Capítulo Único



A cara dela. Os cabelos dela. Os olhos dela. O cheiro dela. A voz dela. As qualidades dela. Os defeitos dela. O sorriso dela.

Ela.

Alice Royale. A rapariga mais perfeita de Hogwarts, com os seus lisíssimos e sedosos cabelos castanhos pelos ombros e os seus enormes olhos cor de avelã. A sua namorada.

Frank Longbottom sentia-se pateticamente sortudo por ter Alice para si. E, pela sua vontade, seria para sempre.

Conheciam-se desde o 1º ano em Hogwarts, mas só tinham começado a falar e a ser simpáticos um com o outro no quarto ano.

Flashback

Frank passeava descontraidamente pelos corredores de Hogwarts passando por vários alunos. Subitamente, sentiu-se desequilibrar quando uma mancha negra com cabelos igualmente escuros e oleosos passou por ele como uma flecha. Voltou a endireitar-se, depois de se ter apoiado na parede. No entanto, foi desnecessário pois caiu no chão novamente devido ao novo impulso que sentiu vindo por trás de dois alunos do mesmo ano que ele. Corriam ainda mais rápido que o primeiro rapaz.

- PODES FUGIR, MAS NÃO TE PODES ESCONDER! – Exclamou um deles, com uns óculos quadrangulares. Tinha um cabelo espetado castanho-escuro e usava o uniforme de Quidditch de Gryffindor. James Potter.

- ANDA LÁ SNIVELLUS SNAPE! NÓS SÓ TE QUEREMOS LAVAR O CABELOOO! – Berrou o segundo rapaz, de uns olhos azuis muito intensos e cabelos negros que lhe chegavam abaixo dos olhos. Sirius Black trazia na mão um frasco de shampô e o que parecia ser um borrifador.

Os dois desapareceram na esquina da direita e ouviram-se portas a abrir e a fechar com força.

Frank agachou-se para apanhar os pergaminhos e as penas que se tinham espalhado no chão. Mas foi quando sentiu uma sombra escurecê-lo e uma respiração por cima de si que dois pés apareceram na sua frente. Frank engoliu em seco e levantou lentamente o olhar dos pés, vendo umas pernas femininas bem torneadas, uma cintura fina e terminando num rosto pálido, emoldurado por longos cabelos negros cor de carvão, sem deixarem de ter um brilho que lhe davam um aspecto cuidado. Era dona de uns olhos azuis-claros, herdados da família Black. Mas, contrastando com toda esta beleza, uma expressão fria e de superioridade, quase cruel, tomava conta do bonito rosto de Bellatrix. Ela levantou o pé de um dos papéis de Frank e afastou-se um pouco para trás.

Ele ergueu-se novamente, sentindo-se ridiculamente mais baixo que a rapariga, e tentou encher o peito de ar o mais que pôde.

- Posso ajudar-te? – Perguntou ele, tentando parecer o mais adulto e respeitável possível. Bella tinha o estranho dom de fazer os outros sentirem-se incrivelmente inferiores na sua presença. Ela levantou ligeiramente as pontas dos lábios, mas os seus olhos não sorriram.

- Sabes muito bem o que eu quero Longbottom. Sabes muito bem o que ele quer. Ele quer-te a ti. – Disse ela, aproximando-se dele.

- E tu sabes muito bem o que eu já te respondi sobre isso. Só por cima do meu cadáver. – Afirmou firmemente ele, sem desviar o olhar. Odiava que insistissem e pusessem as suas posições em causa.

- Eu já te disse que não olho a meios para conseguir o que quero. Tenho a certeza que já percebeste isso. És um rapaz inteligente. E posso dar-te o que nenhuma rapariga da tua idade pode. – Sussurrou ela, olhando-o fixamente. Ela era sensual e sabia-o.

- Desculpem. – Ouviu-se uma voz sumida de uma rapariga morena e baixinha tentando passar por eles sem fazer um único som nem lhes tocar.

Bellatrix olhou enojada para a rapariga que passava. Para ela, traidores de sangue eram tão ou mais desprezíveis que nascidos muggle. Mereciam, tratamento abaixo de cão.

- Esta escola está infestada de escumalha. Traidores de sangue constantemente no meu caminho, parece impossível. – Disse a Black, propositadamente audível. A pequena rapariga virou-se para trás e encarou a colega mais velha.

- O que é que tu me chamaste? – Perguntou ela calmamente.

- Escumalha e traidora de sangue… Mas permita-me acrescentar Miss Royale, miserável e nojenta. – Afirmou Bellatrix num tom confiante, ainda que indiferente.

Antes que Alice se pudesse mexer, Frank ergueu a varinha e encostou-a ao pescoço de Bella.

- Mais uma palavra e lanço-te um feitiço. – Exclamou ele, a voz subitamente rouca e ameaçadora e os olhos muito abertos.

Bellatrix limitou-se a soltar uma sonora gargalhada e a lançar a cabeça para trás, o longo cabelo negro a dançar-lhe nas costas.

- Frank, Frank… Como a inocência é bonita… Tu realmente pensas que um ‘Expelliarmus’ - sim, porque com a tua idade esse já é um feitiço avançado – me pode intimidar? Pensei que soubesses com quem estavas a lidar. – Lançou um olhar à rapariga e olhou de novo para o rapaz – Se bem que me parece que o meu tempo aqui esteja perdido. É esse o teu problema, Longbottom. A defender esta gentinha, que apenas merece desprezo. E quando eu lhe contar o pequeno incidente de hoje, duvido que mantenha o interesse inicial. – O rapaz relaxou um pouco os músculos, deixando cair os ombros, mas Bella ainda não tinha acabado. – Mas… Se pensas que isto acaba aqui… Lamento, mas estás redondamente enganado. Ninguém diz não ao Senhor das Trevas e sai a rir. Tiveste a tua oportunidade. Ele vai-se vingar. Eu, vou-me vingar. – Concluiu ela com um olhar impenetrável e uma voz grave, levantando uma das sobrancelhas.

Frank deitou um olhar rápido por cima do ombro à rapariga da sua idade, tentando perceber o quanto esta tinha ouvido. Ela encontrava-se a observar atentamente o tecto. O que ele não sabia era que os ouvidos de Alice estavam bem apurados e a sua mente a trabalhar a mil à hora.

- Vai-te embora, Bellatrix. Como tu disseste, estás a perder aqui o teu tempo. E eu não tenho medo das tuas ameaças. – Afirmou ele, o mais seriamente que pôde.

A Black esboçou um sorriso de troça antes de virar costas, caminhando com passos largos e seguros, e com a cabeça levantada. O rapaz virou-se para Alice que se apressou a dizer:

- Eu não ouvi nada. E obrigada por me teres defendido, se bem que eu tinha conseguido fazê-lo sozinha, só que tu foste mais rápido e estavas à minha frente e… - A rapariga falava rapidamente, sem respirar, e piscando muito os olhos.

Ele não pôde conter uma gargalhada.

- Ei, ei! Calma! – Disse ele, divertido. – Eu sei que tu ouviste, mas também só espero que tenhas percebido que não é a primeira vez que lhe digo que não. – Proferiu ele, agora mais sério, e Alice acenou afirmativamente. – Eu sei que tinhas sido capaz de te defenderes, mas foi um impulso. Não suporto aquela Bellatrix. - Terminou ele, fazendo uma cara irritada.

- Nem eu! Só não a faço engolir o meu sapo, o Toti, porque tenho pena dele! – Exclamou ela. Os dois deram uma gargalhada e dirigiram-se juntos para a Sala Comum de Gryffindor.


Fim do Flashback

Desde esse dia, até começarem a passar muito mais tempo juntos, a ajudarem-se mutuamente nos trabalhos da escola e a partilharem os cereais de pequeno-almoço foi um passo. Tornaram-se amigos inseparáveis, e até tinham combinado defenderem-se um ao outro sempre que Bellatrix estivesse por perto. Felizmente, ela parecia ter-se esquecido deles, e não existiram mais confrontos. No ano seguinte viram-se livres dela, que já tinha acabado a escola e depois de inúmeras tentativas falhadas, Frank finalmente tinha arranjado coragem de convidar Alice para sair.

Ela tinha mostrado um pouco de resistência mas tinha acabado, para alívio de Frank, por aceitar.

Flashback

O tempo estava frio e um pouco ventoso. Um nevoeiro não muito baixo pairava sobre os ramos das árvores e arrepiava os alunos mais desprotegidos. Um lençol de neve branca cobria o chão e os telhados. Os pés enterravam-se e dificultavam a deslocação.

Os dois passeavam por Hogsmeade descontraidamente há mais de três horas, se bem que, na verdade, tivessem parecido três minutos. O tempo passava a correr quando estavam juntos. Divertiam-se tanto. Riam, conversavam, compartilhavam histórias e relembravam bons momentos. Eram melhores amigos.

Tinham-se sentado num banquinho, depois de afastarem os pequenos flocos de neve que tinham ido acertar no assento. Olhavam agora para a Cabana dos Gritos, imponente, a muitos metros deles.

- Este é o meu sítio preferido em Hogsmeade. – Disse, finalmente, Alice, que tinha encostado a cabeça no ombro dele.

- Consigo compreender porquê. É realmente bastante inspirador e romântico admirar a casa mais assombrada em toda a Grã-Bretanha. – Disse ele, fingindo um ar compreensivo. Ela deu-lhe um murro amigável no ombro e soltou uma gargalhada que ele acompanhou.

- Não é isso, tonto. É que faz-me pensar sabes? – Ela fez uma pequena pausa apreensiva – A minha mãe, antes de… Tu sabes… Dizia que o meu pai nunca tinha partido realmente. E ele morreu aqui em Hogsmeade… Desde pequena que ela me conta que ele ainda está ali. – Ela apontou para o edifício que eles conseguiam ver. Frank olhou-a com carinho. Ela era tão inocente… Com o coração tão desejoso de carinho. Ficar sem mãe aos 12 anos quando já não tinha um pai, fez dela uma rapariga fechada, mas verdadeiramente sedenta de atenção. – E quando ela também morreu, sempre pensei nisso como uma reunião entre eles dois. Pode parecer parvoíce e incrivelmente infantil da minha parte, mas dá-me um certo conforto olhar para ali. – E calou-se. Um silêncio instalou-se entre eles. – Podes-te rir. – Acrescentou ela, seriamente.



Ele pegou na mão de Alice e entrelaçou os seus dedos nos dela, acariciando-a levemente.

- Nunca na vida eu me iria rir de algo tão sincero e puro como o que acabaste de dizer. – Disse ele baixinho, e beijou-lhe demoradamente a testa. – És a minha melhor amiga. Podes-me dizer tudo, mesmo que tenhas medo que eu me ria. Eu quero que o faças.

Nobody knows it but you've got a secret smile
(Ninguém sabe, mas tu tens um sorriso secreto)

And you use it only for me
(E só o usas para mim)

Nobody knows it but you've got a secret smile
(Ninguém sabe, mas tu tens um sorriso secreto)

And you use it only for me
(E só o usas para mim)

Ela sentiu o coração encher-se de algo que nem sequer sabia precisar o quê, sentiu-se renovada, sentiu-se cheia. Cheia de algo. Cheia de tudo. E sorriu. Sorriu tão sinceramente que fechou os olhos quando o fez. E assustou-se ao sentir a sua mão desprotegida e ao deixar de ter apoio para a cabeça. Olhou para o lado e viu o lugar de Frank vazio, e as solas de uns sapatos no ar. Assustada, inclinou-se sobre o banco e viu-o deitado no chão com as mãos sobre o peito. Correu para o seu lado, e ajoelhou-se. Ele entreabriu os lábios e disse:

- Esse sorriso. Acabaste comigo, Lice.

Uma bola de neve voou até à cara de Frank que já se tinha sentado e este olhou atordoado para os lados. Encontrou a rapariga com uma expressão algures entre a raiva e a diversão e a preparar uma segunda bola de neve. Ele saltou do banco e escondeu-se atrás de um pedregulho, mesmo a tempo para não ficar novamente molhado. Ela gargalhava deliciosamente e ele fugia de pedra em pedra, até que começou também ele a encher as mãos da neve gelada e a atirar. Infelizmente, sem praticamente atingir o alvo.

- Que fraquinho! – Zombou ela, que lhe acertava praticamente em todas as tentativas.

Ele sorriu marotamente e iniciou um ataque muito mais eficaz que o anterior. Na verdade, começou a aproximar-se dela e a obrigá-la a encolher-se para se proteger das certeiras tentativas dele. A guerra de bolas de neve tinha cessado. Alice levantou o olhar, ainda com um grande sorriso e surpreendeu-se ao ver como ele estava próximo.

When you are flying around and around the world
(Quando estás a viajar pelo mundo)

And I'm lying alonely
(E eu deitado sozinho)

I know there's something sacred and free reserved
(Eu sei que há algo sagrado e livre reservado)

And received by me only
(E recebido apenas por mim)

Ele dirigiu-se lentamente até ela, os seus olhos negros fixos nos castanhos avelã dela. Andava confiantemente. Ela deu um pequeno passo para trás mas ele rapidamente a impediu de continuar colocando uma mão na cintura. Baixando a cabeça ligeiramente, devido à diferença de alturas, encostou a testa na dela. Ambos sentiram algo no topo das cabeças e nas partes desprotegidas do corpo. Tinha começado a nevar e pequenos flocos pousavam suavemente sobre eles.

- F… F… Fra… Frank… - Gaguejou ela, nervosa. Ele sorriu timidamente. Ela era tão incrivelmente adorável quando fazia isto. – E-Esse sorriso. Assim ac-cabas c-comigo, Frankie. – Disse ela, com os olhos a brilhar.

Lentamente, ele inclinou a cabeça para a dela, os narizes a tocarem-se ligeiramente. Ela começou a fechar os olhos e ele tomou isso como uma autorização. Encostou os lábios nos dela e levou as duas mãos à face de Alice, uma puxando-a pelo queixo, outra acariciando uma bochecha. Era um beijo tímido mas com significado. Frank sentia a textura delicada e lisa dos lábios quentes dela. Ele passou as mãos pelos cabelos dela e notou que estavam molhados devido à neve que continuava a cair ao redor dos dois, formando um quadro branco perfeito, em que dois amigos apaixonados se aqueciam através de um beijo perfeito. E tão lentamente como o beijo tinha começado, terminou. Separaram-se serenamente e olharam um para outro, ainda de testas ligadas.

- A… A… A nossa amizade, Frank. O que é que vai acont… - Começou ela, falando muito baixinho. No entanto, ele colocou-lhe um dedo sobre os lábios para a calar.

- Não sei quanto a ti, mas eu não costumo ir por aí beijar os meus inimigos. – Disse ele, ao que ela riu – Isto não anula de forma nenhuma a nossa amizade. Pelo contrário. Aproxima-nos. Ainda és a minha melhor amiga, Lice. – Assegurou ele, ao que ela sorriu. Meu Merlin, aquele sorriso.

E aproximaram-se novamente, desta vez para um beijo mais demorado.


Fim do Flashback

E era ele que tinha a rapariga mais bonita, mais inteligente, mais simpática, mais divertida, mais honesta, mais tudo da escola. Ele. Frank Longbottom.

Ele tinha consciência que os dois eram invejados. Conseguia percebê-lo por alguns olhares que recebiam de vez em quando. Afinal, namoravam há dois anos e nada podia estar a correr melhor. Deviam ser o casal em Hogwarts que namorava há mais tempo. Continuavam, acima de tudo, melhores amigos. Nunca tinham deixado que se tornassem naquele tipo de namorados que usam cada segundo livre não a conversar, mas de lábios colados. Tinham sempre tema de conversa e compreendiam-se como ninguém. Os beijos eram um bónus.

É claro que ele tinha medo. Tinha medo quando pensava na promessa que Bellatrix Lestrange lhe tinha feito há dois anos. Eu vou-me vingar, foram as suas palavras. Às vezes perguntava-se se Bella saberia da relação entre os dois. Ele não conseguia sequer suportar a ideia de Bellatrix se vingar não nele, Frank, mas em Alice, aquilo que era mais importante que tudo para ele. Sentia um aperto no peito só de olhar para a rapariga na sua frente, que afastava agora a franja dos olhos enquanto lia o Profeta Diário. Sentia culpa. Não tinha acontecido nada para que ele se sentisse assim, mas não conseguia evitar. Foi-se sentar ao lado dela e rodeou-a com um braço, pousando uma mão num ombro dela. Reparou que ela lia um artigo que falava na ascensão de Lord Voldemort e em como muitos dos seus seguidores, embora conhecidos, continuavam escondidos e sem deixar rastro. Um dos nomes mencionados era exactamente o de Bella, acompanhado por uma grande foto, em que um fino sorriso venenoso e uns olhos pesados nos brindavam.

- Lice… - Chamou ele. Ela levantou o olhar curiosamente. – Vai ficar tudo bem. Tu sabes isso, não sabes?

- Sei… – Respondeu, sem entusiasmo.

- Hey… - Ele puxou-a delicadamente pelo queixo e virou-a para si. – Enquanto estiveres comigo, está tudo bem. Se alguma vez alguma dessas pessoas te tentar tocar com um dedo que seja, vai ter que passar por mim primeiro. – Ele falava como se tivesse certeza absoluta do que estava a dizer. Não como se estivesse a fazer uma promessa, mas sim como se estivesse a declarar algo que era óbvio – Confia em mim. – Terminou ele, encarando-a.

- Eu confio. – Assegurou ela.

Alice deu-lhe um beijo ligeiro nos lábios e abriu-se num sorriso. Não um sorriso qualquer. O sorriso. Aquele sorriso que transmitia tanta segurança. E de repente toda a culpa que Frank sentia desapareceu. E tudo o que existia era Alice e o seu sorriso.

Fim

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N/A: Olá!

Primeiro que tudo, sim, eu tenho noção que esta fic ficou realmente um 'pãozinho sem sal'. Mas às vezes também apetece fazer umas coisas mais leves. Apeteceu-me fazer uma short deste casal (que eu adoro) e queria que fosse uma coisa ternurenta e que contasse um pouco do que eu imagino que fosse a história deles. Achei que esta canção funcionava bem e foi a partir dela que eu dei nome à fic! ^^

Ficou uma coisinha pequenina, bem diferente do meu costume, mas faz bem variar!

Espero que gostem!

Ah, e as minhas outras fics vão ser actualizadas de seguida! Eu sei que estou a demorar, mas ando com muito trabalho, além disso queria postar esta antes. A 'Nascidas Black' vai ser a próxima, que ela já merece um 1º capítulo! xD

Beijinhooos (^^,)

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