Cap. 2



Capítulo 2
Todos estavam no Salão Principal, como ordenara Dumbledore. Claro que estavam todos cochichando apavorados, ninguém conseguia entender direito o que passava, e quem tinha sido assassinado? Todos contavam, para ver se seus amigos importantes estavam sentados nas mesas, e se desesperavam se não viam alguém. Sentaram-se todos nas mesas das suas Casas, e ao ouvirem a voz de Dumbledore, calaram-se imediatamente:
- Queridos alunos e alunas. – Disse Dumbledore, com uma pena e uma tristeza estampadas claramente em sua voz levemente cortada – Vocês com certeza estão se perguntando muitas coisas. Porém sei também que apenas uma pessoa, em todos desse Salão, sofrerá com essa tragédia. E, portanto, serei rápido.
Ele deu um suspiro, um suspiro profundo que fez lágrimas virem aos olhos de Cassidy. Lene tinha olhos de lince, uma expressão que significa que ela enxergava muito bem, e ela teve certeza que viu uma lágrima brilhante escorrem dos olhos azuis de Dumbledore.
- Francinne Jacklore está morta. Sinto muitíssimo.
Ninguém entendeu. Todos calaram-se. Olhavam para todos os lados, ver se alguém chorava. Mas essa pessoa, que estava completamente em choque, não chorava. Olhava fixo para Dumbledore. Só podia ser brincadeira.
Cassidy se levantou, olhando para Dumbledore, e falou baixo, mas com o silêncio que prevalecia no Salão, todos ouviram.
- Francinne não estava em Hogwarts, Dumbledore. – Disse ela, secamente.
- Ela veio visitar você, Cassidy. – Disse Dumbledore, com voz cortada.
Cassidy estufou o peito, como se tivesse sido ofendida. Olhou para todos no Salão, e saiu correndo. Marlene e Lilian se levantaram e foram atrás dela.
Cassidy corria tão rápido que as lágrimas que escorriam de seu rosto voavam direto para seu cabelo, e corria para qualquer lugar. Correu para o Salão Comunal da Grifinória, disse a senha gritando para a Mulher Gorda, e quando ela girou o quadro, ela correu na hora para o dormitório que dividia com Marlene, Lilian, Dorcas e Emmeline Vance – Aonde estaria ela? Não a viram o dia todo! -. Lilian e Marlene subiram rapidamente e encontraram alguns cacos de vidro pelo chão e Cassidy sentada, com as costas encostadas na parede, chorando silenciosamente e olhando para uma fotografia muito antiga.
- Ah... Cassie? – Disse Lilian, cautelosamente, aproximando-se de Cassidy, com Lene logo atrás. – O que aconteceu? Ninguém entendeu nada...
- Francinne é minha mãe. Quer dizer, era minha mãe. – Disse ela acariciando a foto – Todos dizem que eu era a cara dela. Nada a ver. – Ela estendeu a foto para as meninas, e ela viram na hora que as pessoas não falavam a verdade ao dizer que Francinne e Cassie eram parecidas. Elas era exatamente gêmeas, idênticas, sem tirar nem pôr.
- Cassidy, você é igual à ela! Igualzinha, igualzinha! – Disse Lene.
- Olhem mais de perto. Já vai mostrar. – Disse ela, suspirando.
Como todos bem sabem, fotos do mundo bruxo se movem. Os movimentos são contínuos, sempre os mesmos. E Cassidy vira aquela foto tantas vezes que sabia quando a mãe ia levantar os braços, animada, junto com suas amigas, e suas mangas iam descer. E quando elas descessem, a do braço esquerdo ia mostrar uma tatuagem, a tatuagem da Marca Negra.
- Ahn... Cassidy? – Disse Lily, os olhos arregalados – É verdade, isso aqui?
- Sim. Ela era desde o quarto ano, mas quando engravidou de mim, teve que largar ‘isso’. Ela era leal e muito pau-mandado de Você-Sabe-Quem, ele deve ter mandado alguém aqui pra fazer uma visitinha.
Nesse momento, Dorcas e Emmeline – que finalmente apareceu – entraram afobadas pela porta, correndo, quase quebrando a porta. Lily, Marlene e Cassidy nada disseram, e Dorcas pôs-se a dizer:
- Jam... James... – Disse ela ofegante. Lily trancou a respiração, e as outras olharam para ela, assustadas – Ouve... Um ataque... James... Enfermaria...
E Lily desmaiou.

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