Único





We just don´t care


Os olhos negros finalmente apareceram por detrás do grosso livro de história da magia e encontraram com os seus. Ela sorriu quando percebeu que ele estava ali olhando, ele estivera olhando o tempo todo.
Não apenas naquela meia hora em que ela permanecia lendo atenta, quase imóvel, só se mexendo às vezes graciosamente para colocar uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha. Ele já olhava para ela a um ano, por mais que não quisesse admitir, e faziam apenas três meses que ela correspondera a esse olhar...
Ele se levantou da cadeira onde estava, mantendo o contato visual, e sentou-se no mesmo sofá que ela. Ela levantou as sobrancelhas, como se o desafiasse, os olhos negros pareciam ainda maiores e chegavam e dar arrepios , principalmente nele. Mas logo depois, ela voltou a olhar atentamente para o livro, embora parecesse prender o riso.
Aquele livro irritante. Como se ela fosse mesmo de estudar. E nem ao menos ia usar nenhuma informação ali contida depois dos N.I.E.Ms. Ela não precisava de ler aquilo, quando eles poderiam sair por aí, juntos, para fazer nada, ou tudo. Não.. não precisava MESMO.

- Hey! Me devolve isso! – Ela agora tentava inutilmente recuperar o livro que ele tinha arrancado de sua mão e suspendido; devia ser uns 25 centímetros mais baixa do que ele.
Ele sorriu triunfante quando ela finalmente cansou de pular e bufou irritada. Estava linda: as sobrancelhas franzidas, as bochechas rosadas e os cabelos caindo sobre a testa. Linda, linda, linda. Tanto que ele nem percebeu quando ela inverteu a situação: subiu em cima do sofá e recuperou o livro. Agora o sorriso triunfante pertencia a ela, para ele só havia sobrado a cara de espanto.
Mas não durou muito tempo.
- AAAAAAAAAH! Sirius Black, me coloca no chão AGORA! – ele havia sido rápido demais para que ela pudesse impedir: enquanto ela se vangloriava de ter ganhado na disputa pelo livro, ele a pegou pela cintura e pendurou no ombro direito.
- Pra você voltar a estudar e continuar sem me dar atenção? Não MESMO! – Ela esmurrava com força as suas costas, mas não conseguia controlar-se para manter-se séria: gargalhava. Isso obviamente chamou a atenção de todos no salão comunal, que passaram a olhar para eles como se devessem estar numa ala de casos irrecuperáveis do St. Mungus. Que se dane! Ele não se importava nada nada em que vissem o quanto ele era feliz, com a namorada perfeita, que agora que já estava cansada de bater, podia ser colocada no chão e beijada, intensamente.
Depois do beijo, ainda sem fôlego, ela fez menção de voltar ao sofá. Não, ele não deixaria: enlaçou sua cintura e a jogou por cima dos ombros novamente. Logo, já estavam saindo pelo retrato da mulher gorda.

Você que eu amo quando você me ama
Ás vezes é melhor quando é público
Eu não tenho vergonha,não importo que vejam
Nos abraçando e beijando,uma exibição de amor


Ela já estava novamente no chão e sorria, sorria maravilhosamente. Agora ele tinha certeza de que ela não voltaria mais a estudar, então inclinou-se para beijá-la novamente. Dessa vez ela foi mais rápida: desvencilhou-se do beijo e saiu correndo, em direção às escadas.
Como era esperado, ela não conseguiu manter distancia por mais tempo do que o de chegar até o andar inferior. Ele a alcançou e a encostou meio bruscamente na parede. Mais um beijo. Ele a olhou novamente: seu rosto já estava totalmente escarlate, o cabelo meio desgrenhado, e um sorriso provocador tomava conta do rosto, enquanto respirava intensamente.
Ele já devia saber: olhar para ela por muito tempo o deixava lerdo. Mais uma vez ela escapou.
Correndo, eles nem perceberam Pirraça no meio do caminho. Não fez diferença: o fantasma não conseguiu acertá-los com o vaso, eles estavam rápidos demais. O barulho que ele fez de raiva chamou atenção de todos que passavam. Mas eles não se importavam, continuavam correndo.

Vamos nos encontrar na saída de incêndio
Eu gostaria de disparar um alarme hoje
A emergência do amor não me deixa esperar
Apenas siga,eu vou te guiar
Eu preciso de você com emergência


Ela o havia surpreendido com a sua rapidez. Já corria bem a frente dele por um tempo razoável. Mas não o suficiente para impedi-lo de alcançá-la. Mais uma vez ele a prensou na parede. Desta vez os lábios apenas se colaram por um período curto ,ele descansou sua cabeça no ombro dela. Podia sentir a respiração afobada, a pulsação rápida e o coração que batia bem forte, em sintonia total com o seu.
Depois de uns 5 minutos – ou foram 5 horas? – apenas um sentindo a energia que emanava do outro, ele enlaçou-a pela cintura e os dois saíram caminhando juntos em direção aos jardins, despertando olhares curiosos e até mesmo invejosos por onde passavam.
O sol intenso do verão já ia se pondo, dando tons rosas e violetas ao céu. Uma estrela já brilhava, abrindo a noite.
- A primeira estrela – ela apontou – faça um pedido. – sorriu, aquele sorriso lindo, tudo que ele poderia querer.
- Já se realizou.
Ela ficou sem palavras. Não tinha problema, não se precisa falar enquanto se beija.

Vamos ao parque
Eu queria te beijar debaixo das estrelas
Talvez a gente vá mais longe
A gente não se importa
A gente não se importa
A gente não


Ele a deitou sobre a grama e a beijou mais uma vez. Poderia beijar quantas vezes fossem: não se cansaria. Ela levou a mão até seus cabelos escuros e puxou com força. Ele jogou a cabeça para trás e riu. Ela estava provocando, e sabia: olhava para ele com os olhos incendiando, as sobrancelhas erguidas e um sorriso maroto. Ele não deixaria barato. Prendeu os braços com as mãos e se pôs em cima dela. Fez menção de beijá-la e quando ela fechou os olhos e entreabriu os lábios, ele mudou de direção e foi em direção à sua orelha.
Sentiu cada parte do corpo dela arrepiar quando sua boca alcançou o lóbulo da orelha. Começou a mordiscar, enquanto cada músculo dela se contraía. Ela dobrou as pernas e ergueu um pouco o corpo, de modo que os corpos se aproximassem. Ele a abraçou e com os braços livres, ela alcançou seus cabelos novamente. Ele tinha que admitir: Ela sabia muito bem como provocá-lo.

Vamos fazer amor num lugar onde possam nos descobrir
Vamos nos perder
A gente não se importa


Ela já estava totalmente envolvida, tanto que ele não resistiu a dar um beijo bem estalado em seu ouvido. Ela se afastou e o empurrou, fazendo com que se deitasse na grama.
- Seu desmancha prazeres! – bufou e sentou-se, olhando para ele com ar aborrecido.
Mechas dos cabelos loiros mexiam-se levemente com a brisa fresca, brilhando com as cores das ultimas luzes que viam do céu poente. Mas a expressão indignada lhe dava um ar muito engraçado.
Ele não conteve a gargalhada e ela fechou ainda mais a cara. O surpreendeu de novo: dessa vez foi ela quem foi pra cima dele, uma perna em cada lado de seu corpo, as mãos prendendo os braços e a boca colada na dele.
O céu já estava bem mais escuro e as pessoas voltavam para o castelo. Todos os que passaram perto dos dois não puderam conter olhares reprovadores e comentários maldosos. Eles sabiam que seriam o assunto de toda a escola no dia seguinte. Que fossem assunto no mundo inteiro! Até parece que isso ia estragar aquele momento

Se continuarmos com isso por aí
Seremos o assunto da cidade
Eu direi ao mundo que estou apaixonado
Vamos abrir os olhos dos cegos, porque nós não nos
Importamos


As ultimas pessoas já entravam pela porta do castelo. Eles não faziam idéia da hora, mas certamente já era hora de se retirarem para jantar, tendo que ir depois direto para o salão comunal.
Ele se levantou a lhe estendeu a mão para que levantasse também. Eles olharam para a porta e depois se entreolharam. Pra que entrar? Estava tudo tão bom...
Mas uma vez correram, mas uma vez pararam quando ele a encostou na parede e a beijou furiosamente, mais uma vez quando pararam sem fôlego ele ficou olhando para o seu sorriso, mais uma vez ele esqueceu de que isso dava chance a ela de fazer o que quisesse com ele sem que percebesse.
Quando viu, já estava no chão com ela sobre ele. Beijos cada vez mais intensos e desesperados. Agora não só na boca, mas como no pescoço, na orelha e em qualquer outra parte que eles pudessem alcançar. Mas não era o suficiente. As mãos dele que acariciavam as costas foram para dentro da camisa dela. Ela começou a abrir os botões da camisa dele. E o que importava se qualquer um que olhasse pela janela do salão comunal visse os dois ali?

Eu não me importo com prioridades
Vamos quebrar as regras,ignore a sociedade
Talvez nosso vizinho curta dar uma espiada, é verdade.
E daí se eles olham o que a gente faz


Ele inverteu as posições num movimento rápido, se colocando por cima dela. Ele estava acostumado e ficar por cima de tudo e todos, principalmente quando se tratava de garotas com que ele saia. Mas ele sabia que agora era diferente: era ela quem sempre ia estar por cima, ela tinha total controle sobre qualquer situação.
Ele passou a mão pelo rosto dela, passando pelo pescoço e chegando ao colo. Ela estremeceu e ele parou. Ele sabia que com ela não poderia ser de qualquer jeito, que deveria ser especial. Ele não sabia bem porque, talvez fosse porque ele se perdia na imensidão negra dos olhos que brilhavam mais do que qualquer estrela que estivesse brilhando naquela noite clara e quente. Talvez porque não conseguisse ficar mais um só segundo longe dela. Talvez porque... Será? Ele nunca tinha sentido isso antes. Bom, se não fosse aquilo, ele não saberia nunca o que era. Não sabia se falava isso pra ela, nem como falar.
Como estava tempo demais só olhando, ela o puxou para mais um beijo. Um beijo quente e rápido, de perder o fôlego. Ele já não podia mais controlar suas mãos, que agora abriam os botões da blusa dela. É, ele se decidiu: diria a ela, mas não antes de mais um beijo, dessa vez calmo e apaixonado.
- Eu te amo, Marlene McKinnon. – E naquela noite nada mais importava.

Vamos ao parque
Eu quero te beijar debaixo das estrelas
Tavez a gente vá mais longe
A gente não se importa
A gente não se importa
A gente não

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N/A: Eu, particulamente, achei uma gracinha *.*, mas eu ficaria muito feliz em saber a opinião de vocês, portanto: comente
*:

ps: e se puderem passar na minha outra fic ...
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=23118
;D

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