Não Foi Só Uma Noite De Estudo

Não Foi Só Uma Noite De Estudo



A Fic tah aih... Vamos fazer assim: se gostar ou naum, deixa comments falando a tua opinião...
Credu! Rimô! Brigada...

~*~

Rony passeava pelos jardins, quando a viu. Ela estava bonita, como sempre. Ficou sem ação ao vê-la vindo em sua direção.

- Bom dia, Rony. Tudo bem?

- Tudo. E você?

- Bem também. Hoje não te vi no café. Por que você não foi tomar café? - Mione disse isso muito rápido, e ficou muito vermelha.

- É, bem... Eu... estava... estudando.

- Estudando? Você deixou de tomar café para estudar? O que aconteceu com você, Rony?

- Nada, por que?

- Você. Estudando. É, sei lá. Estranho.

- Você acha que é só você que se importa com os estudos?

- Ai, claro que não Ronald. Eu só achei estranho, só isso.

- Sabe o que é... - disse Rony, meio envergonhado - é que em poções e transformação eu sou um desastre. Então acordo cedo e fico treinando. Hoje consegui fazer a poção da Paz, quase que completa. Ela ficou meio azulada, e não transparente, e além disso, ficou um...

- Posso te ajudar.

- Que?

- É, posso te ajudar. Quer?

- Claro.

- Depois das aulas então, lá na sala comunal a gente se fala.

- Tá.

~*~

Na sala comunal, Rony já estava esperando por Mione. Ele tinha os olhos fixos na escada do dormitório das meninas. Estava com algo no estomago, pareciam borboletas, bem na boca do estomago. Era uma sensação não muito agradável.

Quando ela desceu, estava magnífica. Bom, na verdade, ela tava só com um vestidinho preto muito simples. Mas para Rony, estava perfeita.

Mione desceu as escadas e juntos, sentaram em uma mesinha ao canto. Começaram por Poções. Rony, com algum esforço, estava conseguindo fazer uma poção da Paz decente.

Ele não estava com dificuldade na poção exatamente... Era mais por que ele não conseguia tirar os olhos de Mione, de seus cabelos, seus olhos, sua boca... Queria fazer algo que com certeza não estudar. Queria beijá-la. Mas poderia estragar a amizade deles.

Na poção da Paz, Rony teria que acrescentar pedra da lua moída, mexer três vezes no sentido anti-horário, deixar cozinhar por sete minutos e juntar com duas gotas de xarope de heléboro. Ele acrescentou a pedra moída e mexeu três vezes no sentido anti-horário, deixou cozinhando, mas não contou os minutos. Hermione que o lembrou:

- Rony, já se passaram oito minutos, acrescente duas gotas do xarope, rápido!

- Desculpe! - disse Rony nervoso. Havia passado esse tempo pensando em Hermione.
Adicionou o heléboro. Só que adicionou não duas gotas, mas o vidro todo. A poção ficou com uma tonalidade laranja berrante e expelindo umas fagulhas roxas e verdes.

- Aih, desculpa, desculpa, desculpa - disse Rony meio apavorado.

- Ronald, olha o que você fez? Estragou toda a poção.
Rony estava limpando a poção da mesa, quando entornou o caldeirão inteiro na roupa de Mione.

- Ronald Weasley! Olha só o que você fez! Acabou com o meu vestido!

- Desculpa, sou um desastre mesmo. - disse Rony cabisbaixo

- Desastre? Desastre é pouco. - disse Hermione, seguido de um murmúrio. Um feitiço para consertar o estrago.

- Desculpa.

- É só isso que você fala, não é? Desculpa, desculpa. - disse Mione rispidamente, mas se arrependeu logo em seguida, e tentou consertar - bom, pelo menos você pede desculpas neh? - disse com a voz amena.

- Não, você tem razão. Eu não faço nada direito, nunca fiz. E alem de estragar tudo eu nunca consigo ajudar, só atrapalho tudo.

- Rony, não foi isso que eu quis dizer - Hermione chegou mais perto dele.

- Não. Você tem razão. - Rony se largou em uma das poltronas.

- Rony - Mione chegou mais perto da poltrona e ajoelhou-se - me desculpa?

- Não precisa pedir desculpas por dizer a verdade.

- Rony...

- Que?

Rony e Mione se olharam nos olhos, Mione pegou a mão de Rony e beijou-a, num sinal de desculpas talvez. Rony percebeu que ela estava com lagrimas nos olhos. Ele tocou-lhe o queixo e disse-lhe

- Mione, você é tão linda! - disse Rony repentinamente, fazendo ambos corarem assustadoramente.

- Obrigada - disse Mione num sussurro. Hermione sentou-se na poltrona ao lado e fitou os próprios pés. Rony encarou os próprios também.

Alguns minutos de um silêncio constrangedor se sucederam a este elogio. Mione, ainda vermelha, levantou-se e falou, quase que para si mesma:

- Vou dormir, amanhã eu te ajudo em transformação, ou em poções, se você quiser.

- Ah, claro. Obrigado, Mione. Você é uma ótima amiga. - disse Rony, grato.

- Ah, sim, claro. Você também é um... ótimo amigo. - disse Mione cabisbaixa.

- Boa noite, durma com os anjinhos.

- Boa noite, você também, durma com os anjos - disse Mione, mas concluiu em pensamento - e sonhe comigo.

Mione subiu para o dormitório feminino, trocou-se e deitou observando as estrelas. Tudo bem, Rony havia estragado o vestido e a poção, mas tudo havia se consertado com um simples feitiço. Por que ela brigou tanto com ele? E por que ela ficou tão envergonhada só pelo fato de que Rony disse que ela era bonita? Harry lhe dizia isso sempre! Ah, por que com Rony era assim?

Pensando em Rony e em si mesma (e pensando talvez, nos dois juntos), adormeceu.

~*~

No café da manhã Rony veio falar com Mione:

- Mione, sobre ontem, eu queria...

- Não Rony, não diga nada - disse Mione, interrompendo-o - hoje no salão comunal, na mesma hora tudo bem?

- Ah, tudo. - disse Rony, meio boquiaberto. - Mione! - disse, correndo atrás dela. - me espera.
- Vem logo então.
Rony foi correndo até a biblioteca para acompanhar o passo de Mione. Chegando lá, disse ofegante:

- Mione, por que você está com tanta pressa?

- Rony, vem cá. - Mione estava meio vermelha. Rony julgou ser pela velocidade em que veio para a biblioteca.

- Fala.

- É que eu... eu... é que eu... - Mione estava muito, mas muito nervosa.

- Fala Mione, você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, não é mesmo?

- Sei, mas é que eu não sei como falar isso...

- Ué, então escreve! - disse Rony, fazendo aquilo parecer muito simples.

- Está bem, mas vá tomar café, enquanto eu escrevo. Depois você vem aqui pegar o papel.

- Está bem, Mione. - disse Rony, fazendo uma coisa que nunca havia feito, não com

Mione: lhe deu um beijinho no rosto.

Mione conseguiu disfarçar a vergonha, mas não a felicidade. Disse apenas um “Até logo” que foi respondido calorosamente, e foi em direção às mesas, onde pegou uma pena e um pergaminho onde escreveu:

Rony,
O que tenho para lhe dizer é muito serio, e muito importante pra nós dois.
Eu estou meio sem palavras pra dizer isso mas é que...
EU TE AMO!
Posso não ser correspondida, mas tinha que dizer isso, estava me sufocando.
Agora eu só posso aguardar e ver a sua reação.
Beijos,
Mione


Hermione leu e releu o pergaminho muitas vezes, e concluiu que estava razoavelmente bom. Resolveu esperar no quarto.

- Se Rony lê isso na minha frente, acho que desmaio! - pensou Mione, a caminho do salão comunal.

Chegou ao salão comunal e sentou-se diante a lareira. Olhou as cinzas e ficou pensando se Rony já teria visto o bilhete e qual seria sua reação. E aqueles coraçõezinhos? Patéticos, mas lindos! Aih, aih... Que aflição!

Quando a sineta para a aula dupla de Herbologia, Mione se deu conta do quanto estava atrasada. Desceu as escadas correndo e chegou em cima da hora. Ofegante, entrou na estufa e procurou Rony com os olhos.

Avistou-o a alguns metros de distancia, encostado em uma estante, fixando o chão.

Encarou-o por alguns instantes e suspirou quando ele a olhou de volta. Mas, ao contrario do que Mione pensava, Rony não veio falar com ela. Então Mione apenas desviou o olhar e aturou a aula, sem responder a nenhuma pergunta, sem falar absolutamente nada.

Quando a sineta tocou novamente, avisando que era hora do almoço, Mione pegou suas coisas e correu para o salão comunal que, nesta hora, estava vazio. Encolheu-se em uma poltrona, e quando percebeu, havia lagrimas em seus olhos. Mione apenas deixou-as cair, sabendo que era inútil tentar conte-las. Estava chorando por ser tão burra, por ter deixado aquela carta idiota... Estava chorando porque Rony não veio correndo, abraçando-a e dizendo que a amava. Estava chorando pelo o que aconteceu, ou pelo o que deixou de acontecer... Estava chorando por Rony.

Não soube ao certo quanto tempo ficou alo, mas ouviu quando alguém atravessou o buraco do retrato e parou em frente à janela, dizendo a si mesmo:

- Você é tão burro, Ronald! Você ama a Mione e faz isso com ela! Você é um estúpido, idiota. Realmente seus sentimentos devem caber em uma colher de sopa... De sopa não, de chá, de café! Você é, com certeza, o legume mais insensível que há a face da Terra! – após dizer isso, subiu a escada pisado duro, e ainda brigando com si mesmo – e agora, hein? Me fala, burro. Como você vai dizer tudo o que sente pra ela? Como vai pedir desculpas? Não acredito que você fez isso!

- Era o Rony? E tava dizendo isso de mim? Oh, my God! – pensou Mione – ele não me viu com certeza. Mas disse coisas tão lindas!

Mione levantou-se, arrumou as vestes e saiu para a aula de História da Magia. No caminho, passou no banheiro e lavou o rosto. As aulas de História da Magia e de Transformação realmente passaram depressa, e Mione, por mais impossível que isso pareça, ela não fez sequer uma anotação. No fim das aulas, uma Mione apreensiva chegou perto de Rony, e falou, numa voz meio tremida:

- Rony...

- Ah, Mione! – disse Rony, ficando da cor da bandeira da Grifinória – Me... Me desculpe...

- Hoje, na mesma hora de ontem, o salão comunal, certo? – disse Mione, ignorando o comentário de Rony.

- Ah... Claro... Tudo bem...

~*~

Rony estava novamente esperando por Mione como na noite anterior, só que com muito mais ansioso. Olhou para a escada do dormitório de relance e mirou os pés...

- Bom, os livros estão todos em cima da mesa – disse em voz alta, como se fosse impossível suportar o silencio – e eu não estou parecendo um louco pra variar!

Ele estava trajando uma camisa meio marro arroxeada com um desenho atrás feito por magia, uma calça e um tênis, básico.

Nem se deu conta de que Mione estava parada na frente dele, com uma saia jeans e uma blusinha branca, básica. E nem percebeu também quando pensou alto demais e soltou um “Puxa vida, como ela está linda!”.

- Desculpa, o que disse? – Mione se fez de desentendida.

- Ah... Eu? Não... Não disse nada, não. – disse Rony, tentando por tudo, não ficar vermelho como sempre;

Mione pegou na mão de Rony e lhe disse, olhando no fundo dos seus olhos:

- Rony, a gente precisa conversar.

Ele ficou em silencio.

- Você encontrou o bilhete certo? – Mione perguntou e Rony confirmou com a cabeça – Então, você, a essa altura, já deve saber tudo o que eu sinto, não é mesmo? – Rony acenou com a cabeça de novo, e desviou o olhar, fixando o chão – Olhe pra mim e me fale Rony – Mione pegou no queijo dele e o fez olha-la nos olhos – O que você pensa de mim?

- Serio mesmo?

- Sim.

- Você não vai ficar brava? Nem gritar comigo?

- Não. – disse Mione, com um aperto no peito.

- Eu acho... Bom... Eu acho – disse Rony, hesitante.

- Pode falar Rony.

- Eu acho você uma menina... Uma garota muito inteligente, legal, simpática, doce... às vezes um pouco chata e nem um pouquinho doce – era só isso?! – bom, e também... – Rony estava vermelho ao dizer: - eu também te acho bonita, linda, maravilhosa... Mas que briga comigo desde o primeiro ano e eu ainda não tenho certeza se você me ama do jeito que eu te amo.

Mione estava boquiaberta. Esperava algo muito, muito menos que isso, sinceramente.

- Acho... Acho que falei besteira... – disse Rony, em um muxoxo.

- Não! Não, Rony! Foi, com certeza, a melhor coisa que você já falou em toda a tua vida.

Rony e Mione estavam muito próximos, a menos de meio metro um do outro. Rony resolveu que deveria fazer algo, e não somente falar. Aproximou-se de Mione e viu que ela não recuou. Aproximou-se mais e puxou-a pela cintura.

Estavam muito próximos. Podiam sentir a respiração acelerada um do outro. Mione colocou as mãos em torno do pescoço de Rony e se aproximou mais. Agora sim, estavam colados.

As cabeças se aproximaram, os narizes se tocaram, os lábios se encontraram e finalmente aconteceu o que deveria ter acontecido há muito tempo.

O beijo durou pouco, pelo menos para os dois, mas foi o tempo suficiente para se tornar eterno.

Depois, tiveram que estudar. A prova de poções não esperaria por eles, se eles não estudassem.

Ficaram até tarde estudando, com Mione presenteando Rony com um beijo a cada passo certo. Depois, na hora de se despedir, ficaram juntos mais algum tempo e, com algum esforço, foram dormir.

~*~

No café da manhã seguinte, Harry, que percebeu Rony chegar tarde no dormitório comentou, ao ver Mione e Rony:

- Parece que houve mais do que poções e livros ontem, não é mesmo?

- Erm... É claro que ao Harry! – disse Rony, corando. – Foi apenas uma noite de estudos, nada mais. Não é, Mione?

- Não, Rony. Não foi só uma noite de estudos... – Mione disse, trocando um olhar significativo com Rony, antes de beijá-lo com muito amor, em meio à gritaria da escola.

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