Capítulo 2: Uma chagada muito

Após o almoço, e durante a tarde foram períodos entediastes para Rony. Ele queria que Hermione estivesse lá. Queria falar com ela, saber se ela estava feliz ou triste, queria ver o sorriso dela, que o deixava sem ação. A maioria dos habitantes e visitantes da Toca percebeu o desanimo de Rony, mas não sabiam o porquê, dele. Fred e Jorge contaram a todos que Rony estava com aquela cara horrível porque ela era a única que ele tinha (todos riram nessa hora, menos Rony, porque ele estava andando no jardim da Toca), e porque ele estava com saudades da Mione. A mais surpresa (ou melhor, a única surpresa com esta notícia) foi Molly. Todos tentaram animar Rony, (até Fred e Jorge), mas ele continuava com a mesma cara. O jantar foi servido, todos se fartaram com a comida de Molly, que é sem dúvida um das melhores do mundo mágico. Todos menos Rony, é claro. Molly estranhou aquilo; Rony era quem sempre comera mais da família.

-Roninho, meu filho, não gostou da comida?-perguntou ela a Rony que naquele momento brincava com um pedacinho de batata no prato.

-Não, mãe. Só que hoje eu estou sem apetite. -respondeu ele cabisbaixo. -Acho melhor eu ir pro meu quarto, afinal já são dez e meia.

-Coitado do Rony. - disse Gina, penalizada. -Nunca o vi num estado como esse antes.

-E ele andou assim o dia inteirinho. -disse Neville, acrescentando um detalhe. -E isso só vai se resolver quando a Hermione chegar.

-Será que ela vai demorar?-perguntou Harry, aflito por causa de Rony.

-O Rony disse que ela iria chegar de noite, e que a Hermione não disse que horas chegaria. -completou o Sr. Weasley.

Já passavam das onze e meia da noite. Rony estava em seu quarto, andando de um lado para o outro, nervoso. “Será que a Mione vai chagar?” pensava ele. “Será que ela desistiu de ficar aqui na Toca?” refletiu ele, em estado de pânico. “Não, a Mione mesma escreveu que viria aqui para a Toca.” repensou ele, mais tranqüilo.

O relógio da Toca bate meia noite. E nada de Hermione. Todos na Toca estavam preocupados agora. Será que acontecera algo grave com ela, ou só seria um atraso?Eles esperaram até quase uma da manhã.

-Bem acho melhor todos nós irmos pra cama. -disse Molly.

O relógio da Toca bate uma da manhã. Alguém bate na porta. Molly, que estava indo dormir, atendeu a porta, muito sonolenta. Ela abriu a com quem ela se deparou?

-Graças a Deus!-disse Molly apertando Hermione num abraço materno. –Querida, você chegou!Todos nós sentimos sua falta!Principalmente o Rony!

-Olá. -disse Hermione corada. “O Rony sentiu minha falta?” perguntou-se ela. –Desculpe-me pelo transtorno, Sra.Weasley, mas meus pais estavam ocupados e ninguém a não ser eles podem me levar, então...

-Tudo bem!-disse Molly, sorrindo. -Não está com fome querida?Se quiser posso preparar algo para você.

-Não precisa obrigada. -respondeu Hermione. -Sra. Weasley posso falar com o Rony?

-Sim, ele está no quarto dele. -informou a matriarca dos Weasley.

Hermione subiu as escadas até o quarto de Rony e bateu na porta. Ela não sabia por que (N/A: Me engana que eu gosto...), mas seu coração batia tão forte como se tivesse corrido uma maratona. Ela, ao por a mão na maçaneta, para abrir a porta, notou que esta estava destrancada. Mione resolveu entrar. Só que ela não se dera conta que talvez Rony estivesse dormindo. Mesmo assim ela entrou. Hermione se deparou com um Rony (aparentemente dormindo) sobre uma escrivaninha com uma pena na mão. Ela foi pé ante pé até ele, e observou que ele estava escrevendo uma carta. “De certo, ele foi escrever a carta, não viu as horas passarem, e pegou no sono. Mas, por que ele escreveria uma carta a essa hora da noite?” pensou ela. Delicadamente, Mione se debruçou sobre Rony e com muito cuidado, pegou o pergaminho que Rony, há algum tempo atrás escrevera. Hermione começou a lê-lo mentalmente:

Hermione viu que o poleiro de Pichí estava aberto, e a corujinha fofinha voava pelo quarto e agora a observava. Hermione estava em dúvida de acordar Rony. Resolveu acorda-lo. Cutucou levemente no braço do ruivo, reparando pela primeira vez que ele não estava de pijamas. Rony resmungou alguma coisa que não poderia ser entendida, e afundou a cabeça nos braços. Hermione cutucou novamente o braço dele, mais forte do que antes. Ele virou a cabeça e murmurou, sem abrir os olhos:

-Ah, não... Me deixa, vai, mãe... A Mione ainda não chegou?...Hoje é domingo, eu nem dormi esperando ela... Me deixa, a Mione esqueceu de mim... Deve estar na casa do búlgaro... O inimigo...

Hermione se permitiu uma risadinha. Ela se abaixou perto do ouvido de Rony e murmurou:

-Eu não estou na casa do búlgaro. Eu estou aqui.

Rony levantou como se um choque o tivesse acertado.

-Quê?Mione?Cadê você?-disse Rony olhando para os lados. Ele sabia que era a voz de Hermione.

-Pode parar de dar voltas, eu estou do seu lado. -respondeu ela.

-Você veio!-Rony exclamou, num súbito “ataque de alegria”. Ele a abraçara, e como era mais alto que Mione, a levantou do chão, fazendo-a ficar da mesma altura que ele.

-Rony!

- O que?-perguntou o ruivo, aparentemente esquecido que Hermione estava em seus braços. Ele se deu conta do pequeno fato. Botou-a no chão, com as orelhas tão vermelhas quanto seu cabelo.

-Oi. -disse ele, sem a mínima criatividade. -Estive preocupado, Mione. Achei que você não viria mais para a Toca. Achei que alguma coisa ruim tinha acontecido com você.

-Não se preocupe, já estou aqui!

-Por que ninguém me avisou que você chegou?

-Porque todos já estam dormindo!E quando eu cheguei ao seu quarto, você também estava dormindo!

-Mas eu fiquei te esperando!

-Por quê?

-Ah, por quê?Porque eu... Eu... Queria... Nada. Esquece.

-Tudo bem, então boa noite, eu vou para o quarto da Gina, qualquer coisa bate lá, OK?

-Ok. Espera Mione... Eu posso te dar um abraço de boa noite?

-Pode...

Eles se abraçaram. Provavelmente eles acharam que ficaram a eternidade toda se abraçando, até que descobriram que a eternidade tem fim. Como?Com a chega de Fred e Jorge. Os gêmeos estavam subindo as escadas para ver se Rony estava dormindo ou não e avisá-lo que a Mione chegara. Eles a tinham visto chegar, mas não a tinham visto subir as escadas. Até que quando entram no quarto de Rony se depararam com o casalzinho se abraçando, eles tentaram sair de fininho, mas tropeçaram num bisbilhoscópio de bolso e fizeram um sonoro barulho. Rony e Mione acordaram para a realidade e se desgrudaram.

-Nós não queríamos atrapalhar. -falou Fred, desculpando-se.

-Nós vínhamos te dizer que a Mione já tinha chegado, mas parece que ela foi mais rápida do que nós.

-Rony, eu acho melhor eu ir dormir. Boa-noite a todos. -respondeu Hermione, saindo muito corada em direção ao quarto de Gina que era um andar abaixo do que o de Rony.

-E lá se vai a nossa cunhadinha... -disse Jorge, com um gesto de cabeça. -É, pelo visto Fred, esse ano não vai ser só a Fleur que vai entrar para a nossa família.

-É quem diria, - começou Fred. - Hermione Granger se tornado uma Weasley. Espera, imagina os filhos deles, Jorge, todos ruivos, sardentos e altos e carregando um exemplar de Hogwarts uma história debaixo do braço!

-Fred, não me faça sentir tantas emoções!-disse Jorge, fingindo uma fungada com o nariz. -Assim eu vou chorar!

-Saiam daqui agora!-berrou Rony, pondo os gêmeos que se acabavam de rir dele e de Mione. Quando Rony fechou a porta ele ouviu o desagradável som de beijos feitos por Fred e Jorge.

-Fiquem quietos!-Berrou Rony de dentro do seu quarto, vermelho da cabeça aos pés. Ele já estava nervoso demais antes de Hermione chegar, e agora com certeza ele estava mais nervoso do que a senhora Weasley quando o Sr. Weasley faz alguma coisa relacionada a artefatos trouxas. Ele estava um pouco surpreso com o abraço que ele mesmo dera em Hermione; ele se preparara para um enorme sermão e com uma enorme bronca por ter dormido até tarde ontem, mas o afeto explicito que ele demonstrara fora realmente algo inesperado. Aquela monitora era a única que o fazia mudar de idéia sobre qualquer coisa, aquela que ele faria qualquer coisa para ver rir, porque ele simplesmente não conseguira encontrar no seu universo algo mais lindo do que o sorriso dela.

Rony passou boa parte da noite pensando nesses acontecimentos até pegar no sono. Ele até sonhou. Um lindo sonho...


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N/A: Aviso! O que o Rony estava sonhando e um outro fato que, posteriormente estará num próximo capítulo, serão descritos no capítulo 6.

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