Sirius – Está bem, está bem...



Certamente, se fosse para escolher, ela não seria nem a última pessoa da face da terra que eu escolheria para ser a “felizarda”. Aliás, não posso dizer que isso foi o melhor momento da minha vida, pois esse foi, certamente, um dos piores... Pior até do que ter enfrentado o Tio Voldie a primeira vez! Ela é a pior pessoa que existe na face da Terra e, até hoje, quando me lembro do fato, sinto vontade de vomitar... e ainda tenho plena certeza de que ainda estou contaminado com os germes daquela víbora.



Lílian – Quer parar de enrolar?

Sirius – Posso continuar?

Tiago – Ah, deixa de enrolações, vai!

( risos )




Daquela idiota, imbecil, salafrária, vil, aquela prostituta, sonserina da pior espécie. E que, por um intenso desprazer, eu tenho que dizer que possuímos o mesmo sangue... a minha “amada” priminha Belatriz Black, agora Lestrange.



Tiago – Quê? Na “Bellinha”?

( risos )

Sirius – Sim, na “Bellinha”!

( gargalhadas )

Sirius – Liz? Você está bem?

Tiago – Ops, temos um problema aqui... a Lisa entrou em estado de choque.

Sirius – Liz?

Lisa – O Sirius e a...

Sirius – Liz?

Lisa – O Sirius e a... a Belatriz? Belatriz? Merlim, se o primeiro beijo foi com ela, imagine a...

Sirius - Alto lá, Srta Delacourt! Isso é uma coisa totalmente diferente da outra.

Tiago – E com quem foi a primeira vez, Sirius?

Sirius – Vocês ficam com os seus segredos que eu fico com os meus, ok?

Tiago – Não foi com a Narcisa, foi?

Sirius – MERLIM ME LIVRE DE TAL DESGOSTO!

( risos )

Lisa –Sirius e a Belatriz? SIRIUS BLACK, COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE AGARRAR AQUELA VÍBORA? Merlim, eu... eu já te beijei! Eu já... estou contaminada!

( risos )

Sirius – Liz, isso já faz muito tempo. Isso me lembra que eu também fui contamidado, já que você UM dia já beijou o Tiago.

Tiago – Hey, não venha me comparar à sua amada priminha!

Sirius – Pense bem, eu ando beijando um lugar em que o Tiago já beijou... isso é tão, esquisito. É como, é como se eu estivesse beijando na boca do meu próprio amigo!

( gargalhadas )

Lílian – Não, essa foi de todas, a teoria mais maluca que Sirius Black já criou.

Remo – Até que tem um pouco de lógica.

( risos )

Tiago – E...

Sirius – Tiago, não fale nada. Você BEIJOU a Lisa PRIMEIRO, e NUNCA me contou.

Tiago – ...

( risos )

Ana – Eles adoram desenterrar o passado, não?

Remo – Devo concordar...




Hum, como começar a narrar esse fato desagradável? Vejamos. Eu havia terminado o meu segundo ano em Hogwarts e, é claro, como todas as férias estava na casa da minha adorada mamãe. A injúria tinha os seus quatorze anos. Eu mereço isso? Não isso é algo imerecível.



Lisa – Sirius! Dá para contar de uma vez por todas?

Sirius – Ah, a gente saiu rolando pela escada e acabou acontecendo... preciso relatar mais do que isso?

Todos – ...

Sirius – Certo, está bem, eu conto.




Era uma bela manhã insolarada de julho... para os outros. Para mim era mais uma horrível manhã naquela insuportável casa, com habitantes mais insuportáveis ainda. E, para minha intensa alegria, minhas adoráveis primas Belatriz e Narcisa viriam passar UNS dias – traduza como boa parte das férias – lá em “casa”. Andrômeda, como sempre, viria outro dia. Claro, eu e ela tínhamos idéias quando estávamos juntos... os castigos futuros eram o de menos.

Eu já estava definhando de tédio. Regúlo estava torrando minha paciência e eu sentia uma vontade imensa de joga-lo pela janela ou assa-lo em pedacinhos no meu caldeirão de poções.Eu escrevia coisas sem nexo num pergaminho qualquer – era uma ótima maneira de extravasar a raiva sentida no momento – até que o idiota, vendo que estava ignorado, foi embora. Eu soltei um longo suspiro... “Por que ainda tenho que voltar para essa bendita casa?”. Ouvi vozes lá embaixo e rapidamente olhei para porta, dali a alguns minutos aquela injúria chegaria para me perturbar.

-Olá priminho. – ela sorriu fracamente, enquanto abria a porta.

Ah, a visão dos meus sonhos, a garota que ocupava os meus pensamentos nos últimos momentos, aquela à quem eu ansiava em ter em meus braços – mais até do que minha amada Lisa – minha musa, Belatriz Black. Com aqueles cabelos negros ensebados e lambidos, aqueles olhos azuis sombrios e aquele rosto lindo de gafanhoto que ela tinha, aquele corpo de vassoura e aquela voz de dragão com pneumonia... ela não é linda?




Sirius – Preciso mesmo continuar?

Todos – Precisamos mesmo responder?



-Que prazer em vê-lo! – completou ela, irônica.

Minha cara de tédio com certeza se transformou em uma de nojo.

-Pena que eu não possa dizer o mesmo, amada priminha. Será que seria pedir muito para você dar o fora do MEU quarto?

Ela fez um som choroso que lembrava muito um buldogue espirrando.

-Nossa, é assim que você recebe um ente tão querido depois de tanto tempo?

Eu voltei a atenção para o pergaminho e silenciei... Merlim, como eu queria que ela fosse igual ao Regúlo e desse o fora com o meu voto de silêncio...

-Ah, querido primo, você sabia que é muito feio deixar as pessoas falando sozinhas?

-Não me dou ao trabalho de dialogar com pessoas tão insignificantes como você! – murmurei irritado.

-Oh! – ela fez uma cara exagerada de espanto. – Tsc, tsc. Muito feio da sua parte, priminho, muito feio. Mas, desculpe lhe informar, você está dialogando comigo.

-Ah, Belatriz, vai ver se eu estou no inferno,vai! E de preferência, fique por lá mesmo! – falei irritado, ela soltou um risinho irritante.

-Ah, priminho, você se irrita por tudo, não? – ela se recostou no vão da porta e cruzou os braços.

-Quer parar de torrar minha paciência?

-Não. Esqueceu que você é minha diversão quando eu estou nessa casa?

Bufei de raiva e suspirei. Por que raios eu tenho que agüentar isso? Tornei a ignora-la, escrevendo todas as ofensar possíveis para ela no pergaminho.

-Tsc, tsc. Que linguajar feio priminho... Onde você aprendeu isso? – ela ergueu uma sobrancelha, enquanto eu a encarava irritado. Ela espiava o meu pergaminho atentamente. – Só podia ser com a ralé Grifinória, mas principalmente com seu amiguinho, o Potter, não é? E aquele outro que sempre “desaparece” – não goste nem um pouco do sorriso que ela exibiu, muito menos do tom carregado de ironia ao ter proferido a última palavra. –, o Lupin. Merlim, não sei como a titia morreu de desgosto tendo um filho como você.

-No dia que ela fizer esse grande favor a mim, pode ter certeza que irei festejar esse feito com o maior prazer. E, já que você gosta tanto dela, seria uma boa idéia que se enterrasse junto.

Belatriz riu, mas seus olhos brilharam sinistramente. Eu? Bem, eu estava no auge da minha raiva, mas tentava não demonstrar isso.

-Você adoraria que eu fizesse isso, não é priminho?

Dei de ombros e nada mais falei, minha vontade era esganar aquele pescoço de cobra que ela possuía.

-Ah, Sirius, não seja mau... responda a minha pergunta...

Suspirei profundamente.



Lílian – Nossa, ela consegue ser mais chata do que o Tiago.

( risos )

Tiago – Aí eu fico ofendido.




Sabia que ela não iria embora nem tão cedo. Por que eu não arrastei a escrivaninha para frente da porta quando tive a oportunidade?

-Já vi que você não está para conversa, e eu sei quando não sou bem-vinda no lugar... – nossa, ela percebeu isso agora? – Então, estou indo... até mais amado primo. – ela sorriu maquiavelicamente.

-Já vai tarde. – murmurei quando a porta do quarto bateu fortemente.

Tornei a suspirar. Esperava ardentemente a volta às aulas, para finalmente me ver livre daqueles que eu tenho o desprazer de chamar de familiares – excetuando a Andy, é claro.

Passado alguns minutos, decidi sair do quarto para comer algo – assim não precisava comparecer ao almoço e encarar aquelas caras insuportáveis novamente – só não esperava que certa pessoa também pensara o mesmo que eu, e, naquele exato momento, estava subindo as escadas.

Eu parei bruscamente e a encarei com fúria. Belatriz sorriu pelo canto dos lábios e cruzou os braços.

-Saia da frente, não esta vendo que eu quero passar? – disse ela, com uma voz mandona.

-Você está pedindo com tanto carinho que eu fico ligeiramente tentado a obedece-la priminha... – desci mais um degrau.

-Sei que me obedecerá Sirius. – ela sorriu maquiavelicamente. – Eu sou a mais velha por aqui e você não vai querer receber um castigo por ter ignorado uma ordem minha. – ela avançou um degrau.

-Ah, agora deu para correr atrás da titia para resolver seus problemas, Belinha? Não sabia que você era tão covarde.– um leve rubor apareceu nas faces dela, no que eu ri e avancei mais um degrau.

-É claro que eu não sou covarde! – ela falou, um pouco irritada, subindo o último degrau que nos separava.

Como eu era um pouco mais baixo do que ela na época, ficamos da mesma altura.



Sirius – Merlim, eu não mereço isso! Posso saber que raios vocês estão fazendo no MEU SOM?

Tiago – ( voz distante ) Colocando uma trilha sonora para o momento.

( risos )

Sirius – TIAGO POTTER E LÍLIAN EVANS, EU NÃO PRECISO DE TRILHA SONORA PARA UM MOMENTO DESAGRADÁVEL FEITO ESSE.

( risos )

Tiago – Poxa, justo quando eu ia colocar aquela música que você adora, Lily...

Lílian – Que jeito...




Eu a encarava firmemente, e meus olhos brilhavam de ódio. Via que por parte dela não era tão diferente.

-Então... vai sair? – ela perguntou calmamente.

Eu cruzei os braços e ergui a sobrancelha.

-O que você acha?

Não que a escada da “minha casa” fosse tão estreita que somente permitia a passagem de uma pessoa. ELA – ou eu – poderia muito bem desviar e segui seu rumo tranqüilamente. Mas... sabe como é... coisas de primos que se odeiam. Ah, mas se eu soubesse o que ia acontecer depois, teria fugido o mais rápido possível dali!

-Ótimo. Então... se não vai ser por bem, será por mal. – ela segurou meus ombros firmemente e começou a me empurrar para trás.

-Veremos quem vence priminha...

Eu, é claro, não deixei isso barato e rapidamente agarrei os pulsos dela, obrigando-a a me soltar. Depois de um tempo nessa batalha, eu a empurrei fortemente pelos ombros e ela se desequilibrou. Antes mesmo que eu tirasse as minhas mãos ela as segurou. Eu, é claro, me desequilibrei junto com ela e rolamos escada abaixo.

Estávamos quase no topo da escada, e travamos uma “luta corporal” – estava mais para um empurrar o outro – enquanto caíamos. Quando cheguei perto do final, consegui me soltar dela e rolei os últimos degraus sozinho, caindo de costas no chão com um baque surdo e – eu não sei como – acabei escorregando um pouco pelo chão encerado e parando de frente para a escada. E o que eu encontro vindo em minha direção? Minha amada priminha com uma cara mais assustada e mortífera que conseguia exibir – o que a deixava mais “maravilhosa” ainda. Fechei os olhos, temendo o inevitável impacto.

No segundo seguinte senti o corpo da minha adorada prima em cima do meu e aqueles lábios frios sobre os meus. Abri os olhos surpreso, no que encontrei os olhos daquela víbora a me encarar confusamente. Ficamos assim por vários minutos, sem entendermos nada com nada e perplexos demais para ter qualquer reação. Eu resolvi então abrir a boca para falar algo – no exato momento em que ela pensara a mesma coisa. Senti nossos lábios se aproximarem mais ainda. E A IDIOTA AINDA INCLINOU A CABEÇA PARA ISSO!!! Eu tornei a – tentar – fechar a boca, me sentindo completamente enjoado. EU ESTAVA BEIJANDO BELATRIZ BLACK. Eu achava que, quando ela fechou a boca novamente, ela iria terminar aquele beijo, mas não, ela tornou a entreabriu-los e... aprofundar o beijo.



Lisa – Ela aprofundou?

Sirius – Fazer o quê? Todas, ate as mais insuportáveis, não resistem ao charme que se chama Sirius Black.

Lisa – E o que você fez?

Sirius – Bem, eu...

Lisa – Você CORRESPONDEU?

Sirius – Calma, Liz, eu não necessariamente correspondi.

Lisa – Como assim “não necessariamente correspondi”?

Sirius – Eu não sabia o que fazer e então...

Lisa – E então...




Completamente perplexo com o fato de... de sentir ela... ela roçando aquela língua sobre os meus lábios fechados, eu tentei afasta-la de mim ao mesmo tempo que tentei falar. O problema é que... eu não consegui afasta-la quando abri os meus lábios. Eu arregalei os meus olhos, a encarando surpreso. Belatriz tinha os olhos fechados e parecia que estava gostando do que estava fazendo. Ela ainda tinha o beijo aprofundado e eu, completamente surpreso e com o cérebro estuporado, não sabia o que fazer.



Lisa – Você a seguiu?

Sirius – Não, ela fazia isso por mim...

Lisa – Merlim, inacreditável...

( risos )




Belinha se separou aos poucos, dando alguns selinhos e sorriu fracamente, eu a olhei assustado. Merlim, ela ia me agarrar novamente... SOCORRO!!!! Ela abriu os olhos e soltou um grito.

-SIRIUS BLACK! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?



Sirius – Nessa hora ela não lembrou a Lisa?

Lisa – ( fala entrecortada com tapas ) Não... me... compare... àquela... víbora!

Sirius – Calma, Liz, eu só estava brincando.

Tiago – Mas, que lembrou... ela lembrou sim.

Lisa – TIAGO POTTER!

Sirius – Por que ela só grita com o Tiago, e quando sou eu ela me dá tapas?( tom choroso )

( risos )




Eu a encarei confusamente.

-Foi você que fez isso primeiro. – respondi com uma voz tediosa. – Você praticamente me agarrou, sua tarada!

Belinha rolou sobre o meu corpo e deitou-se do meu lado. Eu rapidamente me levantei, ao mesmo tempo que ela e corri para o banheiro.

Num gesto irritado – e um tanto quanto infantil devo comentar, já que não tinha mais jeito mesmo – comecei a lavar meus lábios, disposto a apagar qualquer espécie de contato que eu tive com aquela boca imunda da minha prima.

Ergui o olhar para me ver no espelho, enquanto enxugava o rosto. Pulei de susto ao perceber que ela estava atrás de mim.

-O que você está fazendo aqui? – falei irritado, encarando-a através do espelho.

-Como... como você... como você ousou fazer isso? – seu rosto estava um pouco vermelho.

-Eu? Você que me beijou, sua estúpida!

-Aquilo não foi um beijo! – sussurrou ela irritada.

-E foi o que então? Um colar de lábios e um batalhar de línguas? – reprimi uma careta ao lembrar do fato, olhei automaticamente para a pia novamente.

-Não se atreva a falar isso para ninguém, Sirius Black.

-Será nosso primeiro e único segredo, Belatriz Black. – disse enquanto pegava minha escova de dente.

-Assim espero, priminho.

Ela deu as costas e saiu batendo a porta. Eu suspirei irritado e passei a mão pelos cabelos. Incoscientemente, passei a mão pelos lábios.

-Então... aquilo era um beijo? – murmurei fracamente.

-Não vai me dizer que gostou? – meu reflexo murmurou irritado.

-CLARO QUE NÃO! Só que... devo comentar que... que aquele foi o meu primeiro.... meu primeiro beijo.

Sorri fracamente...



Lisa – Não me diga que você gostou?



...e depois exibi uma careta. Mas tinha que comentar: apesar da garota responsável por ele ser uma idiota completa e uma das pessoas das quais eu mais odeio nesse mundo, não foi tão ruim assim. Ao perceber meus pensamentos insanos, rapidamente me apressei em fazer a limpeza completa da minha boca... Sei lá, o veneno daquela víbora pode ser contagioso ou até mesmo letal.



Lisa – Merlim, ele gostou!

Sirius – Ok, eu confesso, não foi tão ruim assim.

Lisa – Ele gostou!

( risos )

Sirius – Mas é claro que ele não chega nem aos pés dos da minha amada Liz.

Lisa – Mas... você gostou!

Tiago – Coitada da Lisa... está em estado de choque.

( risos )

Lílian – Acho melhor ajudarmos nossa amiga, antes que ela tenha um treco.



( pausa da gravação )




N/Harry – E aqui acabamos mais um cap... * ninguém fez nada... então me atrevi a pegar o teclado e digitar* Vamos então às opções da votação anterior.

N/Sirius – Minha vez.

A 1º “respiração boca-a-boca” – traduzindo: beijo – de cada um – 19 votos.

A minha amizade e a do Pontas com o Remo – Nenhum voto * Que preconceito...*

Como eu e meu grandiníssimo amigo Tiago Potter fizemos as pazes depois do incidente com o Seboso Snape – 6 votos




N/Harry – Novas opções:

N/Harry – Sabe aquela cena na penseira do Snape? Por que não o antes, durante e depois dela?>

N/Tiago– Como eu e o traste do Sirius fizemos as pazes pós-incidente com o Ranhoso. * Não precisa se fazer de bonzinho só porque o Harry está aqui, Almofadinhas*

N/Harry – Hum, vejamos... Um dia na Mui Nobre e Antiga Casa dos Black.



N/Sirius –Merlim, você vai fazer isso com o seu futuro – ou presente, já que você está aqui... * Ai, Merlim, esse negocio de tempo não é comigo... u.u * – padrinho?

N/Harry – Ainda pergunta? * sorri angelicalmente*

N/Autora – Merlim, dois segundos perto de Tiago Potter são suficientes para mudar a personalidade de uma vida inteira... A marotice dele é contagiosa...

* risos *

N/Sirius – HEY E ISSO NÃO VALE, VOCÊ DEU DUAS OPÇÕES! O TIAGO ESTÁ FAVORECENDO VOCÊ SÓ PORQUE VOCÊ É FILHO DELE.

* risos *

N/Harry – Er, bem... Agora já foi, não tem mais como ser mudado.

N/Sirius – Autora, você não vai fazer nada?

N/Autora – Fazer o quê?

N/Sirius – Você é a dona da fic, tome as rédeas da situação.

N/Autora – Isso aqui já virou uma perfeita baderna no momento em que você invadiu meu quarto, Sirius. Já está fora do meu controle. Eu apenas pensei na possibilidade do Harry vir para cá também e ele apareceu... O que você quer que eu faça mais?

* risos *

N/Tiago – E ela ainda se diz dona da situação... u.u

N/Autora – Eu sou a minoria aqui. * e também, além de ter uma ligeira queda pelo Sirius, meu coração bate MUITO mais forte quanto se trata de Harry Potter... ai,ai.*

N/Sirius – Desisto.

N/Remo – Eu não acredito tanto nessa frase.

N/Lilian – Bem, como vocês sabem, o voto não é obrigatório...Beijos para todos que estão lendo e/ou comentando e até o próximo cap!







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