prólogo
Era um dia nublado, apesar de ser verão. Um calor abafado vinha de através das nuvens, e Lyra ansiava por uma chuva que limpasse o ar pesado. Mas era o Solstício de Verão, e isso era uma coisa boa, pois era o único dia do ano em que ela e Will estariam juntos, apesar de distantes. Com passos apressados e seu daemon-marta no colo, Lyra refez o caminho que conheciam tão bem, levando ao pequeno banco de madeira no jardim da Faculdade de Jordan, aonde cinco anos atrás despedira-se de Will pela última vez antes dele retornar ao seu mundo de origem. A promessa que tinham feito era de que uma vez por ano, no solstício deverão, os dois iriam para aquele banco e se sentariam por uma hora, cada um em seu universo, e simplesmente ficariam ali, pois era o único modo que eles tinham de se sentir próximos novamente.
E durante cinco anos Lyra nunca deixou de ir aquele banco, ansiando e amando a idéia de estar de certo modo perto daquele que tinha sido a pessoa que ela mais amara em toda a sua vida.
Porém esse ano havia alguma coisa errada. Ao se aproximar do banco, Lyra sentiu um estranho desconforto no estômago, e seu daemon, Pantalaimon, emitiu um pequeno barulho com a boca.
_Pan... – disse Lyra – Você acha que...?
O daemon não disse nada, apenas desceu graciosamente do colo da garota e sentou-se no banco. Ao sentar ao lado dele, pareceu ainda mais evidente que algo estava fora do normal. Todas as vezes em que Lyra estivera sentada naquele banco, sentira um calor vindo de dentro, e seu coração se inchava de alegria; mas dessa vez havia somente um vazio, um peso em seu estômago.
_Ele não veio.
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Lyra chegou ao seu quarto na Faculdade de Jordan tremendo. Alguma coisa estava tremendamente errada. Will havia prometido! Era a única chance que eles tinham de estar próximos, e ele havia perdido! E aquele aperto no coração....
Tirou de debaixo da cama a pequena caixinha de metal que a bruxa Serafina Pekkala havia lhe dado alguns anos antes. Parou por alguns segundos, acariciando a delicada gravura em sua tampa, e então abriu a caixinha e pegou a rosa pequenina que estava lá dentro.
Segurando apertado a rosa em sua mão, Lyra chamou e pediu pela presença da bruxa. Sabendo que ela não tardaria, pegou Pantalaimon no colo e sentou-se na grande janela de madeira.
Após apenas alguns minutos, a bruxa apareceu voando em seu pinheiro nubígeno e entrou no quarto pela janela. Ao vê-la, Lyra jogou-se em seus braços em um abraço apertado.
_Serafina Pekkala, - disse ela – minha querida amiga, preciso da sua ajuda!
A bruxa acariciou com delicadeza os cabelos loiros da garota antes de afastá-la.
_O que aconteceu Lyra, por que você me chamou aqui com tanta urgência?
_É o Will, Serafina, hoje é o solstício de verão e ele não apareceu! Eu não consegui sentir ele como das outras vezes, sabe, e eu não entendo por que ele não iria, e meu coração está apertado, tem alguma coisa de errado... – ela fez uma pausa, e uma lágrima rolou em suas bochechas. – Ele precisa da minha ajuda, eu sei! Serafina, eu preciso que você me leve de volta para o mundo dele pela abertura.
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N/A:Bom eu tava pretendendo postar o capitulo um hoje, mas acho que não vou ter tempo de terminar. Prometo que sai logo!! A história vai estar bem legal, com bastante aventura e romance também ;)
Bom é isso, comentem por favor dizendo o que vocês acham!!
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