Marlene McKnnon (Bellatrix_
Os anos se passaram, Bella se tornou o que Sirius tanto temia. Uma comensal, fria, cruel que não se abalava com nada nem com ninguém. Pensava em si e somente.
Bellatrix não viu Sirius depois da formatura, nem sequer dentro do expresso que os levou embora. Mas isto foi o que se via. Aquilo que se torna invisível aos olhos, que corre dentro da alma, ficou guardado dentro ela, que não conseguiu se livrar das lembranças do primo que desgarrou dos Black. Aquele sentimento, quase que palpável, em que durante anos dormiu e acordou com ele e o ultimo encontro mais parecendo um adeus a atormentava, tirando-lhe a concentração nas missões que tinha que resolver.
Soube através de piadas de outros comensais que Sirius estava mesmo decidido a se casar, aquilo lhe doeu, mas foi com um sorriso que aceitou sua sina.
- A família Mckinnon nos deu muito trabalho. – falou Voldemort, reunido com seus seguidores – e chegou a hora de pagarem caro por tudo. Espero contar com você Bela. Creio que não verá problema algum, não é mesmo?
- Claro que não, Milorde. O que o senhor desejar... – falou reverenciando-se
- Que assim seja. Junto a Malfoy e Crabbe, você irá e fará tudo conforme o planejado.
À noite em que o plano seria executado chegou. Ela não estava triste com o que tinha que fazer. Sentia um gosto especial na boca, seria como uma vingança a pessoa que lhe tirou Sirius. “Pagara muito caro” sorriu com esse pensamento.
Chegaram a casa. Como previsto ela estava guardada por um feitiço de proteção, que foi rapidamente destruído por Malfoy. Entraram, as luzes já apagadas, caminhando ate os quartos. Bellatrix fez questão de ir à frente e entrar no quarto de Marlene.
O quarto era todo pintado de rosa, coisa que foi julgada pela comensal, ridículo. Alem de morar com os pais, ainda tem o quartinho todo rosa. Que meigo!
- Boa noite, desculpe-me incomodá-la, mas tenho uma entrega especial – falou Bela, animada como se de fato fosse uma coisa boa. Se bem que para ela, era.
- Quem é você? – perguntou Marlene assustada, no escuro do quarto não conseguia ver um palmo a frente de si.
- Não deveria falar, mas quero que não esqueça meu nome, nem o de quem me mandou. Mande um “olá” ao diabo para mim.
- O que? – o medo era visível na voz da mulher.
- Muito prazer Marlene, eu sou Bellatrix Black e ao mando do Lorde das Trevas falo: Avada Kedrava.
Um raio de luz verde cortou o quarto, pode-se ouvir o ultimo grito de Marlene ao deparar-se com a morte. Mesmo sabendo que o corpo não tinha mais vida, Bellatrix se ajoelhou ao lado dela e falou no ouvido:
- Não se esqueça do “olá”
- Vamos? – perguntou Grabbe assim que apareceu na porta.
- Morsmordre- falou Bellatrix antes de sair do quarto.
Instantaneamente apareceu um crânio colossal, verde e uma cobra saindo da boca como uma língua. É o sinal usado por Voldemort e seus seguidores para indicar um local onde eles tivessem matado alguém.
Mais tempo se passou ate o reencontro de Sirius e Bellatrix. Em uma missão que tinha tudo para ser simples, mas Bella juntamente a alguns comensais foram encurralados pela Ordem da Fênix. Duelos foram vistos por toda a rua, Not, Yaxley, Karkaroff e Rosier apareceram para ajudar. Mas estavam em desvantagem. Lupin, Diggle, Fenwick, Podmore entre outros duelavam contras os comensais.
Bela duelava com Vance que se mostrava extremamente fraca, mas uma dor fez com que perdesse os sentidos. Alguém havia lhe atingido pelas costas.
Acordou em um lugar estranho. Estava deitada em uma cama, o quarto tinha uma aparecia de sujeira, como se não fosse limpo a meses, parecia uma casa abandonada. Levantou-se lentamente, suas costas ainda doíam.
- Depois falam que nós é que somos covardes – falou esfregando o local dolorido.
- E são. Isso não tem como negar. – uma voz desconhecida vindo do lado escuro do quarto falou, fazendo com que se assuntasse.
- Pelo que percebi, eu fui atingida pelas costas, isso não é o que se possa de chamar de coragem. Pode ser por que sentiram medo de matar aquele projeto de bruxa – riu desdenhosa.
Mesmo com o medo que sentia não pode deixar de revidar. Agora uma coisa lhe preocupava, estava sem sua varinha, em um quarto com um homem desconhecido, isso com certeza não poderia dá em boa coisa. Ainda sem contar que, pela conversa dele, ele era da Ordem da Fênix. Será que fora capturada e estava ali para interrogatório? Mas nesse caso esperava que Dumbledore aparecesse e não ele.
O homem que ate o momento estava mais afastado, chegou perto da cama deixando com que a luz do abajur o iluminasse.
- Está melhor? – perguntou Sirius com a voz calma.
Ele havia mudado bastante. Cabelos nos ombros, o corpo bem definido, um homem feito. Só guardava nos olhos azuis-acinzentados mesmo brilho infantil. Mas a sua aparência era de uma pessoa cansada. Os olhos fundos, marcados por olheiras, o rosto não tinha o mesmo brilho de quando adolescente. E Bela sabia exatamente o motivo disso, lhe matava saber o motivo.
- Está acabado assim por causa da McKinnon? – perguntou com desdém
- Então você sabe...
- Como poderia não saber? – riu
- O que você quer dizer com isso? – no mesmo instante sombras tomaram conta do rosto de Sirius - o que você tem a haver com toda essa historia?
- Tudo! – desafiou-o com o olhar.- Ainda falei para ela mandar um “Olá” ao diabo por mim, também fiz questão de falar meu nome. Afinal quando se morre deve saber o nome de seu assassino, não é mesmo?
- Você não fez isso...
- Por que a surpresa? Sabe o que sou, acha que não sou capaz de matar uma mulherzinha como aquela que nem poder suficiente tem para se defender...
- Não fale assim! Você não tem o direito, não a conhecia!
- Não fique bravo priminho. Não a conhecia, mas posso te falar como ela gritou por piedade, para que na... – mas não conseguiu terminar a frase.
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