O doce sabor da entorpecência.
Oh, My! Enfim chegou o capítulo...
Agora vejam se se acalmam e curtam...
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Hermione já suara muito em batalha. Desde seus onze anos de idade vinha se acostumando ao que era se ver em situações inesperadas e transgredir regras, além de uma série do outras coisas que se tornaram inevitáveis desde que conhecera Harry e Ron, que julgava incompatíveis com sua real personalidade. Ela sempre buscava conseguir superar seus limites e alcançar seus objetivos seguindo os métodos corretos, o que se fez muito difícil ao lado de seus dois melhores amigos. Junto deles Hermione lutara, se machucara, sofrera, sangrara, chorara...
Agora, nesse instante, Hermione estava dolorida, arfante e suada, mas sorria. Sim, ela sorria porque estava feliz. E parecia estar se divertindo como há muito não fazia. Gargalhava cada vez que o namorado a rodopiava ao ritmo da animada música.
- Ron, eu preciso parar um pouco. Meus pés estão um caco. – Sem parar de dançar, Hermione se aproximou mais de Ron para que ele pudesse ouvi-la.
- Você está com sede? – perguntou o ruivo, que assim como a namorada, estava vermelho e suado – Quer um suco ou uma água?
- Uma cerveja amanteigada!
- Mais uma? Você não acha que já bebeu o bastante por hoje?
- Ah Ron, por favor, vai? – insistiu passando os braços ao redor do pescoço dele e fazendo cara de criança pidona.
Rony sorriu, derrotado e um pouco contrariado.
- Ok, sua grande trapaceira! Eu levo as bebidas pra nossa mesa.
- Combinado!
Ron foi buscar as bebidas enquanto Hermione caminhava quase mancando até a grande mesa, que no momento acomodava apenas metade dos convidados. Jorge e Angelina, assim como Gui e Fleur, estavam na pista lotada, dançando animadamente. Audrey estava na mesa discursando empolgada com sua mãe, Molly, Andrômeda e Merina sobre os preparativos de seu casamento com Percy. Este conversava com seu pai e Arthur.
Assim que se jogou em uma cadeira, a primeira coisa que fez foi desafivelar suas sandálias e libertar seus pés daquela tortura, dando um suspiro de alívio. Olhou ao redor e percebeu o clima geral de animação. Riu quando viu David Elkis, que dançava com Parvatti, escorregar e se agarrar à garota para não cair, quase lhe arrancando o vestido.
- Posso saber pra quem você dava esse sorriso? – Rony retornava com as bebidas e entregou a de Hermione, que tomou um grande gole antes de responder.
- Você perdeu o quase tombo do David com a Parvatti.
- Sério? Onde? – Rony olhava ansioso para a pista de dança e acompanhou as risadas de Hermione quando visualizou uma irritada Parvatti apontar do dedo na cara de David, parecendo furiosa enquanto lhe dava uma bronca.
- Ele é um desastre na pista. – disse uma voz próxima, chamando a atenção do casal – Quase me fez ficar sem os pés.
- Sally? Pensei que você estava dançando. – comentou Hermione, tomando mais um gole de sua saborosa bebida.
- Eu adoraria! Mas meus pés estão me matando. – disse olhando com uma careta para seus pés inchados e pisoteados.
- E por que não faz como eu? – Hermione levantou um pouco o vestido, mostrando os pés descalços.
Sally pareceu ter achado uma ótima idéia, pois quase arrancou as sandálias dos pés, o que a fez parecer incrivelmente baixinha.
- Ah, liberdade! Agora estou pronta pra outra!
- Onde está o Dênis? – perguntou Rony vendo Hermione levar mais uma vez a garrafa de cerveja amanteigada à boca.
- Minha mãe está alugando o pobrezinho. Diz-se curiosa para conhecer meu mais novo namoradinho. – comentou pesarosa – Como se eu tivesse tido muitos... Mas daqui a pouco vou resgatá-lo. Agora, o que acham de dançarmos um pouco?
- Eu acho ótimo! – Rony levantou animado.
- Ahn, eu preciso de mais alguns minutos. Essas sandálias realmente trituraram meus pés. – disse Hermione.
- Então será que você poderia me emprestar seu namorado um pouco? – Sally sorriu para a morena, que pareceu levemente hesitante – Ah, qual é Hermione! Eu prometo que não vou tirar pedaço do pãozinho aqui.
Hermione sorriu, já bastante acostumada ao jeitinho espevitado da colega loira.
- Tudo bem! Mas eu estou de olho, hein? – brincou.
- Bom saber disso! É bom que você esteja! – disse Sally tentando soar convincente.
Rony tirou o paletó, deixou sobre a mesa e beijou na namorada antes de sair com Sally para o meio da multidão.
Hermione se viu sozinha ali novamente, e apenas nesse momento deu por falta de duas pessoas. Olhou para um lado e para outro, mas nem sinal deles. “Onde aqueles dois se meteram?”, perguntava-se. Afinal, não os via há bastante tempo. Resolveu então que seria bem mais produtivo observar o namorado, que dançava com Sally de maneira engraçada. Ainda acompanhou o momento que Dênis chegou à pista e fez companhia aos dois. Hermione notou que, mesmo que quase todos tivessem ido devidamente acompanhados, poucas duplas originais estavam juntas a essa altura. Quase todos os pares estavam trocados.
De repente, uma música lenta começou a tocar e Hermione sorriu ao ver seus pais e seus sogros irem para a pista de dança, no mesmo instante em que um belo bruxo de meia idade convidava uma encabulada Merina para dançar. Percy, com o consentimento da noiva, dançava próximo à mesa com uma sorridente Andrômeda Tonks. Hermione tornou a olhar para a pista onde diversos casais dançavam juntinhos e encontrou aqueles belos faróis azuis fitando-a a distancia, num convite silencioso. Já ia se levantar para se juntar ao namorado quando algo a fez estancar no lugar. Não acreditou na imagem que seus olhos captaram. O susto inicial logo se tornou perplexidade para em seguida transformar-se em raiva. Seu sangue escaldou. Pôs-se de pé em um salto.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Enquanto Harry e Gina caminhavam pelos corredores escuros do castelo, trocavam abraços, carinhos e beijos apaixonados. Riam encabulados e divertidos toda vez que, mesmo sem querer, flagravam casais escondidos pelos cantos no maior amasso. Em uma das ocasiões, não se soube quem ficou mais desconcertado quando, a caminho do jardim, viram um emaranhado de cabelos e braços atrás de um arbusto, e Gina, sem o mínimo de discrição e tomada pela excitação que corria em suas veias somadas às boas doses de cerveja amanteigada que já havia consumido, acendeu a varinha assustando um descabelado Jheremy McLuhan e uma vermelhíssima Lisa Yumi, que se separaram com um estranho som de pia sendo desentupida. Após alguns segundos de constrangido silêncio, Harry tivera o bom-senso de arrastar Gina dali, os dois dando grandes gargalhadas da situação.
- Posso saber pra onde o cavalheiro de olhos verdes pretende me levar? – perguntou Gina, se deixando levar pelos jardins do castelo e caminhando com certa dificuldade.
- A nenhum lugar em especial. Apenas um cantinho onde possamos ficar sozinhos. – respondeu Harry, sem soltar a mão da ruiva.
- Hum, que interessante! Só espero que não seja muito longe, pois não é uma sensação muito agradável caminhar com esse salto enterrando na grama.
- Não seja por isso!
Harry parou, entregou a Gina sua garrafa de cerveja amanteigada, e em um movimento rápido, passou o braço por baixo de seus joelhos, carregando-a e pegando-a de surpresa. Após alguns protestos, a garota se aconchegou melhor no colo do namorado.
- Esse é um daqueles momentos em que o vilão seqüestra a mocinha para que possam ser felizes? – perguntou Gina de olhos fechados.
- Talvez, mas você se esqueceu de dizer que era um vilão apaixonado.
Gina apenas sorriu, encostando a cabeça no ombro dele. Teria o abraçado também se suas mãos não estivessem ocupadas pelas garrafas de bebida.
Após um tempo, sentiu Harry se abaixar para colocá-la no chão. Abriu os olhos e percebeu onde estavam, mesmo que pudesse enxergar muito pouco. Gina pousou lentamente as garrafas no chão.
- Está muito escuro aqui. – disse Gina puxando a varinha de dentro de uma pequena bolsinha dourada que levava presa no punho, mas logo sentiu a mão de Harry sobre a sua, a impedindo de realizar o feitiço.
- Acho que não precisamos de mais luz. – disse ele, apontando para o reflexo da lua, brilhando prateado sobre a superfície do lago, formando a única fonte luminosa ali.
Aquele cenário era lindo, e o silêncio que predominava o ambiente, somado à brisa fria que açoitava sua pele alva, apenas tornava o momento ainda mais agradável. Quando Gina tornou a olhar para Harry e viu aqueles olhos brilhando em sua direção, sentiu que tudo estava perfeito. Um calafrio, que não tinha ligação nenhuma com o vento, a fez arrepiar-se.
- É, acho que não! – falou antes de puxá-lo pela gravata para um beijo.
----------------------------------------------------------------------------------------
Assim que ficou de pé, arrependeu-se amargamente, pois o salão girou rapidamente e Hermione precisou se segurar em uma cadeira para não cair. Procurando disfarçar a mancada e percebendo o efeito da cerveja amanteigada em sua corrente sanguínea, Hermione catou suas sandálias e as deixou debaixo da mesa, tendo certeza que, por mais que quisesse, seria impossível calçá-las novamente, tanto pela dor nos pés, quanto pela dificuldade que teria em se equilibrar sobre aqueles saltos. Mas sua mente, mesmo levemente entorpecida, sabia que estava longe de estar bêbada.
Passou as mãos nos cabelos e tornou a olhar para a pista de dança, mas, diferentemente de quando olhara alguns segundos atrás, agora Hermione sentiu vontade de rir de si própria por notar o quanto era ciumenta. Bom, teve vontade de rir da cara que Ron fazia também. O ruivo parecia desesperadamente nervoso, e isso pareceu piorar ainda mais quando percebeu que ela estava olhando diretamente pra lá; suas orelhas vermelhas denunciavam o quão desconfortável estava com a situação, e isso, mais do que qualquer outra coisa, teve o efeito de acalmar Hermione. E de maneira sutil, ela começou a caminhar até ele.
- Com licença! – disse batendo com o dedo indicador no ombro da loira que dançava com Ron.
Lilá, na mesma hora, virou-se para Hermione com um sorriso singelo, quase convincente.
- Hermione! Sabia que você não demoraria a aparecer.
- Acho que vocês já se conhecem, não é? – Rony tentou brincar para desanuviar o ambiente, mas como as duas pareciam conhecer as suas táticas, ele foi educadamente ignorado.
- Tudo bem Lilá? Ainda não tinha falado com você hoje. – Hermione parecia realmente simpática, com um sorriso aparentemente genuíno.
- É verdade! – concordou Lilá, medindo a morena da cabeça aos pés – Você realmente está ótima, mas onde estão seus sapatos?
- Será que eu poderia dançar com meu namorado? – Hermione sorriu, ignorando completamente a pergunta da colega.
Lilá, de maneira dramática, fez uma expressão de surpresa antes de tirar os braços dos ombros de Rony.
- Oh, claro... Espero que não tenha se chateado por eu ter...
- Imagina! – Hermione cortou, antes que mandasse sua delicada paciência arder no inferno e desfizesse o belo penteado da loira.
- Ahn, vou indo então! – Lilá pareceu desconfortável com a reação de Hermione, ou talvez tenha notado que o olhar dela deixara de parecer tão agradável – Obrigada pela dança Ronald! – sorriu sem-jeito para o ruivo antes de sumir em meio aos casais que dançavam colados.
Hermione cruzou os braços em frente ao corpo, ainda fitando o ponto por onde Lilá havia desaparecido.
- Estranho ela não ter te chamado de Uon-Uon, não acha? – quando a morena olhou para o namorado, não entendeu por que ele sorria.
- Você é uma pessoa cruel! – disse ele a enlaçando pela cintura e colando seus corpos – Por acaso isso foi uma demonstração de ciúmes a lá Hermione?
Hermione deu um sorriso inclinado, o abraçando pelo pescoço e deixando-se conduzir por ele nos lentos passos de dança.
- Não! E lhe aconselho a não tentar presenciar uma reação de ciúmes de minha parte. Poderia não ser muito agradável!
- Assim você me assusta! Mas você não tem motivos pra sentir ciúmes da Lilá nem de ninguém.
- Sei disso!
- Sabe é? – Rony ostentou uma expressão intrigada.
- Sim, sei! – garantiu com simplicidade – Sei que você não ousaria pisar na bola comigo.
- Mérlin, quanta autoconfiança! – Rony parecia admirado – E posso saber o que te faz ter tanta certeza disso?
- O fato de eu poder ver nos seus olhos que você me ama tanto quanto eu a você. – Respondeu Hermione, cravando seus olhos castanhos nos de Ron de uma forma que pareceu deixá-lo momentaneamente perdido - Isso me permite supor que você não suportaria me ver sofrer, assim como eu com relação a você. E se você pisasse na bola, correria o risco de destruir tudo que nós construímos durante todos nossos anos de convivência e que apenas agora podemos desfrutar.
- Uau! – sussurrou Rony impressionado – Só isso? – brincou, mas a tempo de se recuperar do impacto que aquelas palavras causaram nele, e imaginando se as grandes doses de cerveja amanteigada que ela ingerira influenciaram naquelas palavras.
Hermione encostou a bochecha no peito de Rony e o abraçou mais forte, os dois ainda se movimentando lentamente ao som da balada.
- Não! Faltou algo muito importante: o fato de você saber o que poderia perder.
Agora Rony se surpreendeu com o que ouvira. Ainda pensou em dar uma resposta, mas não encontrou nenhuma. Aspirou o cheiro dos cabelos macios e sentiu o calor daquele corpo. Fechou os olhos. Sorriu. “É, eu sei muito bem o que eu poderia perder!”, divagou resignado, estranhando que, mesmo sendo conhecedor do fato que Hermione sabia o poder que tinha sobre ele, isso não o assustava, pelo contrário, o fazia feliz. Beijou os cachos marrons antes de apertá-la mais junto de si e deixar-se levar pelo ritmo lento e inebriante da melodia.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Enquanto a festa rolava solta no salão principal, uma comemoração particular se desenrolava perto do lago negro. O casal que se encontrava ali já estava parcialmente desgrenhado se comparado ao estado com que chegaram ao local. O rapaz, já sem o paletó, com a gravata frouxa, sem meias e sapatos, estava bem à beira do lago, com a água cobrindo seus tornozelos e lhe chegando aos joelhos, não parecendo se importar por estar molhando a calça. A jovem estava sentada sobre o paletó do namorado, arrastando os pés descalços na grama fria e observando o rapaz, que andava de um lado para o outro chutando a água.
- Amor, acho melhor você sair daí! Pode pegar um resfriado. – disse Gina, passando uma mecha de cabelo pra trás da orelha.
Harry se virou de frente pra ela.
- Eu já disse que a água não está tão fria. – replicou, sorrindo, e em seguida e cruzando os braços – Por mim, nós estaríamos tomando um banho aqui!
- E eu já disse que isso seria uma loucura!
- Pois muito me admira lhe ouvir falar isso. Afinal, a Gina Weasley que eu conheço sempre gostou de desafios e nunca fugiria de uma boa travessura.
Gina riu gostosamente da expressão marota que se formou no rosto do namorado. Imaginou que seria muito trabalhoso ter um Harry tão soltinho ao seu lado todo dia. Fez uma nota mental para não deixar que ele bebesse tanto nas próximas festas. Ou não, já que ela estava adorando aquilo.
Levantou-se devagar, e aproximou-se desferindo seu melhor olhar de desafio. Preocupou-se em não permitir que seus pés entrassem em contato com a água.
- Jamais afronte o orgulho que corre no sangue Weasley! – disse de nariz empinado, o que Harry achou uma graça.
- Ora, não seja tão sensível, minha ruiva. Chegue mais perto. Prometo que não vou te morder. – implicou Harry, recebendo um olhar aborrecido que apenas o fez sorrir mais.
Quando Gina sentiu seus pés tocarem a água fria, não conteve uma exclamação. Levantou o vestido o máximo que pôde, receosa em molhá-lo. Harry, que a analisava cuidadosamente, gravava em sua mente cada ruguinha que se formava em seu rosto, cada movimento gracioso que sua namorada fazia. Sentiu seu coração disparar ao contemplar aqueles cabelos sendo levados pelo vento, algumas mechas vermelhas acariciando o rosto angelical, que no momento estava contorcido em caretas de desagrado. Aquilo foi mais forte do que ele, e, sem se conter, a puxou com vontade para mais perto. Talvez a vivaz voracidade do movimento tenha sido a causadora da queda do casal dentro d’água.
Gina tentou frear, mas a força com que foi puxada foi tamanha que fora inútil tanto a resistência que fizera quanto o grito que dera antes de sentir seu corpo submergir na água rasa, colado ao de Harry. Ainda se debateu um pouco até conseguir emergir, com o vestido encharcado, a maquiagem arruinada e os cabelos grudados ao rosto. Com certo esforço ficou de pé, furiosa, olhando de um lado para o outro a procura daquele moreno inconseqüente.
- Harry! Harry seu louco! Olha só o que você fez! – gritava, ouvindo apenas o eco de sua voz e o barulho da água enquanto se movimentava – É melhor você aparecer agora ou eu...
- Você o que?
Gina quase enfarta de susto quando ouviu a voz dele atrás dela e se sentiu abraçada pelas costas. Virou-se na mesma hora, nem mesmo dando vez para o susto e deixando a raiva fluir.
- Olha só o que você fez seu...
- O que eu fiz? – perguntou se fazendo de sonso, começando a beijar o pescoço dela.
- Como assim o que você fez? – Gina odiou-se por perceber que sua voz saiu sem nenhum vestígio de indignação – Eu estou completamente molhada. Meu vestido, meu... cabelo... – ela não deveria estar sussurrando, e sim azarando Harry.
- Você nunca esteve tão linda! – disse olhando para ela e passando a mão no rosto molhado.
- Nah, você bebeu demais. – falou brincalhona.
Gina o abraçou sorrindo e sentiu que ele retribuía seu gesto com entusiasmo. Sentiu seus pés perderem contato com as pedras do lago enquanto seu corpo era erguido pelo abraço. Enquanto beijava Harry, percebia vagamente o nível da água subindo enquanto era levada para uma área mais profunda. Teve certeza que teria sentido muito mais frio se seu corpo não estivesse tão colado ao de seu namorado. Quando a água alcançou a altura da cintura dele, Gina, sem permitir que ele a soltasse, deu um jeito de levantar mais o vestido, e quando viu que era o suficiente, passou as pernas ao redor do corpo dele, aprofundando o beijo.
Harry sabia que as boas doses de álcool em seus organismos os estavam levando a fazerem aquilo. Não que eles não quisessem, pois ainda tinham lucidez o suficiente para parar o que estavam fazendo a qualquer momento, não é? Não, ele não poderia culpar as cervejas amanteigadas. Afinal, desde quando eram necessárias bebidas para que ele perdesse o controle quando Gina estava por perto? Ele tinha consciência dos pedidos inusitados que seu corpo estava lhe fazendo no momento. Sentiu o corpo de Gina estremecer em seus braços, e constatou que ela deveria estar com frio.
Cuidadosamente, começou a sair da água com ela ainda segura a ele, tomando o cuidado de não perder o contato com aqueles lábios. Quando chegaram às margens do lago, ele a deitou sobre seu paletó, escorregando para o lado dela. Enfim cessou o beijo, passando a olhar para o corpo dela, bastante visível pela transparência do tecido molhado, que estava grudado à pele dela.
- Acho que agora nós podemos ficar muito doentes! – disse Gina meio ofegante, passando os dedos pelos cabelos molhados de Harry.
Harry lhe deu um beijo na testa antes de se voltar à pequena bolsa de Gina, que abrigava sua varinha.
- O que você vai fazer? – perguntou a ruiva, o vendo apontar a varinha pra ela.
Mas Harry nem respondeu, apenas mentalizou o feitiço e começou a secar a namorada. Gina sorriu aliviada.
- Como eu não pensei nisso antes?
Depois que os dois já estavam devidamente secos, Gina retirou a gravata de Harry e começou a dobrar as mangas da camisa dele até os cotovelos.
- Acabaram as cervejas outra vez. – disse enquanto terminava de dobrar uma das mangas.
- Você quer mais? – perguntou Harry.
- Acha que seria seguro bebermos mais? Não quero ficar bêbada!
- Não acredito que haja problema, principalmente depois desse banho frio. Todo o efeito do álcool já passou. E cerveja amanteigada não é uma bebida tão forte assim.
- É verdade. – Gina disse enquanto guardava a gravata de Harry na bolsinha – Talvez possamos tomar mais algumas.
- Monstro! – bradou Harry mais uma vez aquela noite, e como das outras vezes, o pequeno elfo não tardou a aparecer com um sonoro “crack”. Mas dessa vez, ele já trazia algo nas mãos.
Durante toda a noite, desde que fugiram do salão principal, Harry e Gina, que saíram com apenas uma garrafa de cerveja amanteigada cada um, tiveram a idéia de solicitar os serviços de Monstro para apanhar as bebidas pra eles, já que este poderia aparatar em qualquer lugar do castelo. O elfo pareceu bastante feliz em servir seu verdadeiro senhor em seu último dia em Hogwarts, mesmo que ainda parecesse bastante reticente com relação a servir Gina.
- Meu senhor, Monstro tomou a liberdade de já trazer o pedido antes que ele fosse feito! – disse a criatura estendendo duas garrafas na direção de Harry – Monstro se castigará se...
- Não Monstro! – adiantou-se Harry, ainda rindo da reação inesperada do elfo – Você acertou! Era exatamente isso que eu ia pedir. – e pegou as garrafas, recebendo uma exagerada reverência, ou tão exagerada quanto o velho elfo conseguiu dar.
- Monstro merece um prêmio por ser tão eficiente! – disse Gina se aproximando e dando um beijinho no rosto do pequeno e enrugado ser.
O elfo teve um tremor involuntário, talvez estivesse tentando lutar contra a contrariedade de ter sido beijado por uma daquelas a quem, por tantos anos, considerara uma traidora do sangue, assim como seus antigos donos. Gina percebeu, mas não deu importância.
- Se precisarem, Monstro estará à disposição para servir! – e dando outra reverência, o elfo desapareceu.
Harry abriu uma garrafa e entregou a Gina, que tentava dar um jeito nos cabelos que, por mais que estivessem bonitos, já não estavam tão arrumados quanto há alguns minutos.
- Não seria melhor se voltarmos pra festa? Não avisamos ninguém pra onde iríamos, e acho que já demoramos demais. – Harry sugeriu enquanto calçava os sapatos.
- Você tem razão! Molly Weasley já deve estar tendo um acesso com o sumiço de seus dois filhotes. – gracejou a ruiva, sentando nas pernas do namorado.
O clima de cumplicidade que o casal estava vivenciando fazia-os acreditar que já fossem muito mais velhos e experientes do que realmente eram e que o relacionamento deles já durava anos. Porém os beijos se faziam cada dia melhores, como se cada um representasse um avanço, uma nova descoberta.
Gina espalmou as mãos sobre o peito de Harry e o afastou carinhosamente.
- O que foi meu amor? – perguntou Harry.
- Você ouviu isso? – Gina olhava para algum ponto mais à frente, forçando a vista para ver se captava alguma imagem em meio à escuridão.
- Eu não ouvi nada.
- É, deve ter sido minha imaginação. – falou não muito certa, mas logo sorriu e se voltou à Harry – Onde estávamos mesmo? Ah, acho que sei... – disse antes de pressionar seus lábios contra os dele.
Um farfalhar de folhas um pouco adiante fez o casal se separar novamente. Olharam-se receosos.
- Agora eu ouvi! – disse Harry, e Gina pôs o dedo indicador sobre os lábios, solicitando silêncio.
Lentamente, Gina pôs a mão em sua bolsinha e retirou as varinhas dali. O coração começando a aumentar a velocidade dos batimentos.
- Vem de perto da floresta, Harry! – sussurrou preocupada – Acho que tem alguém chorando.
- Calma Gi, pode ser só algum animal. – disse Harry no mesmo tom.
- E agora, voltamos pro castelo? E se for alguém precisando de ajuda?
Harry ficou de pé e ajudou Gina a fazer o mesmo. Olhou para os lados e tornou a segurar a mão dela quando a viu erguer a varinha.
- Não! É melhor não acender a varinha! Se for realmente alguém, não sabe que estamos aqui. E não acho uma boa idéia informá-lo da nossa presença, já que não sabemos quem é! Vamos nos aproximar devagar, se percebermos algo estranho chamamos ajuda, ok?
Gina apenas afirmou com a cabeça. Segurou a mão dele e já ia puxá-lo quando sentiu Harry impedi-la.
- Gi, antes quero que você me prometa que, se for algo perigoso, você ira correr pra buscar ajuda!
Gina captou nos olhos dele um brilho muito parecido ao que tinha no dia do enterro de Dumbledore. Teve um calafrio desconfortável.
- Você está brincando, não é? – perguntou já irritada – Me diga que isso é brincadeira ou eu...
- Tudo bem, não custava tentar não é?
- Não, não custava! Mas lhe aconselho a não perder mais o seu tempo! – retrucou orgulhosa, se virando e puxando-o com mais força que o comum.
Harry sacudiu a cabeça, conformado.
- Sua ruiva geniosa, teimosa e incontrolável! – balbuciou contrariado mas atento, olhando para os lados.
Gina até riria se não estivesse tão preocupada.
--------------------------------------------------------------------------------------------
- Eu já disse que é melhor não sabermos onde eles estão! – bufou Ron, com os braços cruzados.
- Não insinue bobagens Rony! – ralhou a Sra. Weasley – Eles já deveriam ter voltado... – disse parecendo aflita – Os Granger, Merina e Andrômeda foram embora e nem se despediram deles. Como puderam sair assim sem avisar nada? Onde será que eles se meteram?
- Eu já dei minha opinião. – resmungou Rony.
- Ronald Weasley! – repreendeu Molly.
- Mamãe, por incrível que pareça, eu compartilho da mesma opinião do Roniquinho! – disse Jorge parecendo sério.
- Não meta o nariz onde não é chamado, Jorge! – disse Angelina.
- Ora vamos! Deixem os dois... Eles devem estar dando um passeio pelos jardins, namorando um pouco. Qual o problema com isso? É a formatura deles, deixem que curtam a festa! – contemporizou o Sr. Weasley.
- Mas Arthur...
- Molly querida, você lembra da nossa festa? Tenho certeza que se os arbustos falassem, nós estaríamos perdidos!
A Sra. Weasley corou até a raiz dos cabelos, mas pareceu sorrir um pouco com a lembrança do marido.
- Papai, nos poupe de ouvir esses pormenores! – Percy fez cara de nojo.
- Sra. Weasley, se eles demorarem mais um pouco nós vamos atrás deles. – garantiu Hermione, que também parecia preocupada.
- Viu só? Agora é melhor aproveitarmos o pouco da festa que nos resta! – disse Gui abraçado a esposa, e assim como seu pai, achava que não havia motivos para preocupações.
Molly pareceu ceder ao pedido e começou a recordar com o marido seus saudosos tempos de escola.
O salão já estava bastante vazio, se comparado há algumas horas. Os alunos e convidados remanescentes, porém, pareciam pouco interessados em encerrar a festa. Uma boa parte dos ainda presentes estava sentada às mesas, travando conversas animadas, e algumas aparentemente engraçadas, devido às altas e estridentes gargalhadas. Os mais incansáveis permaneciam dançando animadamente na pista com passos de dança escabrosos e hilários, alguns já bem mais à vontade, sem as gravatas ou os sapatos.
- Ron, olha aquilo ali. – Hermione apontou para um local próximo ao palco onde uma banda bruxa tinha se apresentado.
Rony olhou pra lá, e quase não acreditou no que via. Luna estava ali, conversando com Dino. Na verdade, conversando não é o melhor jeito de descrever o que estava acontecendo. Estava gritando com ele com uma expressão tão ameaçadora que lembrava Hermione em um de seus dias mais assustadores. Já Dino parecia cabisbaixo e sem reação, apenas ouvindo tudo que ela dizia.
- Caramba, quem diria que um dia eu veria a Luna fazer isso! – comentou Ron abismado – O que será que aconteceu?
Hermione não respondeu. Também adoraria saber o que havia acontecido, já que os dois eram muito amigos. Mas sua mente, sempre um passo à frente, já formava algumas teorias válidas. Permaneceu observando a cena, e viu quando Luna se aproximou do rapaz, parecendo mais calma e sentou ao lado dele, falando algo impossível de saber o que era. Sorriu quando viu Dino abraçá-la.
- Acho que já fizeram as pazes! – falou feliz.
- Oi! – Neville chegou acompanhado de Ana Abott.
- Oi gente! – cumprimentou Ana um pouco encabulada.
- Oi! Pensei que já tivessem ido. Há muito tempo não via vocês por aqui!– disse Rony, deixando os amigos corados.
- Nós estávamos dando uma volta pelo castelo! – disse Anna com as bochechas rubras – Sabe como é, né? Fomos nos despedir de Hogwarts.
- Hum, sei como é! – Rony deu um sorriso inclinado, o que deixou Neville e Anna ainda mais desconcertados.
- Eu também queria dar uma volta pelo castelo. – disse Hermione inocentemente.
- Verdade? E por que não me disse? – Ron lançou um olhar sugestivo à morena.
- Exatamente por isso eu estava procurando Harry e Gina. – Hermione continuou como se Rony não tivesse dito nada, apenas lançando um olhar fulminante em sua direção – Queria que fôssemos juntos. Mas pelo visto, eles encontraram um passatempo um pouco mais interessante. – completou venenosa, parecendo satisfeitíssima de ter apagado o sorriso debochado de Rony – Aliás, vocês não os viram pelos jardins?
- Não, mas se você quiser podemos ajudar a procurá-los. – respondeu Neville.
- Não sei se quero encontrá-los! – disse Ron repentinamente emburrado.
- Por quê? – perguntou Anna curiosa.
- Por que o Rony é um idiota! – antecipou-se Hermione – E seria bom ter ajuda, pois o castelo é enorme e eles poderiam estar em qualquer lugar.
- Poderíamos pedir ajuda à Luna e ao Dino também. – sugeriu Anna.
Hermione pareceu pensar um pouco, antes de concordar.
- Ok! Mas antes, acho melhor avisarmos seus pais, Ron!
Rony apenas deu de ombros.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quando perceberam o barulho e uma movimentação mais próximos, notaram que seja lá o que fosse, estava escondido atrás de uma grande sebe próxima à casa de Hagrid. Caminharam cautelosamente.
Gina puxava Harry pela mão, fazendo sinal para que ele não fizesse barulho. Aproximaram-se lentamente do local de onde vinham aqueles ruídos. Agora ela não tinha dúvidas, realmente alguém estava chorando. Quando se aproximaram do arbusto, pararam para ouvir melhor e pelo timbre de voz, perceberam que era uma garota que estava ali. Gina contornou a sebe rapidamente e acendeu sua varinha, tendo um leve choque ao perceber quem estava ali, e que ela não estava sozinha.
- Você? – perguntou, fitando os olhos inchados da garota.
Harry, que logo se aproximou também com a varinha acesa, iluminou incrédulo um ponto logo ao lado da jovem.
- Você? – exclamou surpreso.
- Eu sabia que isso não ia dar certo! – disse um rapaz jovem – Era o que faltava, encontrar justamente com o santo Potter.
- Malfoy? O que você ta fazendo aqui? – Gina desviou o olhar para o loiro, que parecia incomodado. Assim como Harry, a ruiva apontava a varinha na direção do peito dele.
- Acho que a festa também é minha! – respondeu Draco com arrogância, em sua tradicional voz arrastada.
- E minha ingenuidade me fez acreditar que você não teria o topete de dar as caras por aqui! - disse Harry fitando o loiro atentamente. Ele parecia estranho.
- O que você fez com ela? – Gina fez sinal em direção à moça loira que reconhecera como a mesma que tivera aquela conversa sem sentido no corujal – Solte-a agora! – ordenou, vendo que ele a prendia com os braços.
- Abaixa essa varinha Weasley! – disse Draco irritado, soltando a jovem, que olhou para ele magoada – Eu te disse Astória, eu não deveria ter vindo!
- Não seria justo! – bradou a garota, algumas lágrimas rolando por seu rosto – Você merecia essa festa como qualquer um aqui! Você deveria ter entrado e...
- Será que é tão difícil você entender que ninguém me quer por perto? Que as pessoas me odeiam? Quantas vezes vou ter que repetir isso pra você? – Draco olhava duramente para o rosto dela, parecendo não sentir piedade das lágrimas que o banhavam.
Harry e Gina, meros espectadores do estranho e inusitado diálogo, agora pareciam estátuas coladas ao chão, completamente confusos.
- As pessoas precisam perceber que você está arrependido dos seus erros Draco! Mas pra isso você deveria deixar de ser covarde e enfrentar a situação! - insistiu a loira, agora parecendo mais firme.
Draco, por incrível que pareça, não respondeu, apenas a encarava, aparentemente sem saber o que dizer.
- Que história é essa? – Gina olhou confusa para a loira – Você se chama Astória? Você é amiga do Malfoy?
- Não se meta nisso Weasley! Não é da sua conta! – disse Draco de maneira grosseira.
- Cala a boca Malfoy! Não fala assim com a Gina! – Harry se aproximou do loiro perigosamente, a varinha começando a tremer em suas mãos.
- É melhor baixar essa varinha, Potter! Eu não estou brincando! – os olhos de Draco faiscaram, mas Harry nem se moveu.
- Nem o Harry e nem eu vamos baixar varinha alguma sua doninha imprestável! Você nem mesmo deveria estar aqui! – Gina disse entredentes com um olhar ameaçador.
- Weasley, por favor! Baixe a varinha. Draco só veio aqui por que eu insisti. – Astória entrou na frente de Gina – Não queremos arrumar confusão.
Gina pareceu ponderar sobre o pedido, e lentamente baixou a varinha, coisa que Harry já havia feito.
Draco virou de costas, parecendo nervoso.
- Você não deve satisfação a ninguém! Mas a Weasley está certa, eu não deveria ter vindo! – Draco começou a caminhar em direção aos portões da escola.
Gina trocou um olhar impressionado com Harry, e só então as peças começaram a se encaixar em sua cabeça. Agora ela pôde compreender as palavras da loira aquele dia no corujal. "Eu fui até a enfermaria aquele dia para saber como o Harry estava. E acredite que eu realmente torci para ele ficar bem. O seu namorado é uma boa pessoa. Obrigada, por tudo!". Essas palavras vieram à mente da ruiva. Gina sentiu uma profunda simpatia pela garota, que já sabia se chamar Astória.
- Você parece muito legal pra estar se envolvendo com o Malfoy. – disse a ruiva, olhando para o rosto aflito da garota, que fitava Malfoy se afastando.
- Ele não é má pessoa, Weasley! Acredite! Só precisa de tempo pra mostrar isso! Precisa que vocês dêem a ele uma segunda chance! E eu sei que vocês podem fazer isso, e sei que ele merece! – disse Astória com um olhar triste.
Gina teve vontade de abraçá-la, afinal, sabia o que era sofrer pela pessoa amada. Mas não fez isso por puro receio, limitou-se a dar um leve toque nos ombros dela.
- Malfoy! – incrivelmente, aquela era a voz de Harry.
Draco parou de caminhar, mas não se virou.
- Se você vai despejar mais insultos, fique sabendo que eu não estou com paciência para...
- Cala a boca Draco! – disse Harry exasperado, caminhando pra mais perto.
Draco se virou com uma expressão estranha, quase incrédula, talvez de raiva por Harry novamente lhe mandar calar a boca, ou surpresa por ele ter lhe chamado pelo primeiro nome. Quem sabe as duas coisas.
- Não pense que eu vou lhe agradecer por causa daquele julgamento Potter! – disse rancoroso, se aproximando de Harry – E nem espere nada em troca!
- Eu jamais esperaria isso de você! Imaginação tem limite Malfoy! Eu apenas fiz o que achei certo. E você não precisa ter vergonha de admitir que está envergonhado e arrependido das coisas que fez. – Respondeu Harry. Como o garoto percebeu que Draco ia revidar, alteou ainda mais a voz – Aliás, se você realmente deseja começar a viver de maneira digna, acho que esse seria um bom começo.
- Pra você é muito fácil dizer isso! – Draco disse com amargura – Aposto como deve ser muito confortável ser o herói do mundo mágico!
- É isso que você acha? Eu não te devo explicações, mas faço questão de que você saiba que eu trocaria tudo isso por uma vida normal. Eu acho que você está reclamando demais pra uma pessoa que tem tudo que precisa.
- Você não sabe o que está dizendo!
- Eu sei sim, Malfoy! Não estou falando de dinheiro, pois isso você tem de sobra, mas falo da sua vida. Sua mãe jogou a lealdade dela para com Voldemort pela janela apenas pra poder te encontrar no meio daquela guerra. Seu pai passou por cima do orgulho pra poder ter a família livre. Você tem pessoas que se importam com você. – disse apontando para Astória, que estava com Gina um pouco mais afastada deles, apenas acompanhando atentamente a “conversa” dos dois – Eu sei que você deve me odiar por ter livrado a sua pele de Azkaban, deve me odiar por eu ainda estar vivo e mais ainda por eu estar dizendo tudo isso, mas quero que saiba que eu também não gosto de você. Não gosto de você de nenhum fio de cabelo loiro de ninguém da sua família. Eu só fiz tudo que fiz, por que achei que vocês mereciam pagar pelos seus erros aqui, em meio à sociedade que quase destruíram. Eu realmente percebi que vocês, mesmo que implicitamente, possuíam algo que valesse a pena.
Draco sentia o queixo tremer de contrariedade, e teve de se segurar pra não partir pra cima de Harry. Já ia se virar pra ir embora quando aquela voz odiosa tornou a falar.
- Você deveria ficar! Você e sua namorada têm razão. A festa também é sua!
- Não ouse me mandar o que fazer Potter! – grasnou Malfoy.
- Não foi uma ordem, Malfoy. Foi um conselho!
E, antes que Draco respondesse, Harry lhe deu as costas e começou a caminhar de encontro às duas garotas.
Gina sorria de orelha a orelha, enquanto Astória parecia muito impressionada.
- Você tem muita sorte Weasley! – disse a loira humildemente.
- Eu sei! – Gina deu um sorriso cheio de orgulho do namorado, antes de se virar de frente para a loira – Boa sorte pra você também.
Astória apenas acenou com a cabeça, pois Harry as havia alcançado.
- Acho melhor entrarmos. – disse para Gina, que concordou.
- Ahn... Tchau! – disse Harry para a loira, que sorriu timidamente.
Harry e Gina deram as mãos e se afastaram em silêncio. Astória permaneceu onde estava, observando um Draco estático, de cabeça baixa. Ela tinha de admitir que devia ter sido muito difícil pra ele ter ouvido tudo aquilo da boca de Harry Potter em pessoa. “Um mal necessário!”, pensou antes de se aproximar dele cautelosamente. Tocou-lhe os cabelos carinhosamente. Ele levantou o rosto, e o olhar triste dele quase a destroçou.
- Eu odeio o Potter! Eu juro que odeio!
- Eu sei... – disse ela docemente, o abraçando e finalmente sorrindo – Eu sei.
--------------------------------------------------
Gina pulou em cima de Harry, enchendo seu rosto de beijos. Harry se assustou, mas começou a rir do jeitinho espalhafatoso da ruiva.
- Ei, o que houve? – perguntou rindo.
- Eu tenho muito orgulho de você seu grande bobão! – disse sem parar de desferir beijinhos nele.
- Ok, acho que foi um elogio!
Quando Gina se deu por satisfeita, o soltou e permitiu que retomassem a caminhada até o castelo. Iam em silêncio, quando algo começou a intriga-la.
- Você lembra o dia em que fomos despachar o presente do Didinho no corujal? – perguntou.
- É, eu percebi que era Astória a garota que conversou com você aquele dia. – confessou Harry.
- Pois é! Aquele dia eu não entendi muito bem o que ela havia dito, mas hoje eu compreendi tudo.
- E o que ela falou? – Harry pareceu curioso.
- Ela agradeceu! Por tudo. Disse que você era uma boa pessoa. Acho que ela se referia ao julgamento dos Malfoy, e o fato de você os ter ajudado a serem inocentados, mesmo depois de tudo que haviam feito. – Gina olhou para Harry.
- O que eu disse pro Malfoy era verdade. Eu não gosto deles, e mesmo minutos antes de depor, me peguei buscando razões para mudar de idéia e acusá-los, para fazê-los pagar por seus crimes reclusos em Azkaban. Mas não reuni motivos suficientes pra isso, talvez por que soubesse que algo ali ainda poderia ser salvo. Draco tem a minha idade, Gi! Ele nunca prestou, mas quero acreditar que ele realmente esteja arrependido de tudo que fez!
Gina acariciou a mão dele com o polegar. Harry era realmente uma pessoa maravilhosa, e ela uma sortuda.
- Eu apenas sinto que Astória tenha de passar por tudo isso ao lado dele. Ela me parece uma boa pessoa, mesmo sendo uma sonserina. Mas ela parece gostar mesmo dele. – comentou a ruiva, parecendo pensativa.
- Eu acho que ela foi a melhor coisa que aconteceu pra ele no momento. – Harry disse com simplicidade.
- Por quê? – Gina franziu o cenho – Essas frases geralmente são da Hermione.
Harry riu.
- Na verdade eu acho que ele gosta dela também. Você viu como ela o deixou sem palavras? Quem imaginaria ver Draco Malfoy encurralado?
- É verdade! Foi muito estranho! Acho que isso é sinal que ele a respeita pelo menos.
Harry sorriu.
- Se ele gostar dela, está salvo! – decretou.
Gina parou de andar, soltou a mão de Harry e segurou na cintura.
- Como assim? – ela pareceu desconfiada.
Harry se aproximou da ruiva.
- Quando estamos apaixonados, conseguimos superar as dificuldades. – Explicou Harry. Mas vendo a expressão intrigada de Gina, achou melhor explicar - Eu acho que nunca te disse isso, mas lembra quando eu contei sobre o dia da batalha aqui em Hogwarts, quando eu descobri que precisava morrer?
Gina apenas confirmou com a cabeça, seu semblante ficando carregado. Falar sobre aquilo lhe causava um grande aperto no peito.
- Quando eu estava caminhando até a floresta em busca de Voldemort, te vi socorrendo uma garotinha. Sabe, eu tive vontade de correr até você, de te abraçar, eu estava com muito medo, quase apavorado, e eu sabia que só o que poderia me acalmar seria estar nos seus braços. – Harry falava tudo isso muito sério – Mas eu sabia que se fosse até você, não teria mais coragem de me entregar. Porém, imaginar que fazer aquilo significaria proteger você, foi o que me impulsionou a lhe virar as costas e seguir meu caminho. Eu acho que, mesmo sem saber, meu sentimento por você foi uma das minhas maiores forças pra vencer essa guerra!
Gina sentiu o gosto da lágrima salgada quando esta lhe chegou à boca. Seu peito prestes a explodir. Ver Harry abrindo seu coração pra ela sem nenhum receio a fez sentir-se especial. Era como se ele tivesse dizendo que a amava pela primeira vez, mas de uma maneira mais sublime.
- Eu sempre te amei, Gi!
- Ah, Harry!
Gina o abraçou carinhosamente, acariciando a nuca dele. Ia beija-lo, mas algo a impediu.
- Hum-hum.
Os dois se afastaram como se tivessem levado um choque.
- Rony! Dino! O que vocês estão fazendo aqui? – Gina tornou a segurar na cintura.
- Procurando por vocês, é claro! Vocês fizeram o favor de sumir sem dar notícias! Por onde andaram? – perguntou Rony notando a aparência dos dois, já bastante desarrumados.
- Não é da sua conta! – Gina segurou na mão de Harry – Mas se você faz questão de saber, fizemos várias coisas interessantes, como namorar, nos beijar, tomar banho no lago, apontar a varinha para o Malfoy...
- Malfoy? – Ron tomou um susto – O Malfoy esteve aqui?
- Oh, sim! Mas é uma longa história que não estamos dispostos a compartilhar agora! – disse Gina com descaso.
- Nós estávamos a caminho do salão. – Harry tentou mudar de assunto.
- Tarde demais! Não tem mais quase ninguém lá! A festa está no fim. – informou Dino Thomas.
- Sério? Mas eu preciso me despedir da Merina e...
- Todos já foram, Harry! Inclusive, mamãe me pediu pra dar um bom puxão na orelha de vocês dois. – disse Rony, parecendo relativamente mais calmo – Não vale a pena voltar pro castelo.
- Vocês já querem ir pro dormitório? – quis saber Dino – Por que eu estou sem o mínimo sono.
- Eu também não! – disse Harry, no que Gina concordou.
- E como eu também não estou, acho que poderíamos ficar por aqui, batendo um papo. – opinou Ron.
- Que tal irmos para o lago? Posso pedir para o Monstro levar cerveja amanteigada para nós!
- Brilhante Harry! – Ron se animou – Só preciso avisar Hermione.
- Nós pedimos para Monstro avisá-la! – Gina tentou ser pratica.
- Acontece que Luna, Neville e Anna também estão atrás de vocês pelo castelo. – disse Rony.
- Por Mérlin! O corpo de aurores também já está atrás de nós? – ironizou a ruiva, bastante irritada – Vocês por acaso pensaram na possibilidade de que Harry e eu talvez não quiséssemos ser encontrados?
- Pro seu governo, eu era o único que não queria vir atrás de vocês, ok? – replicou o ruivo.
- Muito bem, acho melhor irmos logo! – interrompeu Harry, deixando explícito seu total desinteresse em ver o desfecho daquela discussão entre irmãos.
- Apoiado! – vociferou Dino, parecendo compartilhar da mesma opinião de Harry, o que deixou dois ruivos emburrados.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Um pequeno grupo de oito alunos conversava animadamente às margens do lago negro, sentados lado a lado. Todos pareciam muito animados enquanto tomavam suas cervejas amanteigadas e relembravam as histórias que presenciaram e vivenciaram durante vários anos de convivência ali, naquele castelo.
- Ah, eu não concordo Dino! – disse Gina – Eu também achei terríveis aqueles dementadores fazendo guarda no castelo, mas pra mim não teve nada pior do que a chegada da Umbridge aqui em Hogwarts. Aquela sapa roliça quase me fez ter vontade de fazer igual aos meus irmãos e abandonar a escola!
Todos pareceram concordar com a ruiva, inclusive Dino.
- Bom, então vamos pra outra! – Ron bateu com o dedo no queixo, pensando – Ah, qual vocês acham que foi a maior perda de Hogwarts?
Todos se entreolharam, antes de responderem “Dumbledore”, quase unanimemente e ao mesmo tempo. A única exceção foi Luna, que soltou um sonoro “Dobby”, atraindo o olhar de todos ali.
- Bom, eu também achava Dumbledore o máximo, mas... – a loira catou uma pedra no chão e a atirou no lago, deu um suspiro, e tornou a encarar os amigos – mas Dobby salvou minha vida!
Ninguém disse nada.
- Parece um pouco triste relembrar certas coisas, infelizmente nossa geração viveu momentos muito difíceis. Mas isso não quer dizer que não tenhamos passado por coisas boas. – contemporizou Anna Abott, tentando soar animadora.
- É verdade! As taças de quadribol, por exemplo! Durante nossa estadia aqui em Hogwarts, não perdemos nenhuma. – disse Dino empolgado.
- Graças à chegada do apanhador mais novo do último século! – gracejou Gina, fazendo Harry corar.
- E você Neville? Qual o melhor momento que você passou aqui? – Hermione encerrou o assunto quadribol.
- Bom, na verdade uma das coisas que mais me deixou feliz aqui, aconteceu quando eu não estava aqui! – respondeu Neville.
- Como assim? – perguntou Harry.
- Acontece que eu jamais vou me esquecer no meu “O” nos NOM’s de Herbologia. E eu estava em casa quando recebi a notícia.
- Isso sim é uma boa lembrança! – concordou Hermione – E você Luna?
- Ah, pra mim, o mais incrível de tudo foi a nossa batalha no ministério no meu quarto ano. – disse com seus olhos esbugalhados, parecendo saudosa.
- Essa é a melhor lembrança que você tem? – quis saber Ron, incrédulo.
- É sim! - confirmou sorridente, mas logo ficou mais séria e olhou para Harry – Eu sei que você perdeu seu padrinho ali Harry, e que isso não foi nada legal, e sei também que nos machucamos e que poderíamos ter morrido. Mas foi a partir dali que eu ganhei amigos. Amigos de verdade, sabem? – completou, exibindo seu tradicional sorriso sonhador.
- Você e sua sinceridade inoportuna. – mencionou Ron, mas sorria para a loira, assim como todos os outros, inclusive Anna.
- Eu vou sentir falta das nossas confusões. – revelou Harry, fitando a superfície escura do lago.
- Eu também. Não sei como será viver sem toda aquela agitação. – disse Ron.
- Pois eu duvido que deixaremos de ter uma vida agitada. – argumentou Hermione sorrindo divertida – Eu não sei o que é tranqüilidade desde conheci vocês!
Todos riram.
- É difícil aceitar que está acabando, não acham? – Comentou Luna sorrindo melancólica.
- É, é difícil ter de dar adeus a isso aqui. – disse Dino, entrelaçando timidamente seus dedos aos de Luna, que o fitou de maneira enigmática.
- Mas nós não vamos deixar de nos falar, não é? – perguntou Neville, abraçando Anna.
- Mas é claro que não! – bradou Gina, se aconchegando nos braços de Harry – Eu mando um berrador pra quem não me escrever toda semana!
- Eu não vejo bem tudo isso com um final, mas como o início de algo novo.
Ao fim das palavras de Hermione, todos ficaram em silêncio, apenas admirando o horizonte, de onde o sol começava a colorir o céu. Todos deram as mãos, e aguardaram o sol iluminar completamente os terrenos do grande castelo.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
- Qual é? Isso não é hora para brincadeiras Gina! – disse Ron, tirando um grande pedaço de sua torrada.
- Se não acredita pergunte pra mamãe, que ficou o tempo todo do meu lado. – disse a ruiva sem se alterar, tomando um gole de seu suco.
- É verdade Ron! Eu mesmo já li o contrato! – falou Harry.
Ron olhou de Harry para Gina, a boca semi-aberta de espanto.
- Muito bem! Gina, você é a garota mais sortuda da face da terra! Vai ganhar uma fortuna jogando naquele time, mesmo sem nem ao menos ser titular.
- Eu também me surpreendi, mas a Srta. Applegate me disse que eu era muito talentosa e que não queria correr o risco de me perder para outro time. E você não sabe se eu não serei titular, afinal, só começarei a treinar na semana que vem. Aliás, e os testes para auror?
- Começarão daqui a duas semanas, quando já teremos os resultados dos nossos NIEM’s. – explicou Harry – Kingsley disse que os resultados serão importantes, mesmo que tenhamos nossa vaga garantida!
- Hermione me escreveu, dizendo que seu estágio já começará nesta segunda. Eu já estou até vendo... ela deve estar em polvorosa, devorando livros... – Ron disse de maneira afetuosa.
Os três conversavam na cozinha d’A Toca enquanto tomavam o desjejum. Já havia mais de uma semana que retornaram de Hogwarts, onde as despedidas foram bastante emocionadas, principalmente a de Hagrid, que derramava lágrimas proporcionais ao seu tamanho, mais do que nunca se assemelhando a um bebê anormalmente crescido e com barba.
Desde que chegaram se reuniam todos os dias para dialogar sobre seus futuros ofícios. Hermione tinha ido para a casa dos pais, mas aparecia de vez em quando para visitá-los, o que animava bastante tanto a Sra. Weasley quanto Ron. O ruivo por sinal, do quarteto, era o único que já estava na ativa. Ia todos os dias para a Gemialidades Weasley e só retornava no fim do dia. Harry o acompanhava sempre que não ficava estudando ou quando Gina o permitia, já que os dois queriam curtir o máximo de tempo juntos, visto que teriam muito pouco tempo quando começassem com seus afazeres.
- Harry, você já conversou com a mamãe sobre aquela história de se mudar? – perguntou Ron distraído com seu prato de ovos, e justamente por isso não notou o olhar aborrecido que recebeu do amigo.
Gina ergueu a cabeça na mesma hora e olhou para o irmão.
- Como é que é? – agora olhou para Harry – Que história é essa?
- Muito obrigado pela discrição Ron! – Harry disse furioso.
- Eu não sabia que você ainda não tinha falado com a Gina! – disse Ron na defensiva – Não tenho culpa se você não conversa com a sua namorada!
- Ron, me faz o favor de calar essa boca?! – Harry teve ganas de esganar aquele ruivo.
- Muito bem, não está mais aqui quem falou! – Ron se levantou sorridente – Estou na minha hora, então até mais! – e se retirou da cozinha, indo para os jardins, de onde provavelmente aparataria.
- Tenho certeza que essa animação toda é por que irá se encontrar com a Mione no Beco Diagonal. – Gina sorria, o que aliviou bastante Harry.
- É, mas o fato dele estar com o bolso cheio de galeões também tem ajudado a sustentar todo esse bom humor.
Gina concordou. Tomou mais um gole de seu suco, olhou para Harry e depositou o copo sobre a mesa.
- Então, meu amor, podemos conversar agora?
Harry suspirou e afirmou.
- Vamos lá pra cima?
Quando entraram no quarto de Gina, Harry sentou na cama e apenas quando Gina sentou em frente a ele, é que começou a falar.
- Eu estive pensando desde que voltamos pra cá e comentei com Ron ontem. Pretendo comprar uma casa ou um apartamento pequeno pra eu morar.
- E por que essa decisão tão repentina? – perguntou Gina interessada em compreendê-lo.
- Não é repentina. Vinha pensando nisso há algum tempo, mas como estávamos estudando e praticamente morávamos em Hogwarts, não fazia muito sentido ter urgência em me mudar. Mas agora, acho que preciso fazer isso, sabe?
- Sim, sei!
- Sabe mesmo? – Harry pareceu surpreso.
- Harry, eu sei que você adora essa casa e que ama todos dessa família. Sei também que agora, você deseja crescer, e pra isso, a melhor saída é buscar uma independência. Se essa é sua decisão, eu apoio completamente.
- Você não existe Gina! – Harry a puxou pra um abraço apertado.
- Não tenha receio em conversar com meus pais. Sei que eles irão sentir a notícia, mas saberão entender, e, assim como eu, te apoiarão.
- Eu sei que sim!
- Eu posso dar uma sugestão?
- Fique a vontade. – Harry tornou a olhar pra ela.
- Não tenha pressa em sair! Você sabe que quando for embora, nos veremos menos ainda, já que virei pra cá quando tiver folga. – Gina fez um biquinho que Harry achou encantador – É tão estranho conversar sobre essas coisas... Parece que foi ontem que te vi naquela plataforma, assustado, pedindo informações sobre como chegar ao trem que o levaria para sua mais nova vida. E hoje estamos aqui, abraçados, dialogando sobre um futuro que pode decidir nossas vidas. É tão inovador quanto assustador.
- É, mas nós estaremos sempre juntos, nos apoiando. – Harry a abraçou novamente – E não se preocupe, eu não tenho tanta pressa em deixar a deliciosa comida da sua mãe.
Gina sorriu.
- Hum, mas pense no lado positivo de você morar sozinho... – a ruiva deu um sorriso malicioso – Bruxos aparatam, e eu, sem querer posso errar o caminho de casa de vez em quando, sabe?
Agora foi a vez de Harry sorrir.
- Não me faça sair agora pra procurar apartamentos, ruiva! – brincou antes de beijá-la.
---------------------****************____________
N/B: Oi Genteeeee!! Tudo bom? Sou a Isabella, nova beta dessa fic! Estou adorando a perspectiva de poder ler os capítulos novos antes de todo mundo!! Hahahaa!! O que vocês acharam do cap? Tomara que tenham gostado tanto quanto eu! Olha, se tiver alguma coisa aí que foi erro meu pode puxar a orelha com força, ta? Tchausss!
----------------------------------------------
Agora, N/A: Olá! *autora animadíssima*
Pois é péssoal, agora nós temos uma BETA! Não é legal? Eu estou empolgadíssima e espero que voces gostem dela tanto quanto eu. Olha, preciso dizer que acima de tudo estou orgulhosíssima dela, que fez um trabalho excelente! Exatamente pelo fato de ela ler tudo com meticuloso cuidado, é que eu a convidei pra dividir resposabilidades comigo. Ela me chamava atenção até de uma letrinha a mais que eu colocava no lugar errado! Ela merece o cargo que ocupa!
Agora, voces podem perturbar a vida dela tbm, viu?! Ah, bom saber que agora não serei só eu a receber ameaças. *sorriso feliz e debochado*
Seja muito bem vinda, viu Isabella!
* Agora o capítulo: Bom, primeiro gostaria de fazer algumas considerações:
1) Espero que todos saibam que quando Gina fala Didinho, ela se refere ao fofíssimo, lindissimo e cheirosíssimo Teddy Lupin. Ah sim, ela deu esse apelido pra ele. Tadinho...
2) Astória: Oh, sim, esse é o nome dela! Mas foi por vontade da JK, viram. Não fui eu quem fiz essa maldade com a garota. Mas convenhamos... Pra uma garota que se chama Astória, é da Sonserina e namora Draco Malfoy, até que ela é bem simpática, não?*ergue uma sobrancelha*
3) Cerveja amanteigada: Minha amada Beta me questionou se eu não estava exagerando nos efeitos da cerveja amanteigada... Bom, pode até ser, mas nenhum dos garotos ficaram bêbados, apenas alegrinhos e levemente tontos. Mas nada mais que isso, o que os fizesse perder as estribeiras. A bebida pode ser levinha, mas não deixa de ser cerveja, né?
4) Já sobre a resposta aos coments... Infelizmente, como eu já havia dito, não tive tempo de responder aos comentários de voces nesse capítulo. Como eu já disse, me mudei, to em trabalho novo, cidade nova, casa nova, tudo novo! Então tá difícil arrumar tempo. Mas tentarei fazer um esforço pra que no próximo, eu responda, ta? Eu adoro isso e também acho muito importante manter esse contato com voces!
Bom, acho que é isso! Gostaria apenas de pedir que voces não deixassem de comentar, ok? Comentem muuuuito! E ve se agora sossegam com aquela história de QUEREMOS CAPÍTULO! hAUHAUHA... Achei a maior graça!
Até a próxima galera! UM beujão no coração!
FUI!
CRACK!
Comentários (2)
Ah, eu tbm sou apaixonada por eles... Obrigada por escolher a CTQS! Beijão.
2011-06-04oiesou leitora nova aqui na FeBe to amando a sua fic eu sou apaixonada por h\gbeijinhos
2011-04-04